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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA


CURSO DE AGRONOMIA

FORMAÇÃO DA MUDA DE COUVE MANTEIGA EM SISTEMA


ORGÂNICO

Thiago Figueiredo

Aquidauana – MS
Maio de 2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA
CURSO DE AGRONOMIA

FORMAÇÃO DA MUDA DE COUVE MANTEIGA EM SISTEMA


ORGÂNICO

Acadêmico: Thiago Figueiredo


Orientador: Prof. Dr. Edílson Costa

“Trabalho apresentado como parte das


exigências do curso de Agronomia para
a obtenção do título de Engenheiro
Agrônomo”.

Aquidauana – MS
Maio de 2010
ii
Epígrafe

Aos meus pais (MÁRIO & ZENI), pela dedicação, incentivo, carinho e apoio;
Aos meus irmãos (Rui, Poline e Valquíria), pela compreensão;

Aos meus amigos que são poucos mais valiosos (Lucimara, Nádia, Vilma,
Laura, Fabrício, Juliano);

Principalmente minha melhor amiga e companheira Priscila pelo carinho e


respeito que tenho;

E a todos que passaram na minha vida e deixaram lições que vou levar para a
vida toda!

“... desejo também que você plante


uma semente, por mais minúscula que
seja, e acompanhe o seu crescimento,
para que você saiba de quantas
muitas vidas são feita uma árvore...”.

Victor Hugo

A Deus pela oportunidade concebida de aperfeiçoar-me como ser humano


conquistando mais uma vitória em minha vida!

DEDICO

iii
AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Edilson pela orientação segura, pela confiança, amizade e


apoio incondicional.

A Professora Doutora Katiane pela colaboração.

Ao Eng. Agrônomo Luiz Carlos pela colaboração e amizade.

Aos funcionários da UEMS, pelo apoio incontestável nos trabalhos de campo.

Aos colegas de curso e aos acadêmicos (Adriano, Cleber, Lucas e Pedro) do


Curso de Engenharia Agronômica da UEMS - Aquidauana, pelo auxílio no
trabalho.

A todos, que direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso deste


trabalho.

iv
SUMÁRIO

RESUMO VI

I – INTRODUÇÃO 1

II – REVISÃO DE LITERATURA 3

2.1. COUVE MANTEIGA, ASPECTOS BOTÂNICOS E PRODUÇÃO DE MUDAS 3


2.2. AMBIENTES PROTEGIDOS PARA PRODUÇÃO VEGETAL 4
2.3. USO DE SUBSTRATOS ORGÂNICOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS 5

III – MATERIAL E MÉTODOS 8

IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO 14

V - CONCLUSÃO 20

VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21

VII – ANEXO 28

v
RESUMO

A utilização de materiais alternativos para a produção de mudas, como


por exemplo, substratos orgânicos, oriundos do local de produção, são
tecnologias com preocupação ambiental e reduzem os custos iniciais de
produção. Neste contexto, este trabalho avaliou a formação de mudas de
couve manteiga utilizando substratos a base de esterco bovino e manivas de
mandioca triturada. O experimento foi desenvolvido na Universidade Estadual
de Mato Grosso do Sul, na Unidade Universitária de Aquidauana, no período
de maio a julho de 2009. Foram utilizados dois ambientes de cultivo protegido:
(A1) estufa agrícola em arco (6,40 x 18,00 x 4,00m) de estrutura em aço
galvanizado, com abertura zenital na cumeeira, coberta com filme polietileno de
150μm, difusor de luz, possuindo tela termorrefletora de 50% sob o filme e
fechamentos laterais e frontais com tela de monofilamento, malha para 50% de
sombra e (A2) viveiro agrícola telado, de estrutura em aço galvanizado (6,40 x
18,00 x 3,50m), fechamento em 45º, com tela de monofilamento, malha com
50% de sombra. Dentro dos ambientes foram testadas bandejas de 72 (R1) e
128 (R2) células preenchidas com substratos a base de composto orgânico
esterco de bovino e ramas de mandioca: (S1) 0% de ramas de mandioca e
100% de esterco bovino; (S2) 20% de ramas de mandioca e 80% de esterco
bovino; (S3) 40% de ramas de mandioca e 60% de esterco bovino; (S4) 60%
de ramas de mandioca e 40% de esterco bovino; (S5) 80% de ramas de
mandioca e 20% de esterco bovino e (S6) 100% de ramas de mandioca e 0%
de esterco bovino. Os resultados mostraram que a bandeja de 72 células
propiciou plântulas mais altas e com maiores acúmulos de carboidratos e os
substratos com 80 e 100% de esterco bovino são indicados à formação de
mudas de couve manteiga, essas porcentagens apresentaram mudas mais
vigorosas no telado coberto com sombrite®.

Palavras-chave: ambiência vegetal, volume de células, esterco bovino, ramas


de mandioca.

vi
I – INTRODUÇÃO

A fome é o problema social que mais afeta às camadas menos


favorecidas, principalmente nos países subdesenvolvidos, desta forma,
produzir alimentos saudáveis a baixo custo, adotando tecnologias que possam
ser empregadas pelas comunidades carentes, visando uma alimentação
balanceada, pode auxiliar a diminuição da desnutrição (ABREU et al., 2001).
Na década de 1950 os imigrantes, principalmente, italianos e japoneses,
intensificaram a horticultura brasileira, refletindo em benefícios atuais, tanto do
ponto de vista de consumo quanto econômico. Nas pequenas propriedades
rurais a horticultura sempre auxiliou no fornecimento de alimentos aos
produtores e na sua comercialização (VILELA & MACEDO, 2000).
A couve manteiga (Brassica oleracea var. acephala), hortaliça de folha,
destaca-se pela sua importância econômica e também por ser rica em sais
minerais, vitaminas e pela facilidade de cultivo, sendo uma das hortaliças mais
consumida no Brasil (ALBUQUERQUE NETO & ALBUQUERQUE, 2008).
As Brássicas são originárias de clima temperado, mas através do
melhoramento são produzidas em clima tropical semiúmido (ROCHA et al.,
2006). Aliado ao melhoramento o desenvolvimento de filmes e telas plásticas,
para uso na agricultura, possibilitou a construção de casas de vegetação,
visando à proteção de cultura contra ataque de pragas e das intempéries
climáticas, propiciando a produção o ano todo.
O grande avanço no cultivo das hortaliças foi à produção de mudas
individualizadas, utilizando bandejas celulares preenchidas com substrato. Esta
técnica facilitou o manuseio, maior controle nutricional e fitossanitário nas
mudas (FURLAN et al., 2007), garantindo qualidade e baixo custo.
Para Santos et al. (2004), a crescente utilização de compostos orgânicos
como substrato, durante a fase de muda, reflete a necessidade de práticas
agrícolas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental. Porém, é
importante que se avaliem os substratos adequados ao desenvolvimento de
cada cultura. Pesquisas com substratos alternativos, especialmente orgânicos,
por serem renováveis, são desenvolvidas em diversas regiões buscando
conciliar a disponibilidade local, acessibilidade e baixo custo com o potencial
produtivo e vigor da planta.
Segundo Vieira (2008), no município de Aquidauana - MS o crescimento
populacional, nas últimas décadas, promoveu grande demanda de hortaliças e
frutas o que resultou num aumento de áreas de produção em torno deste.
Desta forma, pesquisas como o sistema produtivo de hortaliças
proporcionariam melhor utilização desses espaços ao redor da cidade e
poderiam suprir o mercado local, não necessitando de importação de outros
Estados.
O trabalho teve como objetivo avaliar a formação de muda de couve
manteiga, cv. Geórgia, em ambiente protegido em sistema orgânico.

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II – REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Couve manteiga, aspectos botânicos e produção de mudas

A couve manteiga (Brassica oleracea var. acephala) pertence a família


das Brassicáceas, é a brassica que mais se assemelha ao ancestral, couve
silvestre. É uma planta herbácea de porte ereto, com caule sublenhoso, emite
folhas continuamente e perene (VIEIRA, 2006). Não forma cabeça, suas folhas
são distribuídas, ao redor do caule, em forma de roseta. As folhas apresentam
limbo bem desenvolvido, arredondado, com pecíolo longo e nervuras bem
destacadas. No Brasil, raramente produz pendão floral, apresenta certa
tolerância ao calor, permanecendo produtiva durante vários meses. É cultivado
o ano todo (BEZERRA et al., 2005).
Das espécies olerícolas cultivadas no Brasil, as brassicáceas constituem
a família mais numerosa, destacando-se o repolho, a couve-flor, a couve-
manteiga e o brócolis (OLIVEIRA et al., 2007).
Para Zanão Júnior et al. (2003) o gênero Brassica engloba as espécies,
do ponto de vista econômico, mais importantes da família por serem ricas em
fibras, vitaminas, minerais, carotenóides sua ingestão é muito recomendada
por cardiologistas.
Vantagens na formação da muda são obtidas em cultivo protegido
quando comparado a canteiros no solo, como por exemplo, precocidade,
menor contaminação por patógenos, vigor, aproveitamento de área e menor
estresse no transplantio (BEZERRA, 2003).
Segundo o mesmo autor, um cultivo de hortaliças de sucesso depende
principalmente da utilização de mudas de qualidade superior, tornando o cultivo
de hortaliças mais competitivo com alta produtividade e baixo risco de
produção.
A produção de mudas de hortaliças é citada por Milech et al. (2004)
como a etapa mais importante do sistema de produção, sugerindo o
aproveitamento de resíduos orgânicos produzidos nas próprias propriedades
rurais como insumos no sistema de produção.

3
Em 1984 o sistema de produção de mudas em bandejas de isopor
(poliestireno estendido) começou a ser utilizada no Brasil, sua principal
vantagem é a formação de mudas mais uniformes. Na maior obtenção de
número de mudas por unidade de área com maior controle fitossanitário,
resultando em mudas de melhor qualidade (GOMES et al., 2008).
Para Godoy & Cardoso (2005) o uso de bandejas para a produção de
mudas de hortaliças, principalmente nas Brássicas cresceram
significativamente nos últimos anos. As vantagens desse método decorrem do
melhor aproveitamento das sementes; maior facilidade para a realização dos
tratos culturais (desbaste, capinas, irrigações e pulverizações), diminuição das
falhas; aumento a homogeneidade das plantas; facilita o transporte;
possibilidade de reutilização do material e menor dano às raízes por ocasião do
transplantio.

2.2. Ambientes protegidos para produção vegetal

Ambiente protegido é aquele que propicia um microclima adequado ao


desenvolvimento vegetal. Ele pode ser coberto com vidro ou plástico e são
comumente chamados de estufas ou casas de vegetação (MATTOS et al.,
2000).
Segundo os mesmos autores, as estufas variam no tamanho e no tipo.
Podem ser climatizadas ou não. As estufas não climatizadas são construções
simples e baratas. Não dispõem de equipamentos sofisticados. O controle do
ambiente é feito pelo manejo das aberturas e cortinas. O calor quando
desejado é obtido pelo efeito estufa. São utilizadas em clima quente e ameno e
restringem-se às culturas menos sensíveis, como hortaliças e outras.
Para Costa (2004), são inúmeras as vantagens que as casas de
vegetação podem proporcionar à planta, desde que as instalações sejam
usadas corretamente. Dentre estas vantagens, pode se destacar, colheitas fora
de época, maior qualidade, precocidade, melhor controle de doenças e pragas,
além da economia de insumos, de água, entre outros. Apesar dessas
vantagens, as casas de vegetação têm comportamento insatisfatório do ponto
de vista térmico, uma vez que não mantém uma temperatura igualitária durante
todo dia, ocorrendo picos de temperaturas, que dificilmente são evitadas pela

4
ventilação natural e, à noite, ocorrem temperaturas inferiores às críticas das
plantas cultivadas.
As telas de sombreamento vêm sendo cada vez mais utilizadas com o
objetivo de reduzir a incidência direta dos raios solares e proporcionarem
temperaturas mais amenas. A produção de mudas sob telas de polipropileno
em regiões de temperatura e luminosidade elevadas contribui para a
diminuição dos efeitos maléficos da radiação, resultando em mudas vigorosas,
boas para o transplante e conseqüentemente, aumento na produtividade e na
qualidade dessas plantas para consumo (ALMEIDA et al., 2005).
Segundo Vieira (2008) existem varias constituições dos ambientes
protegidos para a produção vegetal, possuindo diversas configurações, vários
materiais estruturais, diferentes materiais de cobertura e de proteção lateral,
bem como os custos diferenciados em função das tecnologias empregadas em
cada projeto específico.
Na tentativa de melhoria da qualidade do produto agrícola, os ambientes
protegidos com plásticos agrícolas têm sido cada vez mais utilizados, desde os
pequenos agricultores até grandes empresas. As estufas são grandes aliadas
dos cultivos agrícolas, pois possibilita melhores condições de desenvolvimento
e produção, fornecendo microclimas amenos livres de excessos de chuvas que
podem provocar encharcamento do solo, lixiviação de nutrientes e erosão,
prejudicando a colheita e a qualidade do produto (GALVANI et al., 2003).
Segundo Grande et al. (2003) existem trabalhos sobre o cultivo de
hortaliças em ambiente protegido no Brasil no final dos anos 60. Entretanto, a
partir do fim dos anos 80 e, principalmente, no início da década de 90 é que
esta técnica de produção passou a ser amplamente utilizada.

2.3. Uso de substratos orgânicos na produção de mudas

O substrato exerce a função do solo, fornecendo à planta sustentação,


nutrientes, água e oxigênio. Os substratos podem ser de origem, animal
(esterco, húmus, etc.), vegetal (tortas, bagaços, etc.), mineral (vermiculita,
perlita, etc.) e artificial (espuma fenólica, isopor, etc.). Entre as características
desejáveis nos substratos pode-se citar o custo, disponibilidade, teor de
nutrientes, capacidade de troca de cátions, esterilidade biológica, aeração,

5
retenção de umidade e uniformidade. A escolha e manejo correto do substrato
são de suma importância para a obtenção de uma muda de qualidade
(BEZERRA & BEZERRA, 2001).
Um substrato agrícola deve ter uma proporção adequada entre macro e
microporos, favorecendo a atividade fisiológica das raízes, consequentemente,
o desenvolvimento das plantas. Os substratos devem ser inertes, combinando
uma elevada capacidade de reter água com um potencial matricial baixo, ser
abundantes na região, de baixo custo e isentos de pragas e fitopatógenos.
Desta forma, qualquer material orgânico ou inorgânico com estas
características, sem ser tóxico, apresenta alto potencial para ser usado como
substrato agrícola (KOYANAGUI et al, 2008).
Para Maciel (2007), a eficiência do substrato está diretamente
relacionada a uma boa formação das mudas destinadas a produção vegetal.
Um bom substrato deve ter uma boa capacidade de aeração, drenagem,
retenção de água e disponibilidade balanceada de nutrientes, a formação do
sistema radicular e a parte aérea estão associadas com a essas
características, sendo que as duas primeiras características estão relacionadas
com a microporosidade e superfície especifica do substrato.
O manuseio e a utilização de substratos requerem cuidados especiais,
dentre esses problemas podem ser considerados: acidez excessiva, excesso
ou deficiência de nutrientes e salinidade, sendo que esta interfere diretamente
na condutividade elétrica do substrato, podendo prejudicar ou até mesmo
impedir o desenvolvimento das mudas (GOMES et al., 2008).
Segundo Yamanishi et al. (2004) a utilização de um substrato com boa
composição química e orgânica é importante, pois o mesmo influencia o estado
nutricional das mudas. O substrato adequado deve apresentar boas
características físicas, químicas e biológicas, possibilitando, assim, um rápido
crescimento da muda, um bom teor de matéria seca nas partes aérea e
radicular, dentre outras características.
De acordo com os mesmos autores, o uso de matéria orgânica no
substrato é um dos fatores que influenciam na absorção de nutrientes, em sua
pesquisa foi observado que a adição de esterco de curral à mistura de
substrato proporcionou melhores resultados no desenvolvimento de mudas.

6
Diversos materiais orgânicos e minerais têm sido utilizados, na produção
de mudas, como substrato. Portanto há a necessidade de se determinar os
substratos mais apropriados para cada espécie de forma a atender a exigência
de nutrientes e propriedades físicas. O substrato precisa também ser um
material abundante na região e ter baixo custo, razão pela qual geralmente se
utilizam resíduos da propriedade ou industriais. Entre materiais freqüentemente
utilizados como substrato, se destacam: casca de arroz carbonizada, esterco
bovino, bagaço de cana, composto orgânico, cama de frango e húmus. A
associação de materiais permite uma melhor condição para o desenvolvimento
das plantas (LIMA et al., 2006).
O composto orgânico é o produto final da decomposição aeróbia de
resíduos vegetais e animais. O composto orgânico atua como condicionador e
melhorador das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, fornece
nutrientes, favorecendo um rápido enraizamento e aumentando a resistência
das plantas (SOUZA & ALCÂNTARA, 2008).

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III – MATERIAL E MÉTODOS

O experimento com a formação da muda de couve-folha manteiga


(Brassica oleracea var. acephala), cultivar Geórgia, foi conduzido na área
experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na
Unidade Universitária de Aquidauana que se localiza a altitude de 174m,
longitude de -55,67º e latitude de -20,45º, região de interface entre Cerrado e
Pantanal, entre os meses de junho a setembro de 2009. O clima da região, de
acordo com a classificação de Köppen é Aw, definido como clima tropical úmido
e com temperatura média anual de 29ºC.
As mudas ficaram acomodadas em dois ambientes protegidos: (A1)
estufa agrícola em arco (6,40m x 18,00m x 4,00m) de estrutura em aço
galvanizado (Figura 1), com abertura zenital na cumeeira, coberta com filme
polietileno de 150μm, difusor de luz, possuindo tela termorrefletora de 50% sob
o filme e fechamentos laterais e frontais com tela de monofilamento, malha para
50% de sombra e (A2) viveiro agrícola telado (Figura 2), de estrutura em aço
galvanizado (6,40m x 18,00m x 3,50), fechamento em 45º, com tela de
monofilamento, malha com 50% de sombra.

Foto: Thiago Figueiredo

Figura 1. Estufa agrícola em arco. Aquidauana-MS, 2009.

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Foto: Thiago Figueiredo
Figura 2. Viveiro agrícola telado. Aquidauana-MS, 2009.

Foram utilizadas bandejas de poliestireno de 72 e 128 células,


designados por R1 e R2, respectivamente com as seguintes dimensões: 72
células (5,0 cm de largura por 12,0 cm de altura e volume de 121,2 cm 3); 128
células (3,5 cm de largura por 6,2 cm de altura e volume de 34,6 cm3). Estas
foram preenchidas com substratos a base de composto orgânico (esterco
bovino e ramas de mandioca): (S1) 100% de esterco bovino e 0% de ramas de
mandioca; (S2) 80% de esterco bovino e 20% de ramas de mandioca; (S3) 60%
de esterco bovino e 40% de ramas de mandioca; (S4) 40% de esterco bovino e
60% de ramas de mandioca; (S5) 20% de esterco bovino e 80% de ramas de
mandioca e (S6) 0% de esterco bovino e 100% de ramas de mandioca.
Para avaliação do experimento foi utilizado o delineamento inteiramente
casualizado, em esquema de parcelas sub-subdivididas, (02 ambientes x 02
recipientes x 06 substratos), com 06 repetições, onde a repetição foi à média de
duas plantas, sendo as parcelas principais os ambientes de cultivo, as sub-
parcelas as bandejas de poliestireno e as sub-subparcelas os substratos.
As bandejas (Figura 3) foram acomodadas em bancadas de estrutura de
aço galvanizado de 7,0m de comprimento por 1,40m de largura por 0,90m de
altura.

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Foto: Thiago Figueiredo
Figura 3. Bandejas no ambiente A1. Aquidauana-MS, 2009.

O esterco bovino foi coletado dia 15 de maio de 2009 compostado por


30 dias. As ramas de mandioca foram trituradas em moinho tipo martelo,
peneira 12, no dia 01 de junho de 2009 compostado por 15dias (Tabela 1).

Tabela 1. Resultado de análise de resíduo orgânico


Amostra pH Umid. C. N P K Ca Mg S Na
CaCl2 Org.
--------------------------%-------------------- -----mg/Kg------
Rama de 9,24 15,54 39,21 1,26 0,28 1,58 1,47 0,34 0,17 0,02
Mandioca
Esterco de 6,16 35,95 31,61 2,29 0,32 0,19 0,47 0,09 0,23 0,28
Bovino
Fonte: Análises realizadas no laboratório de solos da Embrapa Agropecuária Oeste (CPAO).

O preparo do substrato e preenchimento das bandejas foi realizado no


dia 17 de junho de 2009. Os substratos permaneceram 15 dias em descanso,
sendo irrigado uma vez ao dia. A semeadura ocorreu no dia 02 de julho,
germinando no dia 09 de julho (Figura 4), onde no dia 16 do mesmo mês (07
dias depois) foi realizado o desbaste. A partir do desbaste a cada 07 dias foram
coletados a altura, sendo 16 DAS, 23 DAS, 30 DAS (dias após a semeadura).

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Foto: Thiago Figueiredo
Figura 4. Plântulas emergidas. Aquidauana-MS, 2009.

Aos 40 DAS (Figura 5) foram mensuradas: a massa seca da muda (MS),


o diâmetro do colo (DC), com auxílio de um paquímetro (Figura 6), e posterior
obtenção da relação altura, diâmetro do colo -1 (RAD).

Foto: Thiago Figueiredo

Figura 5. Mudas após 40 dias de semeadura. Aquidauana-MS, 2009.

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Foto: Thiago Figueiredo
Figura 6. Medição do diâmetro do colo. Aquidauana-MS, 2009.

O material foi seco em estufa com circulação forçada de ar da marca


Hydrosan (Figura 7), a temperatura de 65ºC, por 72 horas. Posteriormente
pesados em balança analítica da marca Bioprecisa (Figura 8), com precisão de
quatro casas decimais.

Foto: Thiago Figueiredo

Figura 7. Estufa. Aquidauana-MS, 2009.

12
Foto: Thiago Figueiredo
Figura 8. Balança de precisão. Aquidauana-MS, 2009.

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias ao teste


de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. As análises foram realizadas pelo
programa computacional ESTAT (UNESP/FCAVJ, 1994).

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IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na maioria das variáveis analisadas houve diferenças nos ambientes,


recipientes e substratos. Aos 16 dias após a semeadura (DAS) não houve
diferenças significativas para a variável altura de planta na subparcela
(recipiente), assim como para o diâmetro do colo na parcela (ambiente) e na
interação “ambiente e substrato” (Anexo 1).
O substrato que continha 80% de esterco bovino foi similar ao S1 no
diâmetro e acúmulo de massa seca. Sendo que este último proporcionou
mudas significativamente maiores àquelas produzidas nos demais substratos
(Tabela 2).

Tabela 2. Altura de planta (AP) avaliada aos 16, 23 e 30 dias após a


semeadura (DAS), diâmetro do colo (DC) e massa seca da muda nas
parcelas (ambientes), subparcelas (recipientes) e sub-subparcelas
(substratos). Aquidauana - MS, 2009.
** AP (cm) AP (cm) AP (cm) DC MS
16 (DAS) 23 (DAS) 30 (DAS) (mm) (g)
A1 2,0 B 3,3 B 3,7 B 1,4 A 0,052 B
A2 2,3 A 3,4 A 3,9 A 1,4 A 0,072 A
CV (%) 5,8 3,5 3,5 11,1 21,7
R1 2,1 A 4,0 A 4,7 A 1,6 A 0,081 A
R2 2,1 A 2,6 B 3,0 B 1,2 B 0,043 B
CV (%) 3,0 3,5 1,8 9,0 6,0
S1 2,6 A 4,2 A 5,0 A 1,8 A 0,108 A
S2 2,3 B 3,8 B 4,5 B 1,8 A 0,105 A
S3 2,2 C 3,2 C 3,5 C 1,5 B 0,070 B
S4 2,1 D 3,1 D 3,4 C 1,3 C 0,035 C
S5 2,0 E 3,0 D 3,4 C 1,1 D 0,029 D
S6 1,7 F 2,8 E 3,1 D 1,1 D 0,026 D
CV (%) 4,3 4,1 4,6 9,0 9,2
* Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5%
de probabilidade.
** A1 = estufa agrícola; A2 = viveiro telado; R1 = bandeja com 72 células; R2 = bandeja com
128 células; S1 = 100% de esterco bovino e 0% manivas de mandioca; S2 = 80% de esterco
bovino e 20% manivas de mandioca; S3 = 60% de esterco bovino e 40% manivas de
mandioca; S4 = 40% de esterco bovino e 60% manivas de mandioca; S5 = 20% de esterco
bovino e 80% manivas de mandioca; S6 = 0% de esterco bovino e 100% manivas de
mandioca.

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Numa análise global dos tratamentos principais, as maiores plantas com
maior acúmulo de biomassa foram obtidas na estufa plástica, na bandeja de 72
células e nos substratos com 100% e 80% de esterco bovino. O diâmetro do
colo não diferiu nos ambientes de cultivo (Tabela 2). O substrato com 100% de
ramas de mandioca apresentou as menores características nas variáveis
estudadas para a formação de mudas de couve manteiga. Provavelmente a
escassez de nutrição associada à alta relação carbono-nitrogênio não permitiu
um bom desenvolvimento das mudas no S6.
Nas interações ambientes e recipientes (A x R) observa-se que houve
interferência do volume da célula no crescimento das plântulas, onde o maior
volume (bandejas com 72 células) propiciou plantas com maiores alturas, maior
diâmetro e acúmulo de biomassa, excetuando a altura do dia 17/06 no viveiro
telado (A2) (Tabela 3). Outros relatos a respeito de melhores mudas formadas
em bandejas com células de maior volume foram descritos por Marques et al.
(2003) e Trani et al. (2004) em alface, Echer et al. (2007) em beterraba e
Modolo & Tessarioli Neto et al. (1999) em quiabeiro.
Na bandeja de 72 células as plântulas cultivadas no sombrite
apresentaram maior altura que na estufa agrícola, no início e fim do
desenvolvimento da fase de muda, assim como maior biomassa. Esse
ambiente também proporcionou plântulas de melhor qualidade e vigor que a
estufa para a bandeja de 128 células, com maior acúmulo de carboidratos e
alturas, porém o diâmetro do colo não diferiu nos ambientes (Tabela 3). O
menor desenvolvimento e crescimento da planta, observada na estufa plástica,
está associada a maior evapotranspiração nesse ambiente (COSTA et al., 2009
a, b). Mudas de mamoeiro tiveram melhor crescimento em ambiente a céu
aberto em comparação com a estufa plástica e viveiro telado (ARAÚJO et al.,
2006). Em mudas de tamarindeiro (Tamarindus indica) (MENDONÇA et al.,
2008) e jatobá (Hymenaea courbaril L.) (CARVALHO FILHO et al., 2003), o
ambiente a céu aberto propiciou mudas mais vigorosas que o telado com
sombrite 50%, no entanto, em Angelim (Andira fraxinifolia Benth.) (CARVALHO
FILHO et al. 2004) e Canafístola (Cassia grandis L.) (CARVALHO FILHO et al.,
2002) o telado promoveu melhores características às mudas.

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Tabela 3. Interações entre ambientes (A) e recipientes (R) para a altura de
planta (AP) avaliada aos 16, 23 e 30 dias após a semeadura (DAS),
diâmetro do colo (DC) e massa seca da muda (MS). Aquidauana -
MS, 2009.
Altura 16 (DAS) (cm) Altura 23 (DAS) (cm) Altura 30 (DAS) (cm)
** A1 A2 A1 A2 A1 A2
R1 2,0 Ab 2,2 Ba 4,1 Aa 4,0 Ab 4,6 Ab 4,7 Aa
R2 1,9 Bb 2,3 Aa 2,4 Bb 2,9 Ba 2,8 Bb 3,1 Ba
Diâmetro do Colo (mm) Massa seca (g) - -
R1 1,7 Aa 1,6 Ab 0,068 Ab 0,094 Aa - -
R2 1,2 Ba 1,3 Ba 0,036 Bb 0,050 Ba - -
*Letras iguais maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo Teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
** A1 = estufa agrícola; A2 = viveiro telado; R1 = bandeja com 72 células; R2 = bandeja com
128 células; S1 = 100% de esterco bovino e 0% manivas de mandioca; S2 = 80% de esterco
bovino e 20% manivas de mandioca; S3 = 60% de esterco bovino e 40% manivas de
mandioca; S4 = 40% de esterco bovino e 60% manivas de mandioca; S5 = 20% de esterco
bovino e 80% manivas de mandioca; S6 = 0% de esterco bovino e 100% manivas de
mandioca.

Na interação entre ambiente e substrato verifica-se que o 100% de


esterco bovino promoveu as maiores mudas nas três datas de coletas, nos dois
ambientes e na bandeja de 72 células, porém na primeira coleta na estufa
agrícola, assim como na segunda e terceira coletas na bandeja de 128 células,
as plantas desse substrato não apresentaram diferenças na altura das plantas
do substrato com 60% de esterco. O substrato com 80% de esterco, mesmo
não diferindo do substrato com 60% no telado, na segunda coleta de altura,
apresentou desempenho satisfatório para a altura de plantas nos dois
ambientes de cultivo e na bandeja de 72 células, ou seja, promoveu mudas
maiores que os substratos com 0, 20 e 40% de esterco (Tabela 4).
Para o substrato com 60% de esterco a estufa agrícola propiciou
maiores plantas que o viveiro na primeira coleta, porém para os demais
substratos destacou o viveiro, o qual apresentou maiores mudas. Na segunda
coleta para os substratos S3 e S5 os ambientes não diferiram, porém para os
demais substratos a estufa apresentou plantas maiores. Na terceira coleta de
altura para os substratos S2, S4 e S6 os ambientes foram similares e para os
demais o viveiro promoveu plântulas maiores (Tabela 4).
Para os substratos S1, S2, S4 e S6 da primeira coleta, assim como para
o S3 da terceira coleta, os recipientes apresentaram plantas com alturas

16
semelhantes, não diferindo significativamente. Para o S3 da primeira e
segunda coleta, a bandeja de 128 células propiciou mudas maiores. Para o S5
das três coletas e S1, S2, S4, e S6 das duas últimas coletas, a bandeja com
maior volume celular (bandeja de 72 células) promoveu maiores plântulas.

Tabela 4 - Interações entre ambientes e substratos (A x S), entre recipientes e


substratos (R x S), para a altura de planta (AP) avaliada aos 16, 23 e
30 dias após a semeadura (DAS). Aquidauana - MS, 2009.
Altura 16 (DAS) (cm) Altura 23 (DAS) (cm) Altura 30 (DAS) (cm)
** A1 A2 A1 A2 A1 A2
S1 2,3 Ab 2,9 Aa 4,3 Aa 3,5 Ab 4,8 Ab 5,3 Aa
S2 2,1 Bb 2,6 Ba 4,1 Ba 2,8 BCb 4,5 Ba 4,6 Ba
S3 2,3 Aa 2,2 Cb 2,9 CDa 2,9 Ba 3,3 Cb 3,6 Ca
S4 1,9 Cb 2,2 Ca 2,9 Ca 2,5 Db 3,3 Ca 3,4 Da
S5 1,9 Cb 2,1 Ca 2,7 DEa 2,7 Ca 3,2 CDb 3,5 CDa
S6 1,5 Db 1,8 Da 2,7 Ea 2,2 Eb 3,0 Da 3,2 Ea
R1 R2 R1 R2 R1 R2
S1 2,6 Aa 2,6 Aa 4,5 Aa 3,2 Ab 6,5 Aa 3,5 Ab
S2 2,3 Ba 2,3 Ba 4,3 Ba 2,5 Bb 6,2 Ba 2,9 Bb
S3 2,2 Cb 2,3 Ba 2,7 Db 3,1 Aa 3,5 Ea 3,4 Aa
S4 2,1 Ca 2,0 Ca 3,0 Ca 2,4 Bb 4,0 Ca 2,7 Bb
S5 2,1 Ca 1,9 Db 3,0 Ca 2,5 Bb 3,9 CDa 2,8 Bb
S6 1,6 Da 1,7 Ea 2,8 Da 2,1 Cb 3,8 Da 2,4 Cb
*Letras iguais maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo Teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
** A1 = estufa agrícola; A2 = viveiro telado; R1 = bandeja com 72 células; R2 = bandeja com
128 células; S1 = 100% de esterco bovino e 0% manivas de mandioca; S2 = 80% de esterco
bovino e 20% manivas de mandioca; S3 = 60% de esterco bovino e 40% manivas de
mandioca; S4 = 40% de esterco bovino e 60% manivas de mandioca; S5 = 20% de esterco
bovino e 80% manivas de mandioca; S6 = 0% de esterco bovino e 100% manivas de
mandioca.

Na estufa agrícola as plântulas apresentaram maior massa seca no


substrato com 100% de esterco bovino, seguido pelo substrato com 80%.
Porém no viveiro agrícola as plântulas dos S2 apresentaram maior acúmulo de
biomassa que o S1. Nos dois recipientes, o substrato com 100% de esterco
bovino propiciou maior biomassa seca, porém do na bandeja de 72 células não
diferiu do S2. Para o diâmetro do colo o substrato S2 foi superior aos demais,
seguido pelo S1, no recipiente R1, contudo no R2 o S1 apresentou maior
diâmetro que os demais (Tabela 5).

17
Existe uma predominância das variáveis apresentarem maiores valores
nos substratos S1 e S2. Nesses substratos, o viveiro agrícola promoveu maior
acúmulo de biomassa, assim como para o substrato S3. Nos substratos com
40% e 20% de esterco os ambientes não diferiram e para o 0% de esterco a
estufa propiciou maior massa seca que o viveiro (Tabela 5).
A maior biomassa e maior diâmetro do colo foram obtidos no recipiente
com células de maior volume (bandeja de 72 células), para a maioria dos
substratos testados, com exceção do S4 para a massa seca e diâmetro do
colo, assim como o S5 apenas para o diâmetro, onde os recipientes não
diferiram (Tabela 5).

Tabela 5. Interações entre ambientes e substratos (A x S), entre recipientes e


substratos (R x S) para o diâmetro do colo (DC) e massa seca da
muda (MS), avaliada aos 30 DAS. Aquidauana - MS, 2009.
Massa seca da muda (g) Diâmetro do colo (mm)
A1 A2 R1 R2 R1 R2
S1 0,096 Ab 0,120 Ba 0,143 Aa 0,073 Ab 2,0 Ba 1,6 Ab
S2 0,072 Bb 0,139 Aa 0,144 Aa 0,066 Bb 2,2 Aa 1,3 Bb
S3 0,050 Cb 0,091 Ca 0,093 Ba 0,048 Cb 1,8 Ca 1,2 BCb
S4 0,032 Da 0,038 Da 0,033 Da 0,037 Da 1,3 Da 1,2 BCa
S5 0,030 Da 0,027 Ea 0,041 Ca 0,017 Eb 1,2 DEa 1,1 CDa
S6 0,034 Da 0,017 Fb 0,033 Da 0,018 Eb 1,1 Ea 1,0 Db
*Letras iguais maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo Teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
** A1 = estufa agrícola; A2 = viveiro telado; R1 = bandeja com 72 células; R2 = bandeja com
128 células; S1 = 100% de esterco bovino e 0% manivas de mandioca; S2 = 80% de esterco
bovino e 20% manivas de mandioca; S3 = 60% de esterco bovino e 40% manivas de
mandioca; S4 = 40% de esterco bovino e 60% manivas de mandioca; S5 = 20% de esterco
bovino e 80% manivas de mandioca; S6 = 0% de esterco bovino e 100% manivas de
mandioca.

Em mudas de guanandi (Calophyllum brasiliense Cambèss), substrato a


base de oito partes de subsolo e duas partes de areia grossa, com acréscimos
de doses de 0, 2, 4 e 6 partes de esterco bovino de gado de leite (v:v:v) e
realização de calagem para elevar o índice de saturação por base, a cerca de
20 (inicial), 35, 50 e 65% (PRNT de 91%), Artur et al. (2007) verificaram a não

18
necessidade de calagem e adubação com esterco. Resultados diferentes do
presente trabalho onde se observaram que doses de 20 e 100% foram mais
propiciais a formação de mudas de couve.
Aspectos de forma de compostagem do esterco podem ter promovido
condições adequadas ao desenvolvimento da muda de couve em substrato
com 100% desse material, aliado a maior quantidade de nutrientes, pois Araújo
Neto et al. (2009) destacam que a fonte orgânica é responsável pela retenção
de umidade e fornecimento de parte dos nutrientes. Em sistema orgânico, a
utilização do esterco bovino misturado a resíduos orgânicos, casca de arroz
carbonizada e casca de coco triturada não promoveu mudas de qualidade de
pimentão, sendo inferior a substrato contendo húmus de minhoca e ao
plantmax® (ARAÚJO NETO et al., 2009). Em mudas de Acacia mangium e
Acacia auriculiformis a utilização de solo, areia e esterco bovino (1v:1v:1v)
promoveu melhores mudas que o solo, areia e lodo de esgoto (1v:1v:1v)
(CUNHA et al., 2006). Observa-se que nos trabalhos anteriormente citados,
utilizam no máximo 1/3 (33%) do esterco bovino, porém no experimento com
mudas de couve 100% promoveu as mudas mais vigorosas.
Mudas de laranja pêra em substratos a base de 1/3 de terra e 1/3 de
esterco bovino apresentaram desenvolvimento superior às mudas produzidas
em apenas 100% de terra, pois as misturas agregam porosidade e possibilitam
melhor desenvolvimento radicular (MOURÃO FILHO et al., 1998). Em mudas
de mamoneira, misturas de “solo, esterco bovino e casca de amendoim ou
mucilagem de sisal ou bagaço de cana ou cama de frango”, foram inferiores a
mistura de “solo, casca de amendoim e mucilagem de sisal”, revelando que o
esterco bovino não apresentou vantagens ao vigor das mudas, e a casca de
amendoim e mucilagem de sisal juntas, contribuíram para melhoria das
características físicas do substrato (LIMA et al., 2006).

19
V - CONCLUSÃO

Houve interferência do ambiente, do recipiente e do substrato utilizado


na formação da muda de couve manteiga.
A bandeja de 72 células propiciou plântulas mais altas e com maiores
acúmulos de carboidratos.
O viveiro telado coberto com sombrite proporciona mudas mais
vigorosas quando se utilizam substratos contendo 80 e 100% de esterco
bovino.
A rama de mandioca triturada pura e em mistura de 40%, 60% e 80%
não constituiu substrato adequado à formação de mudas de couve manteiga.

20
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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27
VII – ANEXO

Anexo 1. Resumo da análise de variância (ANOVA) para a altura de planta


(AP) avaliada aos 16, 23 e 30 dias após a semeadura (DAS), diâmetro
do colo (DC) e massa seca da muda (MS). Aquidauana - MS, 2009.
16 DAS (cm) 23 DAS (cm) 30 DAS (cm) DC (mm) MS (g)
CV GL F
A 1 175,0** 63,6** 105,9** 0,6 NS 77,5**
Res. (a) 10
P 11
R 1 0,2NS 5147,0** 21358,7** 285,0** 3684,8**
AxR 1 25,6** 196, 2** 31,7** 13,8** 100,3**
Res. (b) 10
SP 23
S 5 311,9** 349,4** 477,6** 153,5** 1061,1**
AxS 5 51,3** 79,2* 6,2** 1,8NS 177,1**
RxS 5 10,1** 171,0** 292,1** 41,7** 186,6**
AxRxS 5 16,6** 94,2** 4,6** 35,8** 74,7**
Res. (c) 100
SSP 143
CV = causa de variação; GL = graus de liberdade, F = Fcalculado; ambientes = A; Res (a) =
resíduo (a); P = parcelas; R = recipientes; A x R = interação entre ambiente e recipiente; Res
(b) = resíduo (b); SP = subparcelas; S = substratos; A x S = interação entre ambiente e
substrato; R x S = interação entre recipiente e substrato; A x R x S = interação entre ambiente,
recipiente e substrato; Res (c) = resíduo (c); SSP = subsubparcelas; NS = não significativo; * =
significativo; ** = altamente significativo.

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