Você está na página 1de 97

NBR 12721:2006 - TREINAMENTO

PRÁTICO

Eng° Newton Chwartzmann


newtonc@ufrgs.br

Maio 2021
Origem da propriedade horizontal vem
da pré-história. 2
INTRODUÇÃO

 Proteção.
 Limitação do
território.
 Afirmação frente
a natureza.
 Projeção de si
mesmo na
relação com o
mundo.
Aldeia Dogon, Mali 3
(anterior a 3.200 A.C.)
INTRODUÇÃO

 Elaboração dos estatutos civis (Alemão e


Suíço) sec. XIX são fundamentais ao
desenvolvimento das cidades.

 Atualmente, a propriedade horizontal é


admitida e regulamentada em quase todos
os países.

4
INTRODUÇÃO

Propriedade horizontal é o direito que se


exerce sobre um ou mais andares ou
apartamentos de um edifício

que tenham sido adquiridos por vários


proprietários de forma separada, os quais
têm direitos e obrigações em comum.

5
INTRODUÇÃO

 No início do séc. XX, inicia o crescimento


das cidades pela movimentação das
pessoas que abandonam o campo.

1940 70% em zona rural


1980 33% em zona rural

 Aumento da demanda por moradias:

Aumento do custo dos terrenos;


Verticalização.
6
INTRODUÇÃO

Surgem dúvidas sobre a falta de


regramento de uma “nova indústria”, a da
construção civil.
Não existiam regras sobre:
edificações a construir ou em construção.
edificações coletivas.

Atividade está livre de limitações legais e


de riscos. 7
INTRODUÇÃO

Código Civil de 1916: condomínio clássico


ou tradicional

Quando um imóvel pertence a mais de


uma pessoa caberá a cada uma delas
igual direito a cada uma das partes.

É fácil dividir um imóvel em partes


iguais? 8
INTRODUÇÃO

Fundos Frente

9
INTRODUÇÃO

10
INTRODUÇÃO

11
INTRODUÇÃO

12
INTRODUÇÃO

Lei 4.591/64: condomínio especial

 Nele coexistem a propriedade


exclusiva das unidades.
 e a propriedade condominial das
partes comuns do terreno.

Surgem regras claras sobre


condomínios e incorporações.
13
LEI 4.591/64

Lei 4.591/64 Lei dos Condomínios e


Incorporações (LCI):

 Definiu o conceito moderno da


propriedade horizontal e da construção
sob a forma de unidades autônomas;
 Traçou normas que vão desde a estrutura
e funcionamento do condomínio, até a sua
própria constituição, fixando diretrizes a
serem seguidas pelo incorporador.
14
LEI 4.591/64

Considera-se incorporador a pessoa física ou


jurídica, comerciante ou não, que, embora não
efetuando a construção, compromisse ou efetive
a venda das frações ideais de terreno objetivando
a vinculação de tais frações a unidades autônomas,
em edificações a serem construídas ou em
construção sob o regime condominial, ou que
meramente aceite propostas para efetivação de
tais transações, coordenando e levando a termo a
incorporação e responsabilizando-se, conforme o
caso, pela entrega, a certo prazo, preço e
determinadas condições, das obras concluídas. 15
LEI 4.591/64

Considera-se incorporador a pessoa física ou


jurídica, comerciante ou não, que, embora não
efetuando a construção, compromisse ou efetive
a venda das frações ideais de terreno
objetivando a vinculação de tais frações a unidades
autônomas, em edificações a serem construídas
ou em construção sob o regime condominial, ou
que meramente aceite propostas para
efetivação de tais transações, coordenando e
levando a termo a incorresponsabilizando-se,
conforme o caso, pela entrega, a certo prazo,
preço das obras concluídas. 16
ETAPAS DE UMA INCORPORAÇÃO

 AQUISIÇÃO DO TERRENO/ANÁLISE DE
VIABILIDADE
 PROJETOS
 REGISTRO DE INCORPORAÇÃO
 COMERCIALIZAÇÃO DAS UNIDADES
 PLANEJAMENTO DA OBRA
 EXECUÇÃO DA OBRA
 CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE
 INDIVIDUALIZAÇÃO DAS UNIDADES
 ENTREGA DAS UNIDADES

17
REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

A Lei 4.591/64 estabeleceu normas para


escrituração nos registros de imóveis,
dentre as quais condiciona o lançamento
de uma incorporação imobiliária ao prévio
arquivamento dos vários documentos que
constam de seu artigo n° 32.

O conjunto destes documentos é conhecido


como Memorial de Incorporação.
18
REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

O descumprimento desta exigência legal


(fazer o registro) pode ter consequências
criminais, não só para o incorporador,
mas também para os demais
intervenientes como o corretor,
construtor e o proprietário do
terreno.

19
DOCUMENTOS (CONFORME ART N° 32)

 Título de propriedade do terreno;

 Certidões negativas de impostos;

 Certidão vintenária;

 Projetos aprovados;

 Memorial descritivo;

 Avaliação do custo global da obra;

 Minuta da futura convenção de condomínio;

 Discriminação das frações ideais de 20

terreno;
DOCUMENTOS (CONFORME ART N° 32)

 Declaração em que se defina a parcela


do preço de que trata o inciso II do art.
39 da LCI;
 Certidão do instrumento público de mandato;

 Declaração do prazo de carência;

 Atestado de idoneidade financeira;

 Declaração sobre o número de veículos


que a garagem comporta;
 Cálculo das áreas da Edificação. 21
22
MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO
Memorial descritivo

Documento que descreve todo o edifício,


terreno, subsolo, térreo, estacionamentos,
pavimentos, fundações, tipo de material,
acabamentos, acessos, dentre outros.

Estas informações estão contidas nos


quadros V a VIII da NBR 12.721.

23
24
25
26
27
MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO

Avaliação do custo global da obra


É o valor mínimo que pode ser atribuído
à construção, atualizado à data do
arquivamento, com base nos custos
unitários referidos no art. 54 (Item 13 do
quadro III da NBR 12.721/2006).

28
29
MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO

Discriminação das frações ideais de


terreno
Conforme a LCI “A cada unidade caberá, como
parte inseparável, uma fração ideal do
terreno e coisas comuns, expressa sob forma
decimal ou ordinária”.
Na prática, as frações ideais de terreno tem
sido definidas pelos valores calculados na
coluna 31 do quadro II da NBR 12.721
(coeficiente de proporcionalidade), cuja
soma é sempre igual a um inteiro. 30
31
MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO
Declaração em que se defina a quota-parte
da área das unidades a serem entregues
em pagamento do terreno
Sempre que a compra do terreno se der com a
entrega de unidades no próprio edifício a
construir, deverá constar em todos documentos os
metros quadrados destas unidades (além da parte
em dinheiro, se houver), pois seu custeio será pago
pelas demais unidades (rerrateio).
No quadro IV A da NBR 12.721 estas áreas,
chamadas de sub-rogadas devem ser
discriminadas. 32
33
MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO

Declaração sobre o número de veículos que


a garagem comporta
Declaração, acompanhada de plantas
elucidativas, sobre o número de veículos que
a garagem comporta e os locais destinados à
guarda dos mesmos, mencionando se as vagas
de estacionamento, garagens ou boxes, estão
ou não vinculados aos apartamentos.

Impedir que sejam vendidas em número maior


do que a capacidade da garagem. 34
35
MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO

Cálculo das áreas da edificação

A Lei 4.591/64 determinou que a ABNT


desenvolvesse normas técnicas para que
atendessem a estas necessidades, o que foi
feito com a publicação da NB 140, hoje
NBR 12.721/2006.

A Norma estabelece os critérios para


avaliação dos custos unitários e o cálculo
do rateio de construção.
36
DEFINIÇÕES

Áreas cobertas padrão:

Medidas de superfícies de quaisquer


dependências cobertas, nelas incluídas as
superfícies das projeções de paredes, de
pilares e demais elementos construtivos,
que possuem áreas de acabamento
semelhantes às respectivas áreas dos
projetos-padrão adotados nesta Norma.

37
DEFINIÇÕES

Áreas de padrão diferente:

Áreas cobertas ou não de padrão de


acabamento substancialmente superior
ou inferior ao considerado padrão da
edificação.

38
CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO E
CÁLCULO DE ÁREAS
Cada dependência deve ser considerada com 3
dimensões, sendo seu custo real efetivo
orçado ou estimado com os mesmos critérios
utilizados no orçamento padrão ou utilizar os
coeficientes médios da Norma:
a) Com os acabamentos efetivamente empregados
nessa dependência;
b) Critérios de delimitação de perímetro da área
dessa dependência: incluir as paredes
externas não confrontantes com outra área
construída e incluir a metade da espessura da
parede confrontante com as outras áreas 39

construídas.
40
41
42
43
44
COEFICIENTES MÉDIOS

Na falta de um orçamento, podem ser


utilizados os seguintes coeficientes médios
(utilizados no cálculo de equivalência de áreas
dos projetos-padrão):
a) garagem (subsolo): 0,50 a 0,75
b) área privativa (unidade autônoma padrão): 1,00
c) área privativa (salas com acabamento): 1,00
d) área privativa (salas sem acabamento): 0,75 a
0,90
e) área de loja sem acabamento: 0,40 a 0,60
f) varandas (sacadas): 0,75 a 1,00 45
COEFICIENTES MÉDIOS

g) terraços ou áreas descobertas sobre lajes: 0,30


a 0,60
h) estacionamento sobre terreno: 0,05 a 0,10
i)área de projeção do terreno sem benfeitoria: 0,00
j) área de serviço - residência unifamiliar padrão
baixo (aberta): 0,50
k) barrilete: 0,50 a 0,75
l) caixa d’água: 0,50 a 0,75
m) casa de máquinas: 0,50 a 0,75
n) piscinas: 0,50 a 0,75
o) quintais, calçadas, jardins, etc.:0,10 a 0,30 46
CUSTO UNITÁRIO BÁSICO
(CUB)

47
DEFINIÇÃO – NBR 12721

“Custo por metro quadrado de construção


do projeto-padrão considerado,
calculado de acordo com a metodologia
estabelecida em 8.3, pelos Sindicatos da
Indústria da Construção Civil, em
atendimento ao disposto no artigo 54 da
Lei nº 4.591/64 e que serve de base
para a avaliação de parte dos custos de
construção das edificações.”
48
DEFINIÇÃO – NBR 12721

O Custo Unitário Básico (CUB/m²) teve origem


através da Lei Federal nº 4.591 de 16 de
dezembro de 1964:

Art. 54: Os sindicatos estaduais da indústria


da construção civil ficam obrigados a divulgar
mensalmente, até o dia 5 de cada mês, os
Custos unitários de construção a serem
adotados nas respectivas regiões jurisdicionais,
calculados com observância dos critérios e
normas a que se refere o inciso I, do artigo
anterior. 49
DEFINIÇÃO – NBR 12721

A responsabilidade de calcular o CUB/m² é


exclusiva dos Sindicatos da Indústria da
Construção Civil.
Cabe à Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), elaborar a Norma que
estabelece a metodologia a ser adotada
pelos Sinduscons de todo o país para o
cálculo do CUB/m².

50
DEFINIÇÃO – NBR 12721

Disciplinar o mercado de incorporação


imobiliária, servindo como parâmetro na
determinação dos custos dos imóveis.
Em função da credibilidade alcançada ao
longo dos seus mais de 50 anos de
existência, a evolução relativa do CUB/m²
também tem sido utilizada como indicador
macroeconômico dos custos do setor da
construção civil.
51
PROJETOS-PADRÃO DA ABNT NBR
12721:2006
“Projetos selecionados para representar os
diferentes tipos de edificações, que são
usualmente objeto de incorporação para
construção em condomínio e conjunto de
edificações, definidos por suas características
principais:
a) número de pavimentos;
b) número de dependências por unidade;
c) áreas equivalentes à área de custo padrão
privativas das unidades autônomas;
d) padrão de acabamento da construção e
e) número total de unidades.” 52
53
CARACTERÍSTICAS DOS
PROJETOS-PADRÃO

54
55
56
57
58
ESPECIFICAÇÕES DOS
PADRÕES DE ACABAMENTOS
NOS ORÇAMENTOS DOS
PROJETOS - PADRÃO
RESIDENCIAIS

59
60
ESPECIFICAÇÕES DOS
PADRÕES DE ACABAMENTOS
NOS ORÇAMENTOS DOS
PROJETOS – PADRÃO
COMERCIAIS

61
62
LOTES BÁSICOS

63
64
EVOLUÇÃO NORMATIVA E
CRITÉRIOS DE CÁLCULO

65
A EVOLUÇÃO NORMATIVA
ABNT NB-140:1965: Norma original elaborada
para atender a Lei 4.591/64 e disciplinar as
incorporações imobiliárias.
ABNT NBR 12721:1992: atualizou os
acabamentos dos projetos-padrão da ABNT.
ABNT NBR 12721:1999: introduziram-se no
cálculo do CUB/m2 os projetos comerciais, casa
popular e galpão industrial.
ABNT NBR 12721:2006: A maior revisão da
Norma desde a sua criação, com a introdução de
novos projetos-padrão e novo lote básico. Entrou
em vigor em 01/02/2007. 66
NBR 12721:2006

A revisão buscou a modernização do CUB/m² e


a adaptação à atual realidade dos novos
insumos, técnicas e tecnologias, novos índices
de produtividade, uma vez que a antiga Norma
baseava-se nos processos construtivos de
1964.
Os projetos-padrão foram totalmente
refeitos, sem qualquer semelhança com os
projetos anteriores. Foram considerados os
aspectos do mercado atual de edificações na
definição dos projetos arquitetônicos. 67
NBR 12.721/2006

Publicada em 28 de agosto de 2006 e entrou


em vigor em 1° de fevereiro de 2007.
Aplica-se a:
 Edifícios com unidades autônomas dispostas
em pavimentos;
 Conjuntos de residências unifamiliares
isoladas ou geminadas;
 Conjunto de edificações que sejam objeto de
incorporação imobiliária.

Não se aplica a loteamentos e parcelamentos


de solo (Decreto Lei 58 e Lei 6.766). 68
PARCELAMENTO DO SOLO (Lei 6.766/79)

"Art. 2° - O parcelamento do solo urbano


poderá ser feito mediante loteamento ou
desmembramento, observadas as disposições
desta Lei e das legislações estaduais e
municipais pertinentes.“

"§ 1° - Considera-se loteamento a subdivisão


de gleba em lotes destinados à edificação, com
abertura de novas vias de circulação, de
logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes”.
69
PARCELAMENTO DO SOLO (Lei 6.766/79)

"§ 2° - Considera-se desmembramento


subdivisão de gleba em lotes destinados à
edificação, com aproveitamento do sistema
viário existente, desde que não implique
abertura de novas vias e logradouros públicos,
nem no prolongamento, modificação ou
ampliação dos já existentes."

70
CONDOMÍNIO DE LOTES (Lei 13.465/17)

Art. 1.358-A. Pode haver, em terrenos, partes


designadas de lotes que são propriedade
exclusiva e partes que são propriedade
comum dos condôminos.

§ 1° A fração ideal de cada condômino poderá


ser proporcional à área do solo de cada
unidade autônoma, ao respectivo potencial
construtivo ou a outros critérios indicados no
ato de instituição.

71
CONDOMÍNIO DE LOTES (Lei 13.465/17)

§ 2° Aplica-se, no que couber, ao


condomínio de lotes o disposto sobre
condomínio edilício neste Capítulo,
respeitada a legislação urbanística.

§ 3° Para fins de incorporação


imobiliária, a implantação de toda a
infraestrutura ficará a cargo do
empreendedor.’”

72
CONDOMÍNIO DE LOTES (Lei 13.465/17)

Procedimentos registrais (segundo o


Colégio Registral do RS)
a) Requerimento solicitando o registro da
instituição condominial em que conste
referência expressa aos dispositivos legais
supra citados;
b) Projeto devidamente aprovado pela
Municipalidade, a qual deverá conter legislação
que autorize a aprovação deste tipo de
empreendimento, contendo o que segue:
73
CONDOMÍNIO DE LOTES (Lei 13.465/17)

b.1.) Memorial descritivo informando todas


as particuliaridades do empreendimento
(descrição das unidades autônomas contendo
especialmente as áreas privativa, comum e
total e a fração ideal correspondente na área
total etc.), bem como a descrição do lote;
b.2.) Planta de lotes;
b.3.) Planilha de cálculo de áreas;
b.4.) Planilha de custos da realização da
infra-estrutura;
74
CONDOMÍNIO DE LOTES (Lei 13.465/17)

c) Convenção de condomínio, na qual


deverão constar, entre outras cláusulas
previstas em lei, as formas e características que
cada construção poderá apresentar;

d) Anotação ou registro de responsabilidade


técnica (ART/RRT) do responsável pelo
projeto.

Para registro de incorporação imobiliária, a


documentação a ser exigida será a constante do
artigo 32, da Lei nº 4.591/64. 75
DEFINIÇÕES
PAVIMENTO: parte coberta da edificação
situada num mesmo nível ou em vários
níveis situados entre os planos de dois pisos
superpostos, distantes entre si numa altura
correspondente ao pé-direito mínimo previsto
na legislação municipal, ou parte descoberta do
prédio, definida pela sua área.
PAVIMENTO TÉRREO: pavimento com acesso
direto à via pública. Quando vários os acessos
diretos, o pavimento térreo corresponderá ao
principal pavimento de acesso.
76
DEFINIÇÕES

UNIDADE AUTÔNOMA: parte da


edificação vinculada a fração ideal de
terreno e coisas comuns, sujeita às
limitações da lei, constituída de
dependências e instalações de uso
privativo e de parcela de dependências e
instalações de uso comum da edificação,
destinada para fins residenciais ou não,
assinalada por designação especial
numérica ou alfabética, para efeitos de
identificação e discriminação. 77
DEFINIÇÕES

ANDAR: pavimento que está acima ou


abaixo do pavimento térreo, podendo
receber diferentes nomenclaturas, a serem
especificadas no respectivo projeto
arquitetônico, tais como mezanino,
sobreloja, andar-tipo, subloja, subsolo,
etc.

78
DEFINIÇÕES
ÁREAS DE EDIFICAÇÃO: áreas
estabelecidas a partir da seguinte
classificação geral:
a) áreas reais de projeto.
b) áreas em relação ao uso.
c) áreas equivalentes em relação às áreas
padronizadas.
d) áreas em relação à forma de divisão
(distribuição).
79
DEFINIÇÕES
ÁREAS REAIS DE PROJETO: medidas de
superfície tomadas a partir do projeto
arquitetônico, utilizadas para cálculos dispostos
nesta Norma.
a) áreas reais: medida da superfície de
quaisquer dependências, ou conjunto de
dependências, cobertas ou descobertas, nela
incluídas as superfícies das projeções das paredes,
de pilares e demais elementos construtivos.
b) área real total do pavimento: soma das
áreas cobertas ou descobertas reais de um
determinado pavimento, medidas a partir do
80
projeto arquitetônico.
ÁREAS REAIS DE PROJETO
c) área real da unidade autônoma: soma
das áreas cobertas e descobertas reais e
condominiais que definem a área total da
unidade autônoma considerada, calculadas a
partir do projeto arquitetônico e com o auxílio
do quadro II.
d) área real global da edificação: soma das
áreas cobertas ou descobertas reais,
situadas nos diversos pavimentos, calculadas a
partir do projeto arquitetônico aprovado e com
auxílio do quadro I.
81
DEFINIÇÕES
ÁREAS EM RELAÇÃO AO USO: áreas do projeto
arquitetônico estabelecidas pelos seguintes tipos:
a) uso privativo
b) uso comum
ÁREAS DE USO PRIVATIVO: áreas cobertas e
descobertas que definem o conjunto de
dependências e instalações de uma unidade
autônoma, cuja utilização é privativa dos
respectivos titulares de direito.
Subdividem-se em:
a) áreas privativas principais;
b) áreas privativas acessórias. 82
DEFINIÇÕES
ÁREA PRIVATIVA PRINCIPAL: área da
unidade autônoma de uso exclusivo, destinada
à moradia, atividade ou uso principal da
edificação, situada em determinado andar ou
em dois ou mais andares interligados por
acesso também privativo.
ÁREA PRINCIPAL ACESSÓRIA: área da
unidade autônoma, de uso exclusivo, situada
fora dos limites físicos de sua área privativa
principal, destinada a usos acessórios, tais
como: depósitos e vagas de garagem.
83
DEFINIÇÕES

ÁREA DE USO COMUM: área coberta ou


descoberta situada nos diversos
pavimentos da edificação e fora dos limites
de uso privativo, que pode ser utilizado
em comum por todos ou por parte dos
titulares de direito das unidades
autônomas.

84
DEFINIÇÕES
ÁREAS EM RELAÇÃO ÀS ÁREAS
PADRONIZADAS: áreas utilizadas nos
projetos-padrão que serviram à definição
do lote básico para cálculo do custo
unitário básico, classificadas como:
a) áreas cobertas padrão.
b) áreas cobertas de padrão diferente.
c) áreas descobertas.
d) áreas equivalentes à área de custo
padrão total.
85
DEFINIÇÕES
ÁREAS COBERTAS PADRÃO: medidas de
superfícies de quaisquer dependências
cobertas, nelas incluídas as superfícies das
projeções de paredes, de pilares e demais
elementos construtivos, que possuem áreas de
acabamento semelhantes às respectivas
áreas dos projetos-padrão adotados nesta
Norma.
ÁREAS COBERTAS DE PADRÃO DIFERENTE:
áreas cobertas de padrão de acabamento
substancialmente inferior ou superior ao tipo
escolhido entre os padronizados nesta Norma.
86
DEFINIÇÕES

ÁREAS DESCOBERTAS: medida da


superfície de quaisquer dependências não
cobertas que integram a edificação, tendo
como exemplos: a área de serviço e
estacionamento descobertos, terraço
privativo, etc.

87
DEFINIÇÕES

ÁREA EQUIVALENTE À ÁREA DE CUSTO


PADRÃO TOTAL: áreas equivalentes em área de
custo padrão total estabelecidas pelas seguintes
condições:
a) as áreas cobertas-padrão, com suas medidas
reais.
b) as áreas equivalentes (virtuais).
c) as somas das áreas coberta-padrão e
equivalentes relativas a um determinada unidade
autônoma ou a um pavimento, ou a determinadas
dependências de uso comum ou privativo ou de
toda a edificação.
88
DEFINIÇÕES
ÁREAS EM RELAÇÃO A SUA DIVISÃO: áreas
são classificadas em:
a) áreas de divisão proporcional.
b) áreas de divisão não proporcional.
ÁREA DE DIVISÃO PROPORCIONAL: área de
uso comum cujo custo da construção é da
responsabilidade dos titulares de direito das
diferentes unidades autônomas que compõem a
edificação na proporção das respectivas
áreas equivalentes de divisão não proporcional,
tendo como exemplo: o portaria, salão e festas
ou apt. do zelador.
89
DEFINIÇÕES

ÁREA DE DIVISÃO NÃO PROPORCIONAL:


área de uso comum ou privativo cujo custo
da construção é da responsabilidade dos
titulares de direito de uma ou mais unidades
autônomas, independentemente de
qualquer relação de proporcionalidade com
as respectivas áreas privativas ou comuns.

90
91
DEFINIÇÕES
CUSTO DE CONSTRUÇÃO DA UNIDADE
AUTÔNOMA: valor atribuído à parcela de custo
da construção da unidade autônoma, produto
da área equivalente em área de custo padrão
da unidade autônoma pelo CUB.
ÁREA SUB-ROGADA: área relativa às
unidades a serem entregues em pagamento
ao proprietário do terreno, cuja obrigação
de custeio de construção foi transferida aos
adquirentes das demais unidades autônomas
equivalente em área de custo padrão total.
92
DEFINIÇÕES

QUADROS: relação metódica dos conceitos,


cálculos de áreas, coeficientes de custos
estabelecidos nesta Norma:

a) INFORMAÇÕES PRELIMINARES:
constantes no processo administrativo de
aprovação do projeto arquitetônico com suas
especificações, memoriais e documento de
propriedade, objetivando identificar o que se
segue descrito.
93
DEFINIÇÕES
b) QUADRO I: cálculo das áreas nos
pavimentos e da área global.
c) QUADRO II: cálculo das áreas das
unidades autônomas.
d) QUADRO III: avaliação do custo global e
unitário de construção.
e) QUADRO IV-A: avaliação do custo de
construção de cada unidade autônoma e cálculo
de rerrateio de sub-rogação (indica-se todas as
unidades nas colunas 39 a 42, e não apenas as
não sub-rogadas). 94
DEFINIÇÕES

f) Quadro IV-B:
Resumo das áreas reais para os atos de
registro e escrituração das áreas e
coeficientes das unidades autônomas, expondo
os dados definitivos obtidos a partir dos cálculos
em quadros que o antecedem.
No caso de conjunto de edificações em blocos ou
conjunto de residências isoladas, quando for
necessária a discriminação das áreas de
terreno de uso exclusivo atribuídas às
unidades autônomas, deve ser utilizado o 95

quadro IV-B-1, em substituição ao quadro IV-B.


96
DEFINIÇÕES

g) QUADRO V: informações gerais.


h) QUADRO VI: memorial descritivo dos
equipamentos.
i) QUADRO VII: memorial descritivo dos
acabamentos das dependências de uso
privativo das unidades autônomas.
j) QUADRO VIII: memorial descritivo dos
acabamentos das dependências de uso
comum.
97

Você também pode gostar