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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância


Complementação Pedagógica

Disciplina: Professor: Tutor


Didática Geral Ana Lourdes Lucena de Sousa Clailton H. Monte
Aluna: Luciene Laurett Pólo: Santa Teresa Data:
05/09/2018

MEMORIAL

SEMANA 1 - IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA

A didática faz a interação entre a teoria científica da disciplina, a


metodologia mais adequada ao se ensinar um conteúddo específico e a
metodologia correta a ser utilizada.
A didática é uma disciplina prática da pedagogia que estuda a educação. Ela é
utilizada como apoio estrutural de uma aula, fazendo parte da elaboração da
apresentação construção, fixação e aplicação que serão avaliados após essas
etapas.
Os objetos de estudo da didática são os processos de ensino e
aprendizagem que englobam os componentes: aluno, professor, objetivos,
estratégias, ambiente e conteúdo. Sendo assim a didática se torna imprescindível
para o professor, fazendo com que ele pratique cada vez mais o ato de ensinar
se adaptando ao tempo e espaço disponíveis.

SEMANA 2 - IMPORTÂNCIA DE RELACIONAR AS CONCEPÇÕES


PEDAGÓGICAS COM A DIDÁTICA E A IMPORTÂNCIA DE
CONSIDERARMOS OS ASPECTOS MULTIDIMENSIONAIS DA DIDÁTICA:

 Pedagogia Tradicional: Didática – Conjunto de regras assegurando ao


professor orientação ao trabalho docente; (Autoridade do professor).
 Pedagogia Renovada: Didática – Conjunto de ideias e métodos
fundamentada nos pressupostos psicológicos; (Aluno é o centro).
 Pedagogia Tecnicista: Didática – Didática estratégica para o alcance
dos produtos previstos para o processo ensino-aprendizagem; (Método é o
centro administrado pelo professor).
 Pedagogia Crítica: Didática – Conjuntos de ações para associar escola-
sociedade, teoria-prática e professor-aluno. (Conteúdos em confronto com a
realidade, professor atua como mediador garantindo a interação com a
realidade).
A Pedagogia multidimensional é uma matriz articuladora dos diferentes
aportes disciplinares que se debruçam sobre a educação. Ao estudarmos a
pedagogia, também consideramos importante a não redução de um aporte
teórico sobre os outros. É a diversidade de aportes que nos interessa e que
permite uma leitura plural e complexa dos fenômenos da educação.
A importância da relação da didática com as concepções pedagógicas, é
que dessa forma podemos notar sua flexibilidade quanto conceito, dependendo
de cada objetivo que ela se destina. A importância da didática multidimensional
é trabalhar princípios formativos e pedagógicos que devem estar presentes em
todo processo de ensino-aprendizagem, sem os quais esta não se realiza, ou
seja, ela é o ponto em comum que deve existir visando uma formação crítica e
cidadã.

SEMANA 3 - SÍNTESE SOBRE A DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO, SUA


IMPORTÂNCIA, FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS, BEM COMO TIPOS E
NÍVEIS DE PLANEJAMENTO:

O planejamento é definido como uma guia de orientação nos processos


de racionalização, organização e coordenação do professor. Também orienta
os processos de análise, reflexão e previsão de todo o conteúdo a ser
ministrado. Ele tem como função organizar as atividades, prevendo
conhecimentos, habilidades e atitudes. Também tem função de evitar a
repetição, contribuindo com a eficiência e adequando o tempo disponível para
sua melhor execução. As características de um bom planejamento têm a ver
com sua coerência e unidade, flexibilidade, clareza e precisão, objetividade e
funcionalidade, e continuidade e sequência.
Tipos de planejamento em educação:

1. Planejamento educacional: relacionado aos governos (Nacional,


Estadual e Municipal), que envolve questões políticas e filosóficas relacionadas
a educação. Esse planejamento dá diretrizes para que a educação seja
executada nas escolas.
2. Planejamento escolar: Projeto pedagógico (PP) – O planejamento que a
escola vai fazer para o ano.
3. Planejamento curricular: Associado ao escolar e educacional, pois o
educacional que vai dar as diretrizes curriculares para esse planejamento.

SEMANA 4 - A IMPORTÂNCIA DA ARTICULAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE


PLANEJAMENTO E ENTRE OS ELEMENTOS DO PLANO DE AULA:

Os elementos do plano aula são: Objetivo; Conteúdo; Método; Recurso


(metodologia, pode ser usado para unir os termos de método e recurso); e
Avaliação. Todos eles envolvidos em influências econômicas, políticas e
culturais da sociedade.

 Objetivo:
Definição: os resultados esperados naquela disciplina; Função: direcionamento
da função didática e resultados esperados; Referências: conteúdo básico da
disciplina, legislação educacional e condições concretas da vida, visão do
aluno/sociedade; e os Níveis, tem a ver com a visão do professor e escola para
o conteúdo, além de grau de dificuldade, sequencia didática, etc.

 Conteúdos:
Definição: Conceitos, ideias, fatos, leis, habilidades, valores; Elementos:
conhecimentos, habilidades e atitudes; Áreas: Cognitiva, Psicomotora e afetiva;
Seleção: Coerência, caráter cientifico, relevância social e acessibilidade,
validade, significação, utilidade, viabilidade e flexibilidade; Organização: de
acordo com séries, dificuldade, continuidade e sequência.

 Métodos:
Definição: Caminho para chegar ao fim; conjuntos de técnicas para se
chegar aos objetivos; Objetivo: Garantir e facilitar a aprendizagem; Seleção: de
acordo com cada disciplina e desenvolvimento (séries).
Tipos de Métodos:
1. Exposição (oral, dialogada, demonstração e ilustração).
2. Trabalho independente (estudo dirigido, grupos de interesse, estudo de caso).
3. Trabalho em Grupo (jogo, dramatização, seminário e debates).
4. Outros (Montessori, projetos e construtivismo).
SEMANA 7 - MÉTODOS E PROCEDIMENTOS DO ENSINO: MÉTODOS
INDIVIDUALIZADOS, MÉTODOS SOCIALIZADOS E MÉTODOS SÓCIO
INDIVIDUALIZADOS. O CONCEITO DE INTERDISCIPLINARIDADE,
MULTIDISCIPLINARIDADE E TRANSDISCIPLINARIDADE:

Para que o processo ensino-aprendizagem seja proveitoso e produza os


resultados esperados, é necessário que sejam adotados métodos e técnicas
adequadas. O método pode ser conceituado como um roteiro geral para a
atividade. Situa-se na linha do pensamento da orientação, indicando as grandes
linhas de ação, sem se deter em operacionalizá-las. Orienta em termos gerais
onde se quer chegar.
Os métodos, quanto à atividade, podem ser considerados sob os
seguintes aspectos:
 Método Individual
Situa-se mais na linha da reflexão, do trabalho pessoal de
aprofundamento, de pesquisa. É muito importante tanto no início da atividade
para oferecer elementos de conhecimento e informação, como no final da
aprendizagem, para aprofundar e integrar os conhecimentos adquiridos de
outras fontes e propiciar as vivências e a aplicação.
Sem individualização a aprendizagem não se realiza, pois ela é um
fenômeno ou processo essencialmente individual. É o indivíduo quem aprende
e não o grupo. O grupo pode ser uma condição, um método, uma técnica, ou até
um recurso, mas nunca será o sujeito da educação ou da aprendizagem que é
sempre a pessoa em si.
 Método Socializado
É usado no momento da comunicação. Supõe, evidentemente, que haja
algo a comunicar. Pressupõe e exige que tenha havido, ou que venha a haver,
posteriormente, atividade individualizada. Sendo a educação sistemática uma
atividade de socialização, de relacionamento, é claro que o método socializado
toma-se importante.
Todavia não poderá ser usado de forma exclusiva, especialmente por se
tratar da aprendizagem de certos conteúdos que não podem ser reduzidos a
simples comunicação ou assimilação mais ou menos passiva. Geralmente é a
partir de um trabalho individual, de pesquisa, intuição, procura,
experimentação, que uma comunicação se toma frutuosa (SCHMITZ, 1984).
 Método Sócio-Individualizado
Reune os dois métodos anteriores e situa-se mais na linha das vivências.
Não separam nitidamente os dois aspectos de qualquer atividade. Ao mesmo
tempo em que se comunica alguma coisa, ela é aprofundada através da
reflexão, da pesquisa, da integração pessoal, aproximando e pondo em comum
os dados de todos os integrantes da situação.
Sem dúvida, poderá ser considerado o método ideal para a atividade
educativa, contanto que usado com critério e competência, escolhendo bem os
momentos da comunicação e do aprofundamento individual, e com a devida
dosagem desses momentos. O somar das experiências individuais, num clima
de aprofundamento, favorece o grupo e os indivíduos (SANTOMÉ, 1998).
Sendo as técnicas formas concretas de proceder, é necessário ter clareza
sobre os seus diversos tipos de empregá-las. É claro que cada situação, cada
disciplina, exigem técnicas definidas, que geralmente não são únicas e
exclusivas. Por isso devem-se variar as técnicas, tanto por causa dos assuntos,
como atendendo as características das diversas situações (SCHMITZ, 1984).

 Técnicas Expositivas ou de Comunicação

Correspondem mais ao método dedutivo, lógico, verbalizado. Há muitas


formas de exposição, desde a simples palavra do professor, até as
comunicações de grupo, os meios de comunicação social, os cartazes, os
audiovisuais, etc. Têm como característica principal transmitir uma mensagem
codificada, seja por palavras, seja por símbolos visuais ou sonoros. Sua maior
característica é que suas ideias vêm mais ou menos estruturadas. Mas nem
por isso devem estar definitivamente fechadas.

 Técnicas de Interrogação ou Indagação


Implicam uma comunicação e aprofundamento dialogado dos assuntos.
Estabelece-se o diálogo, ou o confronto entre diversas ideias ou opiniões. Uma
das características desta técnica é que não são meras informações ou
generalizações, como geralmente acontece na técnica expositiva. Existe sempre
um elemento de dúvida ou indagação, que é respondido de várias formas, seja
através da resposta oral, seja pela pesquisa ou reflexão. Assim se estabelece o
diálogo e às vezes a dialética. Tem em comum, com a técnica expositiva, que é
uma comunicação de pessoa a pessoa ou de meio de comunicação para a
pessoa (HILST, 1994).

 Técnicas de Pesquisa ou Experimentação


São fundamentalmente individuais, embora também possam ser
realizadas em grupo, especialmente se estes forem pequenos. Consiste no
estudo, na procura dos elementos fundamentais de uma situação, na sua
análise, na posterior síntese, e, na comunicação dos resultados.
Conclui-se que são técnicas de alto valor educativo e de grande
rendimento, pois contêm em si todos os passos de qualquer atividade científica
bem realizada. Podem ser usadas em laboratórios, ou em qualquer situação
em que o aluno sozinho, ou auxiliado por outros, procura, na realidade ou nos
fatos, as informações e os dados de sua aprendizagem (ADAMS, 1967).

Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Transdiciplinaridade

 Multidisciplinaridade – Cada um no seu quadrado


A multidisciplinaridade ocorre quando há mais de uma área de
conhecimento em um determinando projeto ou propósito, mas cada uma destas
disciplinas mantém seus métodos e teorias em perspectiva. Serve para resolver
problemas imediatos e não possui foco na articulação e nos ganhos
colaborativos.
 Interdisciplinaridade – Com o mesmo propósito
Neste caso, mais de uma disciplina se une em um projeto comum,
com um planejamento que as relacione. Durante o processo, estas áreas
trocam conhecimentos e enriquece ainda mais as possibilidades. Como
resultado, há um novo saber, menos fragmentado e mais dinâmico. Esta visão
dá significado à experiência escolar.
 Transdisciplinaridade – Conhecimento sem fronteiras
disciplinares
Há quem diga que a transdisciplinaridade é uma utopia. Mesmo assim, é
defendida por muitos filósofos e pensadores, como Edgar Morin, por exemplo,
que defendia um novo modo de pensar e conceber as práticas educativas, para
além das disciplinas e do método cartesiano. O primeiro pensador a falar em
transdisciplinaridade, no entanto, foi Jean Piaget (1896-1980).
Trata-se de um nível bem superior e complexo de integração contínua e
ininterrupta dos conhecimentos tal como conhecemos hoje. Neste caso, não há
mais disciplinas segmentadas, mas o propósito da vida e do conhecimento é a
relação complexa dos diversos saberes sendo que nenhum é mais importante
que o outro. É um processo dialógico onde as relações disciplinares não estão
mais em foco, não são mais importantes.

SEMANA 10 - ANÁLISE DO PAPEL DO PROFESSOR COMO MEDIADOR DO


CONHECIMENTO E A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO NO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM. IDENTIFIQUE A CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
QUE PERMITE PENSAR A RELAÇÃO CONHECIMENTO-PROFESSOR-
ALUNO:

O papel do professor no processo de ensino-aprendizagem é a chave


principal para o desenvolvimento do conhecimento. Dessa forma, é importante
para o profissional docente o desenvolvimento de uma relação, não apenas
mecânica, do ponto de vista do ensino, mas também uma relação mais
humana, buscando uma formação além da sala de aula, uma formação cidadã.
É importante que o profissional docente interaja com a realidade dos seus
alunos, despertando assim o interesse desses, e em consequência uma
aprendizagem mais dinâmica e eficiente. Devemos salientar que o processo de
aprendizagem do aluno, não é um processo mecânico, e que ele deve sentir e
ter o apoio e a confiança de seu professor, essa relação de estabilidade é muito
importante para que o aluno possa realmente desenvolver o seu processo de
aprendizagem. Portanto é importante também que o professor considere sempre
novos métodos de ensino, propiciando uma melhor interação com seus alunos e
com o dia a dia da instituição.
Podemos então concluir, que a boa relação professor-aluno é
imprescindível para que ambos comecem a buscar e entender o seu próprio
processo de ensino-aprendizagem. É importante também reconhecer que o
aluno é um ser pensante, que tem suas próprias opiniões, e que interagir com
seu meio sociocultural é uma das chaves para uma relação humana.
Em relação a concepção pedagógica que permite pensar nessa relação
de conhecimento-professor-aluno, a que mais interage esses pontos seria a
pedagogia Crítica, pois nela a didática leva em consideração os conjuntos de
ações para associar escola-sociedade, teoria-prática e professor-aluno. A
pedagogia crítica considera o meio social e as relações professor-aluno,
buscando uma interação mais humana e uma formação cidadã.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo dessa disciplina podemos ver e reconhecer a importância do


papel do professor na educação. Vimos também a responsabilidade desse
profissional perante ao processo de ensino-aprendizagem, e suas relações com
a instituição e o aluno. Perante tantas responsabilidades, podemos então
concluir a importância que esses profissionais têm diante da sociedade.
Ser professor não é meramente “transferir” conhecimentos, ser professor é
analisar todo o histórico sociocultural da sociedade, é transformar diariamente a
relação dos conteúdos com a realidade, e além de tudo é o relacionamento
humano e cidadão perante seus alunos. Dessa forma, devemos reconhecer e
valorizar esses profissionais, pois eles são parte imprescindível da educação,
são resistência e persistência da busca por uma sociedade mais justa, são a
esperança de uma educação digna e de qualidade.

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