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Repertórios e Histórias

La Fille Mal Gardée


La Fille mal gardée é um balé cómico em três atos e três quadros, tendo sido
representado pela primeira vez em Bordéus em 1789. Foi produzido e coreografado
por Jean Dauberval.
Se trata da vida decadente de uma viúva rica idosa, fazendeira, que não tinha mais
lucidez para administrar a sua propriedade rural. Seus empregados não trabalhavam,
saqueavam a fazenda e viviam mais para a dança. Por isso apresentavam ostentação
de riqueza, fora dos seus padrões salariais. Ela tinha uma filha única, Lise, muito
malcriada, que amava aprontar, ela idealizava muito as coisas. Por tanto, não tinha
também condições para administrar a fazenda. Seus empregados a viviam assediando
para dar o golpe econômico nesse patrimônio fundiário abandonado.
Um ceifador, de nome Colas, conseguiu as graças dessa menina, que vivia isolada em
sua fazenda no interior. Assim, o conquistador Colas a fez tornar-se uma verdadeira
“romântica irremediável”, que idealizava seu amor até o extremo. Foi trazido um
jovem, doente mental, conhecido por Alan, para casar com Lise. Mas, ela e os
ceifadores da sua fazenda, sem a devida formação educacional, o agrediram e
ridicularizaram dele. Simone, sabedora da deficiência escolar da filha, preferia que
Lise casasse com Alan, que mesmo sendo inválido mental, tinha escolaridade. Pois,
era filho de um rico fazendeiro, para que assim fosse garantido o seu futuro e o da sua
propriedade. Então, ela tranca a bobinha Lise em seu quarto, na esperança de que ela
não visse mais o seu amado, e assim o tirasse da cabeça para casar-se com Alan,
mas lá estava escondido o sedutor Colas. Assim, tiveram “relações conjugais”,
impossibilitando o casamento com o doente mental. Tendo como resultado o
casamento de Lise com Colas. E eles prometem a Simone que iriam resgatar a
propriedade falida. Eles se casam e vivem juntos para sempre.

Le Corsaire
conhecido em português como "O Corsário", é um balé de repertório, baseado no
poema de Lord Byron, com música de Adolphe Adam (com peças adicionais) e
coreografias de Marius Petipa, depois de Joseph Mazilier e Jules Perrot.

Esmeralda
A bela cigana Esmeralda, se oferece para casar-se com o poeta Pierre Gringoire para
livrá-lo da sua condenação à morte.
No entanto, há outro que deseja a cigana - o corrupto arquidiácono Claude Frollo, que
confessa seu amor por ela.
Frollo ordena o corcunda Quasímodo, sineiro da igreja de Notre Dame, a capturar
Esmeralda.
O plano fracassa, a cigana é resgatada pelo belo Capitão Phoebus de Châteaupers e
o corcunda é preso. Esmeralda conta sua vida à Phoebus e um romance surge entre
os dois.
Esmeralda pede que liberte o corcunda e o capitão o faz.
Esmeralda volta para casa com a faixa de Phoebus.
Frollo encontra Esmeralda para declarar seu amor por ela, mas percebe que já está
envolvida com outra pessoa, o capitão Phoebus.
Para se vingar, o ciumento Frollo se esconde com um punhal no aposento.
Esmeralda e Phoebus chegam, e de repente Frollo os ataca. O capitão puxa
Esmeralda para um quarto e um tiro é ouvido. Frollo foge saltando pela janela.
Esmeralda é considerada culpada de assassinato, pela "morte" de Phoebus, presa e
condenada à morte por enforcamento.
Esmeralda é levada para a execução e Frollo diz que para evitar sua morte se casa
com ela, porém, Phoebus chega ao local, limpa o nome de Esmeralda e acusa Frollo
do atentado.
Esmeralda se declara a Phoebus, Frollo perde a cabeça tentando apunhar Esmeralda
pelas costas, porém Quasímodo o impede, tira-lhe o punhal e mata-o.
O ballet termina com todos festejando a libertação de Esmeralda.

La Sylphide
Apresentada em 1832 na Ópera Nacional de Paris, é um balé de dois atos
com coreografia de Fillipo Taglioni, pai de Marie Taglioni.
James, um camponês escocês, estava prestes a casar-se com Effie, também
camponesa. Porém no dia do seu casamento James apaixona-se por uma sílfide, um
ser sobre-humano. James abandona todos para ficar com a Sílfide. Porém percebe
que é impossível fazê-la passar por ser humano. Uma bruxa chamada Madge vê que
os dois estão mesmo apaixonados e dá um lenço mágico a James, dizendo-lhe que
ele deve amarrá-lo na cintura da Sílfide de modo a que as asas dela caiam. Mas para
isso ela nunca mais poderá voar. Quando a Sílfide coloca o lenço morre. James fica
destroçado e ao voltar para Effie mas percebe que ela se casou com outro homem,
sendo assim, ficado sem ninguém. Furioso, James enfrenta Madge, que o mata.
Marie Taglioni foi a primeira bailarina a dançar este balé, pois seu pai coreografou-o
especialmente para ela. Ao vê-la dançar, o grande poeta francês Théophile Gauthier,
disse que ela era "tão sublime e tão grande como Lamartine e Byron", os dois grandes
poetas do Romantismo.
Os figurinos são os famosos tutus românticos, com asinhas de prata na altura acima
da cintura.

Giselle
No primeiro ato, a aldeã Giselle está apaixonada por Albrecht, um nobre disfarçado de
camponês. Quando Giselle descobre a fraude, ela fica inconsolável e morre.
No segundo ato, o amor eterno de Giselle por Albrecht, que vem a noite visitar seu
túmulo, o salva de ter seu espírito vital tomado pelas willis espectrai, os fantasmas de
garotas noivas que morreram antes do dia do seu casamento, e sua rainha. Sempre
que um homem se aproxima, elas obrigam-no a dançar até a morte. Giselle dança no
lugar de Albrecht e, dessa forma, impede que ele chegue à exaustão, quebrando o
encanto das Willis. No final, ela o perdoa.
é um balé romântico em dois atos composto por Adolphe Adam sobre um libreto de
Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges e Théophile Gautier. Foi inicialmente
interpretado pela Ópera Nacional de Paris em 1840 e tornou-se muito popular,
tomando os palcos da Europa, Rússia e Estados Unidos. É um dos poucos balés
dessa tradição que ainda são apresentados nos palcos, sendo dançado em tutu
romântico
O balé conta sobre uma camponesa chamada Giselle, que padece de uma desilusão
amorosa, após descobrir que seu amor já era noivo de outra pessoa, e tem como
destaque as Wilis, espíritos de virgens que morreram antes de casarem, que levam os
homens à morte pela dança. Tais criaturas eram muito famosas nos balés da era
Romântica.

Paquita
Foi criado na Ópera de Paris em 1 de abril de 1846 por Joseph Mazilier e Paul
Foucher, com música de Édouard Deldevez e Ludwig Minkus. Paquita sempre faz
sucesso devido, principalmente, as suas alegres danças espanholas. Em 1847 Marius
Petipa criou uma nova versão para Paquita em Saint-Petersburgo no Teatro Bolshoi
Kamenny da Rússia.
Paquita é um ballet-pantomina, significa dizer que é um balé em que dançarinas (os)
se manifestam mediante a mímica, gestos, expressões fisionômicas e corporais. Esse
formato de ballet, que foi popularizado no século XIX, é considerado o arquétipo
(modelo) do Ballet Clássico.
Uma música viva e alegre anuncia um grupo de ciganos, em que logo se compreende
que o chefe, Iñdigo, lançou sua investida sobre a bela dançarina Paquita. Entretanto,
ela estava presa a tristes pensamentos: um medalhão que ela conservou desde
criança, representando o quadro do seu pai, seu benfeitor que lhe livrou da morte.
Então, Paquita dança e impressiona vivamente Lucien, filho do general. Mas, Paquita
não corresponde aos avanços do jovem aristocrata devido as suas condições sociais
serem muito modestas. O governador oferece ramalhetes de flores em homenagem a
família d'Hervilly. Depois, ele fala à parte com Iñdigo, louco de ciumes, que lhe propõe
matar Lucien. Paquita percebeu essa conversação macabra e fica angustiada para
avisar ao jovem oficial da sua ameaça de morte. Iñdigo coloca narcótico no copo de
vinho do Lucien, para depois chegarem os bandidos para o matar. Mas, Paquita muda
os copos de lugar, colocando o do narcótico para Iñdigo, que o bebe. Drogado, ele
abre sua roupa devido ao calor, ocasião em que deixa cair o medalhão que havia
roubado de Paquita. Ela pega o medalhão e foge do perigo com Lucien.
O general d'Hervilly promove um baile no qual estão presentes o governador de
Saragoza Don Lopez de Mendoza e sua irmã Serafina, que estava noiva de Lucien,
oficiais militares acompanhados de suas respectivas damas, bem como, altas
personalidades de Saragoza. De repente Lucien aparece acompanhado de Paquita!
Ele informa que sofreu um atentado e Paquita o salvou da morte. Paquita denuncia o
governador como o autor intelectual do assassinato do Lucien, que é preso
imediatamente. Lucien pede a mão de Paquita em casamento! Ela não ousa aceitar
alegando sua condição social bem modesta. Momento em que ela olha e vê o quadro
do grande homenageado: o general Charles d'Hervvilly. Olha para o medalhão e vê
que é o mesmo! Sabendo ser o seu pai, não suporta a emoção e perde a consciência.
Marco Spada
No castelo do barão, na zona rural, o príncipe Osorio, governador de Roma, está
planejando uma viagem ao Adriático , e sua sobrinha, a marquesa Sampieri
(Santpieri), e seu conselheiro, o conde Pepinelli, devem acompanhá-lo. Ele tem medo
de um ataque de bandidos liderados por Marco Spada. Angela, filha do Barão de
Torrida, acolhe-os.
No Palácio do Governador em Roma
O conde Pepinelli declara seu amor pela marquesa, mas é rejeitado. Durante um
concerto com baile, no qual Ângela canta uma declaração de amor em quatro línguas,
espalhou-se o boato de que Marco Spada estava entre os presentes. O franciscanoFra
Borromeo, que havia sido mantido em cativeiro pelos bandidos, é levado à sala para
identificar o líder dos bandidos. Mas ele não consegue descobrir. Ao sair, seu olhar
recai sobre o Barão de Torrida, Angela e seu amante há muito perdido, o Conde
Federici, que também é sobrinho do governador. Eventualmente, ele identifica o barão
como o líder dos bandidos, mas apenas informa Ângela e Federici. Angela decide ficar
com seu pai de qualquer maneira e desistir de seu amante. Este último então anunciou
seu noivado com a marquesa.
Penhascos da costa albanesa
No esconderijo dos ladrões. O barão, aliás Marco Spada, ficou gravemente ferido
durante uma escaramuça com os fuzileiros. Pepinelli e a Marquesa, ambos
capturados, são conduzidos com os olhos vendados. Eles são forçados a se
casar; Fra Borromeo deve organizar a cerimônia de casamento e, assim, preparar o
caminho para o amor entre Ângela e Federici. Marco Spada morre de suas feridas
após consentir com seu amor.

Coppélia
Swanilda, a jovem mais bonita da aldeia onde vive, está noiva de Franz.
Certo dia ele fica encantado por uma menina que todas as tardes dedica-se à leitura
na janela da casa do Doutor Coppelius, um senhor que fabrica brinquedos e conhecido
de bruxo. Ele faz de tudo para chamar a atenção dela: a chama para descer, convida-
a para dançar, manda beijos, mas não obtém reação. Swanilda os flagra e promete
vingar-se. Ela acaba por interrogar Franz sobre o acontecido, durante uma discussão.
Muda a cena. Na praça, os camponeses estão a dançar a mazurca enquanto Swanilda
e Franz fazem um encontro forçado pelos amigos. Swanilda diz não ouvir o barulho de
seu trigo, mas ele insiste que ouve, o que significaria a harmonização do amor entre o
casal.
Os jovens e Franz decidem fazer uma brincadeira com doutor Coppelius, na qual sua
chave fica caída no chão e Swanilda e suas amigas pegam-na e entram na casa do
Doutor Coppelius.
Swanilda e suas amigas estão em uma sala cheia de outras pessoas, que não se
movem. Elas descobrem que essas pessoas são, na verdade, bonecos mecânicos em
tamanho real. Elas dão corda aos bonecos e observam eles se movendo. Swanilda
encontra também Coppélia, a tal menina dedicada à leitura, atrás de uma cortina, e
descobre que ela também é uma boneca.
Coppelius entra e flagra as moças. Vários bonecos e bonecas
dançam: escocesas, espanholas, arlequins, etc.
Ele fica furioso com elas, não somente pela invasão, mas também por perturbar sua
oficina. Põe elas para fora e começa a arrumar a confusão. Mas vendo Franz pela
janela, Coppelius o convida a entrar. O inventor deseja dar vida a Coppélia mas, para
isso, necessita de um sacrifício humano. Ele pretende transferir o espírito de Franz
para Coppélia, por meio de artifícios mágicos. Dá-lhe uma bebida, que o deixa
adormecido, e começa a preparar sua mágica.
No entanto o Dr. Coppelius não expulsou todas as meninas. Swanilda ainda está lá,
escondida atrás de uma cortina. Ela se veste com as roupas de Coppélia e finge ser
ela que tornou-se viva. Acorda Franz e ativa todos os bonecos para facilitar sua fuga.
Dr. Coppelius fica confuso, e triste ao encontrar Coppélia sem vida, atrás de uma
cortina.
Swanilda e Franz estão para se casar, quando o Dr. Coppelius aparece, furioso,
alegando danos. Consternada por causa tantos problemas, Swanilda oferece seus
dotes em troca do perdão. Mas Franz pede que ela não faça isso, pois ele próprio
pagará ao Dr. Coppelius. Nesse ponto, o prefeito intervém e dá um saco de dinheiro
para aplacar Dr. Coppelius. Swanilda e Franz estão casados, e toda a cidade
comemora dançando,danças como floristas e trigueiras, também existem as fitas em
comemoracão ao casamento

Carmen
Em Sevilla, na Espanha (séc. XIX), Carmen, uma cigana linda e fascinante, causa um
alvoroço na fábrica de cigarros onde trabalhava e acaba sendo presa por Don José.
Carmen, portanto, seduz o militar, prometendo amar Don José em troca de sua
liberdade. O militar libera Carmen e acaba sendo preso por causa disso.

Após dois meses, ele encontra novamente Carmen no meio de contrabandistas. Don
José, então, deserta o exército para ganhar o amor de Carmen. Porém, acaba ficando
obcecado por ela e começa a segui-la cheio de ciúmes.

Carmen e Don José vivem um lindo amor, mas com o crescer do ciúmes do seu
parceiro, Carmen o rejeita. Micaela, que já era noiva de Don José desde o começo da
ópera, tenta retomar o juízo de seu noivo e o convence a retornar para casa, já que a
mãe dele estava morrendo.

Contudo, Don José encontra Carmen pela última vez na arena de Sevilha. Enquanto
Carmen está esperando seu novo amor, o toureador Escamillo, Don José tenta
convencê-la a ir embora com ele. Desesperado, Don José implora para Carmen e a
ameaça, mesmo assim ela o recusa, clamando que ou ele a mata ou a deixa seguir
livre. Ele, então, a esfaqueia, confessando seus crimes diante da multidão.

Sylvia
é um balé em dois ou três atos, originalmente coreografado por Louis Mérante para
música de Léo Delibes, em 1876. Sylvia é um balé clássico típico em muitos aspectos,
mas tem muitas características interessantes que o tornam único. Ele é notável por
seu cenário mitológico Arcadiano, coreografias criativas, conjuntos expansivos e,
acima de tudo, sua partitura.
Quando Sylvia estreou na quarta-feira, 14 de junho de 1876, no Palais Garnier
em Paris, ele passou quase despercebido. De fato, as sete primeiras produções
de Sylvia não tiveram sucesso comercial. Foi seu renascimento em 1952, quando
coreografado por Frederick Ashton, que popularizou esse balé. O sucesso de Ashton
possibilitou novas produções em 1997, 2004, 2005 e 2009, todas baseadas em sua
coreografia de 1952.
Ashton re-coreografou Sylvia em 1952. Consta que o que despertou o interesse de
Ashton em Sylvia foi um sonho que ele teve em 1946. No sonho, Delibes encarregou
Ashton de revitalizar seu subestimado balé e Ashton, ao acordar, assumiu a tarefa.
[11]
 Ele coreografou Sylvia com uma forte ênfase no papel principal; na verdade, ele
concebeu o balé inteiro como uma homenagem a Margot Fonteyn, uma dançarina com
quem ele trabalhara. Clive Barnes, um crítico de teatro americano, observou que "o
balé inteiro é uma guirlanda apresentada à bailarina por seu coreógrafo".[11][12] Esta
"guirlanda" foi produzida pelo Royal Ballet e apresentada pela primeira vez no Royal
Opera House em Londres, em 3 de setembro de 1952. Ashton também ajustou
o libreto de Barbier a fim de maximizar o interesse na história.

La bayadère
La bayadère é um balé em três atos e cinco cenas, com música de Ludwig
Minkus, coreografias de Marius Petipa e libreto de Marius Petita e Sergei
Khudenov, teve estréia mundial em 1877, no Teatro Mariinsky de São Petersburgo.
O ballet narra a história de Nikya, (dançarina do templo) e de Solor, (jovem guerreiro),
que são apaixonados planejam fugir juntos e juram fidelidade diante do fogo sagrado.
Mas Solor esquece de seu juramento quando Rajá, satisfeito com o presente que
recebeu de Solor oferece a mão de sua filha Gamzatti em casamento.
Ao saber disso, Nikiya encontra-se com Gamzatti revela o seu amor por Solor e
implora que o deixe para ela. Gamzatti tenta comprar Nikya com jóias e presentes ela
recusa e desesperada ameaça Gamzatti com um punhal. Chocada com seu próprio
gesto, foge.
No noivado de Solor e Gamzatti, Rajá ordena que Nikya dance com as demais
dançarinas, durante a dança ela recebe uma cesta de flores na qual havia um
serpente venenosa, ela é mordida e agoniza. O Sacerdote Brâmane diz que a salva se
ela aceitar pertencer-lhe.
Após isso, Solor fica com remorso, Magdaveya querendo distraí-lo daquelas sombrias
disposições, oferece ópio para fumar. Ele adormece e sonha com Nikya; a seus olhos
apresentam-se os espectros das bailadeiras.
Solor é levado para se casar com Gamzatti, quebrando o juramento a Nikya. A
profecia da Bailadeira realiza-se, acontece uma terrível trovoada e o templo cai em
ruínas. Dos escombros aparece Nikya, que vem buscar Solor para viverem seu amor
na eternidade.

O Lago dos Cisnes


É um ballet dramático em quatro atos do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovski e
com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. A sua estreia ocorreu no Teatro
Bolshoi em Moscou (Moscovo) no dia 20 de fevereiro de 1877, sendo um fracasso não
por causa da música , mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos,
assim como a coreografia e a cenografia. O balé foi encomendado pelo Teatro
Bolshoi em 1876.
No castelo realiza-se com toda a realeza o aniversário do príncipe Siegfried. A rainha
oferece ao filho como presente um Baile e pede-lhe que, no dia seguinte, escolha uma
esposa entre as convidadas da festa. Quando os convidados saem do castelo, um
grupo de cisnes brancos passa perto do castelo. Enfeitiçado pela beleza dos cisnes, o
príncipe decide caçá-las.
O lago do bosque e as suas margens pertencem ao reino do mago Rothbart, que
domina a princesa Odette e todo o seu séquito sob a forma de uma ave de rapina.
Rothbart transformou Odette e as suas companheiras em cisnes, e só à noite lhes
permite recuperarem a aparência humana. A princesa só poderá ser liberta por um
homem que a ame. Siegfried, louco de paixão pela princesa dos cisnes, jura que será
ele a quebrar o feitiço do mago.
Na corte da Rainha aparece um nobre cavalheiro e sua filha. O príncipe julga
reconhecer a filha do cavalheiro a sua amada Odette, mas, na realidade, os dois são o
mago Rothbart e sua filha, Odile. A dança com o cisne negro decide a sorte do
príncipe e da sua amada Odette: enfeitiçado por Odile, Siegfried proclama que
escolheu Odile como sua bela futura esposa, quebrando assim o juramento feito a
Odette.
Os cisnes brancos tentam em vão consolar a sua princesa, que é destroçada pela
decisão do príncipe, aceitando a sua má sorte. Nesse momento, surge o príncipe
Siegfried que explica à donzela como o mago Rothbart e a feiticeira Odile o
enganaram. Ela o perdoa e os dois renovam os votos de amor um pelo o outro. Nesse
momento, aparece o mago Rothbart e tenta matar Odette. O príncipe corta as asas de
Rothbart fazendo com que ele perca seus poderes, e tendo renovado seus votos de
amor, se casa com Odette.

A Bela Adormecida
O rei Florestan e a rainha convidaram todas as fadas para serem as madrinhas do
batizado de sua filha recém-nascida, Aurora. Enquanto as fadas oferecem seus
presentes ao bebê, um trovão anuncia a chegada da terrível fada Carabosse, que o
mestre de cerimônias esqueceu de incluir na lista de convidados. Ultrajada, Carabosse
anuncia que também dará um presente à bebê: quando Aurora completar 16 anos, ela
irá se picar com uma agulha no dedo e então mergulhará num sono eterno. Felizmente
uma das fadas madrinhas ainda não havia dado o seu presente, e então contraria
Carabosse, prometendo que Aurora não mergulhará num sono eterno, e sim, cairá
num sono que durará até que um príncipe a desperte com um beijo. Como precaução,
o rei proíbe todos os objetos aguçados no seu reino.
Aurora completou 16 anos. Quatro príncipes vieram pedir a sua mão em casamento. A
corte reúne-se nos jardins e os camponeses e crianças dançam com as grinaldas
de flores. A princesa dança com os seus pretendentes. Entra em cena uma velha que
lhe oferece um ramo de rosas. Aurora aceita o presente e encontra uma agulha entre
as rosas, um objeto que nunca havia visto. Segura na mão e, durante a dança
acidentalmente, fura-se num dedo. Parece desmaiar, mas depois recompõe-se. A
dança torna-se vertiginosa e Aurora desmaia de vez. Neste momento, a velha tira o
seu disfarce e se revela Carabosse, exultante por ter se cumprido o seu feitiço. Mas de
imediato surge a fada lilás para reafirmar também a sua promessa. Um véu cai sobre a
cena e cresce uma floresta mágica para esconder o castelo, o reino e todos os seus
arredores.
Passaram-se 100 anos. O príncipe Désiré caça na floresta mágica. Num momento em
que se afasta do seu grupo, a fada Lilás, que também é sua madrinha, mostra-lhe a
imagem da princesa. Désiré implora à fada Lilás que o leve para junto de Aurora,
assim os dois viajam num barco encantado até ao palácio. Seguindo a fada, Desiré
entra no quarto onde dorme Aurora, no meio da corte enfeitiçada. Desperta-a com um
beijo e todos acordam de volta à vida. Désiré pede a mão de Aurora em casamento e
o rei Florestan e a rainha concedem-na com alegria.
A princesa casa-se com o príncipe e vivem felizes para sempre.

O Quebra-Nozes
Foi estreado em 18 de dezembro de 1892 no Teatro Mariinski, em São Petersburgo, a
capital da Rússia imperial.
História em que a fantasia e magia, típicas do romantismo, contam as aventuras de
um quebra-nozes de aparência humana, vestido como um soldado, mas que tem
as pernas e a cabeça de tamanho desmensurado.
A protagonista Clara, gostava tanto da sua aparência que o pediu como presente
de Natal ao seu padrinho. Assim, o padrinho Herr Drosslmeyer, fabricante de relógios,
disse: "Era precisamente para ti". Logo em seguida, Clara experimenta-o e vê que ele
quebra as nozes sempre sem perder o seu sorriso e também com grande eficácia. Seu
irmão Fritz, que tinha visto o funcionamento do quebra-nozes, também quis usá-lo,
mas escolhe as nozes maiores que havia no cesto. Então, o quebra-nozes, sendo
usado grosseiramente pelo irmão dela, acaba tendo um de seus braços quebrados.
Diante das reclamações da pobre Clara, seu pai, o juiz Stahlbaun, entrega à filha o
seu quebra-nozes como propriedade exclusiva, tendo Fritz que sair para brincar com
os seus brinquedos.
Logo em seguida, Clara pega no chão o braço de quebra-nozes e o consola,
abraçando-o com a intenção de fazê-lo dormir, mas ela mesma acaba dormindo.
Clara então sonha que volta ao esconderijo onde havia colocado o seu quebra-nozes,
mas encontra o salão cheio de ratazanas enormes que o seu padrinho Drosselmeyer
criou. A casa desapareceu e no lugar onde ficavam os móveis estavam árvores
gigantescas.
Não foi só isso que mudou: o Quebra-Nozes de Clara agora é um soldado de carne e
osso e que tem às suas ordens um pelotão de soldados como ele.
Começa uma batalha entre as ratazanas e o pelotão do Quebra-Nozes. Jogando
enormes sapatos até às ratazanas, os soldados vencem a batalha, e com isso o rei
das ratazanas e seu exército fogem rapidamente.
O bosque se transforma numa linda estufa de inverno e o Quebra-Nozes transforma-
se num lindo príncipe, que leva Clara até o Reino das Neves, onde a apresenta
ao rei e à rainha. Fim do 1º Ato.
Clara e o príncipe Quebra-Nozes despedem-se e seguem para o Reino dos Doces,
onde conhecem a fada açucarada que apresenta o reino a eles. Nisso acontecem
apresentações representando várias partes do mundo: chocolate da Espanha, café da
Arábia, chá da China, bengala doce da Rússia, Mãe gigone e os palhaços, dança da
flautas e valsa das flores (algumas versões apresenta a gota de orvalho). Por último
acontece o pas de deux da fada açucarada e a dança dos flocos de neve.
Depois desse sonho tão mágico e fantástico, Clara acorda e percebe que havia
sonhado, e fica triste por isso. Assim, vai se despedir do padrinho mago.

Raymonda
É um balé em três atos, coreografado por Marius Petipa com música de Alexander
Glazunov. Teve sua estreia mundial em 19 de Janeiro de 1898, no Teatro
Mariinski em São Petersburgo, Rússia.
Palácio de Raymonda No século XIII uma jovem bela chamada Raymonda, sobrinha
da Condessa Sybil de Daurice da França, preocupa-se com os preparativos de sua
festa de aniversário. Enquanto isso, a Condessa mostra a todos a estátua da Dama
Branca, uma antepassada sua, que castiga os que se mostram infiéis às tradições da
família.
O noivo de Raymonda, o Cavaleiro Jean de Brienne, chega ao palácio para se
despedir, pois irá para uma cruzada chefiada pelo Rei Andrei II, da Hungria. Mas
promete estar presente em sua festa de aniversário.
Durante a noite, surge para Raymonda o fantasma da Dama Branca, que a conduz ao
Reino Mágico da Fantasia.
Lá encontra seu amado Jean de Brienne, com o qual dança por muito tempo,
alegremente. No entanto, repentinamente, seu noivo desaparece, dando lugar a um
estranho, um Cavaleiro Oriental, este faz uma apaixonada declaração de amor a
Raymonda.
Assustada, desfalece, acorda no outro dia com a impressão de que tudo aquilo
poderia ser uma premonição.
No castelo dos Daurice Chega o momento de sua festa de aniversário, os convidados
vão adentrando ao palácio e Raymonda imediatamente nota a presença do cavaleiro
sarraceno Abderakhman e sua enorme comitiva.
Percebendo que se trata do cavaleiro de seu sonho, Raymonda fica assustada.
Abderakhman oferece à jovem poder e riqueza,em troca da sua mão, porém ela o
repele, o que lhe enfurece e faz tomar a decisão de raptá-la. Nesse momento entram
no palácio Jean de Brienne e os outros cavaleiros que vieram da cruzada. Tendo
conhecimento da situação Jean inicia um duelo com seu rival, acabando vencedor,
podendo desta forma continuar feliz na companhia de sua amada.
Parque do castelo de Jean de Brienne Uma outra grande festa é realizada, desta vez
para celebrar o casamento de Jean e Raymonda, o rei Andrei II abençoa os noivos.
A comemoração termina com um grande baile húngaro em homenagem ao rei.

O Pássaro de Fogo
O ballet de Stravinsky centra na jornada de seu herói, o príncipe Ivan, que entra no
reino mágico de Katschei, o Imortal. Todos os objetos e criaturas mágicas de Katschei
são aí representadas por um motivo cromático descendente, geralmente nas cordas.
Enquanto passeia no jardim, Ivan vê e persegue o Pássaro de Fogo. Este, uma vez
capturado por Ivan, implora por sua vida e finalmente concorda em ajudar Ivan em
troca da liberdade, no futuro.
Em seguida, o príncipe Ivan vê treze princesas, pelas quais se apaixona. No dia
seguinte, Ivan decide enfrentar Katschei para pedir para casar com uma das
princesas; Os dois conversam e finalmente começam a brigar. Quando Katschei envia
suas criaturas mágicas ao encontro de Ivan, o Pássaro de Fogo, fiel à sua promessa,
intervém, enfeitiçando as criaturas e fazendo-as dançar a elaborada e enérgica
"Dança Infernal". As criaturas e Katschei em seguida adormecem. No entanto,
Katschei desperta e é morto pelo Pássaro de Fogo. Com Katschei morto e sua magia
quebrada, as criaturas e o palácio desaparecem, e todos os seres humanos
"verdadeiros" (incluindo as princesas) despertam e, com uma última aparição fugaz do
Pássaro de Fogo, comemoram a vitória.
O capítulo do desenho animado Fantasia 2000 baseado em peça de Stravinsky tem
uma abordagem independente, contando a história de uma duende da primavera e
seu companheiro, um alce. Depois de um longo inverno, Sprite tenta restaurar a vida
de uma floresta, mas acidentalmente desperta o espírito do Pássaro de Fogo, em um
vulcão próximo. Irritado, o Pássaro de Fogo começa a destruir a floresta e a duende.
Ela retorna à vida após a destruição, e a vida da floresta renasce com ela. O
capítulo Pássaro de Fogo dessa animação é considerado um exercício no tema de
vida-morte-renascimento das divindades. O retrato de um Pássaro de Fogo como um
violento espírito vulcânico flamejante não está relacionado com o tema original de
Stravinsky.
O trabalho de Stravinsky exerceu grande influência na música, ultrapassando os
limites da chamada música clássica ou erudita. Ao longo da sua carreira, o grupo
de rock progressivo Yes abriu quase todos os espetáculos ao vivo com excertos da
suíte do Pássaro de Fogo (é utilizada até hoje), e sua canção "Gates of Delirium", de
1974, é altamente influenciada pelas idéias musicais pioneiras de Stravinsky.

Petrushka
Petrouchka conta a história de amor de inveja de três bonecos. Os três ganham vida
graças ao Mago. Petrouchka ama a Bailarina, mas ela o rejeita. A Bailarina prefere o
Mouro. Petrouchka fica furioso e magoado e desafia o Mouro. No duelo, o Mouro
acaba matando Petrouchka, cujo fantasma se levanta sobre o teatro de bonecos
quando a noite cai. Ele desafia o Mago, que acaba o matando pela segunda vez.
Petrouchka traz música, dança e design unidos como um todo. É um dos balés mais
populares da Rússia e geralmente é encenado com a coreografia e designs originais.
[carece de fontes]
 Grace Robert escreveu em 1949: "Ainda que mais de trinta anos tenham se
passado desde sua estreia, sua posição como um dos grandes balés de todos os
tempos permanece intocada. Sua perfeita fusão de música, coreografia, decoração e
seu tema - a sempre atual tragédia do espírito humano— se unem para fazer o apelo
se tornar universal."

Daphnis et Chloé
A estréia se deu em Paris, no Théâtre du Châtelet, no dia 8 de junho de 1912,
com Nijinsky e Karsavina nos papéis principais (Daphnis e Chloé, respectivamente).
A primeira cena é passada em um bosque sagrado, dedicado ao deus Pan. Vê-se a
figura de Pan e as suas ninfas alojadas em suas cavernas. Daphnis e Chloé, juntos
com donzelas e pastores, entram em cena para fazer a oferta das oferendas às ninfas.
Uma dança geral é iniciada e os rapazes e as moças ficam separados. Daphnis é
cercado pelas moças, enquanto Chloé é cercada pelos rapazes. Um deles, o jovem
Dorcon, tenta beijar Chloé. Irado, Daphnis tenta expulsá-lo, mas é contido. Uma
disputa então é proposta: quem dentre os dois, melhor dançar fará jus a um beijo de
Chloé. O primeiro a dançar é Dorcon. Sua dança é grotesca e primitiva. Em seguida, é
a vez de Daphnis. Com movimentos e gestos graciosos, ele é o preferido da multidão.
Ele é declarado vencedor e recebe o seu prêmio: um beijo da sua amada. Chloé sai de
cena, deixando Daphnis em êxtase. Uma jovem de nome Lyceion então se aproveita
para atrair Daphnis com sua dança. De repente, sons de combate são ouvidos. Um
bando de piratas entra em cena, perseguindo as donzelas. Chloé é raptada e Daphnis
sem poder fazer alguma coisa cai, sem sentidos. As ninfas de Pan surgem e tentam
reanimá-lo, sem sucesso. Então, recorrem ao deus Pan.
Surge outro cenário, retratando o esconderijo dos piratas.
Chloé é levada a presença do chefe dos piratas, Bryaxis. Ela é forçada a dançar para
ele. Sem ter como fugir, ela se prepara para iniciar a dança, quando o cenário se
enche de luzes misteriosas. Sátiros surgem de todas as partes e cercam os piratas.
Surge, então, a figura assustadora do deus Pan, fazendo com que os piratas fujam de
pavor. Retorna-se ao primeiro cenário. Daphnis e Chloé estão juntos novamente. Em
comemoração ao momento vivido, eles encenam uma mímica em que são evocados
Pan e Syrinx. Em seguida, todos juntos executam uma grande dança em
comemoração às núpcias, encerrando a peça.

Le Sacre du printemps
O ballet foi produzido por Sergei Diaghilev para a sua companhia de Ballets Russes,
tendo estreado no Teatro dos Campos Elísios de Paris, em 29 de maio de 1913.
Surgiu a imagem de um ritual sagrado pagão: os sábios anciãos estão sentados em
um círculo e estamos observando a dança antes da morte da menina a quem eles
estão oferecendo como um sacrifício ao deus da Primavera, a fim de ganhar a sua
benevolência. Isto tornou-se o tema de A Sagração da Primavera.
Enquanto compunha O Pássaro de Fogo, Stravinsky começou a formar as ideias para
a peça, contando com a ajuda de Roerich. Apesar de ter sido desviado por um ano
enquanto ele trabalhava em Petrushka (que tinha a intenção de ser uma
luz burlesca como um alívio do trabalho orquestral intenso já em andamento), A
Sagração da Primavera foi composta entre 1912 e 1913 pelo Ballets Russes de Sergei
Diaghilev.
Diaghilev confiou a coreografia do balé a Vaslav Nijinsky, bailarino da companhia
masculina. Nijinsky concebeu um estilo de dança completamente original para o balé,
que enfatizava movimentos staccato de terra com os pés voltados para dentro. Foi
uma mudança radical do ballet como era conhecido na época. Nijinsky experimentou
problemas consideráveis em transmitir suas ideias para seus colaboradores e em
ensinar os passos para os dançarinos. Stravinsky escreveria mais tarde em sua
autobiografia sobre o processo de trabalho com Nijinsky na coreografia, afirmando que
"o pobre rapaz não sabia nada de música" e que Nijinsky "tinha sido confrontado com
uma tarefa além de sua capacidade." Enquanto que Stravinsky elogiava o incrível
talento de Nijinsky na dança, ele estava frustrado por trabalhar com ele na coreografia.

Cinderela
A estréia de Cinderela foi conduzida por Yuri Fayer em 21 de novembro de 1945,
no Teatro Bolshoi, com coreografia de Rostislav Zakharov  e Galina Ulanova no papel-
título.
O Baile da Primavera está a todo vapor, com convidados chegando de todo o reino e
além para dançar e prestar homenagem ao Príncipe. As duas meio-irmãs tentam
ganhar o favor da corte real exibindo suas habilidades de dança, mas têm resultados
menos do que bem-sucedidos, para desespero de sua mãe. O Príncipe então se junta
às comemorações, mas achando eventos de estado como o Baile da Primavera
enfadonhos e relutando em se casar sem amor, ele recusa qualquer oferta para um
baile, particularmente no caso das irritantes meio-irmãs.
Neste ponto, Cinderela chega ao palácio, transformada irreconhecível em uma
princesa lindamente vestida. O Príncipe, junto com todos os outros, fica encantado
com sua beleza e charme e, pela primeira vez, ele pede uma dança. Conforme a noite
passa, os dois se tornam inseparáveis; Cinderela rapidamente se torna amada por
toda a corte por sua graciosidade e charme, enquanto o Príncipe está
excepcionalmente entusiasmado e alegre em sua companhia. Quando são servidos
refrescos, ele dá a ela a honra de levar uma das três laranjas, uma iguaria importada
de uma terra longínqua para o reino. Cinderela oferece as outras duas laranjas para
suas duas meias-irmãs, que ficam tão lisonjeadas com a atenção que não reconhecem
a bela estranha como sua meia-irmã Cinderela. O Príncipe leva Cinderela aos jardins
reais para um passeio noturno.
Quando eles voltam ao salão para a próxima valsa, Cinderela se esquece
completamente do momento de sua felicidade. No entanto, na primeira badalada da
meia-noite, os doze anões saltam do grande relógio do palácio e lembram a Cinderela
do aviso de sua fada madrinha. Com medo de ser desmascarada como uma serva
humilde em farrapos, ela foge do salão de baile para o espanto dos outros
convidados. Embora o Príncipe a persiga, ela desaparece na noite momentos antes do
feitiço quebrar, perdendo um de seus chinelos de cristal em sua pressa e pânico. O
príncipe fica com o coração partido com a ideia de perder seu amor logo após
descobri-la, mas ao encontrar o chinelo perdido, ele jura não descansar até que ele se
reúna novamente com ela.
Após sua chegada na casa de Cinderela e de suas meia-irmãs, ele experimenta o
chinelo nas duas meias-irmãs, sem sucesso. A madrasta, porém, exige uma chance e
tenta forçar o pé no sapato, mandando Cinderela ajudá-la. Quando ela se abaixa para
ajudar, o sapato restante cai de seu bolso e o Príncipe finalmente reconhece Cinderela
por quem ela é. Enquanto Cinderela experimenta com sucesso os dois chinelos de
cristal, sua família adotiva implora por seu perdão, que ela felizmente concede a
eles. Felizes por terem se redescoberto, Cinderela e o Príncipe são transportados para
um jardim secreto pela fada madrinha, onde confessam seu amor um pelo outro e são
felizes no casamento.

Romeu e Julieta
O mercado de Verona. Romeu só consegue pensar em Julieta e, vendo um cortejo de
casamento passar, ele sonha no dia em que vai desposá-la. Enquanto isso, a ama de
Julieta se espreme no meio da multidão para entregar uma carta para Romeu. Ele lê e
recebe o "sim" de Julieta para o casamento.
A capela. Os amantes se casam secretamente com Frei Lourenço, que espera que
assim se acabe a intriga entre os Motéquio e os Capuleto.
O mercado de Verona. Interrompendo a farra, Teobaldo luta com Mercúrio e o mata.
Romeu vinga-se da morte de seu amigo e é exilado.
O quarto. Na aurora de um novo dia, a agitação na casa dos Capuleto é muita, e
Romeu deve ir embora. Ele abraça Julieta e parte no momento em que os pais de
Julieta aparecem com Paris. Julieta recusa-se a casar com ele, e, magoado com sua
recusa, ele a deixa. Os pais de Julieta se aborrecem e ameaçam deserdar a filha.
Julieta vai ao encontro de Frei Lourenço.
A capela. Julieta cai nos pés do frei e implora por sua ajuda. Ele lhe dá um frasco com
uma poção que a fará dormir, de maneira que todos pensem que é morta. Seus pais,
acreditando estar ela realmente moribunda, irão enterrá-la no mausoléu da família.
Enquanto isso Romeu, avisado pelo Frei Lourenço, irá voltar à noite para buscá-la e
juntos fugirem de Verona.
O quarto. Esta noite, Julieta aceita que Paris a despose, mas na manhã seguinte,
quando seus pais chegam com Paris, percebem que ela está morta.
O mausoléu dos Capuleto. Romeu, não avisado pela mensagem do Frei, volta à
Verona atordoado com a notícia da morte de sua amada. Disfarçado como um monge,
ele entra no mausoléu e, vendo Paris sobre o corpo de Julieta, o mata. Acreditando
que ela está morta, Romeu se envenena. Julieta acorda, e vendo seu Romeu sem
vida, se suicida também com um punhal, pois não pode viver sem seu grande amor.

Dom Quixote
Apresentado pela primeira vez pelo Ballet do Imperial Bolshoi Theatre de Moscou,
Rússia em 26 de dezembro [14 de dezembro] 1869. Petipa e Minkus revisaram o balé
em uma forma muito mais expandida e edição elaborada em cinco atos e onze cenas
para o Ballet Imperial, apresentada pela primeira vez em 21 de novembro [9 de
novembro] 1871 no Imperial Bolshoi Kamenny Theatre de São Petersburgo.
Kitri, filha de um estalajadeiro, sai furtivamente de sua casa para encontrar seu
amado, o barbeiro Basílio. Seu pai, Lorenzo, vê os amantes e manda Basilio embora,
levando Kitri às lágrimas. Agora vem o rico nobre Gamache, que, igualmente
apaixonado por Kitri, vai até Lorenzo e pede a mão de sua filha. O estalajadeiro aceita
com prazer, mas Kitri, horrorizada com a ideia de se casar com o nobre vaidoso, foge.
Os camponeses se reúnem na praça e a dança recomeça. Kitri volta e, notando-a,
Dom Quixote a aclama como sua Dulcinéia, que os magos do mal reduziram à forma
humana. Tendo ciúmes de sua afeição por Basílio, Dom Quixote tenta cortejá-la
fazendo uma parceria com ela em um minueto. Lorenzo repreende Kitri por continuar
com Basilio. Kitri e Basilio então fogem, e Lorenzo e Gamache os seguem. Dom
Quixote manda Sancho trazer Rocinante, para que também saia em perseguição.
Kitri, disfarçado de menino, é vista caminhando com Arlequim de uma trupe de atores
viajantes. Eles acham que ela é uma menina e pedem que ela fique com eles.
As fadas aparecem rodeadas de gnomos e Dom Quixote se vê vestido com uma
armadura brilhante. Em seguida, vem uma sucessão de monstros temíveis, o último
sendo uma aranha gigantesca, que tece uma teia. O cavaleiro ataca a aranha, que ele
corta ao meio com sua espada. Nesse mesmo momento, a teia de aranha desaparece
para revelar um belo jardim, cheio de dríades e belas mulheres, presidido pela Rainha
das Dríades e Amor. Entre eles está Dulcinéia e Dom Quixote se ajoelha diante de sua
amada. Nesse momento tudo desaparece.
De volta à praça, Kitri e Basilio se juntam aos que dançam. No auge da alegria
chegam Lorenzo e Gamache, seguidos por Dom Quixote e Sancho. Ao ver sua filha,
Lorenzo decide dar sua bênção à união dela com o nobre Gamache. Basilio fica
irritado e, repreendendo Kitri por sua infidelidade, puxa uma espada e se
apunhala. Enquanto ele está morrendo, ele implora a Lorenzo para uni-lo a Kitri, mas
Lorenzo e Gamache se recusam. Dom Quixote se aproxima de Gamache e o desafia
para um duelo por ter recusado o desejo de um moribundo. Gamache se recusa a lutar
e os foliões o expulsam da pousada. Com pena, Lorenzo concorda em unir Basilio e
Kitri. Nesse momento, Basílio puxa a espada e diz a todos que é uma piada.
Uma magnífica festa é realizada em homenagem a Dom Quixote. De repente, o
Cavaleiro da Lua Prateada o desafia para um duelo, que resulta na derrota do
último. O cavaleiro vitorioso prova ser ninguém menos que o solteirão Sanson
Carrasco, que obriga Dom Quixote a jurar que não desembainhará sua espada por um
ano inteiro. O triste cavaleiro, fiel ao seu voto, pega seu equipamento de guerra e,
seguido por Sancho, parte para casa.

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