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Dermatologia Veterinária
Dermatologia Veterinária
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Dermatologia
Dermatopatias Fúngicas
Micoses superficiais
-Dermatofitoses;
-Malassezioses;
Micoses subcutâneas:
-Esporotricose;
-Feoifomicose;
Micoses sistêmicas:
-Histoplasmose;
-Criptococose;
Introdução
Características Gerais
Fungos patogênicos
Critérios:
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-Número de colônias isoladas;
Microflora Normal
01-Malasseziase
Sinônimos
Etiologia
Características do Agente
Fatores Predisponentes
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Patogenia
Este aumento está relacionado com fatores primários tais como dermatite
seborreica decorrente de distúrbios endócrinos e metabólicos, alterações
Sinais Clínicos
*Raro em felinos.
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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Figura 1. Citologia demonstrando numerosas leveduras em
meio as células epiteliais.
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
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01-Tópico: pode-se fazer uso de xampus antifúngicos como o cetoconazol 2%,
miconazol 2% ou clorexidine 3% na frequência de 2 a 3 vezes por semana.
02-Sistêmico:
Prognóstico
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02-Esporotricose
Definição
Etiologia
Sporothrix schenckii.
Epidemiologia
*O gato apresenta elevado potencial zoonótico pela riqueza parasitária encontrada nas
lesões cutâneas, o que difere de outras espécies.
Transmissão
*Zoonose.
Formas
Aspecto Clínico
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Figura 3. (A) Presença de nódulos firmes em região labial (setas azuis). (B) Presença de nódulo em borda
palpebral inferior (seta azul). (C) Presença de ampla região ulcerada em posterior (setas azuis) em um Siamês.
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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Figura 4. Citopatologia demonstrando formas pleomórficas em forma de ‘charuto’ (setas vermelhas) compatível com
Sporothrix sp.
Tratamento
**O tratamento deve prolongar-se por 30 dias após a cura clínica que geralmente dura
mais que oito semanas, visto que sua interrupção antes desse período pode resultar em
recidivas.
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03-Criptococose Cutânea
Definição
Etiologia
Crypytococcus neoformans.
Características do Agente
Transmissão
Epidemiologia
Patogenia
Aspectos Clínicos
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Também há linfoadenopatia regional.
Envolvimento nasal e visceral pode causar sinais como: febre, inapetência, perda
de peso, mal-estar-geral, além de sinais neurológicos e oftálmicos.
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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Dermatopatias Alérgicas / Distúrbios de Hipersensibilidade
Definição
Etiologia
Porta de Entrada
Epidemiologia
É o segundo distúrbio alérgico cutâneo mais comum, sendo menos frequente que
a dermatite alergia à picada/saliva de pulga (DASP).
A idade em que os sinais clínicos se iniciam varia de seis meses a sete anos,
sendo que, cerca de 70% dos cães desenvolvem o problema entre 1 e 3 anos de idade.
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Patogenia
Sinais Clínicos
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A piodermite estafilocócica acomete em torno de 68% dos cães atópicos.
Geralmente é superficial, mas pode ser profundo em alguns casos.
Figura 5. (A) Imagem demonstrando lambedura de dígitos acarretando em discromia ferruginosa. (B)
Imagem demonstrando alopecia periocular devido ao prurido.
Topografia Lesional
Fatores Complicadores
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Otites externas: infecções por Malassezia, bactérias ou sem contaminação.
Diagnóstico
-Exames Complementares:
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-Animal vive dentro de casa;
-Lambedura de interdígito;
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
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De forma semelhante ao que acontece com os estafilococos, a colonização da
pele por Malassezia, pode contribuir para os sinais clínicos de dermatite atópica. Os
componentes desta levedura podem induzir inflamação através de mecanismos não
específicos, tais como alteração da libertação de mediadores ou através de reações de
hipersensibilidade específicas a antígenos. Um sinal clínico comum na dermatite a
Malassezia é o prurido que pode ser severo. Cerca de 50% dos cães com dermatite a
Malassezia são atópicos ou afetados por outras doenças alérgicas (alergia alimentar ou
DAPP), mas defeitos primários da cornificação da pele e endocrinopatias são também
comuns.
05-Higienizar e hidratar a pele: com xampus e sprays contendo aveia, pramoxina, aloe
vera, glicerina em intervalos de 7 dias, ou conforme o necessário, para auxiliar na
redução dos sinais.
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Em geral, a maioria dos cães atópicos deve ser banhada a cada uma ou duas
semanas com xampus hipoalergênicos.
*Tratamento de no mínimo 45 dias para se obter o efeito desejado. E pode associar ao uso de
cetoconazol (5mg/kg : BID) para redução da dose (Marsella e Olivry, 2001; Olivry et al, 2002; Steffan et
al, 2004);
**A cada 15 dias deve-se ajustar a dose, buscando aumentar o intervalo entre doses, até que se
obtenha o maior intervalo possível. A dose de 0,5mg/kg a cada 72 horas é considerada segura para o
paciente, não causando problemas iatrogênicos futuros.
**Muitos pacientes necessitarão de tratamento ad eternum, e estes devem ser acompanhados por exames
laboratoriais (hemograma, urinálise, função hepática e renal, glicemia, triglicérides e colesterol) a cada 3
meses para avaliar alterações precoces e descontinuar a terapia em caso de mudanças importantes. Ficar
atendo a alterações como poliúria, polidipsia, hiperglicemia, lesões dermatológicas e abdome penduloso
que pode indicar início de hiperadrenocorticismo.
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08.2-Tratamento tópico: aplicação de spray contando aceponato de
hidrocortisona (Cortavance - Virbac®). Indicado para áreas de prurido mais localizadas
e a aplicação deve ser feita uma vez ao dia por 7 dias e em casos refratários pode-se
estender por mais 7 dias. Deve-se fazer intervalos de 7 dias.
02-Urticária e Angioedema
Definição
Urticária: é uma lesão cutânea formada por pápulas circundadas por eritema,
associadas a prurido, que usualmente desaparecem em 24 horas.
Etiologia
Patogenia
Sinais Clínicos
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Figura 7. Imagem demonstrando urticária.
Diagnóstico
-Exames Complementares:
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
02-Glicocorticóides endovenosos
Dexametasona: 2 mg/kg EV
Hidrocortisona: 4 mg/kg EV
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04-Antihistamínico: não apresentam utilidade no tratamento da urticária ou angioedema
presenets, mas podem ter efeitos na prevenção de reações futuras ou no controle de
casos crônicos.
03-Hipersensibilidade Alimentar
Sinônimo
Definição
Epidemiologia
Não há predileção por raça, sexo ou idade (alguns autores citam que a
enfermidade se inicia com 6 meses de idade).
Patogenia
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Os alérgenos mais comuns nos cães são: proteína bovina e de frango, o leite, o
ovo, o milho, o trigo e a soja.
Sinais Clínicos
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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Fontes de carboidratos: arroz, batata, batata-doce, feijão ou outros.
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
Definição
Epidemiologia
Raramente ocorre antes dos 6 meses de idade. A faixa etária mais atingida varia
entre 3 e 5 anos. A DAP tende a piorar com o passar da idade.
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Etiologia
Patogenia
Sinais Clínicos
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Inicialmente verifica-se erupções pruriginosas, pápulas, crostas, eritema,
seborreia, alopecia, escoriações, piodermite, hiperpigmentação e/ou liquenificação
secundárias. A localização das lesões se dá principalmente na região lombossacra
dorsocaudal, dorso da inserção da cauda, porção caudomedial de coxa, abdome e
flancos.
Diagnóstico
-Exames Complementares:
Tratamento
01-Pulicidas
®
Fipronil com metopreno (Frontline Plus ): aplicação spot-on na cernelha do
animal conforme o peso corpóreo.
®-
Sumitrin com sumilarv (My Pet Vetbrands): aplicação spot-on na cernelha do
animal conforme o peso corpóreo.
®
Imidacloprida com permetrina* (Advantage Max 3 - Bayer ): aplicação spot-on
na cernelha do animal conforme o peso corpóreo.
®
Pipiprol (Practic – Novartis): 12,5 mg/kg (0,1 mL/kg). Aplicação spot-on na
cernelha do animal conforme o peso corpóreo.
®
Nitempiram (Capstar - Novartis): 1 mg/kg. Administra-se via oral um
comprimido a cada dois dias e posteriormente um comprimido a cada quatro
dias, totalizando seis comprimidos de tratamento.
*Produto possui ação contra mosquitos (em áreas de alto risco para Leishmaniose a aplicação do produto
deve ser a cada 3 semanas).
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01.2-Controle ambiental: difícil eliminação ambiental, pois o estágio de pupa é muito
resistente e pode-se utilizar fármacos que interrompem o ciclo do parasito como o
lufenuron ou metopreno. E pode-se contratar empresa especializada de pragas
veterinárias.
®
Lufenuron (Program Plus - Novartis): 10 mg/kg. Administra-se via oral uma vez
ao mês com a principal refeição do dia.
®
Metopreno (Frontline Plus ): também possui efeito ambiental. Aplicação spot-
on na cernelha do animal conforme o peso corpóreo.
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Dermatopatias Auto-Imunes
Diagnóstico Geral
01-Complexo Pênfigo
Definição
Classificação Clínica
Etiopatogenia
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O motivo da formação de auto-anticorpos é desconhecida mas suspeita-se de ser
induzida por fármacos (Ex.: penicilamina, captopril, cefalosporinas e piroxicam),
fatores genéticos e vírus (humanos).
Patogenia (detalhada)
Aspectos Clínicos
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*As pústulas tendem a ser grandes, irregulares e coalescentes, englobando vários
folículos pilosos, fato este que auxilia na diferenciação entre o pênfigo foliáceo e a
folicutlite bacteriana.
Figura 7. Demonstração da diferença dos tipos de vesículas observadas no pênfigo foliáceo e no pênfigo
vulgar. No pênfigo foliáceo, a localização das desmogleínas alvo é mais superficial, gerando a ocorrência
de vesículas mais frágeis e susceptíveis a ruptura.
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Pênfigo Pustular Panepidermal: verifica-se pústulas na epiderme e epitélio
folicular.
Diagnóstico
-Exames Complementares:
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-Citologia: verifica-se presença de neutrófilos e queratinócitos
acantolíticos (Técnica de Tzanc). Tais células acantolíticas são células da camada
espinhosa que perderam suas pontes de adesão e se encontram soltas nas lacunas da
epiderme.
Tratamento
01-Pênfigo Foliáceo
*Em felinos não deve-se utilizar azatioprina, a qual pode ser substituída por clorambucil
(0,1 a 0,2 mg/kg a cada 2 dias). A azatioprina é contra-indicada para gatos, pois pode
causar leucopenia e trombocitopenia fatais e irreversíveis.
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02-Pênfigo eritematoso
02-Lupus Eritematoso
Definição
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Etiologia
Epidemiologia
O LES afeta os cães de meia-idade (entre dois e 12 anos de idade) e atinge mais
machos do que fêmeas.
A luz ultravioleta (tanto UVA como UVB) penetrando em nível das células
basais epidérmicas induz, na superfície dos ceratinócitos, a expressão aumentada de
componentes do núcleo (I-CAM-1) e de auto-antígenos anteriormente encontrados
apenas no núcleo ou no citoplasma (ex. DNA desnaturado).
Sinais Clínicos
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qualquer parte do corpo, sendo mais comum na face, orelhas e extremidades distais,
inclusive nos coxins.
Diagnóstico
-Sinais Clínicos: os sinais clínicos são variáveis confundindo com muitas outras
doenças, havendo necessidade de um levantamento de dados antes de se confirmar a
moléstia.
-Exames Complementares:
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**Regra simples para o diagnóstico: suspeita-se de lúpus em um animal que tem
distúrbios múltiplos (especialmente em articulações, pele, rim, mucosa bucal e sistema
hematopoiético) e com um teste positivo para ANA ou um teste positivo para as células
lúpus eritematoso.
Tratamento
*Dose imunoestimulante.
**O manejo clínico nunca promoverá a cura completa de uma doença imunomediada,
mas fornecerá o controle médico e uma qualidade de vida razoável para o animal.
Prognóstico
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02.2-Lupus Eritematosos Discóide
Sinônimo
Definição
Etiologia
A causa não é ainda conhecida entretanto sabe-se que a exposição ao sol agrava
a doença em 50% dos casos sugerindo que a fotossensibilidade desempenhe um papel
na patogenia.
Epidemiologia
Assim como em outras doenças bolhosas, o LED também afeta mais os collies
do que outras raças caninas, mas pastor alemão, huskie siberiano e sheepdogs de
Shetland também são predispostos.
Patogenia
Sinais Clínicos
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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-Histopatologia: caracteriza por hiperceratose da epiderme e dos
folículos pilosos associados. A pele lesionada revela dermatite interface hidrópica e/ou
liquenóide, espessamento focal da membrana basal, incontinência pigmentar, apoptose
de cerátinócitos, mucinose dérmica e acúmulo perivascular e perianexial de
mononucleares e plasmócitos.
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
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02-Tratamento sistêmico: casos mais grave sempre deve-se entrar com terapia
imunossupressora com glicocorticóides (prednisona ou prednisolona) até a cura das
lesões (quatro semanas aproximadamente). Nos casos mais graves ou refratários, outras
drogas sistêmicas podem ser adicionadas ao esquema de tratamento: azatioprina ou o
clorambucil. Tratamento imunossupressor agressivo geralmente é requisitado.
Prednisona: 2 mg/kg VO BID até a cura das lesões depois reduzir para
2 mg/kg a cada 48 horas durantes duas a quatro semanas até reduzir
para menor dose eficaz.
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Dermatopatias Endócrinas
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Referências Bibliográficas
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Alemanha, n. 130, 2008.
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