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VAMOS LÁ !
O QUE É TEXTO ?
Narrador
É a voz narrativa, isto é, aquele ou aquela que conta a história. Portanto, não devemos
confundir essa voz com a voz do autor, pois ela se configura, também, em
uma estratégia ficcional.
Narrador-personagem
Narrador em 1a pessoa. Assim, o próprio personagem conta a história, o que dá aos
leitores uma visão parcial dos fatos.
EXEMPLO: A partida
Narrador observador
Narrador em 3a pessoa, que não tem conhecimento total das personagens, portanto,
restringe-se a narrar as ações do outro.
EXEMPLO:
Mas já são muitas ideias, — são ideias demais; em todo caso são ideias de cachorro, poeira de
ideias, — menos ainda que poeira, explicará o leitor. Mas a verdade é que este olho que se
abre de quando em quando para fixar o espaço, tão expressivamente, parece traduzir alguma
coisa, que brilha lá dentro, lá muito ao fundo de outra coisa que não sei como diga, para
exprimir uma parte canina, que não é a cauda nem as orelhas. Pobre língua humana?
Afinal adormece. Então as imagens da vida brincam nele, em sonho, vagas, recentes,
farrapo daqui remendo dali. Quando acorda, esqueceu o mal; tem em si uma expressão, que
não digo seja melancolia, para não agravar o leitor. Diz-se de uma paisagem que é
melancólica, mas não se diz igual coisa de um cão. A razão não pode ser outro senão que a
melancolia da paisagem está em nós mesmos, enquanto que atribuí-la ao cão é deixá-la fora
de nós. Seja o que for, é alguma coisa que não a alegria de há pouco; mas venha um assobio
do cozinheiro, ou um gesto do senhor, e lá vai tudo embora, os olhos brilham, o prazer
carregava-lhe o focinho, e as pernas voam que parecem asas"
.
Personagem
Tempo cronológico
Semelhante ao tempo do relógio, ou seja, regular, indicador dos segundos, minutos,
horas, dias, semanas, meses e anos, enfim, o chamado tempo físico.
EXEMPLO:
“Havia já anos que o químico vivia em Tubiacanga, quando, uma bela manhã, Bastos
o viu entrar pela botica adentro. O prazer do farmacêutico foi imenso. O sábio não se
dignara até aí visitar fosse quem fosse e, [...].”
Tempo psicológico
Não está relacionado ao espaço, mas ao interior da personagem, é o tempo do fluxo
de consciência, ocorrido na mente da personagem, portanto, é relativo, possibilitando
a indefinição das fronteiras entre presente, passado e futuro.
EXEMPLO:
“Oh, meu amor desconhecido, lembra-te de que eu estava ali presa na mina
desabada, e que a essa altura o quarto já se tornara de um familiar inexprimível,
igual ao familiar verídico do sonho. E, como do sonho, o que não te posso reproduzir
é a cor essencial de sua atmosfera. Como no sonho, a ‘lógica’ era outra, era uma que
não faz sentido quando se acorda, pois a verdade maior do sonho se perde.
Mas lembra-te que isso tudo acontecia eu acordada e imobilizada pela luz do dia, e a
verdade um sonho estava se passando sem a anestesia da noite. Dorme comigo
acordado e só assim poderás saber de meu sono grande e saberás o que é o deserto
vivo.
De súbito, ali sentada, um cansaço todo endurecido e sem nenhuma lassidão me
tomara. Um pouco mais e ele me petrificaria.”
Espaço
É o lugar onde acontece a trama O espaço na narrativa é o lugar físico onde as
personagens circulam, onde as ações se realizam.
EXEMPLO
“Estava Alice no jardim a ouvir uma história que a sua irmã mais velha lhe
contava quando, de repente, viu passar um coelho branco muito bem vestido e
de luvas brancas!
Alice correu logo atrás dele mas rapidamente o coelho desapareceu pelo chão.
Alice seguiu-o apressadamente e descobriu um buraco fundo junto a uma
árvore onde o coelho desaparecera.”
Tipos de discurso narrativo
Discurso direto
É a fala da personagem (ou das personagens).
Discurso indireto
O narrador ou narradora fala pela personagem.
EXEMPLO:
“Quando fizeram silêncio, foi o soldado negro que se aproximou, dizendo se chamar
Nestor e que, se Luandi quisesse, ele estaria empregado. Era para varrer, limpar,
cuidar do asseio da delegacia. E como ele não sabia ler nem assinar, não poderia ser
soldado.”
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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2 - O que é o enredo da narrativa?
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“Era uma vez um patinho pequenino, bonito, inteligente e amarelinho, que gostava
de brincar, correr, cantar, saltar e nadar.
Mas não gostava de tomar banho.
A sua mamã, preocupada, inventou-lhe uma canção.
Pegando na esponja e no sabão, cantava na banheira:
“P’ra água, patinho, vamo-nos lavar e com o sabãozinho vamo-nos esfregar.”
O patinho ouviu a canção e escondeu-se debaixo da cama, mas a mamã continuava a cantá-
la.
O patinho, curioso, quis ver o que fazia a mamã no banho e…
- QUAC!- gritou o patinho.”
a) O tipo de narrador do trecho do texto e:
a) ( ) Narrador - personagem b) ( ) Narrador - observador c) ( ) Narrador onisciente