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apresenta

MINIGUIA DE
PRODUÇÃO
DE VÍDEOS DE
CURTÍSSIMA
METRAGEM

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câmeras d

www.clarocurtas.com.br
F re n t e s d e a t u a ç ã o

Social Foco em educação, desenvolvimento comunitário e em


ações de voluntariado e mobilização da sociedade.
Sobre o Foco em restauro de patrimônio e em oficinas de forma-
Cultural ção sobre o melhor uso da tecnologia como ferramenta de
Criado em março de 2009, o Instituto Claro acredita que as comunicação, expressão e produção de conteúdos.
novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) fa-
cilitam a vida das pessoas e, somadas ao poder transformador Foco na redução do impacto do lixo eletrônico no meio
da educação e à força do empreendedorismo, potencializam o Ambiental ambiente e na conscientização sobre o uso de recursos
desenvolvimento sustentável. Sua missão é estimular e apoiar naturais.
ações que transformam realidades sociais e promovem o desen-
volvimento de projetos educacionais, culturais e ambientais. Saiba mais sobre o Instituto Claro:
www.institutoclaro.org.br
O Instituto Claro trabalha em todos os seus projetos a questão
do empreendedorismo, promovendo a transformação de ideias
em oportunidades para a aprendizagem e para o desenvolvi-
mento humano. Sobre o Instituto Claro................................................... 02

ÍNDICE
MINIGUIA DE PRODUÇÃO DE VÍDEOS
DE CURTÍSSIMA METRAGEM
Atualmente, entre os principais projetos do Instituto Claro estão: Plataforma Claro Curtas................................................ 04
02 o Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas, o
Sobre o Miniguia............................................................ 06
Prêmio do Instituto Claro, o Programa de Doação ao FIA (Fundo
da Infância e da Adolescência), o Claro Recicla e o Programa Vo- Olhar............................................................................... 07
luntários em Ação. Pensar.............................................................................. 10
Fazer................................................................................ 13
Definição do projeto................................................ 15
Roteiro..................................................................... 15
O b j e t ivos
Roteiro mínimo....................................................... 18
Estimular o uso de novas tecnologias nas práticas de educação e aprendizagem;
ff
Seleção do equipamento........................................... 19
Mapear e incentivar o desenvolvimento de soluções para a mobilidade;
ff
Processo de filmagem............................................... 21
I ncentivar a atitude empreendedora de profissionais das áreas de educação
ff
Edição de áudio e vídeo............................................ 24
e Terceiro Setor.
Compartilhar.................................................................. 29
Mobilizar os funcionários da Claro para ações de cidadania;
ff
Compactando seu vídeo........................................... 32
Envolver os clientes da Claro nos projetos e ações sociais do Instituto;
ff
Audiovisual e acessibilidade...................................... 32
 econhecer talentos, ideias e projetos inovadores que promovam a melhoria
R
ff

da qualidade de vida nas comunidades. Aprender......................................................................... 34


PLATAFORMA Vídeos Educativos: Trazem dicas e truques para aprimorar a produção
audiovisual. Todos os vídeos têm duração de até 90 segundos e foram
CLARO CURTAS realizados utilizando recursos simples, como celulares, câmeras digitais,
animações, montagens e webcams. Os vídeos trazem versões acessíveis a
pessoas com deficiência visual e auditiva, com inserção de LIBRAS (Lín-
A plataforma Claro Curtas é uma iniciativa do Instituto Claro gua Brasileira de Sinais), subtitulação e audiodescrição, incentivando a
composta por um conjunto de ações que estimulam a formação, a expansão de tais práticas no Brasil.
experimentação, a produção e a valorização do audiovisual volta- Site: O site www.clarocurtas.com.br contém entrevistas, notícias e dicas
do para mídias móveis em todo o Brasil. A democratização do au- de pesquisa para ampliação do olhar e para o aprendizado coletivo, além
diovisual revelou uma nova geração de autores que realizam seus de amparar todas as ações propostas pela plataforma Claro Curtas. Ofe-
vídeos a partir de celulares, webcams, câmeras digitais e outros dis- rece download gratuito de todos os materiais educativos e disponibiliza
positivos móveis e compartilham suas criações em canais de difusão o acervo do Festival com criações de finalistas e vencedores das edições
digital e nas mídias sociais. anteriores. O site também atende às regras brasileiras de acessibilidade.
¬¬ As ações da plataforma Claro Curtas incluem: Projeto Laboratório: Ciclo de oficinas
gratuitas de experimentação audiovisual
Festival: Realizado anualmente e abordan- realizado em diversos estados brasileiros. Por
do temáticas de relevância social, o Festival meio de parcerias com empreendedores socioculturais locais, o Ins-
estabelece um espaço democrático propício tituto Claro e o Festival Nacional de Curtíssima Metragem –
à expressão e à experimentação audiovisual, Claro Curtas promovem as oficinas do Projeto Laboratório.
04 reconhecendo e premiando talentos em es-
colas, universidades, ONGs, pontos de cultura, cineclubes e outros Em apenas dois dias de oficina, os cineastas Philippe Barcinski e
ambientes educativos formais e informais. Acesse www.clarocurtas. Marco Del Fiol propõem aos participantes atividades práticas e teóricas
com.br e participe! que vão desde a criação da ideia inicial, passando por roteiro, planejamen-
to, captação e edição de imagens e sons até a difusão dos vídeos digitais de
Miniguia: Em linguagem simples e acessível, dirigido a todas as curta duração e das fotografias produzidos durante a experiência no site
pessoas que desejam expressar-se por meio do audiovisual, este www.projetolaboratorio.com.br.
miniguia foi cuidadosamente elaborado com o objetivo de oferecer
informações para o aperfeiçoamento técnico, teórico e artístico da Seminário: Encontro anual realizado na cidade de São Paulo, que apre-
produção audiovisual a partir das novas tecnologias digitais móveis. senta ao público palestras e debates sobre o impacto das novas tecno-
logias digitais móveis nos processos de criação, produção e difusão au-
Em versões impressa e digital, o miniguia é distribuído gratuita- diovisual. Os encontros abordam ainda os efeitos do audiovisual nos
mente para escolas, universidades, pontos de cultura, ONGs, cine- processos de aprendizado e de participação social, além de práticas de in-
clubes e outros ambientes educativos formais e informais de todo clusão e acessibilidade na difusão de conteúdos audiovisuais.
o Brasil.
Guia do Educador: Em versões impressa e digital, o Guia do Edu-
Este Miniguia, o Guia do Educador, os Vídeos
cador oferece dicas e orientações que estimulam o uso da lingua-
Educativos e o acervo do Festival podem ser
gem audiovisual como instrumento de aprendizado, expressão e
acessados gratuitamente por meio do site
participação social. O guia é distribuído em rede para ambientes
educativos formais e informais no Brasil.
www.clarocurtas.com.br
OLHAR

Sobre o Este miniguia integra as ações edu-


cativas empreendidas pelo Instituto
MINIGUIA DE Claro por meio da plataforma Claro Imagens do vídeo educativo “Olhar”
disponível no site www.clarocurtas.com.br
Curtas. Gratuito, com versão impres-
PRODUÇÃO sa e também digital, disponibilizada
DE VÍDEOS DE para download no site www.clarocurtas.
com.br, o miniguia oferece uma série V ocê olha o mundo todos os dias. Mas o que você vê? O que
tem a dizer sobre o que viu? Como comunicar aos outros o
CURTÍSSIMA de reflexões, sugestões, orientações,
seu olhar? Com o surgimento da tecnologia, todos nós podemos
curiosidades e dicas para que você
METRAGEM possa aprimorar sua produção audio-
transformar nosso olhar em mensagem audiovisual. Atualmente,
temos ao nosso alcance câmeras, computadores, internet, celula-
visual realizada a partir de celulares,
res. Não é por acaso que pessoas de todas as idades, de todos os
06
câmeras digitais, filmadoras e outros
lugares do mundo, de todos os credos e classes estão passando a
dispositivos móveis.
usar imagens e sons para expressar ideias, mostrar diferentes rea-
Leia atentamente este miniguia, assis- lidades, compartilhar e divulgar maneiras únicas de ver o mundo.
ta aos vídeos educativos disponíveis
Sua experiência pessoal, sua história de vida, sua comunidade,
no site www.clarocurtas.com.br e ex-
sua família, algo que você adora, detesta, imagina, algo com que
plore livremente sua criatividade para
sonha, um questionamento diante da realidade – tudo merece o
produzir vídeos e compartilhar suas
seu olhar e a sua curiosidade. Tudo pode ser transformado em
criações na rede. No site, você encon-
filme.
tra também dicas e links para ampliar
sua pesquisa, além de glossário para Mas não basta “olhar” o mundo. Precisamos prestar atenção. Re-
esclarecer termos técnicos. fletir sobre como e por que as coisas acontecem. Esse olhar trei-
nado e curioso não é um dom exclusivo dos grandes cineastas ou
Se você é educador ou empreende-
dos artistas. Experimente olhar, experimente realizar.
dor sociocultural, consulte o Guia
do Educador, que traz dicas e orien- O seu olhar pode inspirar a criação de histórias reais ou inventa-
tações para uso do audiovisual e das das, pode disparar o desejo de expressar-se por imagens em movi-
novas tecnologias em ambientes mento. O seu vídeo pode tratar de questões do mundo, de você
educativos formais e informais. Faça mesmo, de outra pessoa ou de coisas que nem existem. Experi-
parte da rede Claro Curtas de demo- mente. O que você tem a dizer? Como transformar seu olhar em
cratização do audiovisual. Valorize as ideias e como traduzi-las por meio de imagens e sons? Vale ani-
experimentações, a livre criação e a mação, documentário, ficção, videoclipe, videoarte e qualquer
expressão dos seus alunos. outra linguagem que se possa inventar.
¬ ¬ Você também pode fa l a r s o b re Muito pode ser feito com pouco. Não é preciso dispor de atores
olhar seu próprio mundo. O q u e v o c ê profissionais, nem de superequipamentos. Podemos contar com
vê nele? O que pensa d e l e ? nossos amigos, nosso celular, nossas câmeras digitais. Podemos
criar histórias emocionantes, divertidas, dramáticas. São as novas
O que quer contar sobre o que sente? Esse olhar também pode mídias que se apresentam como novas oportunidades e novas
render histórias curiosas, interessantes e únicas. Alegrias e triste- formas de criar e expressar nossas ideias.
zas, conquistas e decepções, sentimentos e pensamentos engra-
çados, sonhos e fantasias, situações sem pé nem cabeça. Todo ¬ ¬ É s ó c o m e ç a r.
seu universo pode se transformar em vídeo.
Olhe o mundo à sua volta. Observe, analise, invente, crie, con-
Vale lembrar que não vemos somente com os olhos. Podemos te! As boas histórias estão ao alcance dos olhos, no contato das
perceber as coisas que acontecem à nossa volta pelo contato mãos, nas ondas sonoras entrando pelos ouvidos. Basta ficar
com as mãos, por sons, cheiros, sabores que chegam aos nos- atento para perceber que cada imagem, cada momento do dia
sos sentidos. pode trazer histórias a serem contadas por meio de imagens e
Nessas descobertas do olhar, até mesmo os documentários, que sons.
costumam retratar a realidade, acabam por refletir as interpre- E esse olhar pode ser compartilhado com pessoas que estão do
tações do autor sobre o objeto documentado. Afinal, é o autor outro lado do mundo, com diferentes ideias e modos de pen-
que escolhe o que vai documentar e como vai fazer isso. Uma sar. E vice-versa: o mesmo vale para você, que também pode co-
pessoa, um lugar, um período histórico, tudo, qualquer coisa nhecer o olhar de outras pessoas por meio de um simples clique.
pode servir de inspiração. Essas escolhas definem a sua maneira
particular de contar aquela história. Se duas pessoas fizerem dois
08 documentários sobre a mesma rua, veremos que cada uma de- ¬ ¬ T V n a i nter net
las vai explorar elementos diferentes dentro do mesmo universo.
O Joost (www.joost.com), que se propõe a ser uma espécie de TV na
internet, tem até alguns canais de TV. A diferença é que o Joost dá a
opção de montar a sua própria programação. É um site para assistir,
¬ ¬ Vídeos n a i n t e r n e t mas não para postar seus vídeos.
Hoje, gente do mundo todo posta seus vídeos na internet. São Você pode ainda acessar o Qik (www.qik.com), que tem grande
produções que usam os mais diversos formatos, técnicas, linguagens acervo de vídeos feitos exclusivamente com celular e comporta
e suportes. Ficção, documentário, clipe, videoarte, animação, fita transmissão ao vivo.
DV, celular, foto, vale tudo. A imaginação é o limite. E existem
vários lugares para conhecer esses outros olhares ilimitados. A internet tem espaço pra todos os tipos de olhar, inclusive o seu.

O Youtube (www.youtube.com.br) é a grande enciclopédia de


vídeos da internet. Lá, é posivel encontrar vídeos de várias partes
do mundo, programas de TV, registros caseiros, videoclipes e
muito mais. O Youtube é sempre um excelente lugar para publicar
sua produção e divulgar em rede para os seus amigos.
Você também pode encontrar trabalhos interessantes no Vimeo
(www.vimeo.com), site que só permite postagem de quem produz.
Se você escreveu, dirigiu, fez câmera ou trilha, pode colocar lá o
resultado do seu trabalho criativo.
Outra boa dica é assistir a filmes de vários gêneros ou de um gênero

pensar de que você goste especialmente. Divirta-se, mas preste atenção aos
detalhes e anote o que percebeu como diferencial. Pode ser a luz,
a trilha sonora, os personagens, as cores da cena, o enquadramen-
to da câmera. Pode ser a forma como os atores estão posicionados.
Eles aparecem de corpo inteiro? Ou há apenas o rosto, um detalhe
do corpo? O que cada cena pretente transmitir? Como a imagem
ajuda a passar a ideia do filme, o sentimento de um personagem?
Os cenários são cheios de objetos ou têm poucas coisas? Enfim,
Imagens do vídeo educativo “Pensar”
tente pensar por que cada coisa aparece daquela maneira. Qual era
disponível no site www.clarocurtas.com.br a intenção de quem estava fazendo o filme quando escolheu aquele
lugar ou aquela música?
Esse é um jeito interessante de perceber como cada diretor tem ca-
racterísticas completamente diferentes de outro. Isso pode ser útil
ao planejamento do seu vídeo e vai ajudar a organizar seu projeto.

J á descobrimos a importância de olhar o que acontece ao


nosso redor. Já percebemos que praticamente qualquer si-
Pensar e planejar antes de começar a gravação ajuda muito, pois,
além de enriquecer a ideia original, vai permitir que a produção
tuação pode ser transformada em ideia para um vídeo. Quer ele seja aconteça de forma natural, evitando imprevistos. É claro que im-
uma experimentação, quer seja uma animação, um documentário, previstos e improvisos fazem parte de qualquer trabalho, mas, com
uma ficção ou um ensaio artístico. um pouco de planejamento, muitos problemas podem ser ante-
10
Mas são vários os detalhes que precisam ser pensados e repensados. cipados ou evitados. Tudo flui muito melhor quando a ideia do
Isso fará toda a diferença no final. Que mensagem queremos pas- filme está madura, pensada, e a produção, devidamente planejada.
sar ao transformar uma ideia em filme? Qual será o texto? Tem nar- Imagine parar a cada momento para resolver algo que não foi pen-
rador ou não? Onde o filme acontece? O que acontece no filme? sado com antecedência? O filme fala sobre um garoto que vai jo-
Quais são os personagens? gar futebol com os amigos. Muito legal, mas cadê a bola? Ninguém
Que linguagem utilizaremos para transmitir a história? Onde a trouxe? Achou uma bola? Ótimo. Começa a filmagem, mas na se-
câmera vai estar naquela cena? Como será a luz do filme? Com gunda cena acaba a bateria da câmera ou do celular. Levou o carrega-
quais técnicas vamos trabalhar? dor? Não? Então, tudo tem que parar e só recomeça horas depois.
Lembre-se de que não é preciso ter equipamento de última gera- ¬¬ Uma boa maneira de evitar os
ção. Hoje, é possível fazer filmes até com uma sequência de fotos i m p re v i s t o s é t e r s e m p re u m
escaneadas. “ p l a n o B ” g u a rd a d o n a m a n g a .
Não quer pensar em nada disso? Tudo bem, o importante é expe- O seu amigo ator adoeceu? Tenha o telefone de outra pessoa que
rimentar. A livre experimentação vai lhe ensinar um monte de coi- possa substituí-lo. Sua tia não pode mais emprestar a casa que ser-
sas. Mas um pouco de reflexão e planejamento ajudam bastante. viria como cenário? Que tal já ter acertado antes a casa da vizinha
como segunda opção?
Uma boa maneira de planejar é ir anotando todas as suas ideias,
situações interessantes, possibilidades, dúvidas, soluções encontra- Quando começamos a planejar, achamos difícil pensar em todos
das, uma lista com o contato de amigos que podem ajudar, luga- esses detalhes. Mas, com a prática, o planejamento vai ficando cada
res para filmar. Manter um caderno só para isso vai garantir que ne- vez mais fácil. Pense antes em cada cena do seu vídeo. Cheque os
nhuma ideia genial se perca durante o planejamento. detalhes.
Cada novo projeto traz mais experiência e é assim que vamos apren-
pensar
FAZER
dendo e até aprimorando nossas técnicas.
Não há limite para a imaginação e nada é mais gratificante do
que ver uma ideia ganhar forma. Agora, pode ser sua vez de em-
barcar nesse instigante desafio. Desenvolva seu projeto, planeje a
produção do seu vídeo e siga em frente.

¬ ¬ Não gu a rd e s ó n a m e m ó r i a ,
escrev a !
Assista ao vídeo “Arroba”, vencedor do júri popular do
Imagens do vídeo educativo “Fazer”
Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Claro disponível no site www.clarocurtas.com.br
Curtas 2ª Edição, e veja algumas das coisas que podem ter
sido planejadas e anotadas antes do início das filmagens.
Pense como se o diretor fosse você.
Ideia principal: Um rapaz está concentrado no seu
trabalho, usando diversos aparelhos tecnológicos quando
P ara desenvolver um projeto audiovisual, seja de 90 segundos,
seja de 90 minutos de duração, é necessário ter um planeja-
um elemento do seu entorno o surpreende e, a partir mento claro do que se quer produzir. Hora de colocar o projeto em
disso, descobrimos que a tecnologia está em toda parte. prática. Vamos “fazer” o vídeo.
12 O fazer audiovisual aqui apresentado vai explorar dicas úteis à
Elementos importantes para a filmagem: Quais elementos
podem ser usados para construir a personalidade do produção de filmes de 30 a 90 segundos. Vamos abordar as prin-
rapaz? Postura, sotaque? Quais acessórios devem estar cipais etapas para a execução de projeto audiovisual de curtíssima
disponíveis? Computador, scanner, fone de ouvido... Os duração: produção de roteiro, definição de equipamentos e equipe,
cenários principais são o escritório e o ambiente externo, captação de imagens e sons, edição e montagem do material capta-
quais recursos de iluminação e de movimentos de câmera do e assim por diante.
irão contribuir para transmitir ao espectador o contraste
entre os dois espaços? Qual o elemento surpresa que É claro que você pode inverter todas as etapas e criar algo incrí-
desencadeia a narrativa? vel, mas reunimos aqui uma série de informações que podem aju-
dar você a realizar a ideia do seu vídeo com qualidade e sentido.
Afinal, você quer que esse curta transmita o seu olhar de maneira
clara e precisa para alcançar os seus objetivos. Seja radicalizar, ensi-
nar, documentar, celebrar, questionar, divertir, conscientizar, protes-
tar ou emocionar.

Imagens do vídeo“Arroba” de Ricardo Martins Pereira e Souza, vencedor do júri


popular do Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas 2ª Edição
As principais etapas que elencamos para a realização de obras D e f i n i ç ã o d o p ro j e t o
FAZER audiovisuais para mídias móveis são:
O que você deseja filmar? Qual a ideia a ser realizada? Será uma
ffDefinição do projeto; filmagem falada ou muda? Terá atores ou apenas cenários? A
ação acontecerá durante o dia ou à noite? Na cidade ou no cam-
ffRoteiro; po? No mar ou em terra? Em casa ou na rua?
ffSeleção do equipamento; Essas perguntas demonstram quantas informações são neces-
sárias para formular uma ideia que, futuramente, será levada
ffProcesso de filmagem;
adiante na produção do seu vídeo. Ter em mente o que deseja
ffEdição de áudio e vídeo. transmitir com clareza torna o processo mais simples e efetivo.
Tente sempre se colocar no lugar do espectador, aquele que
Imagens do vídeo educativo “Fazer” recebe a informação em imagens e sons. Analise com certa dose
disponível no site www.clarocurtas.com.br
de autocrítica se a mensagem está sendo passada ao especta-
dor de maneira satisfatória. Nem sempre conseguimos isso de
primeira. As pessoas vão conseguir entender o que você quer
dizer ou mostrar com o seu vídeo? Se ficar em dúvida, faça um
teste, apresentando suas ideias a algumas pessoas próximas e
cheque se elas entenderam de fato a sua proposta. Elas enten-
deram? Então, siga em frente! Não entenderam? Trabalhe mais
um pouco para tornar as ideias mais claras.
14

¬ ¬ Organi z a n d o a p ro d u ç ã o R o t e i ro

Quem vai participar da produção? Você e um amigo? Você nas da história a ser contada usando uma série de descrições de-
e sua turma? Você e sua família? Alguns colegas de trabalho? talhadas de imagens e sons. É como se o cinema fosse uma mis-
Não se esqueça de montar sua equipe destacando talentos tura de romance, peça de teatro, música, arte visual e fotografia
ao seu redor. A amiga que faz maquiagem bacana, o irmão para produzir uma nova linguagem, a linguagem audiovisual. E
que toca guitarra, a sobrinha que faz cenários, o primo que é por envolver na sua concepção elementos das seis artes tradi-
entende tudo de celular, o vizinho ator. Organize a agenda cionais – música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura –
de filmagem e veja quando e como cada um deles precisará que o cinema é chamado de “sétima arte”.
colaborar. Com o planejamento e a agenda de filmagem
em mãos, vai ficar muito mais fácil coordenar os talentos A seguir, apresentamos alguns elementos importantes, que po-
disponíveis. dem ajudar na composição do roteiro:
Como pretende fazer o filme? Você pode utilizar ffEle deve conter o enredo da trama. Esse enredo nada mais é
filmadoras, câmeras fotográficas, celulares, fotos escaneadas do que a história do filme descrita em elementos de imagem e
digitalizadas e editadas a partir de uma trilha sonora. Se for som. Ele traz a descrição das cenas e deve ser bem detalhado
uma animação, que tal definir a técnica a ser explorada? para que todos os envolvidos na produção (atores, fotógrafo,
Pode ser animação tradicional, digital, ou qualquer outra cenógrafo, figurinista, sonoplasta, iluminador, maquiador) pos-
na qual você tenha habilidades.
sam ter o máximo de informações para compor a história. Você
Com essas informações reunidas, o próximo passo é partir pode até colocar a cor da blusa que o personagem deverá usar.
para a produção do roteiro. Quantidade de informação significa qualidade no roteiro. E, se
você vai exercer todas as funções da produção do seu filme, me-
FAZER lhor ainda, pois isso vai ajudá-lo a lembrar todos os detalhes. ¬ ¬ E l a b o r a ndo o roteiro
O roteiro pode ser adaptado de um livro ou de uma
ffNo roteiro, é preciso escrever os diálogos dos personagens – se peça de teatro. Pode surgir de um poema ou de
o filme tiver diálogos, é claro! Você também pode descrever como um conto que emocionou você. Pense em quantas
o personagem está se sentindo naquele momento. Feliz, triste, adaptações cinematográficas de Hamlet e de Romeu e
preocupado, apreensivo, apaixonado. Julieta, de William Shakespeare, já foram produzidas.
Nesse caso, dizemos que o roteiro é adaptado ou
ffO roteiro traz a descrição dos lugares onde se passarão as ce- inspirado numa obra anterior. Se o filme parte de
nas da trama e também a hora e as condições climáticas. Pode ser uma ideia inteiramente nova, dizemos que se trata de
uma praia no final de tarde, com o céu alaranjado, num dia fres- roteiro original.
co, ou uma avenida da metrópole numa sexta-feira chuvosa de
trânsito intenso. Quer pular o roteiro e sair filmando? Fique à vontade.
Você verá que, mesmo sem formalizar o roteiro, ele
ffVocê pode definir os enquadramentos, ou seja, o forma- está presente de alguma maneira na sua cabeça e irá se
to das cenas. É um plano fechado (close) ou um plano geral? A compondo a cada cena que você filmar.
câmera vai estar na altura dos olhos do personagem ou próxi-
ma ao chão? E se estivesse bem alta, fazendo a tomada de cima?
O diálogo da cena deve mostrar um personagem de costas para
a câmera e o outro de perfil ao fundo? Escreva isso no roteiro.
Quando e como pretende cortar a cena? Uma boa dica para
16 quem sabe desenhar um pouquinho é fazer os desenhos dos en-
quadramentos da cena. Isso se chama storyboard e dá uma boa
noção de como trabalhar os quadros que compõem o filme.
ffNo roteiro, também é útil colocar os equipamentos necessários Imagens do vídeo “Homo Digitalis” de Ariel Schvartzman, finalista do Festival
para uma cena. Por exemplo, uma tomada ao ar livre pode exi- Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas 2ª Edição

gir um gravador extra para captar melhor o sons externos. Como


vai ser a iluminação? O que deverá estar iluminado? Um objeto?
O personagem? Se a cena acontece numa sala fechada e escura, é
importante especificar que serão necessários mais pontos de luz.
¬ ¬ A u t o r i z ação de uso
Em um roteiro para vídeos com duração de 30 a 90 segundos, é Um ponto muito importante é o das autorizações de uso de imagem e
preciso exercitar a objetividade. Torna-se fundamental que o ro- música. No site www.clarocurtas.com.br, você encontra modelos de au-
torização e links de acervos livres de imagem e de música. As pessoas
teiro esteja bem detalhado para que o realizador tenha domínio
que aparecerem no filme, como atores principais e figurantes, devem
do tempo e não extrapole a duração prevista. Um roteiro não assinar a autorização de uso de imagem e voz.
precisa necessariamente de começo, meio e fim nessa ordem rígi-
da. Se você quiser, pode começar seu vídeo pelo final, retornar ao As músicas que você vai utilizar na trilha sonora do vídeo devem ser lib-
começo da trama e concluir a história no meio da narrativa. Ex- eradas com os detentores dos direitos autorais e fonográficos. A ou-tra
perimente e liberte a sua criatividade. Vá em frente. O que im- opção é usar músicas originais, de acervos livres ou disponíveis sob licen-
porta é que o seu roteiro tenha lógica e possa contar a sua história ça de Creative Commons. Deixe claro onde você pretende exibir o filme.
para o espectador. Com tudo previamente combinado, não haverá problemas no futuro.
Roteiro mínimo Seleção do equipamento
FAZER
O roteiro de um vídeo de 30 a 90 segundos deve conter: A escolha da linguagem, o conjunto de planos, ângulos, mo-
vimentos de câmera e recursos de montagem que compõem o
Início – parte 1
universo de seu filme – tudo isso vai definir o equipamento ne-
Apresentação dos personagens, do local ou do que você está pre-
cessário para a filmagem ou para a composição da animação (se
tendendo produzir.
for o caso). Mas você também pode definir a linguagem a partir
Ponto de virada – parte 2 do equipamento que já tiver em mãos.
Aqui é onde a história muda radicalmente. O príncipe transfor-
O melhor das novas tecnologias é você poder experimentá-las
ma-se em sapo, a mocinha é largada pelo namorado, o cachor-
livremente para produzir conteúdos e expressar ideias. Até mes-
ro foge, o carro quebra, ou seja, o “mundo” do filme vira de ca-
mo as limitações do seu equipamento podem ser transformadas
beça para baixo.
em arte e em linguagem audiovisual.
Final – parte 3
O encerramento do enredo da história. O final pode ser feliz, ¬¬ Arrisque-se e inove
triste, enigmático, engraçado, enfim, o que der na cabeça.
ff Você pode optar por filmar com o seu celular. Neste caso, as
Quanto mais detalhado o roteiro, mais segurança e desenvol- filmagens deverão se concentrar em cenas próximas, ou seja,
tura você terá durante a filmagem. Mas lembre-se: um toque de usar quadros mais fechados, explorar closes, para permitir me-
improviso não faz mal a ninguém e pode fazer toda a diferença lhor captação e definição dos sons e das imagens. Isso vai garan-
no resultado final. tir que o espectador perceba melhor o que acontece na cena e
consiga identificar os personagens e os elementos. Lembre-se de
18 que seu filme pode ser visto na telinha do celular e esse detalhe
faz toda a diferença na percepção do filme.
¬¬ Smartphones,
c e l u l a re s m u l t i m í d i a Caso a opção seja por uma câmera fotográfica ou uma fil-
ff

madora comum, os quadros tomados de maior distância ficam


A mobilidade trazida pelos celulares, que além mais definidos, pois a qualidade da lente é melhor. É funda-
de aparelhos de comunicação são também mental, sempre que possível, realizar alguns testes antes de fil-
câmeras fotográficas com flash, zoom, filtros e mar “pra valer”. Assim, você poderá checar o alcance do áudio e
outros recursos, sempre à mão em seu bolso, do zoom do seu equipamento.
possibilita cada vez mais a filmagem com boa
qualidade. Além disso, eles permitem editar e
compartilhar imediatamente após a filmagem.
Os atuais smartphones, como são chamados
esses celulares multifuncionais, possibilitam
inclusive publicar em sites e redes sociais na
internet diretamente do aparelho. E existem
muitos programas de edição disponíveis para
as principais plataformas: iPhone, Android,
Blackberry, Windows Mobile etc.

Imagens do vídeo “Nova Mensagem” de Evandro Garcia Silva, finalista do Festival


Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas 2ª Edição
ffSe você possui equipamentos mais complexos, pode optar por P ro c e s s o d e f i l m a g e m
FAZER closes bem definidos ou movimentos mais elaborados, além de
poder contar com mais qualidade de captação de áudio. Definidos o roteiro e o equipamento, chega a hora de iniciar as
filmagens, botar a mão na massa. Luz, câmera, ação!
ffVocê também pode recorrer a outros equipamentos e dispo-
Mas, antes de começar a filmar, confira as dicas:
sitivos visuais e sonoros. Os scanners, por exemplo, permitem
digitalizar fotos, desenhos e até objetos. Com esse material em ff Procure seguir o roteiro que você escreveu, mas aproveite as
mãos, você pode fazer montagens quadro a quadro. O impor- filmagens para captar imagens adicionais e filmar a mesma cena
tante é aproveitar com criatividade toda a tecnologia que está de ângulos diferentes. De frente, de baixo, de costas, de perfil.
ao seu redor. Na hora de editar o material filmado, isso fará toda a diferen-
ça, pois você terá alternativas e garantia de qualidade e quanti-
ffNas filmagens externas, como ruas, parques, estádios, você
dade de cenas.
pode utilizar um gravador digital de voz como apoio na capta-
ção de som. Assim, caso o áudio fique prejudicado por barulhos ff Caso o filme tenha muitos diálogos, um modo de evitar que
e ruídos, o gravador pode servir para fazer uma dublagem que os atores, profissionais ou não, errem suas falas, é escrevê-las e
substitua o áudio original. O gravador ajuda também na capta- colocá-las em locais próximos para serem lidas. As frases podem
ção de sons úteis ao filme. Passarinhos cantando, crianças rindo, ficar em cima da mesa, em uma cartolina diante da câmera, no
panelas caindo, carros passando... chão, na parede. Apenas tome cuidado para não deixar que o
truque apareça na cena filmada.
ffFique atento ao áudio do seu vídeo. Os celulares e câmeras
fotográficas têm limitações técnicas na gravação do som. Nes- ffFilme sempre em locais que disponham de boa iluminação.
20
ses casos, o uso de gravador externo pode resolver o problema Caso as filmagens aconteçam em ambientes fechados, você pode
e garantir a qualidade do áudio. Lembre-se de prestar atenção melhorar a iluminação utilizando luminárias comuns. Peça para
aos microfones utilizados, preferindo os direcionais sempre alguém segurar a luminária, focalizando a cena.
que possível. Se quiser captar o som de todo o ambiente, você
poderá utilizar microfones comuns. ffUma boa maneira de melhorar a iluminação é encapar uma
placa de isopor com papel alumínio para refletir a luz. Assim,
você poderá direcionar a luz disponível para onde quiser e ga-
rantir uniformidade de iluminação na cena. Isso impede que a
cena fique com muitas sombras e que algumas partes da ima-
gem fiquem escuras.
ffCaso você decida filmar ao ar livre, procure realizar as filma-
gens durante o dia para aproveitar a luz do sol. Se a história
acontece à noite, você pode filmar de dia e escurecer as cenas na
hora de editar o filme. Mas, se quiser mesmo que a filmagem
aconteça à noite, faça alguns testes para evitar surpresas desa-
Imagens do vídeo “Perna” de Bruno Roberto de Souza, gradáveis na hora da edição do material filmado.
1º lugar do Festival Nacional de Curtíssima Metragem –
Claro Curtas 1ª Edição
ffTente não filmar de frente para o sol, pois você perderá a niti- ffCuidado com ruídos no momento da filmagem. Ônibus pas-
FAZER dez da imagem das pessoas ou do local que está filmando. Você sando, carros buzinando, cachorros latindo, televisão ligada ou
verá que seus personagens vão parecer sombras. Esse é o efeito mesmo a vizinha gritando com os filhos podem atrapalhar seria-
da contraluz. Por isso, use a luz do sol a seu favor, ou seja, para mente a captação do som. Isso fica mais grave quando a filma-
iluminar a cena. Além de dar um ar natural ao seu filme, ela é gem envolve diálogos entre personagens.
gratuita e eficiente. A menos que você queira usar a contraluz
como efeito artístico. ffSe possível, consiga um microfone emprestado. Os micro-
fones embutidos de celulares e câmeras digitais têm suas limi-
ffFilmar num dia nublado é uma boa pedida. Sem sol direto, tações. Com um microfone externo, as chances de gravar com
há menos incidência de sombras e as imagens ficam mais defi- perfeição e nitidez os sons que deseja são bem melhores. Caso
nidas e uniformes. opte por utilizar um microfone suspenso, tenha o cuidado de
deixá-lo fora do quadro.
ffSe optar por utilizar movimentos de câmera, como zooms
e panoramas, preste atenção à velocidade e à estabilidade da ffExistem lojas e brechós que alugam equipamentos, roupas,
câmera. Movimentos bruscos podem causar vertigens no es- objetos – esse é um bom recurso para quem precisa de algum
pectador. A menos que seja essa a sua intenção. Caso contrário, equipamento extra ou deseja conseguir aquele chapéu dos anos
mantenha o foco na cena e, quando forem necessárias aproxi- 1940, indispensável para a história.
mações e outras tomadas de câmera, realize-as de maneira lenta
e contínua. Outra dica é evitar trocar o ângulo da cena muitas ffEvite posicionar o microfone de frente para o vento. O baru-
vezes em curto período de tempo, pois isso também pode es- lho causado pode atrapalhar a captação do som, deixando ruí-
tressar o seu espectador. dos indesejáveis. Uma boa dica para reduzir esse barulho é co-
22
brir o microfone com um pouco de espuma.
ffSe você for gravar cenas em movimento, tente fazer movimen-
tos leves, suaves e direcionados. A não ser que você queira ex- ffPara não deixar as imagens tremidas, tente usar, sempre que
plorar intencionalmente a câmera tremida. necessário, um tripé. Isso evitará que movimentos não plane-
jados estraguem a sua filmagem. Não tem tripé? Use uma vas-
ffProcure variar os ângulos de visão. Se isso for feito de maneira soura para servir como apoio. Isso dará estabilidade às imagens
lenta e não repetitiva, irá melhorar a noção que os espectadores captadas.
têm do cenário em que ocorre a história. Também irá aumentar
a identificação do espectador com o universo dos personagens e Tome cuidado com as roupas escolhidas para as filmagens.
ff

ajudar a manter o ritmo do seu filme, tornando-o mais dinâmi- Uma roupa branca, se o fundo for branco, pode prejudicar a
co e interessante. qualidade das imagens, pois perde-se o contraste. Procure fil-
mar os personagens com roupas de cores diferentes de paredes,
muros e fundos. O mesmo vale para os objetos usados em cena.
ff Não se esqueça de chamar aquela amiga que faz maquiagens
incríveis. Ela pode ajudar a disfarçar nos atores pequenas incor-
reções, como olheiras, manchas na pele e espinhas. Seu filme vai
ficar bem mais bonito.
Imagens do vídeo “Sétimo Dia” de Danilo Scaldaferri, finalista do Festival Nacional de
Curtíssima Metragem – Claro Curtas 1ª Edição
Edição de áudio e vídeo
FAZER ¬ ¬ Montando um
Agora que você concluiu as filmagens, chegou a hora de editar quebra-cabeça
todo o material.
Você precisará de um equipamento. Os computadores pessoais Editar é como montar um quebra-cabeça.
A imagem pronta mostrada na caixa é o
atualmente podem funcionar como verdadeiras ilhas de edição.
roteiro, as cenas são as peças. Só que na
Para editar seu filme, será necessário um software de edição. Na edição você não precisa montar a mesma
internet, existem vários desses programas para download gra- imagem da caixa, dá pra inverter peças,
tuito. E, hoje, até os modelos mais modernos de celular vêm descartar outras e, no final, conseguir uma
com programa de edição de vídeo. figura mais interessante do que a prevista.
A edição é a hora de definir o que serve e o que não serve para No processo de materializar uma ideia,
o seu vídeo. Essa fase é conhecida também como “processo do existem perdas e ganhos, coisas que
desapego”, pois nem sempre é fácil jogar fora aquela cena que foram planejadas talvez não funcionem e
deu tanto trabalho para gravar, mas que só está empacando o surpresas podem acontecer (e geralmente
ritmo da edição. Toda edição passa pelas mesmas etapas: acontecem), levando sua concepção para
uma rota diferente.
1. Entrada do material (vídeo, trilha, locução, fotos, desenhos
escaneados) no programa de edição;
ffAntes de iniciar a edição, é necessário passar as imagens, o áu-
2. Edição do material; dio, a trilha e tudo o mais para dentro do computador. Escolha
24 nomes para cada um dos trechos captados. Isso ajudará bastan-
3. Finalização (inserção de efeitos, legendas, correção de cor);
te no controle dos materiais que você está editando, além de ga-
4. Produção de cópias para distribuição (dvd, sites, e-mail). rantir fácil acesso a cada uma das cenas gravadas.
ffUma boa maneira de editar seu filme é criar inicialmente uma
Aqui, você poderá selecionar as cenas, inserir novos cortes, sin- linha do tempo. Primeiro acontece isso, depois acontece aquilo.
cronizar o áudio com as imagens e muito mais. Isso permitirá que você visualize o filme quadro a quadro.
Você poderá experimentar novas formas de contar a história,
trocar cenas de lugar, inserir elementos gráficos, efeitos, letreiros Lembre-se de que você pode ter mais de uma filmagem da
ff

e legendas. Explore livremente sua criatividade. mesma cena. Escolha a que lhe agradar mais.
ffSe tiver captado o áudio separado, garanta que as imagens e os
Veja algumas dicas que ajudarão no processo de edição: sons de cada cena estejam sincronizados.
ffO processo de edição de áudio e vídeo começa pela esco- ffDepois de montar a linha do tempo do filme, pode quebrar
lha do programa. Existem, na internet, inúmeras opções de essa linearidade de acordo com sua criatividade, ou seja, você
software gratuito para edição. Muitos deles estão disponíveis pode resolver trocar tudo de lugar. Começar pelo fim da trama,
para todas as plataformas: Windows, Macintosh e Linux. Os inverter a ordem das cenas e “brincar” livremente com a sequên-
links para alguns desses programas estão disponíveis no site cia da narrativa. É um grande jogo de recorta e cola até chegar a
www.clarocurtas.com.br. uma linguagem audiovisual dinâmica e interessante.
ffSempre tenha a preocupação de checar o tempo do filme. ffUma boa solução para problemas de áudio é a dublagem.
FAZER O Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas Você pode filmar todo o vídeo e depois inserir o áudio com as
comporta limitações de tempo mínimo e máximo. Verifique se dublagens – tanto usando os próprios atores quanto colocando
o seu vídeo tem duração entre 30 e 90 segundos, já incluindo a a voz daquele seu amigo locutor, falando pelo ator. Aqui tam-
abertura e os créditos, se for participar do Festival. bém vale ficar muito atento à sincronia entre a imagem e o som.
Quando você estiver com a sequência definida, é hora de prestar ffUma parte importante na edição de áudio é a trilha sonora.
atenção a outros detalhes técnicos: Qual a música do seu filme? Você poderá incluir músicas, desde
que autorizadas pelos seus autores e intérpretes. Há ainda músi-
ffCada cena pode ter sido feita em um lugar diferente, portanto,
cas que já estão em domínio público, ou seja, podem ser utiliza-
talvez haja grandes diferenças de iluminação de uma cena para a
das livremente. Pesquise, invente ou peça a um amigo músico
outra. Verifique em seu programa de edição onde poderá encon-
para compor uma trilha sonora para o seu filme. Afinal, uma
trar os comandos para ajustar o brilho, o contraste, a nitidez e o
cena de beijo fica muito mais emocionante com música român-
balanço das cores de uma cena para a outra.
tica ao fundo.
ffTambém é possível haver diferenças em relação ao áudio. Analise
ffNa internet, também há opções gratuitas de sons para efeitos
os recursos disponíveis no seu software e ajuste o volume dos diálo-
sonoros, como batida de palmas, ruídos de trânsito, sons de ani-
gos, equilibre os timbres mais altos; elimine ruídos indesejáveis.
mais... E que tal você mesmo produzir efeitos sonoros? Experi-
ffVocê também pode colocar efeitos especiais no seu filme. Há mente gravar sons de gritos, pratos caindo, água correndo e o
programas criados só para isso. Atenção: os efeitos podem dar um que mais inventar para compor efeitos sonoros exclusivos para
charme a mais para a sua produção, mas verifique onde e se eles o seu filme. Vale tentar.
26 realmente são necessários. Evite excessos no uso desse recurso.
ffUm recurso bastante utilizado na época do cinema mudo é a in-
serção de letreiros. Isso também pode ser utilizado na edição do
seu filme. Os letreiros costumam dar ênfase a uma ação ou per-
mitem que as pessoas acompanhem melhor a história.
ffAlém dos letreiros, também é possível inserir legendas. Elas são Imagens do vídeo “A Mão” de
Rodolfo Pauletto, finalista do Festival
úteis para ajudar o espectador a entender trechos de diálogos fala- Nacional de Curtíssima Metragem –
dos em outro idioma ou para corrigir problemas de áudio que Claro Curtas 1ª Edição

você não conseguiu resolver. As legendas são úteis para resolver a


compreensão de gírias e regionalismos. Dessa maneira, seu filme
poderá ser visto e compreendido por pessoas de todas as regiões do
Brasil e até de outros países.
ffTenha o cuidado de inserir tanto os letreiros como as legendas
com clareza. Utilize o tamanho adequado de letras, cores que não
incomodem a visão e facilitem a leitura. Lembre-se de que as le-
gendas não precisam ser a transcrição literal das falas, pois isso exi-
giria espaço muito maior da tela. O ideal são duas linhas de legen-
da na tela. Tenha cuidado com a sincronia entre o texto da legenda
e a cena.
FAZER ffNão inclua no seu filme trechos de músicas, marcas de empre-
sas ou cenas de outros filmes sem autorização de seus proprie- COMPARTILHAR
tários. Respeite sempre os direitos autorais. Procure fazer a tri-
lha sonora com músicas de grupos de amigos e conhecidos, pois
será muito mais fácil conseguir a liberação de alguém próximo.
Isso mesmo: não esqueça de fazer todo mundo assinar as auto-
rizações, até mesmo os amigos do peito.
ff Na internet, existem acervos disponíveis gratuitamente,
como, por exemplo, a licença Creative Commons, que permite
o uso de materiais produzidos por vários artistas – desde que se
Imagens do vídeo educativo “Compartilhar”
respeite o tipo de licença apresentada. Existem vários sites com disponível no site www.clarocurtas.com.br
imagens e músicas de autores que as deixaram disponíveis para
livre utilização.
No final da edição, é necessário aplicar os créditos do vídeo.
D epois de todo o processo de produção e edição, final-
ff

Assim, você agradece às pessoas que contribuíram com a mente o seu vídeo está pronto.
produção. Liste os nomes de todas as pessoas e suas funções,
além do crédito de músicas, compositores, músicos, cantores. Já sabemos: você quer mostrá-lo a todo o mundo. Afinal, qual
o objetivo de produzir um vídeo senão o de mostrá-lo para o
28 Estas dicas e orientações são apenas o começo. Você pode pes- maior número possível de pessoas? Então, chegou a hora de
quisar na internet mais informações sobre edição. Se quiser, divulgar seu filme. Entre no site www.clarocurtas.com.br e veja
procure livros sobre o assunto. Conversar com amigos e conhe- todas as dicas para inscrever o seu curta no Festival.
cidos e trocar conhecimentos é divertido. Assistir a muitos fil-
mes com o olhar de quem quer descobrir como eles foram fei- Além disso, existem inúmeros recursos para compartilhar
tos também ajudará bastante. filmes, sendo a internet o principal deles. Na grande rede,
pessoas de qualquer parte do mundo podem assistir ao tra-
balho que você realizou até mesmo sem sair de casa. Basta
apenas um clique.
Sites e redes de relacionamento, como Twitter, Orkut, Face-
book, MySpace e, principalmente, os blogs, são canais mui-
to populares para compartilhar arquivos de músicas, fotos e
filmes. Assim, você leva suas ideias a muito mais gente e pode
conhecer trabalhos de outros autores pelo mundo afora.
Entre os sites mais conhecidos e acessados para enviar e ver
Imagens do vídeo “Gustavo” de Estevão Keglevich, 2º lugar do Festival Nacional vídeos estão o Youtube, específico para esse fim, e o Vimeo,
de Curtíssima Metragem – Claro Curtas 2ª Edição
que concentra mais conteúdos de profissionais de vídeo. Mas
lembre-se de que, na grande maioria desses sites, é preciso
manter um cadastro para poder compartilhar seus vídeos.
Nas redes sociais e na blogosfera, você poderá compartilhar seu Lembre-se de conversar com as pessoas que assistiram ao vídeo
COMPARTILHAR vídeo e inserir suas impressões, a sinopse, curiosidades sobre as para saber se todas entenderam a mensagem passada, se tiveram
filmagens, o processo de produção e também trocar informa- dúvidas, se gostaram ou se têm sugestões para um novo projeto.
ções com outros autores de vídeos.
Ao divulgar seu vídeo, lembre-se de que você vai ouvir elogios e
Mas não é só pela internet que podemos divulgar um vídeo ba- também críticas. Fique preparado para elas, não se ofenda se al-
cana. Você pode gravar seu material em um DVD – os progra- guém não gostar do seu trabalho e, se puder, anote tudo o que
mas de edição de vídeo normalmente já contam com essa opção ouviu para não se esquecer de nenhum detalhe, pois as opi-
para gravar em várias extensões – e reunir todos os seus amigos niões positivas e negativas são essenciais para melhorar sua pró-
na sua casa para fazer uma sessão de cinema digital. Aqui, vale xima produção.
reunir seus vídeos e até mesmo incluir vídeos de outras pessoas
de diferentes comunidades. Não se esqueça da pipoca e convide
todos os que colaboraram com o seu vídeo.
Se achar que seu filme tem potencial educativo, leve o materi-
al para a direção das escolas do bairro. Além do prazer de com-
partilhar seu olhar, o audiovisual é um excelente instrumento de
aprendizado. Você pode fazer uma sessão seguida de debate com
alunos e professores, contando o processo de criação e produção
do filme. E, talvez, quem sabe, seu exemplo inspire toda uma
Imagens do vídeo “Mar Vermelho” de Cristyangelo Gomes, 3º lugar do Festival
nova geração de criadores de vídeos! Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas 2ª Edição

30

¬¬ Uso da internet ¬ ¬ C i n eclubes


e c e l u l a re s n o B r a s i l
As novas tecnologias têm trazido formas inovadoras de
Em 2009, o Brasil contava com cerca produção social de conteúdos. A organização do público
de 68 milhões de internautas, segundo na forma de cineclubes gera cada vez mais experiências de
o Instituto Brasileiro de Geografia e produção alternativa, assim como articulação de novas formas
Estatística (IBGE). A mesma pesquisa de distribuição e acesso a filmografias que não encontram
indicou que havia 27% de domicílios espaço de circulação na rede tradicional de cinemas.
conectados à internet.
Os cineclubes são espaços democráticos que permitem
De acordo com a Anatel, no final de a novos realizadores exibir e debater suas produções
2010, existiam no Brasil cerca de 203 audiovisuais com outras pessoas e, principalmente, pro-
milhões de celulares, ou seja, número porcionam um modo de aprender sobre a linguagem
maior que o da própria população, que cinematográfica, vendo filmes que dificilmente passam em
é de 190 milhões de pessoas, segundo outros lugares.
o IBGE.
Compactando seu vídeo A audiodescrição consiste na descrição clara e objetiva de to-
COMPARTILHAR das as informações que recebemos visualmente e que não estão
Uma vez terminado seu vídeo, mesmo em se tratando de contidas nos diálogos, como expressões faciais e corporais que
curtíssima metragem, é importante assegurar-se de que seu comuniquem algo, aparência de ambiente, figurinos, cenários,
tamanho (medido em Megabytes) não seja grande demais. efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além de créditos,
Em geral, os sites e canais de compartilhamento de vídeos títulos e qualquer informação escrita na tela.
na internet têm limitações de tamanho de arquivo. Um bom
exemplo é o Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Assim, a pessoa com deficiência visual pode desfrutar integral-
Claro Curtas, que permite a inscrição de vídeos de até 10 mente da obra, seguindo a trama e captando a mensagem con-
Megabytes. tida na narrativa. Para tornar o vídeo acessível a pessoas com de-
ficiência auditiva, utiliza-se a LIBRAS, através da inserção de
Muitas vezes, o formato do vídeo já resolve. Faça um teste: uma janela em que um intérprete traduz as informações sono-
coloque seu vídeo em alguns dos principais formatos e com- ras do vídeo.
pare os resultados. DivX, MP4, MKV, AVI e MOV são os
mais usados atualmente. Já as legendas (ou subtitulação) permitem que pessoas com de-
ficiência auditiva assistam e entendam o que está sendo falado,
Para esta questão, recomendamos que você entre em fóruns assim como outras informações sonoras relevantes para a com-
de discussão na internet e que troque informações com preensão da narrativa. Este recurso também facilita o entendi-
colegas, pois isso pode ajudar muito. Você vai encontrar vá- mento para estrangeiros e pessoas em processo de alfabetização.
rios programas que permitem fazer a conversão (transcodifi-
cação) de formatos, assim como os codecs (que significa codi- Finalmente, quando fizer sessões públicas do seu filme, certi-
ficador/decodificador). fique-se de que os locais estejam preparados para receber pessoas
32 com deficiência física. Lembre-se de reservar espaços adequados
Experimente alguns para ver com qual você se dá melhor. para elas na sala de exibição.
Existem vários programas gratuitos ou livres: VirtualDub,
VideoSpin, MediaCoder, Cinelerra. Além das soluções mais Prover acessibilidade nos produtos e meios culturais é um pro-
profissionais, de softwares comerciais de renome, como o cesso novo e em construção, que traz um grande aprendizado
Adobe Premiere ou o Final Cut. para todos os envolvidos.

Audiovisual e acessibili d a d e
Compartilhar não é apenas divulgar seu filme, mas também
permitir a qualquer pessoa ter acesso à sua mensagem. É por
isso que os vídeos finalistas de cada edição do Festival Na-
cional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas passam
por processos de inserção de audiodescrição, subtitulação e
Imagens do vídeo “Pontapé Inicial” de Mikael Santiago, finalista do Festival
LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Essas versões, aces- Nacional de Curtíssima Metragem – Claro Curtas 1ª Edição
síveis a pessoas com deficiência visual e auditiva, ficam dis-
poníveis no site www.clarocurtas.com.br.
APRENDER
P ense em tudo o que fez até agora: olhar e inventar, ex-
pressar, organizar e amadurecer as suas ideias, pensar e
A tecnologia pode unir pessoas. Elas compartilham suas reali-
dades, se conhecem, aprendem a respeitar as diferenças, sejam
planejar o seu filme, conhecer pessoas, trabalhar em equipe, fil- físicas, sejam culturais, pois todas essas pessoas estão conectadas.
mar, editar, compartilhar, ouvir a opinião e o sentimento das
Com tantas possibilidades ao nosso alcance, surgem novas for-
pessoas que assistiram ao seu filme.
mas de viver, de estar e de ser digital. Você cria, faz, compar-
Todas essas experiências, presentes na linguagem e no fazer au- tilha, ensina, mas também busca e aprende o tempo todo. E
diovisual, implicam um monte de novos conhecimentos e habi- o melhor de tudo é que você leva essa experiência para sem-
lidades. Significa participar, aprender e transformar a si mesmo pre consigo, podendo criar mais e mais projetos, participar, co-
e transformar o mundo. laborar, levar diversão ou saberes para quem precisa. Tudo isso
porque teve a iniciativa de começar e agora pode perceber o
Seu vídeo deu supercerto? Maravilha! Deu errado? Tente de
quanto recebeu em troca.
novo. De todo esse processo, permanece o aprendizado. O au-
diovisual envolve muitos saberes e esse fazer nos leva além. Tudo Este é o grande legado da tecnologia: ela permite a democra-
isso é possível graças à era digital, que permite a criação de men- tização da informação. Imagine quantas pessoas têm agora em
sagens para divertir, emocionar, ensinar e compartilhar. suas mãos a possibilidade de produzir e compartilhar pequenas
34 produções audiovisuais. São fontes inesgotáveis de conhecimen-
Seu filme ajudou ou não você a lidar melhor com as pessoas e
to e entretenimento.
com o mundo? Ajudou a enfrentar melhor os problemas? A luz
que pifou, o cachorro que latiu na cena perfeita. Você teve que A tecnologia está à disposição para que possamos aprender,
usar muita criatividade e força de vontade para superar cada transformar, reeducar, criar novos conceitos e quebrar barreiras.
obstáculo. Aprender fazendo é muito divertido. Pesquisar, estu- Cabe a você descobrir coisas novas, produzir seus próprios con-
dar e aprofundar os conhecimentos sobre aquilo que lhe inte- teúdos, escolher seus caminhos e explorar todas as possibili-
ressa exige esforço, mas vale a pena. dades da Sociedade da Informação e do Conhecimento. Afinal,
a grande meta é aprender a aprender sempre!
¬ ¬ Essas novas habilidad e s e e x p e r i ê n c i a s
ampliam suas conexõe s c o m o m u n d o .
Vivemos a era da informação, do conhecimento e da tecnolo-
gia. São muitas as possibilidades e oportunidades que nos per- Imagens do vídeo “Geração Y” de Raphael Bottino, finalista do Festival Nacional de
mitem transmitir para muita gente o que pensamos e sentimos. Curtíssima Metragem – Claro Curtas 1ª Edição
E nos possibilitam ainda aprender com experiências de pessoas
de todos os lugares.
aprender

¬ ¬ Aprenda, experimente,
mostre seu talento.
Conheça as ações da plataforma Claro Curtas acessando
www.clarocurtas.com.br e participe dessa rede de democratização
do audiovisual realizado a partir de dispositivos móveis.

36

Imagens do vídeo “Sou” de Duda Hernandez, finalista


do Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Claro
Curtas 1ª Edição

4
Expediente e créditos
Minigui a d e P ro d u ç ã o d e V í d e o s d e C u r t í s s i ma Metragem

Patrocínio:
CASA REDONDA INSTITUTO CLARO

PRODUÇÃO EXECUTIVA PRESIDENTE


Jasmin Pinho e Minom Pinho Rodolpho Tourinho Neto

COORDENAÇÃO EDITORIAL VICE-PRESIDENTE


Carlos Seabra Carime Kanbour

COORDENAÇÃO EQUIPE
DE CONTEÚDO Aline Yukari Tozaki, Fernando Viana
Amanda Ferreira Gomes e Andréa Felix, Maria Tereza Sita, Valerya Uma iniciativa:
Borrotchin Borges

CONSULTORIA AGRADECIMENTOS
SOCIOCULTURAL EDUCATIVA ao Comitê Claro Curtas, Patrícia
Minom Pinho e André Martinez Andrade, Zezé Pina, Vanessa
Gabriel e Maristela Santos da Silva
CONSULTORIA TÉCNICA Netto.
Marco Del Fiol Realização:

CONSULTORIA PARA
ACESSIBILIDADE
Mais Diferenças

TEXTO
Apoio Institucional:
Karlo Gabriel e Carlos Seabra

REVISÃO
Mirian Paglia Costa

ARTE E PROJETO GRÁFICO


JT Zochi

Imagens do vídeo “Expressão Digital” de Daniel www.iteia.org.br

Saraiva Rabanéa, finalista do Festival Nacional de


Curtíssima Metragem – Claro Curtas 2ª Edição
Coprodução:

Apoio:

DIREITOS DE CÓPIA
É permitida a cópia e a distribuição desta obra sob as seguintes condições:
• deve ser dado crédito ao Instituto Claro;
• esta obra não pode ser usada com finalidades comerciais;
• a obra não pode ser alterada, transformada ou utilizada para criar outra obra com base nesta;
• esta obra está licenciada pela Licença Creative Commons 2.5 BR
(informe-se sobre este licenciamento em http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/)
OLHAR
Muitas coisas acontecem ao nosso redor o tempo inteiro, imagens que mexem
com nossa imaginação, com nosso intelecto, com nossos sentimentos
e nos fazem refletir. No contexto audiovisual, o olhar é parte fundamental
no processo de escolha e análise do que será o seu filme.

PENSAR
O grande desafio do processo de criação é conseguir dar forma às ideias.
Encontrar a linguagem e os meios necessários depende de escolhas e do
desenho do projeto. O planejamento aponta caminhos mais claros entre
as ideias e a forma que daremos a elas por meio de imagens em movimento.

FAZER
Roteiro, luz, som, equipamentos, filmagem, edição. O capítulo do fazer
desvenda as etapas de produção com dicas e sugestões para ajudar
a transformar inspiração em um vídeo digital de qualidade.

COMPARTILHAR
Como compartilhar o seu curta? Postar na internet, inscrever em festivais, fazer
sessões para amigos, para a comunidade, para interessados. Divulgação em sites
especializados, em sites sobre o tema ou ainda em sites de relacionamento.
A principal missão após a criação de um curta é saber como divulgá-lo, usando
as redes sociais, virtuais ou não.

APRENDER
Experimentar fazer um vídeo com todos os processos envolvidos – da ideia inicial
à exibição – significa desenvolver novos olhares, habilidades e conhecimentos.
As novas tecnologias permitem que mais pessoas explorem diferentes
possibilidades de aprendizado. São novos repertórios que ajudam a desenvolver
competências pessoais e de trabalho cooperativo em grupo e em rede.

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