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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LUAN BATISTA DA SILVA


JERDERY MARCONDES EMILIANO

SISTEMAS DE ESQUADRIAS: RELAÇÃO CUSTO E BENEFÌCIO

TUBARÃO
2017
LUAN BATISTA DA SILVA
1

JERDERY MARCONDES EMILIANO

SISTEMAS DE ESQUADRIAS: RELAÇÃO CUSTO E BENEFÍCIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito
parcial à obtenção do título de Engenheiro
civil

Orientador: Prof. Rogério Todeschini

Tubarão
2017
2
3

Dedicamos este trabalhos a todos estudantes


de Engenharia Civil que possam usufruir deste
estudo, aproveitando-o e também criticando de
maneira que contribua como mais uma
orientação e construção de novos
conhecimentos.
4

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter-nos dado a saúde e a força para enfrentar todas as dificuldades. A
essa universidade por ter nos concedido o espaço e a disposição de professores em que nos
levaram a um excelente padrão de profissionalismo. Ao nosso orientador Rogério Todeschini
pela paciência, confiança, sabedoria e pelo suporte no pouco tempo que lhe coube pelas suas
correções e incentivos. Aos nossos pais por terem dado força e por ter depositado a fé em toda
nossa caminhada. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte de minha formação o
nosso muito obrigado.
5

“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as


grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível." (Charles Chaplin)

RESUMO
6

A construção civil brasileira encontra-se em grande crescimento e além do notável


crescimento de empreendimentos buscam-se novas opções de matérias e mão de obra no
intuito de proporciona ao consumidor o custo e benefício que melhor lhe atender, visando
destacar a importância do planejamento estratégico na gestão das empresas. Serão
apresentados neste trabalho de conclusão de curso, o levantamento dos materiais mais
utilizados na confecção de esquadrias dentre eles: o alumínio, vidro, ferro, madeira e PVC. O
conhecimento das propriedades, características, funcionalidades e viabilidades econômicas de
cada material e sua melhor utilização em determinados vãos e casos. Para fundamentar os
resultados dos objetivos propostos, realizou-se um estudo bibliográfico em teses, dissertações,
TCCs, artigos, livros, catálogos, dentre outros. Por fim, verificou-se que todos os materiais
tem seus pontos fortes e fracos, e que é essencial para o engenheiro civil ter em sua formação
a apropriação deste conhecimento para orientar seus futuros clientes.

Palavras-chave: Construção civil. Esquadrias.Custos. Benefícios.


7

ABSTRACT

The Brazilian civil construction was in great growth and besides the remarkable growth of
enterprises, new materials and labor options were sought in order to provide the consumer
with the cost and benefit that best suits him, in order to highlight the importance of strategic
planning in the management of companies. It will be presented in this work of conclusion of
course, the survey of the materials most used in the manufacture of frames, among them:
aluminum, glass, iron, wood and PVC. Knowledge of the properties, characteristics,
functionalities and economic feasibility of each material and its best use in certain spans and
cases. In order to base the results of the proposed objectives, a bibliographic study was
carried out on theses, dissertations, TCCs, articles, books, catalogs, among others. Finally, it
was verified that all materials have their strengths and weaknesses, and that it is essential for
the civil engineer to have in his training the appropriation of this knowledge to guide his
future clients.

Keywords: Civil construction. Squares. Costs. Benefits.


8

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Exemplo de um brise-soleil…………………………………………….… 25


Figura 02: Exemplo de cobogós……………………………………………………… 25
Figura 03: Exemplo de esquadria de abrir (janela)........................................................ 27
Figura 04: Exemplo de esquadria de abrir (porta)........................................................ 27
Figura 05: Exemplo de janela de correr…………………………………………..… 28
Figura 06: Exemplo de porta de correr………………………………………………. 28
Figura 07: Exemplo de porta de veneziana………………………………………….. 28
Figura 08: Exemplo de janela de veneziana………………………………………….. 28
Figura 09: Exemplo de janela basculante……………………………….………….. 29
Figura 10: Exemplo de porta basculante……………………………...…..………….. 29
Figura 11: Exemplo de esquadria Maxi- 29
Ar……………………………………….…... 30
Figura 12: Exemplo de janela guilhotina…………………………………………….. 30
Figura 13: Exemplo de portas guilhotina……………………………...……………... 30
Figura 14: Exemplo de esquadria camarão (porta)........................................................ 31
Figura 15: Exemplo de esquadria camarão (janela)....................................................... 31
Figura 16: Janela pivotante…………………………………………………………. 31
Figura 17: Porta pivotante……………………………………………………………. 32
Figura 18: Janela fixa………………………………………………………………… 32
Figura 19: Portas fixas………………………………………………………………. 32
Figura 20: Esquadrias ideias: edifício Louveira, de Vilanova Artigas………………. 36
Figura 21: Tonalidade de 37
madeira…………………………………….………………. 38
Figura 22: Esquadrias de madeiras………………………………...………………… 38
Figura 23: Fixação do batente………………………………………………………. 40
Figura 24: Localização dos pontos da espuma………………………………………. 43
Figura 25: Espessura da camada de anodização do alumínio………………………… 43
Figura 26: Porta balcão 3 e 6 folhas…………………………………………………. 43
Figura 27: Porta quatro vidros……………………………………………………… 48
Figura 28: Porta palheta……………………………………………………………… 48
Figura 29: Janelas de PVC…………………………………………………………… 48
9

Figura 30: Porta sanfonada de PVC………………………………………………… 50


Figura 31: Portas de PVC…………………………………………………………… 50
Figura 32: Janelas de ferro…………………………………………………………… 50
Figura 33: Porta de ferro……………………………………………………………. 50
Figura 34: Porta de ferro……………………………………………………………. 54
Figura 35: Porta de ferro……………………………………………………………… 55
Figura 36: Vitrais…………………………………………………………………… 55
Figura 37: Aberturas com vidros espelhados………………………………………… 58
Figura 38: Aberturas com vidros temperados…………………………………………
Figura 39: Representação gráfica da avaliação qualitativa do custo global…………

LISTA DE QUADROS
10

Quadro 01: Tipos de janelas de alumínio mais utilizadas…………………………... 42


Quadro 2: Avaliação do custo global das esquadrias………………………………… 56
Quadro 3: Síntese dos mercados e potencial de crescimento dos setores…………… 59
Quadro4: Propriedades térmicas dos materiais………………………………………..61
Quadro 5: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de baixo
padrão……………………………………………………………………………….. 63
Quadro 6: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de alto
padrão……………………………………………………………………………….. 65
Quadro 7: Custo das esquadrias de diferentes materiais em um edifício
residencial…………………………………………………………………………... 67
Quadro 8: Quadro resumo dos atributos dos materiais utilizados em fabricação das
esquadrias……………………………………………………………………………. 68
11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………. 12
1.1 RELEVÂNCIA DO TEMA……………………………………………………... 12
1.2 PROBLEMA………………………………………………………………………... 14
1.3 OBJETIVOS………………………………………………………………………... 14
1.3 Objetivo geral…………………………………………………………………….. 14
1.3 Objetivos específicos……………………………………………………………… 14
1.4 JUSTIFICATIVA………………………………………………………………….. 15
1.5 METODOLOGIA…………………………………………………………………... 16
1.6 ESTRUTURA…………………………………………………………………….. 17
2 ESQUADRIAS: FUNÇÃO, FORMA E MATÉRIA PRIMA…………………… 18
2.1 SITUAÇÃO ECONÔMICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL……………………… 18
2.1.1 No Brasil………………………………………………………………………….. 18
2.1.2 Em Santa Catarina…………………………………………………………….. 20
2.1.3 Mercado de esquadrias no Brasil……………………………………………… 21
2.2 CONCEITO DE ESQUADRIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL………………… 23
2.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO…………………………………… 24
2.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA……………………………………… 27
2.5 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA-PRIMA………………….………. 33
2.5.1 Esquadrias de madeira…………………………………………………….….. 33
2.6.2 Esquadrias de alumínio………………………………………………………… 39
2.5.3 Esquadrias de PVC……………………………………………………………… 45
2.5.4 Esquadrias metálicas de ferro e aço…………………………………………… 49
2.5.5 Esquadrias de vidro…………………………………………………………… 52
3 ANÁLISE DO CUSTO-BENEFÍCIO DAS ESQUADRIAS…………………… 56
CONSIDERAÇÕES FINAIS……………….………………………………………. 70
REFERÊNCIAS……………………………………………………………………... 71

1 INTRODUÇÃO
12

Apresenta-se neste capítulo a relevância e o norte deste Trabalho de Conclusão de


Curso. No primeiro momento buscou-se descrever a relevância do tema, em seguida o
problemas que delimitou e norteou este estudo. Partindo do problema, elaborou-se os
objetivos dentre os quais traçou-se o geral seguido dos específicos. Em seguida a justificativo
que visa demonstrar o motivo pelo qual este tema é relevante e nos levou a pesquisá-lo.
Apresenta-se ainda neste capítulo, a metodologia utilizada com intuito de apresentar de forma
breve o método utilizado para o processo de construção e organização da pesquisa. Por fim,
apresenta-se a estrutura do referido trabalho com intuito de descrever a sequência utilizada.

1.1 RELEVÂNCIA DO TEMA

A construção civil é um dos setores que mais se destaca na economia nacional.


Este crescimento é consequência do segmento de construção destinado ao empreendimento de
habitação de interesse social. (NESI; DARÉ, 2017).
O rigor normativo e as inovações tecnológicas utilizadas pelo mercado
determinam a eficiência dos sistemas de esquadrias, exemplo disso são as tipologias de
janelas utilizadas em países desenvolvidos, em que os ensaios definem o comportamento
técnico das esquadrias (principalmente com relação à estanqueidade) e são condicionantes
para estabelecerem certificação de uso das edificações. (NICO-RODRIGUES, 2008).
Em algumas regiões do Brasil, o uso das tipologias racionalizadas nas edificações
residenciais não configura item essencial na qualidade dos edifícios, pois não há exigência da
parte dos usuários com relação às normas de desempenho técnico dos componentes. (NICO-
RODRIGUES, 2008).
As aberturas evoluíram de acordo com a necessidade humana de relacionamento
com o mundo externo e com as novas concepções de espaço. Como elemento do invólucro da
edificação, as janelas tiveram suas tipologias modificadas e transformadas na medida em que
houve necessidade da utilização dos condicionantes climáticos (luz e ar): a) Através da
iluminação descobriram-se os espaços internos; b) Através do convívio social exteriorizou-se
o interior; e c) Através da ventilação e da iluminação promoveu-se a higienização dos
ambientes. As diferenças culturais determinaram maneiras diversas de tratar a iluminação e a
ventilação no interior dos ambientes, bem como as diversas técnicas construtivas existentes na
história da humanidade. (NICO-RODRIGUES, 2008).
As esquadrias são componentes das edificações que cumprem um papel que vai
muito além de sua funcionalidade e da composição estética. São fundamentais no atendimento
13

aos diversos requisitos de desempenho, destacando-se pela iluminação e pela ventilação


natural que proporcionam. (CBIC, 2017).
As funções das esquadrias são: vedação para água e ar, redução do ruído que
penetra no ambiente, controle da passagem de luz - eventualmente, o bloqueio dessa
passagem -, e controle das transferências de calor e da qualidade da visibilidade. As
esquadrias são guarnecidas por vidros e/ou elementos opacos, de modo a dosar
adequadamente essas trocas entre os ambientes, de acordo com um projeto arquitetônico. As
esquadrias podem constituir portas, janelas, grandes áreas e coberturas envidraçadas etc; todos
esses elementos são formados por esquadrias fabricadas, predominantemente, em madeira,
aço, alumínio ou PVC. (DUARTE, 2017).
Com a sua evolução, as esquadrias deixaram apenas de proteger e adquiriram
também o lugar de decoração de fachadas. As esquadrias devem atender as especificações e
detalhes estabelecidos em normas técnicas, as exigências do usuário, adequadas à composição
arquitetônica quanto a sua utilização, dimensão, forma, textura, cor e desempenho. Dados
publicados pela ABAL (Associação Brasileira do Alumínio) a esquadria é o segundo item
mais problemático de um empreendimento, no período de pós obra no quesito de infiltração.
(NESI; DARÉ, 2017).
Como a especulação imobiliária atualmente vem se desenvolvendo cada vez mais,
influenciada tanto por investimentos públicos como privados, visto que em nosso país a
demanda por moradias e empreendimentos comerciais é constante, existe uma preocupação
crescente com a otimização dos materiais e da estrutura da edificação. Com isso, devem ser
analisadas as opções mais viáveis que estão disponíveis no mercado e, com as esquadrias,
essa preocupação torna-se inevitável, pois elas podem valorizar a construção final, além de
uma escolha correta de tipo de esquadria poder reduzir custos, agilizar cronogramas e evitar
problemas posteriores, como possíveis patologias. No Brasil, existe uma grande quantidade de
normas técnicas relacionadas com as esquadrias, porém, todas elas têm caráter prescritivo.
(RODRIGUES, 2015).

1.2 PROBLEMA

Com o crescimento do mercado na construção civil ocorrido nos últimos anos


pode gerar como consequência, a perda da qualidade do processo construtivo. A demanda de
projetos mal detalhados, a adoção de novos sistemas construtivos sem o domínio da técnica, a
mão-de-obra escassa e desqualificada, e incorporação de novas estratégias e soluções de
14

projetos e os erros e falhas no processo de execução contribuem para a diminuição do


desempenho da edificação. Fato este que contraria a crescente preocupação com a vida útil
das edificações e o atendimento aos requisitos dos usuários. (LUDUVICO, 2016).
Um dos problemas relevante na construção civil são as patologias provindas dos
diferentes tipos de esquadrias. Segundo Rodrigues (2015), os diversos tipos de esquadrias
sofrem com manifestações patológicas ao longo de sua vida útil. Seja por falhas durante a
produção e execução ou devido a condições climáticas desfavoráveis, é necessário conhecer
os principais fatores que interferem na funcionalidade e durabilidade das esquadrias, com
intuito de que se possa evitar a ocorrência de futuros problemas. Sob este aspecto, como
problema norteador deste estudo, têm-se o seguinte questionamento: quais são os custos-
benefícios dos diferentes materiais de esquadrias externas que podem orientar o engenheiro
civil no desenvolvimento de um projeto de construção civil?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Analisar os custos e benefícios de esquadrias mais comuns produzidas e vendidas


no comércio de construção civil.

1.3.2 Objetivos específicos

a) Descrever sobre a realidade econômica da construção civil no Brasil e em


Santa Catarina em específico sobre a realidade do comércio de esquadrias no
ramo;
b) Apresentar, a função, as formas e os principais materiais empregados na
fabricação de esquadrias externas para edificações residenciais;
c) Fazer um comparativo entre o custo-benefício de esquadrias em seus diferentes
diferentes materiais que atendem as necessidades das edificações.

1.4 JUSTIFICATIVA

A indústria da construção civil exerce influência sobre diversos setores da


economia, seja através de sua alta taxa de geração de emprego, renda e impostos, ou pela
geração de demanda em outros setores. O papel da construção civil como vetor do
15

crescimento econômico é usualmente mensurado pelo tamanho relativo do seu produto como
proporcionalmente à renda nacional e por sua ampla rede de ligações setoriais e elevado efeito
multiplicador de emprego. Outra característica deste setor é a baixa demanda por importações,
o que não pressiona a balança comercial com o aumento de sua atividade. Estudar a economia
da construção é vital para se compreender sua dinâmica e os fatores políticos, sociais e
econômicos que estão ligados ao seu desenvolvimento. (FIALHO et al, 2014).
O mercado da construção civil encontra-se em crescimento, havendo uma
constante busca por novos materiais e técnicas que sejam funcionais, agreguem valor estético
ao projeto e que diminuam o custo final da obra. Nesse cenário, o estudo acerca das
esquadrias torna-se relevante, pois são um importante elemento no custo final da obra,
agregando custos diferenciados de acordo com sua matéria-prima, padrão estético e agilidade
no processo construtivo. (RODRIGUES, 2015).
Com intuito de adquirir e aprofundar ainda mais o conhecimento técnico sobre as
especificidades e materiais das esquadrias, surgiu o interesse em desenvolver um trabalho que
contemplasse estas variáveis. Na atualidade existe tecnologia para fabricação de esquadrias
com cinco tipos de materiais, que são eles: madeira, alumínio, aço / ferro, vidro temperado e
PVC. Cada material tem suas características físicas e econômicas, as quais devem ser levadas
em consideração no momento da especificação do tipo de material e do tipo de esquadria a ser
utilizado em uma obra. Muitos profissionais da área não têm clareza sobre as propriedades,
características, funcionalidades e viabilidade econômica de cada material e sua melhor
utilização em determinados vãos e casos, tornando deficiente a etapa da especificação de
materiais e componentes. Dependendo do projeto e do padrão da obra, as esquadrias podem
representar um percentual considerável do orçamento total da obra.
Desse modo, é de grande relevância o estudo do custo e benefício de esquadrias
externas, considerando que diante das necessidades apresentadas pelo mercado e pelas
inovações apresentadas no setor da construção civil, esta pesquisa sirva de subsídio para as
escolhas feitas pelos engenheiros no momento de escolher qual o material é mais propício
para o orçamento e a obra que se quer desenvolver.

1.5 METODOLOGIA

Antes de descrever sobre o método utilizado para este estudo, considera-se


fundamental que se compreenda o conceito de pesquisa e metodologia. Desse modo, Gil
16

(2007, p. 17), ressalta que pesquisa é definida como o “(...) procedimento racional e
sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.
A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a
formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.” Segundo este autor,
só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a
resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa.
De acordo com Fonseca (2002) metodologia é o estudo da organização, dos
caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica.
Esta pesquisa constituiu-se em um estudo bibliográfico. Segundo Amaral (2007),
a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará
todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico em que se
baseará o trabalho. Consistem no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de
informações relacionadas à pesquisa.
Segundo o autor, é fundamental que se faça antes de todo e qualquer trabalho
científico, uma pesquisa bibliográfica exaustiva sobre o tema em questão, e não começar a
coleta de dados e depois fazer a revisão de literatura, como algumas vezes se observa em
alguns profissionais de saúde e acadêmicos no início de formação científica.
Amaral (2007), ressalta que uma pesquisa bibliográfica tem os seguintes
objetivos: a) Fazer um histórico sobre o tema; b) Atualizar-se sobre o tema escolhido; c)
Encontrar respostas aos problemas formulados; d) Levantar contradições sobre o tema; e)
Evitar repetição de trabalhos já realizados.
Fonseca (2002, p. 32), reforça o conceito de Amaral (2007), conceituando
pesquisa bibliográfica da seguinte maneira:

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já


analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma
pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou
sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na
pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de
recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual
se procura a resposta.

Para a realização e desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso,


buscou-se pesquisar artigos científicos eletrônicos, TCCs, Dissertações, Teses, Livros, que
17

apresentem o reconhecimento científico com intuito de tornar esta produção também


científica.

1.6 ESTRUTURA

Este Trabalho de Conclusão de Curso estrutura-se da seguinte forma:


A primeira parte trata dos aspectos introdutórios que delimitam o tema e apresenta
a organização e estrutura do trabalho.
Na segunda parte encontra-se o referencial teórico que apresenta os conceitos que
abordam a temática desta pesquisa, neste caso em específico, sobre o sistema de esquadrias.
A terceira parte trata da análise do custo-benefício dos diferentes materiais
utilizados na fabricação de esquadrias levando-se em conta o custo e o benefício de cada uma
delas.
Por fim, apresenta-se as considerações finais que tratam exclusivamente da síntese
geral no processo de apropriação do conhecimento pelos pesquisadores e suas conclusões
pessoais.

2 ESQUADRIAS: FUNÇÃO, FORMA E MATÉRIA PRIMA

Este capítulo trata-se do referencial teórico deste estudo. Considerou-se relevante


para este estudo, descrever sobre o atual situação econômica do país em relação ao mercado
da construção civil, visto que este estudo trata de um levantamento de custo e benefício, desse
modo é de grande relevância esta apropriação de conhecimento. Buscaremos descrever ainda
sobre o conceito de esquadrias para a construção civil, seguido de suas funções, formas e
principais matéria prima utilizadas na sua confecção.

2.1 SITUAÇÃO ECONÔMICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL


18

Este capítulo apresentará de forma breve a atual situação econômica do país no


ramo de Construção Civil no Brasil e em Santa Catarina.

2.1.1 No Brasil

Construção civil é o termo que engloba obras como casas, edifícios, pontes,
barragens, fundações de máquinas, estradas e outras infraestruturas, onde participam
arquitetos e engenheiros em colaboração com técnicos de outras disciplinas. Todavia como
um setor econômico a ser estudado é preciso contemplá-lo de maneira desagregada, uma vez
que sua cadeia econômica é composta pela fabricação de produtos para os setores, pela efetiva
construção de edifícios e de obras de infraestrutura, e pelos serviços especializados.
(SEBRAE, 2017).
Este setor em nível mundial sofreu reduções drásticas em termos de volumes
físicos e financeiros por conta da crise de 2008, oriunda dos Estados Unidos e que no Brasil,
embora tenha causado alguns transtornos, não chegou a afetar sobremaneira o setor da
construção civil, pois este vinha de bons resultados econômicos, como por exemplo, o
crescimento em 2009 de 11,6%.A produtividade europeia é 75% da americana, e a brasileira,
que é apenas 15% da americana, demonstrando que há um imenso hiato a ser diminuído entre
essas produtividades. (SEBRAE, 2017).
A indústria de construção civil e infraestrutura foi marcada, nos últimos 10 anos,
por períodos de forte crescimento, em especial a partir de 2010, quando se observou um boom
no setor. Entre 2007 e 2011 o valor da construção apresentou uma taxa média de crescimento
de 8,5% a.a., segundo dados do IBGE. No entanto, desde 2012 essa trajetória vem se
revertendo, com o setor apresentando queda acentuada em 2015 de -7,6%. O índice de
confiança do setor de construção, publicado pela FGV, atingiu em dezembro o menor nível da
série, que tem início em 2010. (BRASIL, 2016).
A complexidade do setor advém dos vários impactos decorrentes sobre os
aspectos econômicos, sociais, tecnológicos e governamentais que se inter-relacionam na
dinâmica do segmento, envolvendo interesses do governo, das empresas e do cidadão. Sua
importância, sob o ponto de vista econômico, é facilmente evidenciada pelo peso dos
indicadores em relação à participação no PIB, na produção e no emprego, assim confrontados,
em relação aos demais indicadores de outros setores da economia (KURESKI et al., 2008).
Como características deste setor, têm-se: os elevados investimentos exigidos para
se manter no setor, baixa exigência de qualificação da mão-de-obra e baixa produtividade.
19

Mesmo assim diante destas características, o setor é dinâmico e produz impacto para a
economia do país, de tal forma que estudos apontam como setor-chave, condizendo com
investimentos realizados pelo governo como ação para o desenvolvimento do país. (FIALHO
et al, 2014).
Entre os fatores que contribuíram para esse movimento pode-se destacar a queda
na confiança dos agentes, o aumento das restrições de crédito e o ajuste fiscal em curso.
Soma-se a isso a fraca demanda do setor imobiliário, prejudicada pelo aumento do
desemprego e pela redução das rendas das famílias, resultando em um crescimento
significativo do nível de estoques de imóveis residenciais no período. (BRASIL, 2016).
Em 2017 a indústria de construção Civil apresentou crescimento de destaque,
puxada pelos maiores investimentos em infraestrutura promovidos pelos Programas de
Aceleração do Crescimento a partir de 2007 e um forte aquecimento do setor imobiliário neste
período. Outro fator de destaque foi o crescimento vigoroso do consumo das famílias,
possibilitado pelo aumento da massa salarial, pelas melhorias nas condições de crédito e pela
redução do desemprego em níveis muito baixos para o padrão histórico, que impulsionou os
setores de bens de consumo. (BRASIL, 2017).
O setor de construção civil e infraestrutura apresentou crescimento médio de 2,3%
a.a. no decênio, marcado por um fraco desempenho nos primeiros anos de projeção em
decorrência da deterioração do cenário econômico, com retração dos investimentos em
infraestrutura e da construção de imóveis residenciais. Apesar disso, tal setor apresenta grande
potencial de crescimento, em decorrência do grande déficit habitacional e da precariedade da
infraestrutura, quando comparado a países desenvolvidos, e mesmo alguns emergentes como a
China. Considera-se que, ao longo do horizonte, haverá retomada de investimentos em
infraestrutura e construção civil, impulsionados pelas políticas de concessão e pelo
reaquecimento da demanda imobiliária. (BRASIL, 2017).

2.1.2 Em Santa Catarina

O setor de construção civil em Santa Catarina apresentou grande crescimento em


2008 com taxas maiores que a média nacional. Um fato inconteste é a forte presença da micro
e pequena empresa catarinense, no setor de construção civil no Brasil. Em se tratando de
números, no ano de 2011, foram gerados mais de 135 mil empregos, com um total de 22.905
empresas em operação. Considerando a soma dos setores abordados neste estudo, no ano de
20

2010, geraram uma Receita Líquida de Vendas da ordem de 11 bilhões de reais. (SEBRAE,
2017).
Segundo a reportagem de Gorges (2017) no Diário Catarinense, 2015 foi
desastroso para a construção civil catarinense, pois 15 mil empregos foram perdidos e uma
queda real de 9,3% no valor total das obras e incorporações, para um total de R$ 12,9 bilhões.
Alegou ainda que o número de empresas do setor no Estado também diminuiu de 4.753 para
4.424, e a receita líquida delas caiu 11,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual da
Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Segundo o autor, apesar dos números ruins, Santa Catarina ainda possui peso
relevante no cenário nacional da construção: o Estado é o sexto em número de empresas
ativas, o sexto em receita e o sétimo em valor bruto de produção. Considera-se que o ano de
2017 tenha iniciado com uma leve retomada nos índices de emprego, as turbulências políticas
dos últimos meses têm jogado por terra os avanços. Construtoras vêm segurando lançamentos
e investimentos, e a expectativa é que um retorno aos patamares de 2011 possa demorar até
cinco anos.
O SEBRAE apresenta tendências, ameaças e oportunidades que podem ser
exploradas no mercado de construção civil.
Em relação às tendências, o SEBRAE (2017) sugere uma reestruturação das
empresas, com a modernização de processos construtivos e a introdução da inovação de
produtos, com foco principal na sustentabilidade ambiental. Outro fato é a crescente utilização
de tecnologia da informação para a gestão dos empreendimentos, com propósito de promover
a padronização e a industrialização no setor. Neste prospecto Santa Catarina tem sido
inovador, com a oferta de ferramentas tecnológicas e lançamento de produtos sustentáveis,
além de ser a sede de empresas referências no setor, como Tubos e Conexões Tigre ou a
Krona.
Tratando-se de ameaças, faz-se necessário separar os apontamentos em duas
vertentes, sendo a primeira ligada à construção habitacional e a segunda, ligada à construção
pesada. Na primeira vertente, o gargalo principal está na geração de mão de obra qualificada,
e no segundo a baixa capacidade de planejamento e de execução dos projetos, associado ao
ambiente regulatório e institucional que necessita de revisão e da implementação de marcos
adequados e do fortalecimento das agências reguladoras. Para ambas as vertentes, tem-se
ainda a questão da baixa disponibilização de fontes de crédito e a elevada carga tributária.
(SEBRAE, 2017).
21

Sobre as oportunidades no setor, constata-se uma verdade absoluta, a crescente


necessidade por moradias, por conta do déficit habitacional no Brasil. Associado a esta
realidade, tem-se a necessidade de investimentos em infraestrutura, no setor elétrico e setor
petrolífero, todos enquadrados no programa PAC, instaurados pelo governo brasileiro. Para
Santa Catarina as oportunidades encontram-se nas ampliações dos portos e a duplicação de
rodovias federais. (SEBRAE, 2017).

2.1.3 Mercado de esquadrias no Brasil

O setor de esquadrias desde os primeiros momentos de aplicação no Brasil, no


início da década de 50, com grande incentivo na construção de Brasília, veio se aprimorando e
incorporando diversas novas técnicas de construção e de aplicação de novos materiais. A
NBR 10821 considerada a norma “mãe” para o setor está em fase de revisão, com a nova
designação de “Norma para Esquadrias Externas de Edificações” e abrangerá as várias
tipologias de portas e janelas produzidas com todos os tipos de materiais - como madeira – e
avaliará e citará inclusive as normas de fechaduras, dobradiças e demais componentes como
roldanas, articulações, fechos entre outros. (TRAVASSOS, 2010).
De acordo com Travassos (2010) os sistemas de esquadrias de alumínio são os
únicos do mercado homologados pelo PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat), administrado pelo Governo Federal, através do Ministério das
Cidades com a função de combater a não conformidade, promover a qualidade de materiais e
serviços e aumentar a produtividade de todos os segmentos da construção civil.
A homologação é fruto da parceria estratégica entre a ABAL e a AFEAL ao reunir
fornecedores de perfis, sistemistas e fabricantes de esquadrias com o objetivo de elevar a
qualidade em toda a cadeia produtiva. Essa parceria ocorrida sob âmbito do Programa Setorial
da Qualidade – PSQ – Esquadrias de Alumínio (braço do PBQP-H e gerido pelas entidades)
dá provas ao mercado da qualidade e da conformidade dos sistemas de esquadrias especiais de
alumínio em todas suas etapas de fabricação, do projeto à montagem, pois para serem
homologados passam por uma série de ensaios laboratoriais. (TRAVASSOS, 2010).
Os sistemas homologados, contemplam os perfis de alumínio, acessórios, gaxetas,
escovas e parafusos para a fabricação de janelas e estão à disposição dos fabricantes de
esquadrias, em conformidade e normalizados pela norma NBR 10821, para os requisitos de
permeabilidade ao ar, estanqueidade à água, resistência às cargas de vento e resistência às
operações de manuseio. (TRAVASSOS, 2010).
22

Vailati Filho (2017) menciona que as características presentes nas indústrias de


fabricação de esquadrias, é possível verificar que estes empreendimentos estão
permanentemente condicionados às regras, tecnologias, normatizações e demais exigências da
indústria da construção civil. Portanto, os empresários devem ter uma leitura adequada deste
mercado, analisando sua importância, e entendendo a dinâmica e sua inserção neste setor,
assim como as competências individuais e organizacionais requeridas, que devem ser
integradas e desenvolvidas.
Analisando os números que seguem os movimentos da construção civil no Brasil,
observa-se um pujante crescimento do número de residências e de outras edificações, na qual
é possível identificar a importância desta atividade, e a tendências de demandas crescentes por
novas soluções, tipos de materiais e tecnologias que irão compor essas esquadrias para
atendimento das necessidades dos clientes. (VAILATI FILHO, 2017).
Com relação ao tipo de material utilizado na fabricação dos produtos, o mercado
de esquadrias no Brasil apresenta significativas diferenças, se comparado com a Europa e
América do Norte. Enquanto as esquadrias de aço no Brasil representam cerca de 45% do
mercado, naqueles continentes praticamente não é utilizado este tipo de material na
construção civil. (MASSETO et al, 2008).
O uso de esquadrias no mercado brasileiro está cada vez mais difundido, seja pela
descoberta de novos materiais, seja pela atenção à sua função protetora e ao seu valor estético.
Dentre as vantagens das esquadrias, estão os avanços na produtividade, qualidade e
desempenho, além da possibilidade de serem pré-fabricadas, o que garante grande redução no
tempo da construção e elimina o desperdício, obtendo-se um custo final menor da edificação.
Dessa forma, a utilização desses produtos pode significar economia, segurança e beleza.
Segundo dados da Afeal - Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio -
estima-se que o mercado de esquadrias no Brasil seja composto da seguinte maneira: 19%
alumínio; 1% PVC; 40% madeira; e 40% aço/ferro. (HUTH, 2007).

2.2 CONCEITO DE ESQUADRIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Fernandes (2004, p.22) conceitua esquadrias da seguinte forma: “as esquadrias


são componentes das edificações, que ligam e integram os espaços e as pessoas. Cada
ambiente de uma edificação possui uma função que, consequentemente, exige diferenciadas
tipologias de esquadrias”. Segundo o autor, o termo esquadrias é geralmente utilizado para
designar janelas e portas.
23

As esquadrias são o meio de contato com o exterior quando se está dentro das
edificações. Uma esquadria mal dimensionada pode tornar o ambiente escuro e fluido, ou
quente e sem controle de iluminação. Um terço da energia gasta para condicionamento dos
ambientes é devido à má-vedação das janelas. Além do conforto acústico, as esquadrias
permitem fachadas diferenciadas e modernas e grandes possibilidades de adequação em
reformas. (HUTH, 2007).
Conforme Guella e Sattler (2004), as esquadrias residenciais podem ser
consideradas, como os componentes da edificação que requerem o desempenho de um maior
número de funções, representando de 8 a 14% do custo total da construção. Além de suas
funções básicas como iluminação, ventilação, passagem e segurança, as esquadrias podem
gerar impactos psicológicos (promovendo a visualização do ambiente externo), artísticos
(determinando uma percepção de caráter estético da edificação) e econômicos (na medida em
que pode racionalizar o uso de energia elétrica ou requerer uma maior ou menor manutenção).
Rodrigues (2015) salienta que para a edificação as esquadrias devem apresentar as
seguintes funções: estanqueidade à água e ao ar (devem proteger o ambiente contra calor, frio
e infiltrações); resistência suficiente para se manter intacta no transporte, execução em obra,
resistir a agentes atmosféricos; resistência ao vento; e por fim, comportamento acústico, a fim
de reduzir a propagação sonora originada do ambiente externo.
Segundo o autor, são normalizadas pela NBR 10821 - Esquadrias externas para
edificações (ABNT, 2011-B) - a qual se divide em três partes: terminologia; requisitos e
classificação; e métodos de ensaio. Dependendo da matéria-prima constituinte da esquadria,
podem ser incluídas outras normas, como o vidro na NBR 7199/89 - Projeto, execução e
aplicações de vidro na construção civil (ABNT, 1989) e também dependendo do tipo de
esquadria, como a janela necessita de caixilhos para guarnição, deve-se levar em conta a NBR
10821/1: Caixilhos para edificações – Janelas (ABNT, 2011-A).
De acordo com Huth (2007), estas normas visam garantir um limite mínimo de
vedação ao ar, estanqueidade à água e suportar a pressão dos ventos. Além disso, devem
atender as necessidades de iluminação, acústica e resistência mecânica ao manuseio, muitas
vezes determinando o design do empreendimento. Yazigi (2004) salienta que os materiais e
acessórios utilizados nos caixilhos das esquadrias precisam estar de acordo com as normas a
eles pertinentes. Cabe ao responsável pelo projeto, atender às exigências do usuário e das
normas técnicas, selecionando e recomendando as esquadrias mais adequadas ao local de uso.
Consideradas um produto caro, as esquadrias possuem preço bastante variado,
determinado de acordo com fatores como complexidade do projeto, tipologia, robustez dos
24

perfis, padrões dos componentes e tratamento da superfície. A junção dos atributos estéticos e
funcionais faz a relação custo/benefício extremamente positiva. As esquadrias proporcionam
maior conforto ambiental, acústico, térmico, economia com ar-condicionado, energia e
segurança. (HUTH, 2007).
As esquadrias podem ser divididas em diferentes aspectos: quanto a sua função
(principalmente, portas e janelas), forma de abertura e tipo de material (alumínio, metal,
PVC, madeira e vidro). O que serão apresentados a seguir.

2.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO

De acordo com Rodrigues (2015), a classificação quanto à função das esquadrias


baseia-se no seu caráter funcional. É a divisão tipicamente conhecida, composta pelas
tradicionais portas (função de circulação de pessoas, separação de ambientes) e janelas
(circulação de ar e luminosidade), além de grades (caráter de proteção da edificação,
geralmente constituídas de metal), cobogós (superfície vazada, com função de aeração,
luminosidade e estético; possuindo como matéria-prima cimento, cerâmica ou outros
materiais), alçapão (possibilita acesso a porão e sótão) e brise-soleil (elemento com caráter de
proteger da luminosidade e calor).
As figuras 01 e 02 mostram um exemplo de um brise-soleil e de um cobogós.

Figura 01: Exemplo de um brise-soleil.


Fonte: Rodrigues (2015).
25

Figura 02: Exemplo de cobogós.


Fonte: Rodrigues (2015).

Santana (2017), apresenta as principais funções das esquadrias:


- Acesso: controla o trânsito de pessoas e veículos. Sendo um elemento de
segurança da edificação evitando ou dificultando a entrada de intrusos.
- Isolamento: as esquadrias permitem o isolamento tanto térmico protegendo
contra as incidências solares, bem como permite o isolamento acústico, uma
vez que possibilita o controle com efeito de minimizar os ruídos e barulhos
externos.
- Iluminação: permite a entrada da iluminação natural, tornando o ambiente
interno mais salubre, além de reduzir custos e recursos com a redução do uso
da iluminação artificial.
- Ventilação: permite a passagem e circulação do ar externo, contribuindo para
a renovação do ar no ambiente interno da edificação.
-
Segundo a autora a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) fixa
orientações e procedimentos para as coberturas em relação às suas terminologias, requisitos e
classificações, especificações, métodos de ensaios, pelas seguintes normas:

ABNT NBR 10821-1:2011. Esquadrias Externas para Edificações, Parte 1:


Terminologia
ABNT NBR 10821-2:2011. Esquadrias Externas para edificações, Parte 2:
Requisitos e Classificação.
26

ABNT NBR 10821-3:2011. Esquadrias externas para edificações. Parte 3 –


Método de Ensaio.
ABNT NBR 13756:1996, Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica em
EPDM para vedação – Especificação.

Vailati Filho (2017), menciona que no mercado brasileiro as esquadrias são


classificadas em dois tipos: especiais e padronizadas. O autor menciona o relatório da
Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio - AFEAL, dos quais
apresentam os condicionantes aplicados a cada um dos segmentos de esquadrias:

[...] no caso das esquadrias especiais, ao projetar um edifício comercial, residencial,


industrial ou institucional, o arquiteto define os vãos e o tipo de esquadria. A
construtora contrata uma empresa fabricante de esquadrias especiais, geralmente
através de concorrência, envolvendo as etapas de projeto dos caixilhos, produção e
instalação. Já as esquadrias padronizadas são produzidas em escala, obedecendo a
diversos modelos, de acordo com catálogo de cada fabricante. Sua distribuição
ocorre através das lojas de materiais de construção e redes de home-centers. Ou,
ainda, podem ser adquiridas pelas construtoras, principalmente de edifícios
residenciais.

A seguir apresenta-se a classificação das esquadrias quanto a forma.

2.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA

Rodrigues (2015), salienta que há uma diversidade de esquadrias, cada qual


projetada e construída conforme o material e a natureza da abertura. Segundo o autor, existem
no mercado esquadrias em tamanhos padrão conforme as dimensões mais utilizadas, porém, é
comum encomendar a fabricação de esquadrias sob medida. O autor apresenta os tipos mais
comuns a seguir.
Esquadria de abrir: é o tipo mais comum, geralmente são simples portas e
janelas de abrir, onde uma folha ou mais se abrem, girando sobre dobradiças ou pivô, para
fora ou para dentro do ambiente onde está instalada. As figuras 03 e 04 apresentam esquadrias
de abrir.
27

Figura 03: Exemplo de esquadria de abrir (janela).


Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 04: Exemplo de esquadria de abrir (porta).


Fonte: Rodrigues (2015).
Esquadria de correr: são portas e janelas, apoiadas ou penduradas em trilhos,
que correm lateralmente para realização da abertura ou fechamento. Nestas esquadrias é
fundamental escolher muito bem o tipo de trilho de acordo com o material utilizado na sua
fabricação, pois diferentes trilhos podem suportar ou não o peso da esquadria, ou ainda,
permitir maior ou menor abertura. As figuras 05 e 05 apresentam exemplo de esquadrias de
correr.
28

Figura 05: Exemplo de janela de correr.


Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 06: Exemplo de porta de correr.


Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria veneziana: as portas venezianas possuem aberturas para possibilitar a


ventilação no ambiente interno. As figuras 07 e 08 apresentam exemplos de esquadrias de
veneziana.

Figura 07: Exemplo de porta de veneziana. Figura 08: Exemplo de janela de veneziana.
Fonte: Rodrigues (2015). Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria basculante: são fixadas em pivôs laterais que permitem a esquadria


bascular projetando parte para dentro e parte para fora do ambiente. Os clássicos vitrôs
acionados por alavanca são também um tipo de esquadria basculante. Em tempos remotos, as
esquadrias basculantes eram apenas as janelas basculantes, porém, atualmente há uma grande
variedade de portões basculantes em residências e até em galpões industriais. As figuras 09 e
10 apresentam exemplo de esquadrias do tipo basculante.
29

Figura 09: Exemplo de janela basculante. Figura 10: Exemplo de porta basculante.
Fonte: Rodrigues (2015). Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria Maxi-Ar: embora sejam similares às basculantes, ao se abrirem toda


sua folha se projeta para fora do ambiente, podendo chegar a uma abertura de quase 90 graus.
Durante a abertura ou fechamento, ela pode parar em qualquer ponto graças ao uso de uma
corrediça especial em suas laterais, ao invés do pivô presente na janela basculante. A figura
11 apresenta um exemplo de abertura Maxi-Ar.

Figura 11: Exemplo de esquadria Maxi-Ar.


Fonte: Rodrigues (2015).
Esquadrias guilhotina: é composta de duas “folhas”, sendo que quando fechada,
uma folha fica em cima e uma fica embaixo, geralmente acompanhadas de venezianas de
abrir. Neste modelo, é possível escolher se deixa a parte superior ou inferior aberta. Quando
as duas folhas estão para cima, elas ficam apoiadas sobre “borboletinhas” metálicas nas
laterais. Nestas janelas é muito importante tomar cuidado no ato de abrir e fechar para evitar
que uma das folhas caia sobre partes do corpo do usuário, como a mão ou os dedos, com a
possibilidade de causar sérias lesões. As figuras 12 e 13 apresentam exemplos de esquadrias
tipo guilhotina.
30

Figura 12: Exemplo de janela guilhotina. Figura 13: Exemplo de portas guilhotina.
Fonte: Rodrigues (2015). Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria camarão: são aquelas em que as folhas correm e dobram


simultaneamente e horizontalmente através de trilhos, recolhendo-se e deixando quase todo o
vão aberto, também conhecidas como sanfonadas, semelhantes a um leque. As figuras 14 e 15
a seguir apresentam exemplos de esquadrias do tipo camarão.

Figura 14: Exemplo de esquadria camarão (porta).


Fonte: Rodrigues (2015).
31

Figura 15: Exemplo de esquadria camarão (janela).


Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria pivotante: é aquela em que a folha da porta ou janela gira sobre seu
próprio eixo, tanto na vertical quanto na horizontal, conforme apresentado nas figuras 16 e 17.

Figura 16: Janela pivotante. Figura 17: Porta pivotante.


Fonte: Rodrigues (2015). Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadrias Fixas: possuem funções meramente estéticas ou de iluminação. São


comuns em corredores e escadas. As figuras 18 e 19 apresentam exemplos de esquadrias
fixas.
32

Figura 19: Portas fixas.


Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 18: Janela fixa.


Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria ideal: Trata-se do uso de duas folhas de janela que se fecham como a
janela guilhotina, mas no mesmo plano. Quando se abre uma para cima ou outra para baixo,
um sistema de contrapesos embutidos dentro da janela faz com que a outra folha também se
recolha, obtendo aí 100% de abertura do vão. A figura 18 apresenta um exemplo de janelas
ideais o qual se trata do edifício Louveira, de Vilanova Artigas, localizado na praça
Villaboim, em São Paulo, possui janelas do tipo ideal, comum nas décadas de 50 e 60, com
abertura de 100% do vão.

Figura 20: Esquadrias ideias: edifício Louveira, de Vilanova Artigas.


Fonte: BORGES LANDEIRO (2010).
33

Na etapa do projeto, o engenheiro civil deve ter o máximo de cuidado na projeção


das esquadrias externas, prevendo o sentido de abertura das portas e janelas, dependendo do
cômodo (funcionalidade ou destino), ou da parede (se é divisa do terreno, calçada ou outra
peça), de modo que as esquadrias favoreçam a arrumação dos móveis e o atendimento às
demais necessidades (luminosidade, ventilação, estética). É aconselhável reduzir o número de
portas externas, de ingresso, sob o aspecto da segurança (melhorar a fiscalização e
economizar em dispositivos de alarme). (AZEREDO, 2004).

2.5 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA-PRIMA

A classificação quanto à matéria-prima será utilizada para realizar um detalhado


estudo das esquadrias em geral. Os diferentes materiais, além de possuírem diferentes
características, são facilmente adaptáveis em diferentes tipos de abertura e podem ser
utilizados, quase sempre, diferentes materiais para diferentes funções. (RODRIGUES, 2015).
Desse modo, segundo o autor supracitado, as matérias-primas tornam-se o
principal diferencial na comparação das esquadrias, possuindo distintos valores no comércio
e, para uma correta escolha no uso da esquadria na obra, deve-se conhecer os materiais
presentes no mercado da construção civil brasileira.
Apresentaremos cinco matérias-primas mais utilizadas no cenário nacional:
madeira, alumínio, metal, PVC e vidro, exemplificadas nos dois elementos mais comuns:
portas e janelas. As matérias-primas possuem distintas particularidades, possuindo diferentes
elasticidades, conforto termo acústico, resistência às intempéries e agentes biológicos,
garantia do produto, enfim, uma infinidade de características que devem ser analisadas para a
correta escolha por parte do profissional.

2.5.1 Esquadrias de madeira

A madeira conforme Bruna et al, (1991), é a matéria prima que primeiro foi
utilizada para a confecção de caixilhos em edificações. Tendo em vista a importância que
desempenhou na mão de artesões, na confecção de portais medievais e igrejas. É o material
mais tradicional e que possui o efeito estético mais sofisticado, tendo como principais
vantagens permitir a utilização de técnicas de pintura em seu acabamento, e seu custo
reduzido desde que sejam aplicados modelos padronizados. No entanto, dependendo da
escolha do tipo de madeira, e opção por produzir algo original pode elevar seu custo.
34

A madeira enquanto material de construção incorporam um conjunto de


características técnicas, estéticas e econômicas, dificilmente encontrada em outro material.
Bauer (1994), menciona algumas dessas qualidades:
- Apresenta resistência mecânica tanto a esforços de compressão como aos
esforços de tração na flexão (foi o primeiro material de construção a ser
utilizado tanto em colunas, em vigas e vergas);
- Possui resistência mecânica elevada, superior ao concreto, com vantagem do
peso próprio reduzido;
- Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: sua resiliência
permite absorver impactos que romperiam ou estilhaçariam outros materiais;
- Apresenta boas características de isolamento térmico e absorção acústica;
- Seco, é satisfatoriamente dielétrico;
- Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de ligações: pode ser
trabalhado com ferramentas simples;
- Têm custo reduzido de produção, reservas podem ser renovadas e, quando
convenientemente preservada, perdura em vida útil prolongada a custa de
manutenção;
- Em seu estado natural, apresenta uma afinidade de padrões estéticos e
decorativos;
- A madeira somente adquiriu reconhecimento como moderno material de
construção, em condições de atender às exigências de técnicas construtivas,
quando tantos outros processos de beneficiamento permitiram anular as
características negativas que apresenta seu estado natural;
- A degradação de suas propriedades e o surgimento de tensões internas,
decorrentes de alterações em sua umidade são anuladas pelos processos de
secagem artificial controlada;
- A deteriorização, quando em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de
seus principais predadores é contornada com os tratamentos de preservação;
- A marcante heterogeneidade e anisotropia, próprias de sua constituição fibrosa
orientada, assim como a limitação de suas dimensões são resolvidas pelos
processos de transformação nos laminados, contraplacados e aglomerados de
madeira.
O autor acima supracitado, menciona que a madeira possui o segundo grau de
importância na construção civil, depois do aço. Podem participar nessa condição, provisória
35

ou definitivamente, em todas as partes de uma construção, desde as fundações, estrutura,


pavimentos, vedações, esquadrias e revestimentos, até a cobertura. É um material
tecnicamente adequado e economicamente competitivo para todas as obras de engenharia,
desde lastro de vias férreas até galerias, torres, pontes e estruturas de cobertura em grandes
vãos. Porém Travassos (2010) menciona que se tratando de esquadrias, a madeira ocupa
posição somente à frente do PVC com aproximadamente 20% do mercado, ficando atrás do
alumínio e principalmente do aço. Em relação específica de janelas, a madeira (29%)
praticamente divide o mercado com o alumínio (30%) perdendo somente do aço (40%).
A matéria-prima vem principalmente da região amazônica embora grandes
fabricantes mantenham fábricas no Paraná e Santa Catarina, onde há inclusive a APL de
madeira e esquadrias de Porto União da Vitória, compreendendo sete municípios da
microrregião de União da Vitória e mais um pertencente ao Estado de Santa Catarina.
(TRAVASSOS, 2010).
As esquadrias de madeira proporcionam um toque requintado e confortável.
Adaptam-se às condições do clima por serem bons isoladores térmicos evitando a
condensação de umidade em sua superfície numa situação de grande diferença de temperatura
entre os ambientes que a esquadria separa. (HUTH, 2007).
Há uma variedade de madeiras que podem ser utilizadas como matérias-primas
para a fabricação de esquadrias, dentre as quais devem ser analisados basicamente três
critérios: a maleabilidade, a resistência e a umidade. Para executar uma esquadria com
qualidade é necessário que a madeira esteja completamente seca, caso contrário, a madeira
continuará com o processo de secagem mesmo depois da esquadria instalada, podendo ocorrer
deformações irreversíveis. (SILVA; SILVA, 2007). As espécies mais usadas na construção
civil são: cumaru, ipê, freijó, cedromara, itaúba (FERNANDES, 2004).
Rodrigues (2015), apresenta algumas tonalidades de madeira utilizadas na
fabricação de esquadrias apresentado na figura 21.
36

Figura 21: Tonalidade de madeira.


Fonte: Rodrigues (2015).

Existem no Brasil diversas empresas que produzem esquadrias em nível industrial.


Em número reduzido, existem as que continuam produzindo suas esquadrias de forma
artesanal, as quais se pode aplicar a aplicação proposta. (HOFFMANN, 2012).
A principal desvantagem da madeira é sua vulnerabilidade de grande parte das
espécies, quando expostas a condições climáticas adversas. A umidade, radiação solar e
agente biológico, interfere na estrutura da madeira acarretando primeiro a perda de seu valor
estético e posteriormente sua degradação. (RODRIGUES, 2015).
Outra desvantagem é que este material pode apresentar variações de volume
(retração ou inchamento), em função da variação da umidade, mesmo depois de trabalhadas.
Apesar de existirem diversas maneiras de proteger a madeira e minimizar os efeitos causados
por agente naturais. A aplicação de substâncias químicas é a melhor forma de protegê-la e
aumentar sua vida útil, sendo que existem uma vasta linha de produtos disponíveis no
mercado com diferentes características. Porém, a aplicação destes produtos deve ser rotineira,
o que acaba se tornando uma desvantagem. (RODRIGUES, 2015).
A figura 22 , apresenta alguns modelos de esquadrias feito de madeira.
37

Figura 22: Esquadrias de madeira.


Fonte: Rodrigues (2015).

O processo de fabricação obedece alguns critérios, sendo que o primeiro deles


refere-se ao nível de umidade no processo da secagem da madeira. A seguir, o corte e
fresamento onde as tábuas começam a ganhar a forma de perfil de madeira que vai constituir
o caixilho. A próxima etapa é o tratamento anti-ataques de microorganismos feito com
produtos químicos usualmente pelo processo de submersão. (TRAVASSOS, 2010).
Após as madeiras são estocadas para um novo processo de secagem ao ar livre
onde se reduz ao mínimo a possibilidade de empenamento. Em relação ao acabamento após as
etapas anteriores, o tratamento passa por máquinas que eliminam possíveis deformações da
superfície da madeira como plainas, desempenadeiras, calibragem de medidas, lixamento
superficial até chegar ao bitolamento necessário. Com as peças acabadas, desenhadas com
todos os encaixes necessários, processa-se a montagem dos quadros e folhas e a colagem de
todo o material. A etapa de colagem é uma das principais responsáveis pela durabilidade da
montagem dos caixilhos e uma das que mais problemas podem trazer. (TRAVASSOS, 2010).
Para executar a obra nas esquadrias de madeira, explicaremos primeiramente
quais os passos para colocar a porta. Segundo Rodrigues (2015), as portas são as esquadrias
que possuem a função de privacidade e transição de ambientes, as quais constituem-se a peça
de madeira e outros materiais como: dobradiças, fechaduras, marcos, visores, entre outros. A
execução de portas de madeira é um processo considerado simples, geralmente é utilizada
uma espuma de poliuretano expansiva, que auxilia na correta adequação da esquadria junto ao
vão.
De acordo com Silva e Silva (2007), a instalação de uma porta de madeira ocorre
da seguinte forma:
38

a) Preparação do vão: O cuidado na preparação dos vãos na alvenaria é


fundamental para evitar problemas posteriores à aplicação da peça de
esquadria. É necessário prover uma folga entre a alvenaria e a esquadrias para
que a mesma possa ser posicionada, aprumada e nivelada.
b) Colocação do marco: Deve-se colocar o batente, fixando e travando com
cunhas, posicionando-as preferencialmente nos cantos dos caixilhos e sem
excesso de força, pois este movimento exagerado pode ocasionar
empenamento; também se deve averiguar o prumo, nível e cotas.
c) Após o posicionamento da esquadria no vão, devidamente aprumada e
nivelada, é feito a aplicação da espuma. Após a aplicação da espuma é
recomendada uma pausa a fim de que ocorra a correta ação desta. O tempo de
pausa varia de fabricante, podendo ser de 2hs até um dia. A figura 23 apresenta
como deve ser a fixação do batente e a figura 24 apresenta a localização dos
pontos da espuma.

Figura 23: Fixação do batente. Figura 24: Localização dos pontos da espuma.
Fonte: Rodrigues (2015). Fonte: Rodrigues (2015).

d) Após o intervalo de colocação da espuma deve ser cortado o excesso desta, por
meio de estilete, por exemplo. Também devem ser retiradas as cunhas, ripas e
travamentos.
e) Por fim, deve-se colar os encaixes finais como guarnições, em meia esquadria
para encaixe perfeito com a parte superior, fixando-as nos marcos reguláveis.

As janelas possuem a função de iluminar e ventilar o ambiente naturalmente além


de proteger o interior do ambiente, seja do calor ou frio, ruídos, chuva ou vento. O
39

desempenho de uma janela depende das características físicas, econômicas, psicofísicos e


artísticos. Depende ainda do sistema de juntas e acessórios, da altura a ser instalada na
edificação, da posição na fachada, do meio ambiente onde estará inserida (condições externas)
e outras situações definidas pelo projeto arquitetônico da edificação (FERNANDES, 2004).
Segundo Rodrigues (2015), para executar a colocação de uma janela de madeira segue
basicamente os mesmos passos usados na instalação de uma porta, devendo atentar-se ao
nivelamento da cabeceira e peitoril.
Configura-se a durabilidade natural nas madeiras como uma característica
extremamente relativa, pois depende não somente de fatores decorrentes da própria natureza
do material – espécie lenhosa, cerne ou alburno, presença de taninos, óleos e resinas em seus
vasos lenhosos – como também de fatores externos, relacionados às condições do ambiente de
emprego: umidade, temperatura, arejamento, etc. (HUTH, 2007).

2.6.2 Esquadrias de alumínio

O alumínio é um dos elementos químicos de meia ocorrência na natureza. O


minério que possui maior concentração deste elemento é a Bauxita de aspecto semelhante ao
barro. A Bauxita é submetida a moagem seguida por diversos processos que a transformam
em alumina ou óxido de alumínio. A eletrólise finaliza o processo para a obtenção do
alumínio com alto teor de pureza (99,5%), que no estado líquido é misturado com outros
elementos obtendo-se ligas, geralmente sob forma de lingotes. Para a fabricação dos
laminados (chapas) e estrudados (perfis), esses lingotes passam por fusão, esticamento para
uniformização e, finalmente, corte em tamanhos padronizados. (CEHOP, 2017).
Tratando-se da terminologia do alumínio para a construção civil, a CEHOP (2017)
apresenta a seguinte descrição:
Anodização: tipo de acabamento superficial dos perfis que consiste em, através
da eletrólise, depositar uma camada anódica de alumina na superfície dos perfis,
protegendo-os contra os ataques químicos proporcionando maior brilho. A
espessura da camada de anodização depende do ambiente de exposição conforme
classificação a seguir:
40

Figura 25: Espessura da camada de anodização do alumínio.


Fonte: CEHOP (2017).

Selagem: corresponde a proteção da anodização, evitando a ação do ar


atmosférico sobre a superfície dos perfis. Consiste em se banhar o perfil, já
anodizado, em água destilada em ebulição, proporcionando a dilatação térmica da
camada de alumina com o consequente fechamento dos poros.
Polimento químico: É conseguido através da emissão dos perfis em tanques com
soluções a base de ácido fosfórico, ácido nítrico e outros.
Pintura: Utiliza-se pintura eletrostática, líquida ou em pó. É executada em
cabina, com pistola pressurizada, e seca em estufa a altas temperaturas. As tintas
mais utilizadas são a base de epóxi, poliéster, poliuretano e nylon, sendo
selecionadas conforme a agressividade do meio onde serão instaladas as
esquadrias.
Eletroposição: É feita com fins estéticos apenas, através da deposição, sobre o
alumínio de alguns metais como níquel, zinco, cobre, cromo etc., como forma de
acabamento mais nobre.

O alumínio mostrou-se extremamente vantajoso para a construção civil como


matéria-prima para esquadrias, devido a características como leveza, função estrutural, baixa
manutenção e fabricação de esquadrias nas mais variadas tipologias, com design atualizado e
geometria livre. O material é resistente à corrosão e, quando submetido aos tratamentos
superficial, tais como a anodização ou pintura apropriada, sua resistência é ampliada, além de
não oxidar como o ferro e não perder o brilho. É exatamente pela durabilidade que o emprego
do alumínio tem crescido na confecção de esquadrias. (HUTH, 2007).
Uma das principais características do alumínio é sua alta reciclabilidade. Depois
de muitos anos de vida útil, segura e eficiente, o alumínio pode ser reaproveitado, com
recuperação de parte significativa do investimento e economia de energia, como já acontece
41

largamente no caso da lata de alumínio. Além disso, o meio ambiente é beneficiado pela
redução de resíduos e economia de matérias-primas propiciadas pela reciclagem (HUTH,
2007).
Além de possibilitar vários acabamentos e ser de um material extremamente
durável, a esquadria de alumínio é geralmente muito precisa e estanque (com exceções das
janelas padrão de má qualidade que são vendidas em diversos centros de construção no país).
O alumínio oferece muitas opções de acabamento e não enferruja, sendo adequado para
construções à beira-mar, por exemplo. Este material é extremamente leve, facilitando a
fabricação, instalação e funcionamento do produto, além disso, diminui o peso nas estruturas
principais dos edifícios. (RODRIGUES, 2015).
A NBR 15.575-4 refere-se às esquadrias de alumínio como Sistemas de Vedação
Interno e Externo (SVVIE), porém a norma acaba incluindo além das esquadrias as paredes de
alvenaria, portas de madeira, etc. Em função disso, a NBR 15.575-4 referência a NBR 10821,
partes 1, 2 e 3, às quais se referem à terminologia, requisitos, classificação e métodos de
ensaio para as esquadrias externas para edificações. (PAGNUSSAT, et al, 2015).
Segundo a CEHOP (2017), as esquadrias de alumínio podem ser confeccionadas
em escala industrial ou sob encomenda, com perfis estrudados, sólidos ou abertos, tubulares
ou fechados e semi-tubulares (parcialmente fechados). Podem também ser fabricadas pela
associação dos perfis com laminados de alumínio e chapas.
Segundo Yazigi (2004), o grande número de fabricantes de esquadrias de
alumínio, torna a qualificação de fornecedores uma tarefa complexa, levando em conta as
dificuldades em se obter dos projetistas um detalhamento de projeto que permita a contratação
de serviços com critérios técnicos e econômicos bem definidos. Segundo o autor, fabricantes
que se encontram em um estágio tecnológico adiantado oferecem o serviço de projeto das
esquadrias com estudo de soluções técnicas e economicamente vantajosas para a obra.
Partindo das especificações dos projetistas, esses fabricantes têm melhores condições de
otimizar o projeto e o uso dos perfis, por meio de sistemas informatizados, assegurando o
cumprimento das normas técnicas nas fases de projeto, produção e instalação.
O quadro 01 apresenta os tipos de janelas de alumínio mais utilizadas com suas
vantagens e desvantagens.

Quadro 01: Tipos de janelas de alumínio mais utilizadas.


42

Tipos Vantagens Desvantagens

1) Simplicidade de manobra; 1) Vão para ventilação, quando


2) Ventilação regulada conforme aberta totalmente, equivale a
abertura das folhas; 50% do vão da janela;
3) Não ocupa áreas internas ou 2) Dificuldade de limpeza na
externas (possibilidade de face externa;
grades ou telas no vão total). 3) Vedações necessárias nas
juntas abertas.

1) Não ocupa espaço interno; 1) Dificuldade de limpeza na


2) Possibilita ventilação nas áreas face externa;
inferiores do ambiente, mesmo 2) Não permite o uso de grades
com chuva sem vento; ou telas na parte externa;
3) Boa estaqueidade, pois a 3) Libera parcialmente o vão.
pressão do vento sobre a folha
ajuda esta condição.

1) Boa estaqueidade ao ar e à água; 1) Ocupa espaço interno caso


2) Libera completamente o vão na as folhas abram para dentro,
abertura máxima; inclusive a instalação de
3) Fácil limpeza na face externa; persianas;
4) Permite telas ou grades ou 2) Não é possível regular a
persianas quando as folhas ventilação;
abrem para dentro. 3) AS folhas se fixam apenas
na posição de máxima
abertura ou no fechamento
total;
4) Dificultam a colocação de
tela ou grade se as folhas se
abrirem para fora;
5) Impossibilidade de abertura
para ventilação para folha
oblíqua.

1) Facilidade de limpeza na face 1) No caso de grandes vãos


externa; necessita-se de uso de
2) Ocupa pouco espaço na área de fechos perimétricos ;
utilização; 2) Dificulta a utilização de
3) Quando utiliza pivôs com ajuste telas, grades e persianas.
de freio, permite abertura a
qualquer ângulo para ventilação,
mesmo com chuva sem vento,
tanto na parte superior quanto
na parte inferior;
4) Possibilita a movimentação de
ar em todo ambiente.

1) Facilidade de limpeza na face 1) Dificuldade de utilização de


externa; telas ou grades ou persianas;
2) Abertura de grandes dimensões 2) Ocupa espaço interno, caso
com um único vidro; o eixo sejam no centro da
3) Abertura de qualquer ângulo, folha.
quando utiliza pivôs com ajuste
de freio, o que permite o
controle de ventilação;
4) Possibilita a movimentação de
ar em todo ambiente.
43

1) Permite a ventilação constante, 1) Não liberam o vão para


mesmo com chuva sem vento, passagem total;
na totalidade do vão, caso não 2) Reduzida estanqueidade.
tenha panos fixos;
2) Apresenta pequena projeção
para ambos os lados, não
prejudicando as áreas próximas
a ela;
3) Fácil limpeza.

Fonte: CEHOP (2017).

De acordo com a CEHOP (2017), as portas mais comuns de alumínio vendidas na


construção civil são: de uma folha ou duplas, com vidros, vazadas com desenhos geométricos
ou um mix desses tipos.
As figuras 26, 27 e 28 apresentam os modelos mais comuns de portas de
alumínio.

Figura 26: Porta balcão 3 Figura 27: Porta quatro Figura 28: Porta palheta.
e 6 folhas. vidros. Fonte: CEHOP (2017).
Fonte: CEHOP (2017). Fonte: CEHOP (2017).

Quanto ao processo de execução das esquadrias de alumínio, a CEHOP (2017),


faz a seguinte orientação:
Quanto ao recebimento: as esquadrias deverão ser recebidas em embalagens
individuais. Serão inspecionados, no recebimento, quanto à qualidade, ao tipo, à
quantidade total, ao acabamento superficial, às dimensões e à obediência ao
projeto.
Armazenagem: deverão ser armazenadas em local seco e coberto na posição
vertical, sobre calços nunca localizados no meio dos vãos, para que não ocorram
44

deformações e avarias. Materiais como tintas, solventes e graxas, cimentos e cal,


devem ser estocados em outros compartimentos.
Montagem: inicialmente assentam-se os contramarcos. Sua função é garantir a
vedação e a regularização do vão em termos de dimensões prumos e níveis. Serão
fixados com buchas e parafusos, cuja bitola e quantidade serão especificadas pelo
fabricante. Poderão ainda ser fixados através de chumbadores de penetração em
aberturas de concreto ou nas alvenarias, tomadas com argamassa traço T1. As
peças fixadas através de chumbadores, serão escoradas e mantidas no prumo até o
completo endurecimento da argamassa. Sobre os contramarcos serão assentados
os marcos, que correspondem ao quadro periférico visível das esquadrias. Estas
peças, no caso de janelas e portas de correr, funcionam como trilhos ou guias das
folhas móveis. Em janelas ou portas de abrir, funcionam como batentes. Serão
fixados aos contramarcos por encaixe ou através de parafusos. Sobre os marcos
serão instalados os quadros móveis (“folhas”) através de sistemas de rodízio
interno denominados (“rolodanas”) , no caso de peças de correr, ou de pinos tipo
macho e fêmea (guias e ponteiras), no caso de peças de abrir. Nos quadros móveis
serão, por fim, instalados os vidros ou venezianas característicos da esquadria.
Notas: os acessórios, normalmente, são instalados nas esquadrias, pelos próprios
fabricantes. O contramarco por não ficar aparente, poderá ser instalado durante a
execução da alvenaria ou do emboço. Os marcos e as esquadrias definitivas
deverão ser instaladas após a conclusão destes serviços, pois o cimento mancha o
alumínio.
Fixação dos vidros: Os vidros serão fixados por meio de baguetes de alumínio,
guarnições de neoprene ou com massa de vidraceiro. Havendo folga entre o vidro
e o baguete, esta deverá ser reduzida com a introdução de massa.
A seguir apresenta-se a esquadrias de PVC.
2.5.3 Esquadrias de PVC

O Policloreto de Vinila (PVC) é obtido a partir do etileno, um dos subprodutos do


petróleo, que representa 43% de seu peso, combinado com o cloro retirado do cloreto de
sódio, o sal de cozinha, que representa 57% de seu peso. Esses dois recursos naturais, sal e
petróleo (ou gás natural) são à base da fabricação dos componentes do PVC (GODOI, 2005).
O etileno é obtido através dos processos de refinamento do petróleo, já o cloro provém da
45

eletrólise, reação que consiste na passagem de uma corrente elétrica por uma certa quantidade
de água salgada obtendo o cloro (SANTOS, 2004).
De acordo com Huth (2007) tratando-se da utilidade do PVC na construção Civil
como, tubos e conexões, perfis e cabos, somam aproximadamente 64% da demanda total de
PVC no Brasil. Nessas aplicações, este material mostra excelente relação custo-benefício se
confrontando com a de materiais concorrentes como à madeira, metais e cerâmicas. Além de
apresentar vantagens em quesitos como: comportamento anti-chama, resistência química e ao
intemperismo, isolamento térmico e acústico, facilidade de instalação, baixa necessidade de
manutenção e excelente acabamento e estética, dentre outras. Destaca-se ainda que o
segmento de perfis, o qual engloba chapas rígidas, é o maior potencial de crescimento no
Brasil, alavancado por aplicações em esquadrias, revestimentos internos e externos, diversos
perfis de acabamento e displays para comunicação visual.
A autora alega ainda que PVC é um material de alta resistência a intempéries,
maresias e agentes biológicos possuindo longa durabilidade. Pode ser aplicado nas mais
adversas condições climáticas, pois possuem a propriedade de ser bom isolante térmico. Além
de todas estas vantagens, o PVC ainda pode ser pigmentado de diversas cores, atingindo os
padrões estéticos desejáveis.
Atualmente o PVC domina 50% do mercado de esquadrias da Europa e supera os
30% nos EUA, sendo que no Brasil permanece estacionado na casa dos 5%. Segundo os
fabricantes de esquadria de PVC a construção, em geral, vai demorar mais alguns anos até
assimilar os benefícios desta tecnologia por dois motivos básicos: excesso de tradicionalismo
e desconhecimento quanto à redução no consumo de energia elétrica, proporcionado pelo uso
do PVC. (HIPOLITO et al, 2013).
Rauber (2012), alega que um dos motivos da procura pelo PVC é a
conscientização acerca da necessidade de preservação de florestas e matas. Os
empreendedores têm se empenhado pela busca de alternativas no ramo de esquadrias dentre as
quais possam aliar a tecnologia à funcionalidade ao mesmo tempo atender às necessidades dos
clientes. Deve-se levar em consideração, a escassez de madeiras nobres em razão do crescente
controle do desmatamento, o que leva inevitavelmente ao uso de novos materiais e nesse caso
o PVC se destaca por causa de sua qualidade, versatilidade e acessível produção.
As esquadrias de PVC são construídas utilizando-se perfis extrudados, de
variedade limitada - devido ao alto custo do ferramental -, que é compensado pela estética e
pelo conforto. Duráveis, leves, resistentes a maresia, cupins e intempéries, fáceis de instalar e
limpar. Não exigem manutenção. As portas e janelas em PVC não propagam chamas e têm
46

melhor desempenho em isolamento térmico e acústico do que os materiais metálicos, devido a


sua própria microestrutura. Além disso, uma das principais características do material é o
toque agradável, pela ausência de arestas ou mesmo farpas pontiagudas. No Brasil, as
esquadrias de PVC só podem ser vendidas na cor branca ou imitando madeira, uma vez que o
pigmento das coloridas não resiste à alta incidência de raios ultravioletas (HUTH, 2007).
A implantação de janelas de PVC no projeto e construção de edifícios tem sido
realizada obedecendo a certas exigências da qualidade como segurança, habitabilidade,
durabilidade e qualidade dos dispositivos complementares. Ao se comparar o custo de
esquadrias fabricadas com materiais distintos, no caso o PVC e o alumínio, deve-se considerar
determinados aspectos como o desempenho da esquadria; se a esquadria é fornecida com
vidro e persiana; o custo de instalação da esquadria e do vidro, entre outros aspectos. A
fabricação das portas de PVC baseia-se na mesma formulação utilizada para a fabricação de
janelas em PVC rígido. (HIPOLITO et al, 2013).
Atualmente a porta sanfonada em PVC rígido é um produto bem sucedido devido
à sua facilidade de limpeza, instalação e funcionamento, cujas funções são dividir e decorar os
ambientes. Quando recolhidas ocupam pouco espaço e podem ser instaladas em paredes que
já receberam acabamento. Ainda podemos citar as persianas e venezianas que são perfis que
formam um sistema par escurecimento, proteção e resguardo dos ambientes que possuem
caixilhos. As persianas são constituídas de cortinas rígidas ou semi-rígidas de PVC, que
podem ser recolhidas. As venezianas são elementos fixados em perfis de janelas ou porta-
balcão, fazendo parte integrante do caixilho. É muito comum mesclar o uso de PVC com
outros materiais nas venezianas como o alumínio. (HIPOLITO et al, 2013).
O custo-benefício das esquadrias de PVC utiliza-se processos automatizados de
extrusão, usinagem, solda por termofusão e processo manual de montagem final. No mercado
brasileiro, há dois segmentos distintos de produção: de esquadrias especiais e padronizadas.
No caso das especiais, ao projetar um edifício ou casa comercial, residencial, industrial ou
institucional, o profissional define os vãos e o tipo de esquadria. Já as padronizadas são
produzidas em escala, obedecendo a diversos modelos, de acordo com catálogos de cada
fabricante, geralmente, são mais utilizadas em obras de grande porte, como edifícios
comerciais. (HUTH, 2007).
Como desvantagem, o PVC é sensível à ação de alguns elementos orgânicos, tais
como: os solventes cetônicos e tetraidrofurânicos (THF), os quais podem eventualmente ser
encontrados em algumas tintas, vernizes e em certos produtos de tratamento de madeira.
Ademais, ainda que possua vida útil significativa, é material termoplástico, o qual pode
47

apresentar acentuadas deformações ao longo do tempo, seja por tensões diversas ou por
exposição a temperaturas elevadas. (OLIVEIRA, 2012).
Santos (2004), pontua outras desvantagem do uso do PVC, o qual trata de sua
combustão. Ao inflamar o material, produz um gás que contém ácido clorídrico (HCl), o qual
é altamente tóxico e prejudicial à saúde Desse modo, há de se observar com atenção o uso de
esquadrias de PVC em ambientes fechados. Os perfis estrusados possuem formas que
proporcionam aparência semelhante as aberturas de madeira e alumínio, porém devido a baixa
resistência estrutural o mesmo precisa sempre receber um reforço interno em aço galvanizado,
garantindo assim a resistência necessária (DUARTE, 2011).
Com base em Godoi (2005), o processo de instalação de uma esquadria de PVC
será apresentado na sequência: Primeiramente confere-se o prumo e nível do vão, bem como
as dimensões do mesmo para averiguar se estão adequadas à colocação daquela esquadria.
Após esse procedimento, estando as dimensões corretas, coloca-se o marco da esquadria com
os calços que auxiliam na instalação, conferindo, o prumo e nível do marco. Após a colocação
do marco, realizam-se os furos na parede, necessários à instalação, por onde passarão as
buchas e parafusos de fixação. Apertam-se os parafusos e aplicam-se neles pontos de espuma
de poliuretano que, juntamente com os parafusos, farão a fixação da esquadria no vão.
Posteriormente, aplica-se espuma em todo o perímetro da esquadria, deixando uma
reentrância interna ao marco para que ali, posteriormente, seja aplicado o silicone de vedação.
É importante não aplicar quantidade exagerada de espuma, o que pode causar a deformação
da esquadria. Após a secagem da espuma, a quantidade que expandiu para fora do marco é
removida e inicia a vedação da peça. A vedação começa com a aplicação de silicone na
reentrância deixada no perímetro da peça. Imediatamente após a aplicação do silicone, sobre
esse são colocados os acabamentos da esquadria, usualmente meia cana, pinázio ou guarnição.
A figura 29 apresenta janelas de PVC e as figuras 30 e 31 apresentam exemplos
de portas feitas com PVC.
48

Figura 30: Porta sanfonada de Figura 31: Portas de PVC.


Figura 29: Janelas de PVC. PVC. Fonte: Rodrigues (2015).
Fonte: Líder: esquadrias de Fonte: Rodrigues (2015).
PVC, (2017).

Em relação a compra a aceitabilidade do consumidor pela aquisição de uma


esquadria de PVC, De Toni et al, (2014), salientam que são um produto relativamente novo
no mercado brasileiro, isso implica na impossibilidade dos moradores dos imóveis não terem
firmado bem a imagem deste produto em relação à durabilidade e à qualidade ao longo do
tempo.
De Toni et al, (2017), identificaram 27 atributos para as esquadrias de PVC,
tratando-se da qualidade e dos benefícios proporcionados pelo produto aos usuários, dentre os
quais listaram: conforto térmico, alto custo, conforto acústico, novidade, qualidade, alto
padrão e acabamento ruim. Segundo os autores, o conceito de esquadrias de PVC para os
usuários pesquisados direcionou-se ao seguinte conceito: “um produto novo no mercado, que
tem boa qualidade e que possibilita um bom conforto térmico e acústico, embora ainda seja
caro e destinado a construções de alto padrão (um pouco mais elitizadas)”. (DE TONI et al,
2017, p. 34).
Verifica-se que as esquadrias de PVC ainda reservam certo simbolismo,
principalmente por ser um produto relativamente novo no mercado brasileiro. Porém, esses
elementos simbólicos ainda devem ser tratados com relativo cuidado, pois trazem em si
elementos negativos e neutros, tais como o fato de serem vistas como de alto custo e com
risco de amarelar e de serem relacionadas a imóveis de alto padrão. Tais atributos podem
limitar a sua comercialização, pois apresentam certa insegurança ao usuário com relação à
imagem do seu alto custo aliada a um risco que ainda não está bem firmado na mente destes
entrevistados em função do pouco tempo deste produto no mercado. (DE TONI et al, 2017).

2.5.4 Esquadrias metálicas de ferro e aço


49

As esquadrias de aço compreendem as portas, janelas, basculantes, grades,


portões, guarda corpos, etc., confeccionadas em escala industrial ou não, com perfis
laminados em T, L ou I, perfis tubulares e perfis abertos fabricados com chapas de aço. As
esquadrias de ferro mais utilizados são as grades e portões geralmente confeccionados com
barras redondas mecânicas, barras chatas, cantoneiras ou, as vezes, associadas com chapas
finas e tubos galvanizados. (CEHOP, 2017b).
O aço produzido para confecção de esquadrias é obtido através da mistura do
Ferro (Fe), Carbono (C) e de outros elementos em pequena quantidade como Manganês (Mn),
Enxofre (S), fósforo (P) e silício (Si). Pode ser adicionado Cobre (Cu) à liga com a finalidade
de conferir ao aço maior resistência à corrosão. As esquadrias confeccionadas com perfis de
aço podem, ainda receber uma fina camada de zinco, processo conhecido como galvanização,
o que proporciona uma segurança adicional contra a corrosão. (CEHOP, 2017b).
O ferro é de fácil acesso, e é muito utilizado para fazer esquadrias, isso se dá pelo
baixo custo ou mesmo pela facilidade em se adequar a vários tipos de projeto, uma vez que
pode ser moldado por meio de soldas de fogo. No entanto, considera-se uma desvantagem o
seu uso pelo fato de oxidar facilmente, perdendo sua resistência, principalmente se estiver
próximo ao mar. Para sua manutenção é necessário a conservação com pintura, para evitar o
progresso da corrosão e consequente degradação do material. (HUTH, 2007).
Com a mesma característica de custo e ainda a possibilidade de ser mais leve e
permitir conformar o material na geometria conveniente ao projeto da esquadria, a chapa de
aço possibilita uma maior variedade de tipos, porém, os cuidados de conservação são os
mesmos necessários nos perfis de ferro laminado, apesar da composição da matéria-prima
incluir outros metais, como o cobre, para melhorar sua resistência à corrosão. (HUTH, 2007).
A CEHOP (2017b) apresenta para as esquadrias de aço ou de ferro as mesmas
vantagens e desvantagens apresentadas nas esquadrias de alumínio apresentadas no quadro 1.
As figuras 32 e 33, 34 e 35 apresentam os tipos mais comuns de janelas de ferra e
de aço vendidas no mercado.
50

Figura 32: Janelas de ferro.


Fonte: CEHOP (2017b).

Figura 33: Porta de ferro.


Fonte: CEHOP (2017b). Figura 34: Porta de ferro. Figura 35: Porta de ferro.
Fonte: CEHOP (2017b). Fonte: CEHOP (2017b).

Segundo Rodrigues (2015), as esquadrias de ferro e aço são recomendadas para


quaisquer ambientes, exceto em regiões litorâneas em que este é submetido à maresia e pode
perder sua durabilidade. O aço define uma estrutura robusta ao produto final, possuindo maior
resistência a impactos quando comparado aos outros materiais em estudo, como o alumínio e
o PVC. As desvantagens na utilização de janelas e portas em aço são, além do custo, o
aspecto não tão atraente e um menor conforto térmico acústico quando comparado ao
alumínio e ao PVC. Já o ferro possui menor custo, porém apresenta menor resistência a
impactos e à corrosão, necessitando de maior manutenção. Uma característica diferente dos
outros materiais é que as portas metálicas possuem tipologias nem sempre encontradas em
outras matérias-primas, como as portas corta-fogo.
Segundo Rodrigues (2015), para a execução das esquadrias de aço e ferro deve-se
prestar atenção nas características de fábrica, pois a estrutura vem composta por acessórios,
como grapas e chumbadores, que servem de guia para a fixação da esquadria. Também se
deve cuidar o armazenamento das peças em obra, evitando empilhamento, e a conferência no
ato do recebimento quando comprada.
51

Segundo a CEHOP (2017b) segue-se os seguintes passos:


Recebimento: as esquadrias de aço e ferro serão inspecionadas, no recebimento,
quanto à qualidade, à quantidade e quantidade total, ao tipo, ao acabamento
superficial, às dimensões e a obediência ao projeto. As esquadrias deverão ser
recebidas e embaladas individualmente.
Armazenagem: deverão ser armazenadas em local seco e coberto na posição
vertical, sobre calços nunca localizados no meio dos vãos, para que não ocorram
deformações e avarias. Materiais como tintas, solventes e graxas, cimentos e cal
devem ser estocados em outros compartimentos.
Fixação das esquadrias: normalmente as esquadrias serão fixadas com buchas e
parafusos cuja bitola e quantidade serão especificadas pelo fabricante. As
esquadrias poderão, também ser fixadas através de chumbadores de penetração em
aberturas no concreto ou nas alvenarias, tomadas com argamassas traço T1.
Excessos de argamassa ou o socamento em demasia, deverão ser evitados, quando
do preenchimento do vão entre a alvenaria e o caixinho, para que não ocorram
deformações ou empenamentos excessivos, com comprometimento do
funcionamento da peça. As esquadrias fixada através de chumbadores serão
escoradas e mantidas no prumo até o completo endurecimento da argamassa.
Fixação dos vidros: os vidros serão fixados por meio de baguetes, guarnições de
neoprene ou com massa de vidraceiro. Havendo folga entre o vidro e o baguete ou
guarnição, esta deverá ser reduzida com a introdução de massa.
Um dos principais problemas que afetam as esquadrias de ferro é a corrosão. Para
evitá-las as chapas que compõem as esquadrias passam por tratamentos de superfícies, a fim
de dispensar a manutenção e pintura frequentes. A adição de cobre ao aço, assim como a
galvanização com zinco, aumentam a resistência ao processo corrosivo. (SOUZA, 2010).
Souza (2010) ainda lembra que para garantir o bom desempenho da esquadria a
longo prazo, o consumidor final deverá seguir as orientações de limpeza, para evitar o início
da oxidação favorecida pelo acúmulo de sujeira. Ocorrido o problema, o mesmo pode ser
eliminado com o lixamento do local e a repintura.

2.5.5 Esquadrias de vidro


52

O vidro pode ser definido como o produto amorfo resultante da fusão e posterior
solidificação de uma mistura de materiais inorgânicos. As matérias-primas mais comuns são
sílica, barrilha,calcário e alumina (BARROSO et al, 2007).
Segundo Peterlini (2013), as principais características do vidro que estimulam a
sua utilização nas edificações são: a sua transparência, o que é fundamental para a transmissão
de luminosidade e a interação entre exterior e interior e a possibilidade de reciclagem, o que
confere características de sustentabilidade ao material, já que os cacos de vidro podem ser
usados como insumo na produção de novos artigos.
A autora menciona os diferentes segmentos que constituem a indústria de vidro
plano podem ser identificados sobre a seguinte classificação:
Impresso: também conhecido como “vidro fantasia”, tem a característica de ser
um vidro plano translúcido, incolor ou colorido, que recebe a impressão de
padrões como martelado, miniboreal, canelado e outros desenhos ornamentais;
Temperado: o processo da têmpera consiste em submeter o vidro plano ou
impresso a um tratamento térmico, no qual é aquecido e resfriado rapidamente, o
que o torna mais rígido e mais resistente à quebra. O vidro é temperado, em caso
de quebra, apresenta pontas e bordas menos cortantes, fragmentando-se em
pequenos pedaços arredondados. Esse vidro tem seu uso massificado pelo baixo
custo e alta resistência a impactos;
Blindados: são totalmente resistentes e capazes de dificultar a penetração de balas
de fogo no interior do automóvel. É composto por duas chapas de vidro tratado
compõem as partes externas da estrutura e, por dentro, é aplicada uma resina
sintética ou/e algum plástico. O número de camadas pode ser completamente
variável, bem como a espessura e os materiais de composição – o que define a
utilização destes elementos é a necessidade de resistência do produto.
Laminado: resultado da conjugação de duas ou mais placas de vidro intercaladas
por uma película plástica PVB (Polivinil Butiral) incolor ou colorida, de grande
resistência aos principais tipos de esforços físicos e mecânicos a que o vidro pode
ser submetido;
Refletivo ou metalizado: no processo de metalização os vidros planos recebem a
aplicação de uma camada metálica, composta por óxidos em uma de suas
superfícies. Esses óxidos atribuem ao vidro desempenhos diferenciados quanto ao
controle solar de transmissão, reflexão e de calor;
53

Duplo ou insulado: Com caixilhos duplos ou triplos com inserção de gás inerte
em seu interior(insuflados). Também é chamado de vidro termo-acústico, pois,
dependendo da sua composição, podem oferecer isolamento térmico e isolamento
acústico;
Aramado: composto por uma tela metálica que oferece maior resistência a
perfuração e proteção, pois, em caso de quebra, os cacos ficam presos na tela,
diminuindo o risco de ferimentos.
Dentre os principais tipos de vidros utilizados nas edificações, destacam-se os
vidros de segurança, que possuem características favoráveis à resistência mecânica e
proporcionam padrões de segurança superior ao vidro comum. As esquadrias de vidros de
segurança são indicadas para áreas de maior risco de acidentes, sujeitos a impactos, choques
térmicos ou utilização sob condições adversas, que requeiram resistência mecânica (BUENO,
2000).
Uma das características mais interessantes do vidro é a cor. Os vidros podem se
apresentar desde o mais puro incolor até em infinitas cores, que também podem variar desde
uma leve tonalidade até a total opacidade. A cor do vidro pode ter uma função apenas estética,
e não por isso menos importante. Basta se lembrar dos vitrais e de todas as peças artísticas e
decorativas que causam prazer em admirar. Em questões de marketing a cor também é muito
importante, pois ajuda muito na escolha do produto. Um exemplo são os frascos de perfumes
que existem nas mais diferentes formas e cores para chamar a atenção dos clientes. (HUTH,
2007).
O vidro encontra-se na construção civil sob diversas formas, como em janelas,
portas, blocos, elemento decorativo, divisória, entre outros. As esquadrias de vidro,
especificamente, adequam-se perfeitamente em diversos tipos de obras, sejam elas
residenciais, comerciais e industriais. A importância do vidro na composição das esquadrias
está relacionado às seguintes propriedades: Transparência, dureza, proteção contra radiação
solar, isolamento térmico e acústico, além do valor estético que os diversos tipos de vidros
proporcionam nos acabamentos. (RODRIGUES, 2015).
Uma desvantagem do vidro é que em locais em que a segurança do imóvel deve
ser maior, a utilização de portas e janelas de vidro pode não ser uma boa opção, já que deixa o
local mais exposto, posto que grande parte dos vidros possibilita visão completa dos
ambientes, e podem ser estilhaçados facilmente. Para atenuar parcialmente esse problema, no
que se refere à exposição do interior do imóvel, uma alternativa são as esquadrias de vidro
impresso, serigrafados ou refletivo, que contribuem significativamente para aumentar a
54

segurança quando se faz uso desse material na aplicação de esquadrias. (RODRIGUES,


2015).
Além de conhecer as características térmicas e luminosas e delinear as melhores
aplicações do material, é de suma importância que os projetistas estejam atentos as evoluções
tecnológicas. Por suas características recicláveis o vidro pode ter um caráter altamente
sustentável quando usado com critério pelos profissionais com conhecimento em arquitetura
bioclimática, porém, desconsiderar a sua pouca eficiência térmica é transformá-lo em um
material não sustentável, caracterizando pouca preocupação com o usuário final e com o meio
ambiente. (PETERLINI, 2013).
As figuras 36,37 e 38 apresentam exemplos de esquadrias com diferentes tipos de
vidro.

Figura 36: Vitrais.


Fonte: HUTH (2007).
55

Figura 37: Aberturas com vidros espelhados.


Fonte: HUTH (2007).

Figura 38: Aberturas com vidros temperados.


Fonte: HUTH (2007).

3 ANÁLISE DO CUSTO-BENEFÍCIO DAS ESQUADRIAS


56

Procurou-se fazer um comparativo com base na literatura consultada, o custo-


benefício das esquadrias com base nos diferentes materiais primeiramente em uma situação
global, conforme apresentado no quadro 2.

Quadro 2: Avaliação do custo global das esquadrias.

Conceito PVC Madeira Aço Alumínio

- Materiais - Materiais - Materiais - Materiais


Custo Inicial (A) - Transporte - Transporte - Transporte - Transporte
- Instalação - Instalação - Instalação - Instalação
- Pintura - Pintura

Necessidade de Mínima Periódica a cada 6 Periódica a cada 10 Periódica a cada 30


Manutenção (B) anos anos anos

Necessidade de 20 – 30 Anos 20 – 50 > 100 Anos 50 Anos > 60 Anos


Substituição (C)

Risco de Dano 0,1% 0,1% 0,1% 0,1%


Acidental (D)*

Risco de Falha do
Sistema ou partes 0,5% 1,25% 0,5% 0,5%
(E)

Economia no Tão Boa quanto o


consumo Boa PVC Não Não
energético (F)

Dados complementares

Vida útil da 80 anos 80 anos 80 anos 80 anos


Estrutura

Cálculos

Nº de 0 (80/6-1)= 12 (80/10-1)=7 (80/30-1)=2


manutenções

Nº de substituições (80/30-1)=2 (80/50-1)= 1 (80/50-1)=1 (80/60-1)=12


* Depende das características do empreendimento .
Fonte: Massetto et al. (2008, p. 5).

Para a organização dos dados equalizados no quadro 02, Massetto et al, (2008)
utilizaram a ISO 15686-5 o qual propõe o método do custo global (WLC), para isso é
necessário equalizar o valor da moeda para que ele possa ser comparável no tempo. Para isso
devem ser utilizados os conceitos de: Valor Presente, que trata do acumulativo de dinheiro
futuro, descontando-se através de uma determinada taxa de juros, levando em consideração o
57

fato de que este dinheiro não tem o mesmo valor ao longo do tempo e do Valor Anual
Equivalente que trata do valor presente do dinheiro num período de análise. Desse modo,
levou-se em conta os seguintes custos para selecionar as alternativas tecnológicas de custo
global:
Custo Inicial (A): Custo necessário para a construção do edifício ou suas partes.
Este custo pode incluir o custo de Pesquisa, desenvolvimento e implantação da
tecnologia avaliada.
Necessidade de Manutenção (B): Custos necessários para manter o desempenho
dos sistemas ou suas partes durante a vida útil deles.
Necessidade de Substituição (C): Corresponde ao custo necessário para a
substituição de um sistema ou de suas partes uma vez terminado o período de vida
útil.
Risco de Dano Acidental (D): risco associado à possibilidade de o sistema ou
suas parte sofrerem algum dano devido à utilização durante a vida útil dele.
Risco de Falha do Sistema ou suas partes (E): Risco associado à possibilidade
de falha dos sistemas ou suas partes devido a defeitos de fabricação, instalação ou
construção.
Economia no consumo energético (F): Devido às propriedades dos materiais e
do comportamento do sistema podem-se apresentar reduções significativas no
consumo de energia dentro da edificação.
Massetto et al, (2008) não mencionou em seus estudos o vidro, desse modo
procuramos na literatura, informações do custo global deste material.
Encontramos em Real (2010), o qual fez estudo sobre o custo global de
edificações. O autor, alega que o custo inicial com o vidro é com os materiais, transporte e
instalação. Quanto a vida útil do vidro numa obra pode estar entre 20 a 30 anos, porém,
considera-se que a redução da vida útil e a manutenção decorrem das condições e agentes a
que o vidro juntamente com sua fachada se encontram sujeitos. A necessidade de intervenção
(e os custos associados) decorrem do aparecimento de anomalias, dentre as quais podem estar
associadas à ausência de manutenção, ao uso, à idade da componente, entre outras.
Os fatores de anomalia que diminuem a vida útil e levam a manutenção do vidro
são: variação de juntas de dilatação, rotura de vidros, perda de brilho e risco nos vidros,
deterioração da junta de estanqueidade exterior, falta de aderência na junta de estanqueidade
exterior, perda de estanqueidade do conjunto, rotura de ferragens (fechos, dobradiças,
58

maçanetas). Portanto a necessidade de substituição pode variar entre 6 a 10 anos. (REAL,


2010).
Quanto ao risco de dano ambiental do vidro, fica também entre 0,1% por
apresentar a possibilidade de reciclagem. O valor do risco de falha do sistema ou partes do
vidro fica num percentual de 0,5%, a economia no consumo energético é boa, a vida útil da
estrutura pode alcançar também os 80 anos. O número de manutenção desse modo pode variar
com base no seguinte cálculo (80/6-1)= 12 e o número de substituições (80/30-1)=2. (REAL,
2010).
A figura 38 mostra a comparação entre as opções de esquadrias e seus custos, em
proporção ao custo inicial, segundo a metodologia da ISO levando-se em consideração os
parâmetros mostrados no quadro 2.

Figura 39: Representação gráfica da avaliação qualitativa do custo global.


Fonte: Massetto et al. (2008, p. 5).

O Quadro 3 apresenta uma síntese do mercado brasileiro de esquadrias, levando-


se em conta a organização do setor, tamanho das empresas, mercado atual, observações
importante e potencial de crescimento.

Quadro 3: Síntese dos mercados e potencial de crescimento dos setores .

Organização Tamanho das Mercado atual Observações Potencial de


59

do setor Empresas importantes crescimento

Madeira - Grandes - Casas médio e - Se dizem: BAIXO


Pouco empresas no Sul. alto padrão. “Material mais
organizado. - Pequenas - Fora do tradicional” . Alavancado no
Pulverizadas. mercado de - Exportação crescimento do
edificações. como foco. setor de casas

Ferro e - Pouco Poucas grandes Informal popular - Setor BAIXO


Aço organizado. empresas no Habitação reconhece perda
- Siderúrgicas mercado popular (CDHU) de mercado. Tenta ocupar
“puxando” pulverizado de - Poucas espaço em
organização do serralheiros. grandes construções de
setor. Empresas. alto padrão
colocando linhas
mais trabalhadas
com alto valor
agregado.

Alumínio Relativamente Muitos Domina o -Tenta expandir MÉDIO


organizado, mas caixilheiros mercado formal para mercado de
sem muitas de edifícios casa (janela Apesar de deter
ações voltadas pronta) . maioria do
ao mercado de - Reconhecem mercado pode
caixilhos. perda de crescer no
mercado. mercado
residencial de
baixa renda.

PVC Setor bem Mercado em Casas de alto Tentativa ALTO


organizado que estruturação. padrão. setorial para
acredita na credenciamento - Grande
grande de colocadores. potencial se bem
oportunidade de aproveitado.
crescimento - Estão
com as janelas credenciando
de PVC. caixilheiros
tentando imitar o
alumínio.
Fonte: Tomielo (2016).

Em relação a organização do setor considera-se o mercado em potencial de maior


organização o de PVC. Segundo Masseto et al, (2008), na Europa, o PVC é líder de vendas
desde 1996, e vem apresentando participação crescente no mercado enquanto os demais tipos
de materiais para esquadrias permanecem com suas vendas em patamares que podem ser
considerados constantes.
Em relação ao tamanho das empresas no setor de madeira apresentam-se grandes
empresas no sul com pequenas pulverizadas, em relação ao ferro e aço, há poucas empresas
de grande porte no mercado pulverizado de serralheiros. Com relação ao alumínio Tomielo
(2016) menciona que há muitos caixilheiros e ao PVC o autor aponta que é um mercado em
expansão e estruturação.
60

Tratando-se do mercado atual, Tomielo (2016) tratando-se de esquadrias em


madeira, utiliza-se ainda em casas de médio e alto padrão e está praticamente fora do mercado
de edificações. No quesito ferro, o mercado apresenta-se de modo informal especificamente
para atender o mercado de habitação popular. O alumínio domina o mercado formal de
edifícios e as esquadrias de PVC apresentam-se no mercado especificamente para casas de
alto padrão.
Tomielo (2016) fez algumas observações que justificam a análise do mercado
atual em relação aos materiais das esquadrias. Em relação a madeira, considera-se um
material mais tradicional e tem a exportação como principal foco. O ferro apresenta perda de
espaço no mercado com poucas grandes empresas. O alumínio também apresenta perda no
mercado, mas ainda predomina nas casa populares. O PVC tenta a expansão no setor.
Em relação a expansão no setor, a madeira apresenta baixo potencial de
crescimento, com tentativa no setor de casas. O ferro apresenta baixo potencial de expansão
com tentativa de ocupar o espaço em construções de alto padrão colocando linhas mais
trabalhadas com alto valor agregado e por último aparece o PVC com grande potencial de
crescimento e expansão se bem aproveitado.
Em relação ao isolamento térmico da esquadrias, Fernandes (2004), salienta ser
uma variável relacionadas ao sistema de vedação, característica dos vidros, orientação solar
da abertura, temperatura ambiente, etc. A exigência do isolamento térmico, deve ocorrer
principalmente, quando há possibilidade de perdas de calor, no inverno. As principais causas
da perda de calor dos ambientes, são devido à troca de ar, tanto manual, à infiltração de ar
através do perímetro das folhas das portas ou janelas, pela transparências às radiações nos
materiais que não sejam opacos como os vidros das janelas.
Tomielo (2016) não apresentou o vidro na tabela, desse modo, procurou-se
descrever as características do mercado de vidro conforme a literatura.
Segundo Montano e Bastos (2017), na construção civil, o vidro pode ser utilizado
em fachadas, portas e janelas e no interior dos prédios residenciais e comerciais, tanto na
construção de unidades novas quanto para reposição ou reformas. A tendência do mercado é
utilizar cada vez mais esse material nos empreendimentos imobiliários, tanto por questões
estéticas tanto por questões econômicas e ambientais. Além de transmitir um aspecto de
modernidade aos imóveis, o uso do vidro de forma apropriada permite maior aproveitamento
da iluminação natural, proporcionando economia no uso de energia elétrica e a adesão a
práticas de sustentabilidade ambiental, que, por sua vez, representa outra forte tendência desse
mercado.
61

Segundo NSG Group (2011), a demanda de vidros planos, em um movimento de


longo prazo entre 1991 e 2010, apresentou um crescimento maior que a média da economia
mundial, evoluindo a uma taxa média de 5,1% a.a. Além disso, nos últimos dez anos esse
crescimento foi ainda mais acelerado, chegando a 9,1% em 2010, o que demonstra um
descolamento maior com o nível de atividade mundial. (MONTANO; BASTOS, 2017).
O quadro 4 apresenta as propriedades térmicas dos materiais utilizados na
confecção de esquadrias.

Quadro 4: Propriedades térmicas dos materiais.

PROPRIEDADE TÉRMICA DOS MATERIAIS

MATERIAL DENSIDADE (Kg/m3) CONDUTIVIDADE CALOR ESPECÍFICO


TÉRMICA (W/m ०C). (KJ/Kg ०C)

200 0,064 1,34


Madeira 400 0,11 1,34
600 0,15 1,34
800 0,19 1,34

Alumínio 2700 230,00 0,88

Aço 7800 47,00 0,46

Vidro 2600 1,20 0,84

Fonte: Fernandes (2004).

A intensidade do fluxo de calor pelos materiais dependem da condutividade


térmica que é uma propriedade que depende da densidade do material e representa sua
capacidade de conduzir maior ou menor quantidade de calor por unidade de tempo. Isto é,
quanto maior for o valor da condutividade térmica, tanto maior será a quantidade de calor
transferidos entre as superfícies. (FERNANDES, 2004).
Para o desenvolvimento do quadro resumo que faz um comparativo dos custos das
esquadrias, Ruth (2007) utilizou três projetos de execução:
Projeto 1 - Residência popular: As esquadrias externas devem ser funcionais,
proporcionar apenas o mínimo necessário de claridade e ventilação no interior da
residência, gerando o menor custo possível.
Projeto 2 - Residência de alto padrão: As esquadrias externas devem atender as
expectativas do projeto, proporcionar excelente claridade e ventilação no interior
da residência, dar a obra o resultado estético projetado, ser funcional, não gerando
62

manutenções periódicas, ter um padrão de acabamento sofisticado, pagando o


valor necessário para atender tais exigências.
Projeto 3 – Edifício residencial: As esquadrias externas devem atender as
expectativas do projeto, proporcionar boa claridade e ventilação no interior dos
apartamentos, devido à altura, proporcionar estanqueidade adequada, ter médio
padrão de acabamento e gerar o mínimo possível de manutenção. Devido ao
grande número de esquadrias necessárias, o menor custo é desejável, devendo
atender aos requisitos que o porte da obra exige.

Os quadros 5, 6 e 7 apresentam os custos das esquadrias utilizadas em obras de


baixo, médio e grande padrão.
Para o cálculo do valor total, Ruth (2007), baseou-se em janelas de correr de 2
folhas, com venezianas de dimensão 1,00 x 1,20 em dois dormitórios. Na sala de estar e
cozinha, duas janelas de correr de 2 folhas de dimensão 1,00 x 1,20 e duas portas de abrir de
dimensão 0,80 x 2,20. No banheiro uma Janela maxim ar 1 folha de dimensão 0,60 x 0,80.

Quadro 5: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de baixo padrão.

MATERIAL CUSTO DAS ESQUADRIAS/m² VALOR TOTAL DAS


ESQUADRIAS DA OBRA

Madeira R$ 300,00 R$ 2.112,00

Alumínio R$ 439,73 R$ 3.096,00

Vidro R$ 230,00 R$ 1.619,20

Aço R$ 150,73 R$ 1.061,14

PVC R$ 568,81 R$ 4.004,42


Fonte: Huth (2007).

Huth (2007) utilizou a Castanheira para efetuar o cálculo das esquadrias de


madeira, com um padrão de acabamento e acessórios simples. A linha utilizada para cálculo
das esquadrias de alumínio foi à linha padrão popular, master (linha 20). Por serem poucas
esquadrias o metro quadrado das esquadrias de alumínio para este tipo de residência se torna
mais oneroso devido ao volume de sobras (mau aproveitamento) das barras de perfis. No
orçamento das esquadrias de vidro temperado foi utilizado o valor do metro quadrado do
vidro temperado incolor 6 mm. Sua produção é realizada em chapas pelos fabricantes, e o
valor das esquadrias também é dado de acordo com o aproveitamento destas. A linha utilizada
63

para orçamento das esquadrias em aço, foi a de chapas de aço, adquiridas em lojas
revendedoras. O valor é tabelado por peça, portanto como são fabricadas em tamanhos
padrões, em larga escala e não sob medida como as demais esquadrias dos outros materiais,
seu valor é inferior. A linha utilizada para orçamento das esquadrias de PVC foi à linha
simples para janelas, – VERSATILE e a mais robusta para portas – SPLENDORE. Por serem
poucas esquadrias, o metro quadrado das esquadrias de PVC para este tipo de residência se
torna mais oneroso devido ao volume de sobras (mau aproveitamento) das barras de perfis.
O quadro 6 apresenta o orçamento das esquadrias propostas para o projeto 2 que
trata de uma residência Alto Padrão. Para o cálculo do valor total das aberturas no projeto dois
Ruth (2007) baseou-se nas seguintes quantidades e dimensões:
2 Janelas maxim ar 1 fl. com bandeira fixa inferior de 0,80 cm 0,80 x 1,80 (Hall
entrada e quartos) ;
2 Janelas maxim ar 1 fl. com tela recolhível 0,60 x 0,60 (Banho hospede/social);
1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,00 x 1,25 (Dormitório
menino);
1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,05 x 1,25 (Dormitório
menina);
1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,05 x 1,20 (Dormitório
hóspede);
1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,55 x 1,25 (Suíte casal);
1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,10 x 1,25 (Suíte casal);
1 Janela maxim ar 1 fl. 0,30 x 0,60 (Lavabo);
3 Janelas maxim ar um fl. 0,60 x 0,60 (Banhos);
1 Janela de correr 4 fls. 4,05 x 0,95 (Academia);
1 Janela de correr 4 fls. 3,60 x 1,10 (Cozinha);
1 Janela de correr 4 fls. 2,50 x 1,20 (Sala intima);
1 Janela maxim ar 2 fls. com fixo inferior 1,42 x 1,65 (Academia);
1 Janela maxim ar 2 fls. com fixo inferior 1,50 x 1,65 (Academia);
1 Janela maxim ar 2 fls. com fixo inferior 1,50 x 1,65 (Academia);
1 Porta de correr 1 fl. 1,45 x 2,15 (Academia);
1 Porta de correr 4 fls. 5,72 x 2,38 (Sala estar);
1 Porta de correr 2 fls. 2,74 x 2,38 (Sala estar);
1 Porta de abrir 1 fl. com metade inferior venezianada 0,90 x 2,15 (Área de
serviço);
64

1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 1,50 x 1,20 (Dormitório


empregada);
1 Portinhola de abrir 1 fl. venezianada 0,60 x 0,70 (Alçapão);
1 Janela maxim ar 2 fls. com tela recolhível 1,20 x 0,60 (Suíte casal);
1 Janela de correr 2 fls. 2,05 x 1,20 (Escritório);
2 Janelas de correr 2 fls. 2,05 x 1,25 (Sala íntima/garagem);
1 Janela de correr 2 fls. 2,00 x 1,20 (Hall quartos);
1 Quadro fixo 1 fl. 1,60 x 2,40 (Escada);
2 Portas de abrir 1 fl. venezianada 0,80 x 2,15 (Banho churrasqueira).

Quadro 6: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de alto padrão.

MATERIAL CUSTO DAS ESQUADRIAS/m² VALOR TOTAL DAS


ESQUADRIAS DA OBRA

Madeira R$ 450,00 R$ 35.649,00

Alumínio R$ 496,36 R$ 39.322,00

Vidro R$ 230,00 R$ 18.220,60

Aço R$ 150,73 R$ 11.941,02

PVC R$ 539,67 R$ 42.753,32


Fonte: Huth (2007).

Segundo Huth (2007), a madeira utilizada para cálculo foi o Louro Freijó, madeira
de alto padrão para acabamentos e acessórios. A linha utilizada para cálculo das esquadrias de
alumínio foi de alto padrão (linha d’ ouro). Das linhas de alumínio esta oferece o melhor
padrão de acabamento, espessura e encaixe e estanqueidade, para assim chegar mais perto do
padrão que a obra exige. No orçamento das esquadrias de vidro utilizou-se o valor do metro
quadrado do vidro temperado incolor 6 mm. Para orçamento das esquadrias em aço, foram
escolhidas as de chapa de aço, o qual o valor é tabelado por peça e como são fabricadas em
tamanhos padrões, em larga escala e não sob medida, seu valor é inferior aos demais
materiais. Para se utilizar as esquadrias de aço. A linha utilizada para orçamento das
esquadrias de PVC foi a mais robusta (SPLENDORE), adequada às esquadrias projetadas. Por
serem na maioria, grandes esquadrias com poucas folhas, exigem que sejam utilizados perfis
mais robustos; a quantidade de esquadrias e seus tamanhos proporcionam um bom
aproveitamento de material, podendo-se assim utilizar somente esta linha de melhor
qualidade.
65

O quadro 7 apresenta o orçamento das esquadrias propostas para o projeto 3 que


trata de um edifício de médio padrão residencial. Para o cálculo do valor total das aberturas no
projeto dois Ruth (2007) baseou-se nas seguintes quantidades e dimensões:
29 Janelas de correr 2 fls. 1,00 x 1,15 (Área de serviço);
08 Janelas maxim ar BWindow 1 x (1,40 x 1,20) + 2 x (0,30 x 1,20) (Cozinha e
cobertura);
29 Janelas maxim ar 1 fl. 0,60 x 0,60 (Banho);
14 Janelas maxim ar BWindow 1 x (1,40 x 0,60) + 2 x (0,30 x 0,60) (Banho);
08 Janelas maxim ar 2 fls. 1,50 x 1,20 (Circulação);
07 Portas de abrir 1 fl. 0,85 x 2,30 (Dormitório);
21 Portas de correr 2 fls. 1,80 x 2,30 (Dormitório e estar);
28 Portas de correr 2 fls. com persiana 1,80 x 2,30 (Dormitório e estar);
43 Janelas de correr 2 fls. com persiana 2,00 x 1,20 (Dormitórios);
09 Janelas de maxim ar 2 fls. com fixo superior 1,00 x 1,40 (Escada);
14 Janelas de maxim ar 3 fls. Com fixo superior 2,00 x 1,15 (Cozinha);
28 Janelas maxim ar 1 fl. conjugada (0,60 x 0,60) + (0,60x 0,60) (Banho);
02 Portas de abrir 2 fl. 2,00 x 2,30 (Estar – cobertura);
04 Janelas de correr 2 fl. 1,10 x 1,30 (Estar - cobertura);
04 Janelas de correr 2 fl. 2,00 x 1,20 (Estar - cobertura)
02 Janelas de correr 2 fl. 4,00 x 1,20 (Estar - cobertura);
01 Janela maxim ar 1 fl. com fixo inf 0,60 x 1,20 (Cobert prox churrasqueira).

Quadro 7: Custo das esquadrias de diferentes materiais em um edifício residencial.

MATERIAL CUSTO DAS ESQUADRIAS/m² VALOR TOTAL DAS


ESQUADRIAS DA OBRA

Madeira R$ 400,00 R$ 202.228,00

Alumínio R$ 324,71 R$ 164.166,90

Vidro R$ 230,00 R$ 116.281,10

Aço R$ 150,73 R$ 76.204,56

PVC R$ 456,27 R$ 230.678,58


Fonte: Huth (2007).
66

Para o cálculo das aberturas de madeira Huth (2007) utilizou madeira


Itaúba/Castanheira, o qual considera-se com padrão médio de acabamento e acessórios. Para o
cálculo das esquadrias de alumínio, a autora utilizou o de médio padrão (Suprema linha 25).
Por ser um grande número de esquadrias, com dimensões padronizadas o aproveitamento das
barras dos perfis é muito melhor. Esta linha é capaz de atender as necessidades de um edifício
deste porte. As linhas de padrão inferior poderiam deixar a desejar em alguns aspectos, como
estanqueidade ao vento e a chuva, manutenção e funcionalidade.
No orçamento das esquadrias de vidro temperado, foi utilizado o valor do metro
quadrado do vidro incolor 6 mm. Sua produção é realizada em chapas pelos fabricantes, e o
valor das esquadrias também é dado de acordo com o aproveitamento destas. Para orçamento
das esquadrias em aço, foram escolhidas as de chapa de aço, adquiridas em lojas
revendedoras. O valor é tabelado por peça, portanto como são fabricadas em tamanhos
padrões, em larga escala e não sob medida, seu valor é inferior aos demais materiais. (HUTH,
2007).
A linha utilizada para orçamento das esquadrias de PVC foi a linha simples para
janelas – VERSATILE e a mais robusta para portas – SPLENDORE. Mesmo sendo grande o
número de esquadrias, no PVC se torna mais oneroso, devido a grande quantidade de
esquadrias de maior porte (portas) as quais necessitam de perfis mais pesados, sendo o preço
equivalente ao peso do material. (HUTH, 2007).
Por fim, apresenta-se um quadro resumo (quadro 8) dos atributos dos materiais
utilizados em fabricação das esquadrias nos estudo de HUTH (2007).

Quadro 8: Quadro resumo dos atributos dos materiais utilizados em fabricação das
esquadrias.

RESTRIÇÕES OFERTA DE
MATERIAL NA FAB. DE MANUTENÇÃO/ ACABAMENTO MATÉRIA CUSTO MÉDIO
ESQUADRIAS DURABILIDADE PRIMA / DO M² *
CUSTO

Madeira Grandes vãos Alta manutenção, Pintura ou Baixa oferta, R$ 383,00


muita média selador com custo alto e
subdivisões durabilidade tendência a
subir.

Alumínio Grandes vãos Baixa Anodização ou Média oferta, R$ 420,23


muita manutenção, pintura com custo alto e
subdivisões média eletrostática tendência a
durabilidade. subir.
67

Vidro Grandes vãos Baixa Não tem Alta oferta, R$ 230,00


muita manutenção, custo médio e
subdivisões média tendência a
durabilidade. estabilidade.

Ferro Grandes vãos Média Pintura Alta oferta, R$ 150,73


muita manutenção, custo baixo e
subdivisões baixa tendência à
durabilidade. estabilidade.

PVC Venezianas Alta manutenção, Não tem Alta oferta, R$ 521,60


camarão média custo alto e
durabilidade tendência a
baixar.

* Valores da autora calculado com base em obras de baixo, médio e alto padrão.
Fonte: Huth (2007).

Conforme apresentado no quadro 5 todos os materiais apresentam restrições no


que se refere a fabricação de certa tipologia de esquadria, por exemplo, em PVC não são
fabricadas venezianas estilo sanfonada (camarão), e nos demais materiais há limitações para o
tamanho dos vãos, de acordo com cada tipologia de esquadria. A manutenção e o acabamento
variam de acordo com cada material, destacando-se a madeira que necessita de pintura e
lixamento periódico. O PVC e o vidro exigem manutenção somente de ferragens
esporadicamente e não possuem acabamento externo. A questão do custo e da oferta de
matéria prima para fabricação das esquadrias em madeira, alumínio, vidro, ferro e PCV é
bastante delicada, mas de acordo com a bibliografia pesquisada, na parte de orçamento e
compra de material, pode-se definir o material que tem matéria prima abundante e a situação
do seu custo no mercado, como por exemplo, o alumínio, não é um material muito abundante,
pois provém essencialmente de minério, então seu custo sofre constante elevação. O custo
médio do metro quadrado para cada material foi calculado de acordo com a autora, em
conformidade com os projetos das esquadrias apresentadas em seu estudo, o qual o ferro
apresentou o menor custo, com o valor de R$ 150,73/m²; e o PVC com o maior custo
apresentando o valor de R$ 521,60/m². (HUTH, 2007).
68

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como foco identificar o custo-benefício de esquadrias,


para isso foi necessário estudar as diferentes funções, formas e principais matérias-prima
utilizadas na confecção de esquadrias. Enquanto pesquisadores da área da engenharia civil,
procurou-se analisar a tendência atual do mercado de construção civil no Brasil e em Santa
Catarina, principalmente no segmento, esquadrias, com intuito de nortear a pesquisa e nos
orientar para o mercado de trabalho.
Sabe-se que há diferentes tipos de esquadria encontrados no mercado nacional,
com diferentes matéria-prima que apresentam características próprias, cada uma com
possíveis vantagens e desvantagens, processo de fabricação, execução em obra e proteção
final contra intempéries.
69

Os materiais utilizados neste estudo foram: a madeira, o ferro e o aço, o alumínio,


o PVC e o vidro. Por se tratar de um estudo bibliográfico, procurou-se pesquisar o que a
literatura apresenta em relação ao custo-benefício desses materiais para a confecção de
esquadrias. Mas devemos mencionar que cada edificação tem necessidades e características
que devem ser analisadas durante a etapa do projeto e pré-orçamento, antes da especificação
definitiva das esquadrias, para que neste item importante da composição do custo de uma
obra, seja realizada a melhor indicação de material para fabricação das esquadrias em relação
ao seu custo/benefício.
Para que estas conclusões fossem definidas, foi necessário apresentar para cada
tipo de material a forma tradicional de fabricação e a execução em obra, com intuito de
demonstrar como cada esquadria se porta e quais principais cuidados devem ser tomados para
não ocorrer problemas posteriores.
Buscou-se apresentar os diferentes modo de como proteger e manter a
durabilidade das diferentes esquadrias, lembrando que para execução das esquadrias é
necessário uma correta mão-de-obra para que ocorra estanqueidade e durabilidade, desejada.
Quanto ao processo de escolha do tipo de material a ser usado nas esquadrias,
neste estudo foi possível perceber que ambas possuem características positivas e negativa,
dentre as quais necessitam da realização e análise da em observar à região na qual a esquadria
será aplicada, ou a finalidade que ela apresentar, como também o custo-benefício e a
disponibilidade encontrada no mercado.
Como já fora mencionado, a análise do custo-benefício de cada espécie de
esquadrias dependerá do projeto a ser executado, levando-se em conta variáveis como: porte
do empreendimento, durabilidade do material empregado, custo, dispêndio com manutenção,
conforto térmico-acústico.
A relação custo-benefício será positiva quando for possível aliar atributos
estéticos e funcionais dentro de um mesmo projeto, optando-se pela espécie de esquadria
acertada no caso específico. Nesse sentido, cada material terá suas especificidades, posto que
alguns, ainda que possuam baixo custo e apresentam-se adequados em projetos de um
orçamento reduzido, terão a desvantagem de investimentos em longo prazo com manutenção
ou gastos em energia elétrica para uma melhor iluminação ou conforto térmico dos ambientes.
A madeira, é um dos materiais mais utilizados na produção de esquadrias no
Brasil, e não possui um alto custo de produção e pode ser encontrada facilmente, sendo viável
renovar suas reservas, tendo uma vida útil satisfatoriamente longa quando bem conservada. O
ferro e o aço é um material de fácil acesso, de baixo custo e facilmente moldado adequando-se
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aos mais diversos projetos, porém torna-se uma escolha inadequada quando houver fatores
externos que aceleram seu processo de oxidação.
O alumínio, é um material vantajoso quando se leva em conta sua leveza e baixa
manutenção, porém tem custo elevado, acima da madeira ou metal. O PVC desponta como o
material mais indicado em uso geral, sendo durável e não necessitando de maiores
tratamentos contra insetos (como a madeira), bem menos suscetível à corrosão quando
comparado a esquadrias metálicas, porém apresenta um caráter estético inferior e caro em
relação aos demais materiais, sendo indicado somente quando este item não for de maior
relevância.
Desse modo, para futuros estudos orienta-se fazer um estudo de caso, levando em
conta o olhar dos consumidores, visto que todo negócio volta-se a satisfação do consumidor.
E geralmente estes, não sabem ou conhecem profundamente a diferença de uma material para
outro. Desse modo cabe ao engenheiro civil durante a construção do projeto, apresentar estas
possibilidades com intuito de deixar o consumidor escolher o que será mais viável ao seu
gosto e bolso.

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