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Piparote: Coloca - se a mão dividindo o hemiabdome. De um lado espalma a mão e do outro faz – se
um estímulo mecânico de forma que ele se propague na água no líquido abdominal refletindo na outra
mão.
Macicez móvel: Pede para o paciente ficar em decúbito lateral. Assim, a água da ascite escorre para
um dos lados dos flancos tendo – se a macicez móvel onde a parte superior do abdome e nos flancos
fica timpânico e mais abaixo onde escorreu o líquido fica maciço.
Semi círculo de Skoda: É a percussão do abdome que vai se definir o nível da água dessa ascite.
PERCUSSÃO DO FÍGADO:
Inicia - se a percussão desde o tórax até o hipocôndrio direito. Ao chegar no fígado, torna – se um som
maciço e já abaixo do fígado um som timpânico.
Quando se tem dor à palpação no fígado é o sinal de Torres Homem que arremete – se a um
abcesso hepático. Portanto, paciente com dor em hipocôndrio direito, febre e percussão hepática
dolorosa isso é sinal de abcesso hepático.
Se na percussão no fígado não tiver o som maciço, ou seja, quando tiver uma perda da macicez
hepática, apresentando um som timpânico e depois maciço no fígado isso significa que há ar entre o
diafragma e o fígado que é chamado de sinal de Jobert. Quando há ar na camada peritoneal é
chamado de pneumoperitônio.
OBS: abdome em tábua, dor abdominal súbita de evolução rápida 24-48h, mal estar geral e Jobert +
não há necessidade de pedir um exame pois sabe-se que é um abdome agudo perfurativo.
PALPAÇÃO DE BAÇO:
Posição de Shuster paciente em decúbito lateral direito com a mão estendida, perna estendida de tal
forma que o abdome fique extremamente estendido.
Manobra de Mathie – Cardarelli através da posição acima, tenta – se palpar o baço começando da
fossa ilíaca direita até o hipocôndrio direito. Isso define o espaço esplenorenal ou coloesplênico aonde
doenças de abdome superior esquerdo poderão ser evidenciados. É uma palpação bimanual.
Apendicite aguda
95% do diagnóstico é feita de forma clínica (muito comum)
Dor de início em epigástrico que irradia para região periumbilical e evolui para a FID
Há a melhora com a flexão de coxa e piora com extensão do MID e é progressiva, só tende a piorar
Principal sintoma e mais comum: anorexia ou hiporexia
Febre é comum mas nem sempre presente
Sintomas diferentes de apendicite que podem aparecer: náuseas, vômitos, cálculos urinários
Hiperestesia cutânea em FID
Há presente os sinais: de Rovsing (dor em FID devido à palpação profunda de FIE e flanco E) e DB em
FID que é o Blumberg +
Exames complementares:
o Hemograma de leucocitose com desvio a esquerda
o VHS alto (sinal inflamatório)
Qual exame é padrão ouro para apendicite? Tomografia de abdome. Faz diagnóstico de 99 a 100%.
Pode - se também realizar USF (70 a 90%) ou radiografia. A radiografia apresenta achados indiretos
por ex. presença de fecalito que obstruiu o apêndice e fez o processo inflamatório.
Diagnóstico diferencial:
o Uropatias ureterais obstrutivas (cálculo ureter distal)
o Invaginação intestinal
o Prenhez ectópica/gravidez ectópica rota
o Cisto ovariano roto
o Apendiculite
o Psoíte
o Salpingite/DIPA
Pielonefrite aguda
Processo infeccioso do trato urinário. É uma infecção urinária que ascende para os rins.
Dor de início em região dorsal do lado acometido (lado esquerdo) que vem acompanhado de sintomas
urinários como disúria, polaciúria.
Febre é extremamente importante acompanhada de sudorese, mal estar.
Há a presença do sinal de Giordano
Punho percussão de Murphy positivo irradiado para flanco associado a queixas irritativas urinárias
Diagnóstico: em mulheres - disúria, polaciúria, dor nas costas e febre; quando se realiza o sinal de
Giordano a paciente pula de dor. Só vai complementar com o exame de cultura para saber qual a
bactéria, exame de urina e ultrassom. O ultrassom é feito para ver se tem algum cálculo associado,
para saber se a infecção de urina está complicante, se está formando abcesso ou flegmão.
Colescistite aguda
Dor no hipocôndrio direito, epigástrico ou dorso direito, toda dor na região subcostal direita tem que se
pensar em processo inflamatório da vesícula biliar
Vem acompanhado de empachamento, náuseas, vômitos e febre
Há as manobras de palpação de fígado como Lemos - Torres, Mathie ou Chiray – Pavel dolorosas
Há a presença do sinal de Murphy positivo (dor na palpação do hipocôndrio direito pela manobra de
Chiray – Pavel)
Diagnóstico complementar: USG
OBS: a diferença entre colescistite aguda e colelitíase é que a colelitíase se dá pela presença de pedra na
vesícula. Já a colescistite aguda é quando a pedra dentro da vesícula inflama a vesícula toda formando
um quadro agudo que é a dor, febre, náusea, empachamento, Murphy positivo (diagnóstico: ultrassom).
OBS: a diferença da colecistite aguda e da colelitíase para a coledocolitíase é que alguma pedra que
estava na vesícula decidiu sair, passando pelo ducto cístico e empacou no colédoco ou obstruiu o
colédoco, causando as mesmas coisas que a colecistite aguda, só que acompanhada de ICTERÍCIA.
Coledocolitíase
Presença de cálculos no ducto colédoco
Mesmo quadro clínico que colescistite aguda porém vem acompanhado de icterícia
Há um aumento da bilirrubina conjugada
Padrão ouro: CPRE (endoscopia que entra no estômago, localiza a ampola de Vater, cateteriza ela e
injeta potássio assim o contraste vai desenhar o colédoco que se tiver manchas brancas indica pedras
e nesse próprio exame há a possibilidade de abrir a ampola de Vater e com uma pinça retirar as
pedras, desobstruindo-o). O CPRE, portanto, serve tanto para diagnóstico quanto para tratamento.
Além disso, há a possibilidade de realizar colangioressonância (só serve para diagnostico) e USG.
OBS: Se a mesma pedra que impactou no canal do colédoco, se impacta na Ampola de Vater, vai ocorrer
obstrução do canal de Virshow no pâncreas e essa obstrução aguda faz com que tenha um
extravasamento de enzimas pancreáticas de uma alta ingestão pancreática fazendo o processo de
Pancreatite Aguda. Outra causa da pancreatite aguda é o etilismo.
Pancreatite aguda
Processo inflamatório do pâncreas
Dor em faixa em abdome superior (HCD, epigástrio e HCE) podendo irradiar para o dorso, de forte
intensidade
Vem acompanhada com o principal sintoma: vômito
Há a presença dos sinais de alerta em casos avançados: Cullen (equimose periumbilical) e Grey
Turner (equimoses em flancos E e D). OBS: O sinal de Cullen e Grey Turner são hematomas ou
equimoses abdominais por consequência de um processo inflamatório do pâncreas e hemorrágico.
Diagnóstico:
o Exames laboratoriais – amilase e lipase (+ específica e maior sensibilidade)
o Tomografia (é diagnóstica e prognóstica, ou seja, dá o grau da pancreatite aguda e a chance do
paciente ir bem com o tratamento)
OBS: A amilase é o principal diagnóstico, sendo que o nível da amilase tem que estar cinco vezes maior
do que o valor normal e da lipase três vezes maior que o valor normal, sendo que as duas se diferencia de
modo que a lipase é mais específica e a amilase tem mais sensibilidade.
Dois artigos da USP ribeirão de abdomes agudos na internet (pubmed, etc). Radiografia no abdome agudo
(PROCURAR PARA ESTUDAR A AULA)