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Aula 10 – DEFESA

Procedimento comum
Tutela provisória antecedente

Art. 319/320 CPC Petição Inicial (custas iniciais) + (adv)

(art. 312) Distribuição Juiz – Juízo de admissibilidade

15 dias
Juízo de mérito

Imp. Lim. do Pedido - Indef. Pet. Inicial - 330 Emenda da PI - 321 Deferimento PI -334
332

Sentença terminativa -
Sentença definitiva - 487
485 Tutela provisória

Incidental

(carta -ar/of. Just./meio elet./chefe sec./edital)


Citação – 238/259
Acordo
Réu
Aud.
Sentença hom. de conc/med.
Conciliação/mediação –
(sentença definitiva – 487) 334 CPC

Ausência de resposta Resposta do réu

Revelia (344)
I – RESPOSTAS DO RÉU

Respostas do réu

Defesa = pretensão- Ausência de


Reconhecimento da resistida defesa/rec. Proc.
procedência do pedido
pedido (inércia)
Defesa processual
dilatória/peremptória

E
Sentença Revelia (réu revel) -344
homologatória da Defesa de mérito
CPC
procedência do pedido (direito material)
– 487 CPC

Resposta do réu é diferente de defesa do réu.


A resposta do réu pode ser :
1) Positiva = réu apresenta defesa (pretensão-
resistida / resistência).
2) Positiva = réu apresenta um “reconhecimento da
procedência do pedido”. O réu manifesta sua
concordância com o pedido formulado pelo autor.
Havendo concordância o juiz irá homologar a
procedência do pedido. Ausência de pretensão-
resistida.
3) Negativa = réu não apresenta defesa/rec. Proc.
pedido (ausência de defesa) (ausência de
pretensão-resistida). A consequência para a
ausência de defesa é a revelia. Revelia significa
que o réu não exerceu seu direito ao contraditório
e ampla defesa. Ao réu revel será imputado o
ônus da revelia, qual seja, a “presunção de
verdade sobre os fatos narrados pelo autor na
petição inicial”.
OBS: Revel e efeitos da revelia são conceitos jurídicos
distintos. Revel é o réu que não apresenta defesa ou que
não reconhece a procedência do pedido. Efeito da revelia
significa a presunção (relativa = admite prova em
contrário) de verdade sobre os fatos narrados na inicial.
OBS: Pode ocorrer a revelia sem a incidência do efeito da
revelia (presunção de verdade). As hipóteses são
previstas no art. 345 CPC: a) litisconsórcio passivo e um
dos réus apresentar defesa, o outro não será considerado
revel e nem sofrerá os efeitos da revelia; b) quando
versar sobre direitos intransigíveis; c) quando versar
sobre direitos públicos ; d) quando os fatos alegados na
inicial, pelo autor, estiver com provas que demonstram o
contrário do que foi alegado.
Defesa = ato processual praticado pelo réu, no qual se
apresenta fatos e fundamentos jurídicos contrários aos
fatos e fundamentos jurídicos do autor. Defesa =
pretensão-resistida.
Defesa = a apresentação de fatos impeditivos, fatos
modificativos ou fatos extintivos do direito do autor.
A apresentação da defesa é forma de exercício da
ampla defesa e do contraditório (art. 5, inc. LV da CR/88).
O autor também exerce a ampla defesa quando
apresenta sua petição inicial em juízo.
OBS Defesa e ampla defesa são conceitos distintos.
Defesa é ato processual praticado pelo réu. Ampla defesa
significa a apresentação de argumentos de fato e de
direito e provas admitidas legalmente dentro de
determinado prazo. A ampla defesa é exercida pelas
partes (autor e réu). A defesa meio de exercício da ampla
defesa praticada pelo réu. A petição inicial é forma de
exercício da ampla defesa praticado pelo autor.
Ampla defesa = a apresentação de argumentos e
provas permitidas em direito e dentro do prazo.
A.D. = Arg. + Provas (lei/prazo)

Espécies de defesa:
1) Defesa direta = defesa apresentada pelo réu que
combate o mérito (direito material);
Quando o pedido do autor for julgado procedente
ou improcedente houve o julgamento do mérito.
Sentença definitiva (art. 487, I do CPC)(acolhe ou
rejeita o pedido do autor).
2) Defesa indireta/processual = defesa apresentada
pelo réu que combate questões de ordem
processual. (direito processual).
Quando o mérito não é julgado em face de uma
questão processual que o impede de ser julgado.
Ou seja, o reconhecimento de coisa julgada,
ausência de citação válida, de petição inepta,
ausência de causa pedir, ausência de advogado,
ausência de pagamento de custas processuais,
ausência de benefício da justiça gratuita, ausência
de caução. Verificação da perempção,
litispendência.
Havendo uma decisão que reconhece uma defesa
indireta haverá uma sentença terminativa (art. 485
do CPC).
2.1) defesa indiretas dilatórias = defesas processuais
que apenas dilatam o procedimento mas não tem a
finalidade de levar a extinção do processo sem a
resolução do mérito. Ex. arguição de incompetência do
juízo.
2.2) defesas indiretas peremptórias = defesas
processuais que levam a extinção do processo sem a
resolução do mérito (sentença terminativa – art. 485
CPC). Ex. alegação de coisa julgada. Alegação de
litispendência.
Há duas espécies de defesa. A defesa meritória
(discute o mérito – direito material). A defesa indireta /
processual em que o réu discute questões processuais
que vão atrasar o julgamento ou impedir o julgamento do
mérito, levando a extinção sem a resolução do mérito.
I – Espécies de defesa
Dentro do CPC, defesa é gênero, e contestação,
reconvenção e arguição de impedimento ou suspeição
são espécies de defesa. Trata-se de uma classificação
legal.
1) Contestação = espécie de defesa indireta
(processual) e direta (direito material) apresentada
pelo réu.
2) Reconvenção = espécie de defesa direta (direito
material)
3) Arguição de impedimento ou suspeição do juízo
(defesa indireta)(processuais)(imparcialidade do
juiz na causa).
II – Prazo para a apresentação de defesa
CPC: Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por
petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial
será a data (dies a quo):
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da
última sessão de conciliação, quando qualquer parte não
comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição;
O dies a quo é o dia da realização da audiência de
conciliação e mediação.
A audiência de conciliação foi realizada na data de
03.11.2020. Qual é prazo final para a apresentação de
contestação? Prazo final para a apresentação de defesa:
24.11.2020.
II - do protocolo do pedido de cancelamento da
audiência de conciliação ou de mediação apresentado
pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º,
inciso I ;
Quando ambas as partes manifestarem o
desinteresse na audiência de conciliação a audiência não
será realizada. Conta-se o prazo para apresentação da
defesa do protocolo da petição apresentada pelo réu, 10
dias antes, da realização da audiência de conciliação.
Conta-se os 15 dias a partir do PROTOCOLO da
petição do réu (dies a quo). Se o réu protocolou a petição
informando que não deseja a audiência de conciliação na
data de 03.11.2020, o prazo final para a defesa será na
data de 24.11.2020.
Não precisa de um pronunciamento jurisdicional
(decisão) cancelando a audiência para início da contagem
do prazo de apresentação da defesa. Basta o protocolo.
III - prevista no art. 231 , de acordo com o modo como
foi feita a citação, nos demais casos.
Quando, não se realizar a audiência de conciliação,
por ser o direito indisponível, conta-se o prazo para o
oferecimento da defesa a partir do mandado de citação
juntado aos autos nos termos do art. 231 do CPC, quando
a citação foir feita por carta AR ou por oficial de justiça.
Art. 231. Salvo disposição em sentido
diverso, considera-se dia do começo do
prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso
de recebimento, quando a citação ou a
intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do
mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da
intimação, quando ela se der por ato do
escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação
assinada pelo juiz, quando a citação ou a
intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da
citação ou da intimação ou ao término do prazo
para que a consulta se dê, quando a citação ou
a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de
que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a
data de juntada da carta aos autos de origem
devidamente cumprida, quando a citação ou a
intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a
intimação se der pelo Diário da Justiça
impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se
der por meio da retirada dos autos, em carga,
do cartório ou da secretaria.
IX - o quinto dia útil seguinte à
confirmação, na forma prevista na mensagem
de citação, do recebimento da citação realizada
por meio eletrônico.    (Incluído pela Lei nº
14.195, de 2021)

CPC, Art. 246. A citação será feita


preferencialmente por meio eletrônico, no prazo
de até 2 (dois) dias úteis, contado da decisão
que a determinar, por meio dos endereços
eletrônicos indicados pelo citando no banco de
dados do Poder Judiciário, conforme
regulamento do Conselho Nacional de Justiça. 

ART. 246, § 1º-A : A ausência de confirmação,


em até 3 (três) dias úteis, contados do
recebimento da citação eletrônica, implicará a
realização da citação:  CARTA, MANDADO,
EDITAL.
Exemplo: A citação foi enviada para o réu, por
meio eletrônica na data de 15.09.2021. Pela
nova sistemática do art. 246 CPC, §1º, CPC, o
réu tem o prazo de 3 dias úteis para confirmar
o recebimento. 16.09.2021; 17.09.2021;
21.09.21 (confirmação do recebimento).
21.09.21 é o dia do início e pela regra do 224,
exclui da contagem do dia do início e começa a
correr no próximo dia útil seguinte, que seria de
22.09.2021, 23; 24; 27; 28.09.2021 (quinto dia
útil seguinte a confirmação). 15 dias para a
apresentação da defesa tem início no dia
28.09.2021, excluindo essa data começa a
contar no dia 29.09.2021, prazo final
19.10.2021 .

Regras para a apresentação de defesa:


1) A partir da audiência de conciliação.
2) A partir do protocolo de cancelamento da audiência
feita pelo réu.
3) A partir da juntada da citação devidamente
comprovada nos autos .
Art. 335, § 1º No caso de litisconsórcio
passivo(pluralidade de réus), ocorrendo a hipótese do art.
334, § 6º , o termo inicial previsto no inciso II será, para
cada um dos réus, a data de apresentação de seu
respectivo pedido de cancelamento da audiência.
Havendo mais de um réu, o termo inicial para
apresentação de defesa para cada um deles será contato
a partir do momento em que cada um fizer seu protocolo
de cancelamento da audiência de conciliação.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º,
inciso II , havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir
da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para
resposta correrá da data de intimação da decisão que
homologar a desistência.
Havendo mais de um réu e o autor desistir da ação
contra um deles, a decisão que homologar a desistência
valerá como dies a quo para a apresentação de defesa
pelo réu devidamente citado.

III – Princípio impugnação específica


 Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de
direito com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir.
Art. 341 do CPC: Art. 341. Incumbe também ao réu
manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras
as não impugnadas, salvo se:
Incumbe ao réu, na defesa, apresentar impugnação
sobre todos os fatos e fundamentos jurídicos
apresentados pelo autor na petição inicial. Aqueles fatos
que não forem devidamente impugnados presumir-se-ão
verdadeiros e não precisão de provas pelo autor.
O fato que não ficar controvertido pelo réu é
presumidamente verdadeiro. É como não houvesse
defesa.
Não é possível apresentar defesa por negativa geral.
Essa defesa somente é possível para os defensores
públicos.
É defesa que nega todos os fatos e fundamentos
jurídicos da petição inicial e não apresenta seus
argumentos ou fatos e provas. Tal defesa é excepcional e
somente admitida para o defensor público. Para os
advogados particulares, a defesa por negativa geral é
proibida e levará a assumir como verdadeiro os fatos
alegados pelo autor. Defesa por negativa geral é igual a
ausência de defesa e portanto haverá o ônus da revelia
(presunção de verdade sobre os fatos alegados pelo autor
na petição inicial).
III – Contestação (defesa) (indireta/direta)
Defesas indiretas (dilatórias) (dilatação do
procedimento)
Defesas indiretas (peremptórias) (sentença terminativa)
As matérias apresentadas no art. 337, salvo sob
incompetência relativa ou convenção de arbitragem
podem ser reconhecidas pelo juízo sem apresentação
de contestação em razão do interesse público.

Defesas diretas (mérito) (sentença definitiva)(julgando


improcedente o pedido do autor)
Fatos impeditivos, fatos modificativos ou fatos extintivos
do direito do autor.
Princípio da impugnação específica

Contestação
Defesas indiretas = “preliminares” = defesas processuais
alegadas pelo réu, antes de discutir as defesas de mérito
(defesas diretas).
Contestação é a principal defesa do réu no
procedimento ordinário. Trata-se de uma defesa
processual e de mérito e deve ser apresentada no prazo
de 15 dias, sob pena de presunção de verdade.
O réu deve apresentar contestação alegando as
duas defesas, ou seja, indireta e direta. Se o réu alegar
somente defesa indiretas e o juiz não considerar tais
defesas pertinentes, haverá a presunção de verdade
sobre os fatos. Portanto, sempre deve o réu apresentar
defesa diretas junto com as indiretas. O contrário poderá
ocorrer, qual seja, apresentar somente defesa diretas e
deixar de apresentar defesas indiretas, pois como o juiz
poderá reconhecer de ofício, não haverá prejuízo algum
para o réu.
CPC: Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o
mérito, alegar (defesas indiretas)
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação
ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse
processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei
exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade
de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as
mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo
pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está
em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi
decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a
incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das
matérias enumeradas neste artigo. “ex officio”
§ 6º A ausência de alegação da existência de
convenção de arbitragem, na forma prevista neste
Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e
renúncia ao juízo arbitral.
Havendo contrato com cláusula de arbitragem, fica
afastado o poder judiciário. No entanto, para isso, deve o
réu, em contestação, alegar tal convenção arbitragem,
sob pena de aceitação do poder judiciário.

 Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte


ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado,
o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração
da petição inicial para substituição do réu.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor
reembolsará as despesas e pagará os honorários ao
procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e
cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório,
nos termos do art. 85, § 8º .
 Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe
ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica
discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de
arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor
pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no
prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial
para a substituição do réu, observando-se, ainda, o
parágrafo único do art. 338 .
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar
por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte
passivo, o sujeito indicado pelo réu.
 Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa
ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro
de domicílio do réu, fato que será imediatamente
comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio
eletrônico.
§ 1º A contestação será submetida a livre distribuição
ou, se o réu houver sido citado por meio de carta
precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a
sua imediata remessa para o juízo da causa.
§ 2º Reconhecida a competência do foro indicado pelo
réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a
carta precatória será considerado prevento.
§ 3º Alegada a incompetência nos termos do caput ,
será suspensa a realização da audiência de conciliação
ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4º Definida a competência, o juízo competente
designará nova data para a audiência de conciliação ou
de mediação.
 Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se
precisamente sobre as alegações de fato constantes da
petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não
impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão
(admitir como verdadeiro os fatos afirmados pelo autor);
(direitos indisponíveis – vida, liberdade, integridade física,
paternidade/filiação, estado da pessoa)
II - a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considerar da substância do ato;
Para a prova da propriedade é necessário que autor
apresente o registro de imóveis. Se o autor alegar que é
proprietário de um imóvel e o réu não impugnar tal fato,
NÃO se considera verdadeiro tal questão porque a prova
do fato se dá por documento e não por presunção.
III - estiverem em contradição com a defesa,
considerada em seu conjunto.
A defesa deve ser analisada e
compreendida/interpretada em seu conjunto e se for
possível inferir que a defesa apresentou resistência
mesmo tacitamente, não será considerado verdadeiros os
fatos narrados pelo autor na petição inicial.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada
dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado
dativo e ao curador especial.

 Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu


deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; (art. 337
CPC). As questões “preliminares” / defesas indiretas –
dilatórias / peremptórias - podem ser arguídas pelo réu
mesmo após vencido o prazo para a contestação. Essas
defesas não sofrem preclusão e podem ser conhecidas
de ofício pelo juiz e alegas a qualquer tempo e grau de
jurisdição.
III - por expressa autorização legal, puderem ser
formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
CAPÍTULO VII
DA RECONVENÇÃO
 Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa
com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado,
na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no
prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa
extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor
e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em
litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte
deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído,
e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação.

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