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Bem-Estar Trabalhista,

Felicidade e Pandemia
Sumário Executivo

Marcelo Neri
FGV Social

Sum
Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia
Posfácio das Pesquisas A Escalada da Desigualdade e Como vai a Vida?
com dados até Março de 2021
Marcelo Neri1

A pesquisa “A Escalada da Desigualdade”, lançada em agosto de 2019, revelou que o Brasil


vivia a alta mais demorada da desigualdade de renda do trabalho nas séries históricas. Foram
17 trimestres consecutivos de alta quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Seis
meses depois a pandemia do Covid-19 chega ao pais; - o que houve com a desigualdade e a
prosperidade trabalhistas desde então? E os indicadores subjetivos de felicidade?

O Topo da Desigualdade - Trabalhamos aqui com o conceito de renda efetiva do trabalho


aqui que capta o dinheiro de fato recebido pela população o que mostra mais adequado na
pandemia onde isolamento social e suspensão temporária de contrato de trabalho afetam os
recursos recebidos. Trabalhamos com o conceito familiar per capita que sintetiza o processo
de mudança trabalhista para todos os membros dos domicílios. No gráfico abaixo tiramos uma
média móvel de quatro trimestres consecutivos. A pesquisa anterior já apontava que o aumento
observado no último trimestre era o menor da série de aumento consecutivos demonstrando
tendência a estabilização num patamar muito alto. O índice de Gini de 0,642 em 2020.T1 mais
de três centésimos maior que 0,610 observado em 2015.T1. A literatura considera este
movimento um grande salto de desigualdade. A pandemia adiciona mais três centésimos
levando até 0.674 em 2021T1, nosso recorde nas series histórica.

Evolução do Índice de Gini (Média Móvel de 4 Trimestres)

Dois grandes saltos de desigualdade:


O último na pandemia

Fonte: FGV Social/CPS a partir de microdados da PNADC trimestral/IBGE. OBS: Renda Efetiva Domiciliar Per Capita do Trabalho

1
Diretor do FGV Social/CPS. Professor da FGV EPGE, Fundação Getulio Vargas, marcelo.neri@fgv.br

2
Prosperidade - Complementando agora as informações da média com últimos dados
disponíveis comparados ao mesmo período de referidos anos anteriores. No trimestre de
Janeiro a Marco de 2020 a renda média alcança o maior ponto da série R$ 1122 e em menos
de um ano cai 11,3% e vai para o ponto mais baixo da série histórica de R$ 995, primeira vez
abaixo de um mil reais mensais.

Evolução da Renda Média Per Capita (Média Móvel de 4 Trimestres)

Renda média vai do maior ao menor


nível com a pandemia: Queda de 11,3%

Fonte: FGV Social/CPS a partir de microdados da PNADC trimestral/IBGE. OBS: Renda Efetiva Domiciliar Per Capita do Trabalho

Bem Estar Social - Integramos a evolução da média com a desigualdade como componentes
da medição do bem-estar geral da nação, tal como proposto pelo Nobel de economia Amartya
Sen. O conceito de bem-estar social desconta da média geral de renda as diferenças de renda
entre brasileiros medido pelo índice de Gini. O gráfico bem-estar trabalhista nos permite
mostrar um empate técnico do nível em 2020T1 com o do início da série histórica em 2012 em
torno de R$ 400, ou seja não houve progresso social liquido nesta década. No ano seguinte da
pandemia o bem estar cai 19,4%, que representa o novo piso da série histórica em R$ 324.

Evolução do Bem-Estar Social (Média Móvel de 4 Trimestres)

Bem Estar Social Objetivo que combina Prosperidade e Igualdade


não avançou na década (valor de 2013T1 similar a de 2029T1).
Pandemia gera perda inédita: Queda de 19,4%

Fonte: FGV Social/CPS a partir de microdados da PNADC trimestral/IBGE. OBS: Renda Efetiva Domiciliar Per Capita do Trabalho,
BES = media (1-Gini)

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Um ano depois podemos também datar primeiro trimestre de 2021 (2021.T1) como o pior ponto
da crise social. Há coincidência temporal do ápice de renda média com o mínimo da
desigualdade em 2014.T4. Como resultado desta conjunção de fatores o pico de bem-estar se
situa neste mesmo instante. O bem-estar social apresentado caiu quase continuamente até
2017.T1, depois desta regressão se mantém em patamar similar a este que coincide com o do
início da série em 2012. Portanto, diferentemente da renda per capita média, o bem-estar
permaneceu próximos a estes níveis até a pandemia. Isso quer dizer que, em termos bem-estar
geral da nação, não se podia falar em recuperação, mesmo que tímida até a pandemia. Essa
aparente contradição ocorreu, pois, a recuperação da renda média foi neutralizada pela contínua
alta da desigualdade. A queda de 19,4% do Bem Estar na pandemia por sua vez se dá pelas
perdas nas duas frentes.

Pobres perderam mais - Olhando mais uma vez para o período 2020.T1 a 2021.T1 (sem media
móvel), Aqui usamos rendas individuais do trabalho na população de idade incluindo os sem
trabalho. A média geral de renda caiu 10,89% neste interim enquanto a metade mais pobre.
separando a metade mais pobre a queda de renda deste grupo foi 20.81% queda quase duas
vezes maior que a da média. Esta ° uma medida alternativa de bem estar.

Decomposição de Renda pelos Ingredientes Trabalhistas 2020 T1 a 2021 T1

Taxa de Participação
Renda de Todos Salário-Hora por Taxa de Ocupação na no Mercado de
Trabalhos = Anos de Estudo x Anos de Estudo x Horas Trabalhadas x PEA x Trabalho
10

5
3.53 4.35
3.02 2.29
0

-5 -3.16
-5.09
-10 -8.95
-7.89
-9.81
-10.89 -10.84
-15

-20 Taxa de Variação Trabalhista 2020.T1 a 2021.T1 Total Metade + Pobre


-20.81 Renda individual dos 50% mais pobres tem queda 2 vezes maior = 20,8%.
-25

Fonte: FGV Social/CPS a partir de microdados da PNADC trimestral/IBGE. OBS: Renda Efetiva individual do Trabalho

Por que piorou? – Olhando mais uma vez para o período 2020.T1 a 2021.T1 (sem media
móvel, realizamos decomposição das mudanças da renda média individual de todos os
brasileiros, inclusive os desocupados. Como vimos, a renda média geral cai 10,89% neste
interim. Na verdade, o aumento da taxa de desemprego explica 3.16 pontos de porcentagem

4
da queda de renda. Isto é se tudo mais ficasse parado, como salário, jornada de trabalho, taxa
de participação no mercado de trabalho etc a queda de renda coincidiria com estes -3.16 pontos
de porcentagem. Em particular, a queda da taxa de participação de 5,09 pontos de porcentagem
sugere desencorajamento daquele que estava dentro ou fora do mercado de trabalho a participar
ativamente buscando emprego ou trabalhando. Ou seja, mais de 80% da queda de renda
trabalhista media foi por perda de ocupação e não tanto efeito do desemprego Os três elementos
ligados ao rendimento médio do trabalho quase se compensam gerando perda combinada
inferior a 3 pontos de porcentagem no período

Na metade mais pobre observamos importância similar do efeito desocupação explicando mais
de 80% da queda de renda de 20,89% deste grupo. O efeito desemprego domina com 8.95
pontos de porcentagem e a redução da participação no mercado de trabalho contribui com 7,89
pontos de porcentagem. Em suma, a perda de ocupação (desemprego e participação trabalhista)
foi o principal responsável pela queda de poder de compra médio dos brasileiros.

Perda de ocupação explica 80% da perda de 10,8% da média e de 20,9% dos 50%-.

Felicidade foi embora - Indo a medidas subjetivas de bem estar, resultado de respostas diretas
das pessoas sobre a sua vida. Começamos com medida geral de felicidade dada por uma nota
de avaliação de satisfação com a vida numa escala 0 a 10. Pegando os dados da pesquisa Como
Vai a Vida? lançada pela FGV Social observamos na pandemia queda sobre queda pois a nota
de felicidade tupiniquim já tinha tido a terceira maior piora entre 130 países nos quatro anos
anteriores de 2014 a 2018. Depois recupera 0,3 pontos em 2019 e tem uma queda de 0,4 pontos
em 2020, chegando a 6,1 em 2020 o menor ponto da série histórica desde 2006.

Nota Média de Satisfação com a Vida Presente (Escala 0 a 10)


7,2
7,1
7,0
6,8
6,6 6,6
6,5
6,4
6,2
6,1
6,0
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Fonte: FGV Social a partir do Gallup World Poll.

A felicidade geral da nação que vinha caindo desde 2013 tem queda de 0,4 pontos na
pandemia, chegando a 6,1 em 2020 o menor ponto da série histórica.
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Desigualdade de Felicidade - Fazendo a analise desta perda de felicidade entre 2019 e 2020
ao longo da distribuição de renda brasileira. A diferença de nota de felicidade é mostrada na
última coluna da tabela abaixo. Notamos que toda a queda da felicidade geral se dá nos 40% mais
pobres (-0,8%) e no grupo do meio (-0.2) situados entre 40% a 60%. Já os grupos mais abastados
situados entre 60% a 80% e nos 20% mais ricos tem manutenção e ligeira alta, respectivamente da
satisfação com a vida. Ou seja, há marcado aumento da desigualdade de felicidade na pandemia. Este
dado é consistente com os dados de desigualdade trabalhista. Nos O resultado é que a nota média de
felicidade dos 40% mais pobres fica em outro patamar (5,5) em relação aos grupos de renda mais alta,
todos acima de 6, chegando a 6.9 nos 20% mais ricos. A diferença entre os extremos era de 7,9% em
2019 sobe para 25,5% na pandemia.

Nota de Satisfaçao com a Vida Presente por Quintil de Renda Nivel e Mudança na Pandemia
2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 40% mais Pobres 6.3 5.5 -0.8
Brasil 40% a 60% 6.4 6.2 -0.2
Brasil 60% a 80% 6.5 6.5 0.0
Brasil 80% a 100% 6.8 6.9 0.1
Fonte: FGV Social a partir do Gallup World Poll.
Toda a queda da felicidade geral se dá nos 40% mais pobres (-0,8%) e no grupo do meio (-0.2)
Ou seja, há marcado aumento da desigualdade de felicidade na pandemia.

Paralelo de Bem Estar –, Até que ponto as flutuações observadas no binômio desigualdade e
prosperidade sintetizadas na medida de bem estar social se reflete na felicidade aferida
diretamente pelas pessoas. Nossas pesquisas mostram que bem estar objetivo e subjetivo
caminham de mãos dadas. Há uma correlação de 0,72 entre felicidade e bem estar trabalhista.

Satisfação com a Vida (Felicidade) e Bem-Estar Trabalhista (2012=100)

110 Há um paralelo entre a medidas objetivas e


105 subjetivas de Bem Estar
100
<-Correlação 0,72->
95
90
85
Felicidade Bem-Estar
80
2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

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Fonte: FGV Social a partir do Gallup World Poll e da PNADC.

Comparações Internacionais na Pandemia - A pandemia do Covid-19 talvez seja o maior


choque global já observado pois afeta de maneira marcada o dia a dia das pessoas ao redor do
globo terrestre. Usamos como quase experimento a comparação do Brasil com 40 outros países
pesquisados que cobrem da Áustria, passando pela China chegando a Zimbawe.

Tratamento e Controle – O Gallup desde de 2005 cobre a população de 15 anos ou mais de


idade de mais de 130 países com o mesmo questionário. Fruto da pandemia houve restrição de
cobertura e atraso na feitura dos dados do Gallup World Poll em 2020 chegando a 51 países. O
primeiro passo foi separar as entrevistas realizadas antes dos efeitos da pandemia se tornarem,
generalizados. Tiramos da amostra 10 países cuja entrevista terminou antes de 4 de maio de
2020 (May 4th, 2020)2. A lista de 40 países tiveram sua amostra iniciada antes de 8 de Julho de
2020 (July, 8th 2020).

Lista de Países usados no grupo de Controle e respectivas Datas das Pesquisas:


1. Albania Sep 7 – Oct 6, 2020 21. Japan Aug 7 – Oct 8, 2020
2. Austria Aug 24 – Sep 19, 2020 22. Mauritius Jul 24 – Aug 27, 2020
3. Bahrain Aug 6 – Aug 23, 2020 23. Moldova Oct 7 – Nov 16, 2020
4. Belgium Aug 19 – Sept 19, 2020 24. Morocco Oct 8 – Nov 10, 2020
5. Bolivia Sep 25 – Oct 28, 2020 25. Poland Sep 25 – Oct 24, 2020
6. Canada Aug 3 – Sep 21, 2020 26. Russia Aug 19 – Oct 2, 2020
7. China Sep 8 – Oct 28, 2020 27. Saudi Arabia Aug 9 – Aug 27, 2020
8. Colombia Aug 21 – Oct 27, 2020 28. Serbia Sep 18 – Oct 25, 2020
9. Croatia Sep 22 – Nov 2, 2020 29. Slovakia Sep 9 – Oct 9, 2020
10. Cyprus Jul 20 – Sep 27, 2020 30. South Korea Aug 25 – Oct 7, 2020
11. Denmark Sep 14 – Oct 10, 2020 31. Spain Aug 24– Sep 17, 2020
12. Dominican Republic Sep 24 – Oct 23, 2020 32. Switzerland Sep 7 – Oct 9, 2020
13. Ecuador Aug 26 – Oct 23, 2020 33. Taiwan Jul 9 – Jul 31, 2020
14. Egypt Oct 24 – Nov 12, 2020 34. Tunisia Sep 19 – Oct 7, 2020
15. France Sep 7 – Oct 2, 2020 35. Turkey Oct 3 – Oct 23, 2020
16. Germany Aug 24 – Sep 19, 2020 36. Ukraine Sep 20 – Oct 19, 2020
17. Iceland Aug 31 – Oct 12, 2020 37. United Emirates Aug 9 – Sep 7, 2020
18. Iran Aug 5 – Aug 12, 2020 38. United Kingdom Aug 17 – Sep 12, 2020
19. Ireland Aug 17 – Sep 12, 2020 39. Zambia Oct 4 – Oct 28, 2020
20. Italy Aug 24 – Sep 16, 2020 40. Zimbabwe Sep 21 – Oct 24, 2020

2
Isto corresponde a lista de 10 paises e respectivas datas da pesquisa, a seguir: United States Mar 16 – May 8,
2020; Sweden Mar 30 – Apr 29, 2020; Slovenia Mar 13 – Apr 18, 2020; Portugal Mar 20 – Apr 16, 2020; Norway
Mar 24 – May 4, 2020; New Zealand Feb 17 – Mar 23, 2020; Netherlands Mar 11 – May 15, 2020; Malta Mar 8
– Apr 24, 2020; Finland Mar 26 – May 13, 2020; Australia Feb 04 – Mar 22, 2020

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No caso brasileiro que figura como grupo de tratamento em nosso quase experimento a
primeira entrevista foi feita entre 27 de Agosto e 25 de Outubro de 2019 e a pergunta final foi
feita entre 10 de Setembro e 11 de Novembro de 2020.

A partir do processamento do Gallup World Poll observamos que a nota de satisfação da vida
presente do brasileiro, numa escala de 0 a 10, caiu de 6,5 em 2019 para 6,1 em 2020. No resto
do mundo a nota tinha ficado parada durante a pandemia em torno de 6,0. Ou seja, há marcada
involução de felicidade no Brasil que não aconteceu.

Nota Média de Satisfaçao com a Vida Nível e Mudança na Pandemia Brasil e o Mundo
2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 6.50 6.10 -0.40
Mundo 40 paises 6.02 6.04 0.02
Dif em Dif -0.42

Felicidade média tem queda forte no Brasil mas fica estável nos demais países do mundo.

Emoções cotidianas – Em contraste com a satisfação com a vida presente há medidas mais
pontuais de bem estar que pergunta emoções sentidas em quantidades relevantes na véspera da
pesquisa. O ambiente de incerteza da pandemia nos leva a filosofia de nos preocuparmos um
dia depois do outro, tornando particularmente útil esta evidencia. Nos referimos por exemplo
ao sentimento de raiva, preocupação, estresse (stress),tristeza e divertimento. Por exemplo a
raiva sobe de 19% em 2019 para 24% em 2020 dos brasileiros com 15 anos ou mais, Uma
mudança de 5 pontos de porcentagem. No mundo este avanço foi de 0,8% pontos percentuais.
Ou seja, aumenta 4,2 pontos percentuais a mais no Brasil durante a pandemia que no resto do
mundo. Similarmente: preocupação sobe 3,6 pontos percentuais a mais no Brasil; estresse sobe
2,9 pontos percentuais a mais no Brasil; tristeza sobe 2.2 pontos percentuais a mais no Brasil.
E finalmente divertimento que e uma emoção positiva cai 6,8 pontos percentuais a mais no
Brasil. Em suma, todos indicadores subjetivos cotidianos de bem estar considerados pioraram
mais no Brasil na pandemia que a média dos 40 demais países.

Experimentou Raiva Ontem


2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 19% 24% 5%
Mundo 40 paises 19.2% 20.0% 0.8%
Dif in Dif 4.2%

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Experimentou Preocupaçao Ontem
2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 56% 62% 6%
Mundo 40 paises 38.5% 40.9% 2.4%
Dif in Dif 3.6%

Experimentou Estresse Ontem


2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 43% 47% 4%
Mundo 40 paises 39.0% 40.1% 1.1%
Dif in Dif 2.9%

Experimentou Tristeza Ontem


2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 26% 31% 5%
Mundo 40 paises 23.0% 25.8% 2.8%
Dif in Dif 2.2%

Se Divertiu Ontem
2019 2020 Dif =2020-2019
Brasil 72% 66% -6%
Mundo 40 paises 69.2% 70.0% 0.8%
Dif in Dif -6.8%

Todos indicadores subjetivos cotidianos de bem estar pioraram mais no Brasil na pandemia
que nos demais países.

Conclusão

Indicadores objetivos de performance trabalhista como desigualdade, media e bem estar


baseados em renda per capita do trabalho apresentam queda inédita na pandemia. Indicadores
subjetivos como felicidade apresentaram queda maior na base da distribuição de renda. Na
comparação do Brasil com a média de 40 outros países observamos perda relativa de felicidade
barsileira como em todos cinco outros indicadores subjetivos de emoções cotidianas estudados.

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Bibliografia

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Gallup World Poll”, mimeo, Princeton, 2007
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https://cps.fgv.br/Desigualdade

Como vai a vida? - https://cps.fgv.br/felicidade


Percepções da Crise - https://cps.fgv.br/percepcoes

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