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NORMA REGULAMENTADORA - NR 06

Equipamentos de Proteção Individual - EPI

MARCELO FERNANDES ROCHA


TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
PORQUE
ESTAMOS
AQUI?
OBJETIVOS DO TREINAMENTO
Conscientizar o funcionário sobre a
importância e obrigatoriedade do uso correto
dos EPI, como forma de controle dos riscos
ambientais presentes em suas atividades
profissionais, bem como instruir sobre o uso
correto e a sua conservação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Conceitos Segurança e Saúde Ocupacional;

NR-6 – definições;

EPI – conceitos

EPI – tipos

Orientações e treinamento quanto ao uso adequado,


guarda e conservação dos EPI;

Responsabilidades;

Legislação.
Vídeo LV
SEGURANÇA E SAÚDE
OCUPACIONAL

- ATUAR PREVENTIVAMENTE;

- ATENDER LEGISLAÇÃO;

- ESTABELECER PADRÕES E
PROCEDIMENTOS.
CAUSAS DOS ACIDENTES
4%

96 %

COMPORTAMENTAIS OUTRAS
IMAGENS BIZARRAS DE COMPORTAMENTOS DE RISCO
Afinal, o que é comportamento de risco
e como podemos evitá-lo?
Trata-se das condições em que as pessoas são expostas, de forma consciente ou
não, aos riscos de se envolverem em algum tipo de acidente.

EX.: não realizar a manutenção preventiva em uma máquina com frequência.

Há também ocorrências de comportamento de risco consciente.

Um exemplo desse tipo de prática acontece quando um operário se recusa a utilizar


os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), mesmo já tendo sido alertado – por
meio de uma palestra sipat, por exemplo, sobre a importância dos equipamentos
para garantir sua própria saúde e seu bem-estar.

O uso dos EPIs é fundamental para que os trabalhadores se protejam


dos riscos que envolvem as atividades que exercem. De acordo com a função
efetuada, existem tipos específicos de EPIs a serem utilizados.
PERIGO X RISCOS

PERIGO: É UMA CONDIÇÃO OU


UM CONJUNTO DE
CIRCUNSTÂNCIAS QUE TÊM O
POTENCIAL DE CAUSAR OU
CONTRIBUIR PARA UMA LESÃO
OU MORTE.

RISCO: POSSIBILIDADE DE QUE


O DANO OCORRA
PERIGO X RISCOS

PERIGO
R=
CONTROLE
INTRODUÇÃO
EPI:
Todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Quando usar EPI ?

 exposição direta à riscos não controláveis;

 exposição à riscos parcialmente controlados;

 em casos de emergências;

 impedir o contato do trabalhador com fator de risco.


VIAS DE EXPOSIÇÃO
RISCOS AMBIENTAIS
ATRIBUIÇÕES
Obrigações do empregador:

 adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;


 exigir seu uso;
 fornecer somente o aprovado pelo órgão nacional
competente;
 orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
adequado, guarda e conservação;
 substituir imediatamente, quando danificado ou
extraviado;
 responsabilizar-se pela higienização e manutenção
periódica;
comunicar ao MTE qualquer irregularidade
observada.
ATRIBUIÇÕES
Obrigações do empregado:

 usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se


destina;

 responsabilizar-se pela guarda e conservação;

 comunicar ao empregador qualquer alteração que o


torne impróprio para uso;

 cumprir as determinações do empregador sobre o uso


adequado.
ATRIBUIÇÕES
Obrigações do fabricante e do importador:

 cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em


matéria de segurança e saúde no trabalho;
 solicitar a emissão e renovação do CA quando vencido o
prazo de validade estipulado pelo órgão competente;
 requerer novo CA quando houver alteração das
especificações do equipamento aprovado;
 responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI
comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador
de CA;
 comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma
nacional.
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO DA CABEÇA

 riscos de origem térmica;  impactos de objetos sobre o


crânio;
 respingos de produtos químicos;
 choques elétricos;
 risco de contato com partes
giratórias ou móveis de máquinas.  fontes geradoras de calor nos
trabalhos de combate a incêndio.
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

 impactos de partículas volantes;


 luminosidade intensa;
 radiação ultra-violeta e infra-vermelha; respingos de produtos
químicos.
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO AUDITIVA

Concha - circum-auricular de inserção

Para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão


sonora superiores aos limites de tolerância.

NR-6
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO DO TRONCO
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES


LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES


LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

Macacão

Conjunto

Vestimenta de corpo inteiro


LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

Dispositivo trava-queda

Cinturão
RISCOS IDENTIFICADOS (OPERACIONAL)
MEDIDAS DE CONTROLES
RISCOS FONTE GERADORA POSSÍVEIS DANOS
EXISTENTES
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PROTETOR AURICULAR TIPO PLUG
RUÍDO SURDEZ
DE TRABALHO DE INSERÇÃO E TIPO CONCHA

MÁSCARA DE SOLDA. LUVA DE


RADIAÇÃO NÃO CONJUNTIVITE QUÍMICA,
PROCESSO DE SOLDA RASPA, AVENTAL COM MANGA DE
IONIZANTE QUEIMADURA DE PELE,
RASPA, PERNEIRA DE RASPA.

FUMOS METÁLICOS PROCESSO DE SOLDA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESPIRADOR TIPO PFF2

EXPOSIÇÃO SOLAR TRABALHO A CÉU ABERTO DOENÇAS DE PELE PROTETOR SOLAR UV E COM FPS.

TRABALHO A CÉU ABERTO EM DOENÇAS DE PELE, DOENÇAS CAPA DE CHUVA COM CAPUZ,
UMIDADE
DIAS CHUVOSOS RESPIRATÓRIAS. CALÇADO IMPERMEÁVEL.
ÓLEO
LUBRIFICAÇÃO E TROCA DE
LUBRIFICANTE, LUVA NITRÍLICA, CREME
ÓLEO DAS MÁQUINAS, (PÁ DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
GRAXA, ÓLEO DE PROTETIVO.
CARREGADEIRA E TRATOR).
MOTOR.

PROTETOR FACIAL, MÁSCARA COM


ROUNDUP DOENÇAS DERMATOLÓGICAS, FILTRO, BOTA DE BORRACHA,
APLICAÇÃO EM ÁREA VERDE
(GLIFOSATO) DOENÇAS RESPIRATÓRIAS. MACACÃO IMPERMEÁVEL, LUVAS
NITRÍLICAS E DE LÁTEX.

ROUPAS IMPERMEÁVEIS;
LUVAS DE PVC E DE RASPA, BOTAS
BIOLÓGICO MICRORGANISMOS CONTAMINAÇÃO DE BORRACHA ANTIDERRAPANTE;
MÁSCARA PFF-2,
ÓCULOS DE SEGURANÇA
- QUEDA DE ALTURA;
- FERIMENTOS NOS OLHOS, TRAUMAS, LESÕES E - CINTO DE SEGURANÇA COM
ACIDENTES
MÃOS, PÉS E OUTRAS FERIMENTOS TALABARTE DUPLO; TREINAMENTO
PARTES DO CORPO;
TABELA DE AVALIAÇÃO DE RUÍDO
Limite de
Máquinas, Equipamentos e Nível Encontrado dB Nível de
Tolerância dB
Utensílios. (A) Ação
(A)
ADMINISTRAÇÃO/DIRETORIA
Ambiente / todas as salas 68 80,0 85,0
MANUTENÇÃO
Policorte 87 80,0 85,0
Esmeril 86 80,0 85,0
Ambiente 77 80,0 85,0
SOLDA
Lixadeira 88 80,0 85,0
Kit de solda com maçarico 77 80,0 85,0
Problemas resultantes da aspiração do Fumo de Solda
Falar dos riscos da aspiração do Fumos de Solda é importante. Essas partículas
são inaladas muito facilmente e permanecem em seu organismo –
principalmente no pulmão – por muito tempo. Levemos em conta o Manganês,
que citamos anteriormente. Esse elemento causa sérios problemas ao sistema
nervoso e respiratório. Os Fumos de Solda também promovem o
desencadeamento de outras doenças, como por exemplo:

Asma;
Câncer de pulmão;
Infarto;
Ulcerações na pele e no septo nasal;
Doenças pulmonares;
Dermatite alérgica;
Infertilidade e problemas relacionados.

Além de outros problemas sérios. Você pode observar que a maioria dos danos
à saúde listados acima estão ligados às vias respiratórias. Pensar na prevenção
para esses casos é uma ação urgente de toda empresa.
Dermatite de contato

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), há dois tipos de


dermatite de contato: a alérgica e a irritativa.

A dermatite de contato alérgica é a alergia ou a sensibilidade a alguma


substância como níqueis, metais e algumas fragrâncias que podem
desencadear o surgimento desse tipo. Os sintomas costumam aparecer de 1 a
2 dias após o contato com o agente alergênico, sendo a coceira um dos
primeiros sinais da inflamação.

Já a dermatite de contato irritante é a mais comum. Ocorre quando há a


irritação da pele após o contato com produtos químicos, ácidos, detergentes
ou sabonetes. Dor, ardência e coceira na pele podem ser sentidos, pois são
sintomas recorrentes a cada vez que o paciente entra em contato com a
substância.
SETOR / FUNÇÕES EPI USO
PROTETOR AURICULAR TIPO PULG DE INSERÇÃO E
AO UTILIZAR EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
TIPO CONCHA

CALÇADO DE SEGURANÇA USO CONTÍNUO DURANTE TODO O EXPEDIENTE.

PROTEÇÃO CONTRA PROJEÇÃO DE OBJETOS,


ÓCULOS DE SEGURANÇA PARTÍCULAS VOLANTES E RESPINGOS, USO
OBRIGATÓRIO AO UTILIZAR O ESMERIL.

PROTEÇÃO DAS MÃOS CONTRA AGENTES


LUVAS DE RASPA
ABRASIVOS, ESCORIANTES E TÉRMICOS.
USO OBRIGATÓRIO DURANTE PROCESSO DE
AVENTAL COM MANGA DE RASPA
SOLDAGEM E AO USAR ROÇADEIRA
PERNEIRA USO OBRIGATÓRIO AO UTILIZA ROÇADEIRA.
PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE DO CONTRA
IMPACTOS DE PARTÍCULAS, LUMINOSIDADE
MÁSCARA DE SOLDA
INTENSA E RADIAÇÕES PROVENIENTES DE
SERVIÇOS DE SOLDAGEM.
PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
OPERACIONAL LUVA NITRÍLICA OU DE LÁTEX E CREME PROTETIVO CONTRA RISCOS PROVENIENTES DE PRODUTOS
QUÍMICOS
OPERADOR DE MÁQUINAS USO OBRIGATÓRIO DURANTE TRABALHO COM
AJUDANTE GERAL PROTETOR SOLAR
EXPOSIÇÃO SOLAR
CAPA DE CHUVA COM CAPUZ, CALÇADO USO OBRIGATÓRIO DURANTE TRABALHO EM DIAS
IMPERMEÁVEL. CHUVOSOS.
PROTETOR FACIAL, MÁSCARA COM FILTRO, BOTA DE USO OBRIGATÓRIO DURANTE APLICAÇÃO DE
BORRACHA, MACACÃO IMPERMEÁVEL. ROUNDUP
USO OBRIGATÓRIO DURANTE PROCESSO DE
RESPIRADOR TIPO PFF2 COM VÁLVULA
SOLDA
PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS CONTRA
RESPIRADOR TIPO PFF2 COM VÁLVULA
POEIRAS, NÉVOAS E FUMOS.
ROUPAS IMPERMEÁVEIS;
LUVAS DE PVC E DE RASPA, BOTAS DE BORRACHA USO OBRIGATÓRIO DURANTE LIMPEZA DA
ANTIDERRAPANTE; ESTAÇÃO DE ESGOTO.
MÁSCARA PFF-2,
USO OBRIGATÓRIO PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS
ÓCULOS DE SEGURANÇA
CONTRA PARTÍCULAS VOLANTE.
CINTO DE SEGURANÇA COM TALABARTE DUPLO E USO OBRIGATÓRIO AO EXECUTAR TRABALHO EM
TRAVA QUEDAS ALTURA E EM TALUDE.
CINTO DE SEGURANÇA COM TALABARTE DUPLO EXECUÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA (ACIMA DE
TREINAMENTO EM NR-35 2 METROS)
Video respirador

Video protetor auricular


Como fazer a higienização de EPI?
Algumas das práticas recomendadas para a higienização de EPI, de
maneira generalizada, que podemos citar são;

utilize sempre sabão neutro para os Equipamentos de Proteção


Individual;
não utilize produtos corrosivos ou abrasivos — podem danificar o EPI,
colocando em risco a segurança e saúdedo usuário;

coloque o EPI para secar na sombra — o contato com a luz do Sol deve
ser evitado, já que o calor pode danificar o material e causar danos como
rachaduras e ressecamento, por exemplo;

evite armazenar o EPI junto a outros itens, principalmente produtos


pontiagudos ou que possam prejudicar a integridade do equipamento;
jamais guarde um Equipamento de Proteção Individual sem que ele esteja
totalmente seco — o armazenamento do EPI úmido em um ambiente
fechado pode desencadear a proliferação de bactérias.​
Capacetes

Ao final de cada expediente de trabalho passe um pano úmido para retirar o


excesso de sujeira. Lembre-se de orientar os empregados a solicitar um novo EPI,
caso o dispositivo apresente algum trincado ou esteja sem sua fita de segurança.

Óculos de proteção

No final de cada jornada de trabalho o EPI pode ser higienizado com detergente
ou sabão neutro. Deve-se evitar esponjas ou materiais abrasivos em sua
higienização, e a secagem deve ser feita com uma toalha macia ou papel toalha.
Também deve ter o uso evitado caso apresente algum trincado ou ainda esteja
embaçado, por conta do processo de limpeza.

Respiradores

Um pano úmido deve ser passado sobre o equipamento ao final de cada dia de
trabalho para tirar o excesso de poeira e sujeira. A secagem pode ser feita com
uma toalha macia ou papel toalha. Mas os filtros devem ser trocados sempre que
necessário.
Calçados

O processo de higienização de EPI como calçados exige cuidados específicos.


Por exemplo, é preciso que o equipamento descanse na sombra durante todo o
período em que estiver fora do trabalho. Além disso, a cada 15 ou 30 dias devem
ser lavados e a secagem deve ser realizada à sombra.
Não devem ser utilizados em hipótese alguma fora do trabalho ou caso
apresentem furos, rasgos ou qualquer outro tipo de dano.

Protetores auditivos

Para finalizarmos o conteúdo sobre higienização de EPI, é importante mencionar


um dos dispositivos que exigem mais cuidados para serem conservados
adequadamente: os protetores auditivos.

Devem ser higienizados ao final de todo expediente para a retirada de secreção e


sujeiras dos ouvidos. Devem secar naturalmente à sombra. Os fios do protetor
não podem ser cortados e cada lado deve ser sempre utilizado no mesmo ouvido
Lembrando que é fundamental higienizá-los da maneira correta para evitar
infecções nos ouvidos.
Não usar o EPI pode gerar Justa causa?
EPI é o Equipamento de Proteção Individual do trabalhador que presta serviços
em ambientes insalubres. Sua utilização tem como objetivo proteger o
empregado e diminuir ou, até mesmo, eliminar os riscos à saúde do trabalhador.
Por tal importância, o empregado que não usar EPI pode ser dispensado por justa
causa.

As principais faltas graves que geram dispensa por justa causa estão
listadas no art. 482 daConsolidação das Leis do Trabalho (CLT). Já
vimos aqui no blog Direito de Todos algumas delas, tais como o
abandono de emprego, a desídia, a insubordinação e a indisciplina.
Todavia, existem algumas faltas que podem gerar justa causa
determinadas em outros artigos da CLT, entre elas a que pune o
empregado por não usar EPI (art. 158, a, da CLT).
A CLT, em seu art. 166, obriga a empresa a fornecer gratuitamente aos seus
empregados EPIs adequados ao risco da atividade. Os EPIs devem estar em
perfeito estado de conservação e funcionamento.
Pode-se citar como exemplos de EPIs os protetores auriculares, botas, luvas,
capacetes, roupas térmicas, entre tantos outros que se adequam a cada
atividade insalubre existente. Caso o EPI elimine o agente nocivo à saúde do
empregado, o adicional de insalubridade deixa de ser devido (Súmula 80 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST)).
Porém, a simples entrega do EPI pelo empregador não é o bastante para eliminar
ou diminuir o agente nocivo, é obrigação do patrão supervisionar o trabalhador,
que deverá usar EPI para efetivamente proteger-se dos riscos à sua saúde
(Súmula 289 do TST).
Como visto, o EPI é extremamente importante para os empregados, porém,
alguns deles não se atentam para tal relevância do equipamento e insistem em
não usar EPI. Caso o empregador entregue EPIs de boa qualidade e
funcionamento e supervisione o seu uso, se o trabalhador for flagrado sem usá-
lo, estará cometendo falta grave.
Neste sentido, a alínea b do parágrafo único do art. 158 da CLT diz o seguinte:
“Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: […]
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa”.
Desta forma, quando o empregador notar que seu
funcionário não usa o EPI fornecido pela empresa poderá
dispensá-lo por justa causa, ficando à seu cargo, antes
disso, advertir ou suspender o trabalhador que não usar EPI.
Mesmo que não existisse a alínea b do art. 158 da CLT, o
empregado poderia ser dispensado por justa causa em
decorrência de não usar EPI com base na alínea h do art.
182 da CLT: indisciplina.
Assim, nota-se que o uso do EPI é importantíssimo para o
trabalhador, pois visa diminuir ou eliminar os agentes nocivos
à sua saúde, além de não usar EPI ser motivo de dispensa
por justa causa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O simples fornecimento dos equipamentos de


proteção individual não garante a proteção
da saúde do trabalhador e nem evita
contaminações. Incorretamente utilizados, os
EPI podem comprometer ainda mais a
segurança do trabalhador.
OBRIGADO!!!!

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