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Um aquecedor de água de alimentação operando em estado

estacionário apresenta duas entradas e uma saída. Na entrada 1, o


vapor de água entre a p1 de 7 bar, T1 de 200°C com uma vazão
mássica de 40 kg/s. na entrada 2, água líquida a p2 de 7 bar, T2 de
40°C entra através de uma área A2 de 25 cm2. Líquido saturado a 7
bar sai em 3 com uma vazão volumétrica de 0,06 m3/s.

Determine as vazões mássicas


na entrada 2 e na saída (kg/s) e
a velocidades na entrada 2
(m/s).

Fronteira do
volume de
controle
Líquido saturado
Hipótese:

 O VC mostra está em estado estacionário.

Balanço de massa

𝑑𝑚𝑣𝑐
= 𝑚1 + 𝑚2 − 𝑚3
𝑑𝑡 Fronteira do
volume de
controle
Líquido saturado
𝑚2 = 𝑚3 − 𝑚1

𝐴𝑉 3
𝑚3 =
𝑣3

Considerando fluxo unidimensional


Tabela T-3 Propriedades de água saturada (Líquido-Vapor): Tabela de Pressão

𝑚3
𝐴𝑉 3 0,06 𝑠 𝑘𝑔
𝑚3 = = 3
= 54,15
𝑣3 𝑚 𝑠
1,108𝑥10−3
𝑘𝑔
𝑘𝑔
𝑚2 = 𝑚3 − 𝑚1 𝑚2 = 54,15 − 40 = 14,15
𝑠

Em (2) tem-se líquido comprimido, O v2vf Aproximações para liq a


partir de liq saturados

𝑘𝑔 3
𝑚
𝐴2 𝑉2 𝑚2 𝑣2 14,15 𝑠 1,0078𝑥10−3 104 𝑐𝑚2 𝑚
𝑘𝑔
𝑚2 = 𝑉2 = = . = 5,7
𝑣2 𝐴2 25 𝑐𝑚2 1𝑚2 𝑠

v2
 Balanço da taxa de energia:
A transferência de energia pode ocorrer
por calor e trabalho

Entrada i

Saída e

As linhas tracejadas definem a fronteira


do volume de controle
A transferência de energia pode
ocorrer por calor e trabalho

Entrada
i

Saída
e
As linhas tracejadas definem a
fronteira do volume de controle

 Principio de conservação de energia:

𝑑𝐸𝑣𝑐 𝑉𝑖2 𝑒𝑖2


= 𝑄 − 𝑊 + 𝑚 𝑖 𝑢𝑖 + + 𝑔𝑧𝑖 − 𝑚𝑒 𝑢𝑒 + + 𝑔𝑧𝑒
𝑑𝑡 2 2

Evc: energia contida no interior do volume de controle no instante t


i: entrada
e: saída
 Trabalho para um volume de controle:
 Taxa liquida de transferência de energia sob a forma de
trabalho a través de todas as regiões de fronteira do
volume de controle (vc).
 𝑊 associado à pressão do fluido conforme a massa é
introduzida na entrada e removida na saída.

 𝑊𝑣𝑐 que inclui efeitos do trabalho (eixos de rotação,


deslocamento de fronteira, efeitos elétricos)

𝑊= 𝑊𝑣𝑐 + 𝑝𝑒 𝐴𝑒 𝑉𝑒 − 𝑝𝑖 𝐴𝑖 𝑉𝑖 pe: pressão na saída


Ae: área de saída
Ve: velocidade de saída
Trabalho associado Trabalho associado i: entrada
com a pressão na com a pressão na e: saida
saída entrada

. . .
Wvc: outras transferências de energia mi , m e : são vazões mássicas
por trabalho através da fronteira i,  e: volumes específicos na entrada e
do volume de controle saída
 Substituindo
 
dEvc . . .  V 2  .  V 2 

 Q vc  W vc  mi  ui  pi vi  i  gzi   me  ue  peve  e  gze 
dt  2   2 
   
 Com h=u+p
 
dEvc . . .  V 2  .  V 2 

 Q vc  W vc  mi  hi  i  gzi   me  he  e  gze 
dt  2   2 
   
 Balanço da taxa de energia é:
.  

 
dEvc . .  V 2  .  Ve2


 Q vc  W vc  mi  hi  i  gzi   m e  he   gze 
dt   2    2 
   
i e
h: entalpia específica
i,  e: volumes específicos
 não variam no tempo - taxas de fluxo de massa e energia por
calor e trabalho são constantes,
 não pode haver acúmulo de massa no interior do VC,

 
. .
dmvc mi  me
0
dt i e
.  

 
dEvc . .  V2  .  Ve2


0 0  Q vc  W vc  mi  hi  i  gzi   m e  he   gze 
dt  2   2 
   
i e
.  

 
. .  V2  .  Ve2


ou Q vc  W vc  mi  hi  i  gzi   m e  he   gze 
 2   2 
   
i e
Taxa de entrada de energia Taxa de saída de energia

A taxa total de energia na qual a energia é transferida para o volume de


controle é igual à taxa em que a energia é transferida para fora (saída).
 Em aplicações nas quais envolvem VC com uma entrada
e uma saída em estado estacionário. O balanço de
massa: m. 1  m. 2
  2 2  
. . 
. V  V  
1 2 
0  Q vc  W vc  m h1  h2    g z1  z 2 
 
 2 
 
 

Dividindo pelo fluxo de massa


. .  2 2
V  V 
Q  1 2
0  vc  vc  h1  h2    g z1  z 2 
W
. . 2
m m

. .
Q vc W vc
, : a taxa de transferência de energia por unidade
. . de massa escoando através do VC.
m m
 o trabalho é desenvolvido
como resultado de um
fluidoo que passa através de
um conjunto de lâminas
fixadas a um eixo livre para Pá fixa Pá rotativa
sofrer rotação. Figura. Esquema de uma
turbina com escoamento axial

 O vapor superaquecido ou gás entra na turbina e se


expande até uma pressão de saída mais baixa
produzindo trabalho.

 Uso: instalações motoras a vapor, a gás e em motores


de aeronaves.
Nível de água

 O movimento produzido pelo


fluido sobre a hélice - W

Escoamento
de água
Nível de

 No EE – Balanço de massa e água

energia se reduzem Hélice

 Gases – Ep considera-se
desprezível
Figura. Turbina hidráulica instalada
em uma represa.

 A única TC entre a turbina e a vizinhança seria a TC


inevitável (Figura), ela é geralmente pequena em relação
aos termos do trabalho e entalpia.
 Compressores: o trabalho é realizado sobre um gás
passando através deles para aumentar a pressão.

 Bombas: a entrada de trabalho é utilizada para mudar o


estado de um líquido que circula em seu interior.
Saída

Rotor
Impelidor
Estator

Impelidor

Entradar

Eixo motriz

Saída

Figura. Compressor rotativos


a) Fluxo axial
b) Centrífugo
c) De lóbulo

Entrada
 Vapor entra em uma turbina operando em estado estacionário
com um fluxo de massa de 4600 kg/h. A turbina desenvolve
uma saída de potência de 1000 kW. Na entrada, a pressão é
60 bar, temperatura de 400°C e velocidade de 10 m/s. Na
saída, a pressão é 0,1 bar, o titulo é 0,9 (90%) e a velocidade
é 50 m/s. Calcule a taxa de transferência de calor entre a
turbina e a vizinhança, em kW.
Hipóteses:

1. VC no EE
2. Ep na entrada e saída - desprezível

Balanço da taxa de energia para VC:

𝑉12 𝑉22
0 = 𝑄𝑣𝑐 − 𝑊𝑣𝑐 + 𝑚 ℎ1 + + 𝑔𝑧1 − 𝑚 ℎ2 + + 𝑔𝑧2
2 2

𝑉22 − 𝑉12
𝑄𝑣𝑐 = 𝑊𝑣𝑐 + 𝑚 ℎ2 − ℎ1 +
2

a b

a) Determinando h2-h1

h1= Tabela T-4: Propriedades do vapor de água superaquecido


Propriedade de vapor de água superaquecido

h1
hg2: vapor sat
h2: Entalpia mistura de duas fases = (hg2-hf2)
hf2: liquido sat
hfg: evaporação

𝑘𝐽 𝑘𝐽 𝑘𝐽
ℎ2 = ℎ𝑓2 + 𝑥2 ℎ𝑔2 − ℎ𝑓2 = 191,83 + 0,9 2392,8 = 2345,4
𝑘𝑔 𝑘𝑔 𝑘𝑔
ℎ𝑓𝑔
𝑘𝐽
ℎ2 − ℎ1 = 2345,4 − 3177,2 = −831,8
𝑘𝑔
Propriedade de água saturada (líquido-vapor): Tabela de pressão

𝒉𝒇𝒈 𝒉𝒇𝒈

Moran et al. (2005). Introdução à engenharia de sistemas térmicos. LTC-GEN


𝑉22 − 𝑉12 502 − 102 𝑚2 1𝑁 1 𝑘𝐽 𝑘𝐽
= . . = 1,2
2 2 𝑠 2 1 𝑘𝑔. 𝑚 103 𝑁. 𝑚 𝑘𝑔
𝑠2

𝑉22 − 𝑉12
𝑄𝑣𝑐 = 𝑊𝑣𝑐 + 𝑚 ℎ2 − ℎ1 +
2

𝑘𝑔 𝑘𝐽 1ℎ 1 𝑘𝑊
𝑄𝑣𝑐 = 1000 𝑘𝑊 + 4600 −831,8 + 1,2 . .
ℎ 𝑘𝑔 3600 𝑠 𝑘𝐽
1 𝑠

𝑄𝑣𝑐 = −61,3 𝑘𝑊 Há TC da turbina para sua vizinhança

Qvc é pequena quando comparada à potencia


desenvolvida pela turbina (1000kW)
Ar é admitido em um compressor que opera em estado
estacionário com uma pressão de 1 bar, temperatura de 290 K e
velocidade de 6 m/s através de uma entrada com área de 0,2
m2. Na saída, a pressão é 7 bar, a temperatura de 450 K e a
velocidade de 2 m/s. A transferência de calor do compressor
para sua vizinhança ocorre a uma taxa de 180 kJ/min.
Aplicando o modelo de gás ideal, determine a potência de
entrada para o compressor em kW.
Hipóteses:

1. VC no EE
2. Ep na entrada e saída - desprezível
3. O modelo de gás ideal se aplica para o ar.

Balanço da taxa de energia para VC:

𝑑𝐸𝑣𝑐 𝑉12 𝑉22


= 𝑄𝑣𝑐 − 𝑊𝑣𝑐 + 𝑚 ℎ1 + + 𝑔𝑧1 − 𝑚 ℎ2 + + 𝑔𝑧2
𝑑𝑡 2 2

𝑉22 − 𝑉12
𝑊𝑣𝑐 = 𝑄𝑣𝑐 + 𝑚 ℎ2 − ℎ1 +
2
m - avaliado com dados na entrada e a equação de estado do gás ideal

𝐴1 𝑉1 𝑅𝑇
𝑚= Pυ = 𝑅𝑇 𝜐= 𝑅
𝑣1 𝑃 Rar =
𝑀

𝐴1 𝑉1 𝑃1 R=8314 N.m/kmol.K
𝑚=
𝑅
𝑀 1
𝑇 M=28,97 kg/kmol (peso
molecular do ar)
𝑚 𝑁
0,1𝑚2 6 𝑠 100000 2
𝑚= 𝑚
𝑁. 𝑚 𝑘𝑔
8314 = 0,72
𝑘𝑚𝑜𝑙. 𝐾 . 290 𝐾 𝑠
𝑘𝑔
28,97
𝑘𝑚𝑜𝑙

h1 e h2 Tabela T-9: Propriedades do ar como gás ideal


Propriedades do ar como gás ideal

h1

h2
𝑉22 − 𝑉12
𝑊𝑣𝑐 = 𝑄𝑣𝑐 + 𝑚 ℎ2 − ℎ1 +
2

𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑘𝐽 62 − 22 𝑚2 1𝑁 1 𝑘𝐽
𝑊𝑣𝑐 = −180 + 0,72 290,16 − 451,8 +
𝑚𝑖𝑛 𝑠 𝑘𝑔 2 𝑠2 𝑘𝑔. 𝑚 103 𝑁. 𝑚
1
𝑠2
𝑘𝐽
𝑊𝑣𝑐 = −119,4
𝑠

𝑊𝑣𝑐 = −119,4 𝑘𝑊

 O Q e W são negativos

 TC se dá a partir do compressor

 O W realizado é sobre o ar que passa através do compressor

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