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Fascículo - 3 - 2º - Ano - Filosofia (Maquiavel, Hobbes e Rousseau - Poder e Política)
Fascículo - 3 - 2º - Ano - Filosofia (Maquiavel, Hobbes e Rousseau - Poder e Política)
Poder e Política
Expediente
Autor
Governador de Pernambuco Prof. Marconi Lopes da Silva
Paulo Henrique Saraiva Câmara
Revisão de Língua Portuguesa
Vice-governadora de Pernambuco Prof. Eraldo Batista da Silva Filho
Luciana Barbosa de Oliveira Santos
Projeto gráfico
Secretário de Educação e Esportes de Pernambuco Clayton Quintino de Oliveira
Frederico da Costa Amancio
Diagramação
Rodrigo Silva
Esses verbos lhe são comuns? Alguém já os falou para você? Eles têm tudo a ver com o
pensamento filosófico. O questionar situações e ações, buscar a verdade, o bem comum
e a felicidade são tópicos do pensamento filosófico. Vamos fazer um teste filosófico?
Antes, deixe lhe dizer que esse teste tem como ação o contexto social e político que
vivemos. Será baseado em perguntas que nos levarão a princípios fundamentais, tais
como:
2. Duvidar de quase tudo: “Posso duvidar de quase tudo, mas não da realidade da
minha dúvida.” A. Gide;
• O ser humano nasce bom e as coisas que o cercam, os erros e convívio com as
pessoas, são o que o torna mal?
• Você acredita nas pessoas? Quem são seus verdadeiros amigos: os que lhe
bajulam ou os que falam a verdade para você? Você gosta de ser bajulado?
• Você se sente culpado ao fazer algo errado? Por que algumas pessoas, por
exemplo, um mau político, ao roubar dinheiro público, não tem sensação de
culpa?
Fonte: pixabay.com
Reflita e escreva as
suas resostas
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Agora, quero lhe apresentar três filósofos que formularam teorias a respeito do homem,
da política e do poder. Vamos lá?
Maquiavel
Outros afirmam que, na realidade, o livro foi uma forma de alertar o povo sobre os
perigos de governos tiranos.
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Apesar de não elaborar uma teoria política, ou até mesmo uma reflexão mais
aprofundada sobre qual era a essência do poder, algo esperado para um filósofo em
sentido clássico, as suas reflexões foram bem originais, com base em eventos históricos
César Borgia
Era diplomata na República Florentina, e lá conheceu César
Bórgia, filho ilegítimo do Papa Alexandre VI. Embora César
fosse inimigo declarado de Florença, Maquiavel, apesar de
Fonte:pt.wikipedia.org
defender o pensamento republicano, impressionou-se com o
vigor, com a capacidade e com a inteligência do Rei, que se
tornou uma das principais fontes para a escrita do livro “O
Príncipe”.
Fonte: cursoenemgratuito.com.br
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Como entender o mundo em algumas lições extraídas do livro o príncipe
a. Ensino: “Se o acaso determina a metade das nossas ações, ainda assim
resta-nos a outra metade para controlar. A sorte depende muito da
habilidade de combinar a nossa ação com o que é exigido em cada
momento.” Maquiavel
ii. O que lhe motiva? Do que você gosta? Faça isso de forma
constante;
Segundo Jean-Jaques Rousseau: “Maquiavel, fingindo dar lições aos príncipes, deu
grande lições ao povo.” Uma interpretação voltada para as questões políticas com sátira,
para que o povo pudesse imaginar: “Se é assim que um bom príncipe tem de se
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comportar, devemos, custe o que custar, evitar ser governado por um!” Até porque, por
muitas vezes, Maquiavel demonstrou ser contra o Absolutismo, algo vigente em sua
época.
Após Maquiavel...
Hobbes
Com explicar a então a existência do Estado e como tornar legítimo seu poder?
Baseado no conceito de que os homens são livres e iguais, chegaram à dedução de que,
Órfão quando criança, sempre contava à história que sua querida mãe, ao ouvir que a
Armada Espanhola estava a caminho, o teve de maneira prematura. Seu pai, um pastor
Anglicano, após desentendimento sai da região e o deixa com familiares. O seu tio,
homem muito rico, o adotou. Aos 15 anos, vai estudar na Universidade de Oxford, onde
conhece a chamada Filosofia tomista aristotélica, que o influencia e cria a ideia da
sociedade como um mecanismo que passou a ser formada por “átomos”, que são os
indivíduos, as pessoas. Foi influenciado pelas ideias de Maquiavel.
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Pra pensar
O que você faz daquilo que fazem a você?
Órfão, deixado para trás pela família, mesmo sendo educado
Fonte:pixabay.com
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entender, como sendo algo essencial à monarquia na formação política da sociedade,
pois ele defendia o Absolutismo.
Para pensar...
Fonte: pensador.com
Ele não afirma que os homens são totalmente iguais, porém são "tão iguais que...": o
bastante para que nenhum possa querer triunfar de forma total sobre o outro. Dessa
forma, o homem, ao vir atacar o outro homem, tem como objetivo vencê-lo, ou tão
somente evitar um ataque possível: assim, a guerra se formaliza entre os homens. Esse
é o motivo da necessidade de um Estado controlador, que possa reprimir, para evitar
ações violentas. Com mais de 50.000 mortes por causas criminais no Brasil, podemos
afirmar que vivemos uma permanente guerra civil?
E lá vem...
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Rousseau
1. https://www.youtube.com/watch?v=4C21n8Xo
kBc
2. https://www.youtube.com/watch?v=--
RULLZchNA
Quando jovem, tentou ser músico e compositor, mas em 1740 conheceu Denis Diderot
e Jean d’Alembert, organizadores da nova Encyclopédie, marco do Iluminismo, e ficou
interessado pela Filosofia. Nesse período, os pensadores iluministas franceses e ingleses
começaram a questionar a autoridade da Igreja e a aristocracia. Isso fez com que
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Rousseau se interessasse pela Filosofia política. Sua obra mais importante nessa área foi
o livro escrito em 1762: O Contrato Social.
Sendo assim...
Esse sistema
Essas leis vinculam as evoluiu como leis e
pessoas de forma impostos por
injusta. propietários sobre
aqueles que não
tinham
propriedade.
Ao retornar para Veneza, começa a escrever sobre Filosofia, e sua forma de pensar fez
com que a Suíça e França proibissem a venda de seus livros, também ordenando a sua
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prisão. Convidado por David Hume, viveu na Inglaterra por pouco tempo e depois voltou
a França, com um nome falso. Tempo depois, retorna a Paris, onde morre aos 66 anos.
Só para relembrar...
Talvez o mundo de hoje, principalmente no poder questionado por esses filósofos, não
pareça ser tão bom. Mas, enquanto houver vida, estudos, desejos de mudança e busca
pela verdade, com certeza haverá esperança, pois... What a Wonderful World. Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=D67lR7Qy_wk
COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. 16ª ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2006.
http://trocasereflexoes.blogspot.com/2015/10/um-dialogo-entre-hobbes-e-rousseau-
para.html Acesso em 13 de setembro de 2020.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/maquiavel-seu-pensamento-politico.htm
Acesso em 12 de setembro de 2020.
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https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/thomas-hobbes.htm Acesso em 13 de
setembro de 2020.
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-sociologia/exercicios-sobre-
contratualismo.htm Acesso em 13 de setembro de 2020.
KIM, D. Tradução. O livro da Filosofia. 1ª ed. São Paulo: Editora Globo, 2016.
LEVENE, L. Filosofia para ocupados: dos pré-socráticos aos tempos modernos em 208
páginas. 1ª ed. São Paulo:Editora Leya, 2019.
NICHOL, F. editor. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 3. 1ª ed. São
Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
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1. Thomas Hobbes acreditava que o “homem era o lobo do homem”. O que Hobbes
queria dizer com isso?
2. (UFSM) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também
poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por
Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu
em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade
soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz. (Fonte: LAW, Stephen.
Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.)
Considere as afirmações:
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1. A alternativa “c” está correta. Thomas Hobbes acreditava que o homem era
naturalmente “mau”, bárbaro e egoísta. Em seu estado de natureza, o ser humano
estaria sempre disposto a sacrificar o bem-estar do próximo em nome de suas vontades.
Daí, surgiria o incentivo para o estabelecimento de um contrato social, em que todos se
submeteriam a um Estado maior, que garantiria a salvaguarda dos direitos básicos,
como a vida.
2. A alternativa “a” está correta. Thomas Hobbes foi um grande defensor dos sistemas
monarquistas. Para ele, o Rei era a representação do Estado forte e coeso, capaz de
trazer ordem diante da confusão inerente do estado de natureza do homem natural.
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