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Nome -------------------------------------------------------------------------------6º ano

NESTE SEMESTRE ESTUDAREMOS

NARRATIVA NOS SEUS DIVERSOS


GÊNEROS.

LÍNGUA E LINGUAGEM - TIPO TEXTUAL NARRATIVO.

VAMOS LÁ !

O QUE É TEXTO ?

Texto é uma unidade de sentido produzida por um


autor e interpretada por um leitor. Partindo dessa definição, é possível
dizer que texto é tudo aquilo a que atribuímos um sentido ao ler e
escrever. Resumidamente, é possível dizer que existem três tipos de
textos:
 Verbais: valem-se de palavras;
 Não - verbais: não se valem de nenhuma palavra, apenas de
imagens;
 Mistos: valem-se de imagens e palavras.

ESTUDANDO - GÊNERO NARRATIVO.

Os textos narrativos apresentam narrador, enredo, personagens, espaço e


tempos, conflito, clímax, resolução do conflito e conclusão dos fatos.
A narração é um dos gêneros literários mais fecundos, portanto, há atualmente
diversos tipos de textos narrativos que comumente são produzidos e lidos por pessoas
de todo o mundo.
Entre os tipos de textos mais conhecidos, estão o Romance, a Novela, o Conto,
a Crônica, a Fábula, a Parábola, o Apólogo, a Lenda, entre outros.
O principal objetivo do texto narrativo é contar algum fato. E o segundo principal
objetivo é que esse fato sirva como informação, aprendizado ou entretenimento.

OS GÊNEROS APRESENTADOS A VOCÊ


NESTE SEMESTRE.
 CONTO
 FÁBULAS
 LENDAS
 HISTÓRIAS EM QUADRINHOS.
ESTRUTURA NARRATIVA .

Contar histórias faz parte da cultura e da natureza humana.

O texto do gênero narrativo conta uma história, o enredo, e apresenta os seguintes


elementos:

 Narrador
É a voz narrativa, isto é, aquele ou aquela que conta a história. Portanto, não devemos
confundir essa voz com a voz do autor, pois ela se configura, também, em
uma estratégia ficcional.

 Narrador-personagem
Narrador em 1a pessoa. Assim, o próprio personagem conta a história, o que dá aos
leitores uma visão parcial dos fatos.

EXEMPLO: A partida

Acordei pela madrugada. A princípio com tranquilidade, e logo com obstinação,


quis novamente dormir. Inútil, o sono esgotara-se. Com precaução, acendi um fósforo:
passava das três. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria às
cinco. Veio-me então o desejo de não passar mais nem uma hora naquela casa. Partir,
sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e de amor. 
Com receio de fazer barulho, dirigi-me à cozinha, lavei o rosto, os dentes,
penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me. Calcei os sapatos, sentei-me um
instante à beira da cama. Minha avó continuava dormindo. Deveria fugir ou falar com
ela? Ora, algumas palavras... Que me custava acordá-la, dizer-lhe adeus? (LINS, O. A
partida. Melhores contos.  Seleção e prefácio de Sandra Nitrini. São Paulo: Global, 2003)

 Narrador observador
Narrador em 3a pessoa, que não tem conhecimento total das personagens, portanto,
restringe-se a narrar as ações do outro.

EXEMPLO : O cavalo e o burro

Cavalo e burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo, contente da vida,


folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! 
Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é
repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada um.
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem
continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu: LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Narrador onisciente ou onipresente ele também não participa da história, mas


sabe de tudo e de todos os acontecimentos e sobre as ações das personagens. O
foco narrativo é de terceira pessoa. Ele não apenas nos conta o que as personagens
fazem e falam, ele também nos revela o que elas sentem e pensam.

EXEMPLO:
Mas já são muitas ideias, — são ideias demais; em todo caso são ideias de cachorro, poeira de
ideias, — menos ainda que poeira, explicará o leitor. Mas a verdade é que este olho que se
abre de quando em quando para fixar o espaço, tão expressivamente, parece traduzir alguma
coisa, que brilha lá dentro, lá muito ao fundo de outra coisa que não sei como diga, para
exprimir uma parte canina, que não é a cauda nem as orelhas. Pobre língua humana?
Afinal adormece. Então as imagens da vida brincam nele, em sonho, vagas, recentes,
farrapo daqui remendo dali. Quando acorda, esqueceu o mal; tem em si uma expressão, que
não digo seja melancolia, para não agravar o leitor. Diz-se de uma paisagem que é
melancólica, mas não se diz igual coisa de um cão. A razão não pode ser outro senão que a
melancolia da paisagem está em nós mesmos, enquanto que atribuí-la ao cão é deixá-la fora
de nós. Seja o que for, é alguma coisa que não a alegria de há pouco; mas venha um assobio
do cozinheiro, ou um gesto do senhor, e lá vai tudo embora, os olhos brilham, o prazer
carregava-lhe o focinho, e as pernas voam que parecem asas"

 Personagem

As personagens são os participantes da história, quem age ou quem é afetado pelo


enredo.

Tempo divide se em:

 Tempo cronológico
Semelhante ao tempo do relógio, ou seja, regular, indicador dos segundos, minutos,
horas, dias, semanas, meses e anos, enfim, o chamado tempo físico.

EXEMPLO:
“Havia já anos que o químico vivia em Tubiacanga, quando, uma bela manhã, Bastos
o viu entrar pela botica adentro. O prazer do farmacêutico foi imenso. O sábio não se
dignara até aí visitar fosse quem fosse e, [...].”

 Tempo psicológico
Não está relacionado ao espaço, mas ao interior da personagem, é o tempo do fluxo
de consciência, ocorrido na mente da personagem, portanto, é relativo, possibilitando
a indefinição das fronteiras entre presente, passado e futuro.

EXEMPLO:
“Oh, meu amor desconhecido, lembra-te de que eu estava ali presa na mina
desabada, e que a essa altura o quarto já se tornara de um familiar inexprimível,
igual ao familiar verídico do sonho. E, como do sonho, o que não te posso reproduzir
é a cor essencial de sua atmosfera. Como no sonho, a ‘lógica’ era outra, era uma que
não faz sentido quando se acorda, pois a verdade maior do sonho se perde.
Mas lembra-te que isso tudo acontecia eu acordada e imobilizada pela luz do dia, e a
verdade um sonho estava se passando sem a anestesia da noite. Dorme comigo
acordado e só assim poderás saber de meu sono grande e saberás o que é o deserto
vivo.
De súbito, ali sentada, um cansaço todo endurecido e sem nenhuma lassidão me
tomara. Um pouco mais e ele me petrificaria.”

 Espaço
É o lugar onde acontece a trama O espaço na narrativa é o lugar físico onde as
personagens circulam, onde as ações se realizam.

EXEMPLO

“Estava Alice no jardim a ouvir uma história que a sua irmã mais velha lhe
contava quando, de repente, viu passar um coelho branco muito bem vestido e
de luvas brancas!
Alice correu logo atrás dele mas rapidamente o coelho desapareceu pelo chão.
Alice seguiu-o apressadamente e descobriu um buraco fundo junto a uma
árvore onde o coelho desaparecera.”
Tipos de discurso narrativo

 Discurso direto
É a fala da personagem (ou das personagens).

EXEMPLO “— O doutor Sicrano já escreveu alguma coisa?


— Por que perguntas?
— Não dizem que ele vai ser eleito para a Academia de Letras?
— Não é preciso escrever coisa alguma, meu caro; entretanto, quando esteve na
Europa, enviou lindas cartas aos amigos e...
— Quem as leu?
— Os amigos, certamente; e, demais, é um médico de grande clínica. Não é
bastante?”

 Discurso indireto
O narrador ou narradora fala pela personagem.
EXEMPLO:
“Quando fizeram silêncio, foi o soldado negro que se aproximou, dizendo se chamar
Nestor e que, se Luandi quisesse, ele estaria empregado. Era para varrer, limpar,
cuidar do asseio da delegacia. E como ele não sabia ler nem assinar, não poderia ser
soldado.”

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

De acordo com que foi estudado responda:


1 - Escreva quais são os elementos da narrativa.

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2 - O que é o enredo da narrativa?

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3 - Explique o que você entendeu por narrativa.

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4 - Fale sobre os tipos de narradores.


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5 - Considere o texto abaixo:

“Era uma vez um patinho pequenino, bonito, inteligente e amarelinho, que gostava
de brincar, correr, cantar, saltar e nadar.
Mas não gostava de tomar banho.
A sua mamã, preocupada, inventou-lhe uma canção.
Pegando na esponja e no sabão, cantava na banheira:
“P’ra água, patinho, vamo-nos lavar e com o sabãozinho vamo-nos esfregar.”
O patinho ouviu a canção e escondeu-se debaixo da cama, mas a mamã continuava a cantá-
la.
O patinho, curioso, quis ver o que fazia a mamã no banho e…
- QUAC!- gritou o patinho.”
a) O tipo de narrador do trecho do texto e:
a) ( ) Narrador - personagem b) ( ) Narrador - observador c) ( ) Narrador onisciente

6 - ESCREVA UM TEXTO NARRATIVO EM 1º PESSOA. ( MEU MELHOR AMIGO )


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