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Habilidades e competências do
advogado do futuro
Atualizado: 31 de Mar de 2020
Porém, pensando no assunto, engana-se quem imagina que para se encaixar nesse novo
perfil seja necessário, somente, saber utilizar um computador e / ou celular. Embora
este seja sim um fator chave, as competências exigidas pelo mercado são muito mais
dedicadas à sociedade do que às ferramentas, sendo de extrema importância que os
novos advogados consigam se comunicar com todos os públicos e expressar seus
pensamentos de forma correta.
Com tudo isso em mente, seguem abaixo cinco das habilidades e competências que
qualquer advogado deverá possuir na próxima década para, assim, se manter atualizado
e prestativo em sua função.
1. Conhecimento Tecnológico
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07/08/2021 Habilidades e competências do advogado do futuro
Como dito acima, embora não seja a principal habilidade esperada, o conhecimento
tecnológico se tornou uma obrigatoriedade nos últimos anos, tornando os profissionais
que não o tem quase obsoletos. A situação é justificável, especialmente quando se
entende que até os órgãos jurídicos já utilizam da tecnologia, sendo necessário um
conhecimento básico para, pelo menos, se conseguir continuar a exercer a função de
advogado.
Além desses fatores, há ainda um — tão importante quanto — que deve ser considerado
o contexto dos processos da atualidade. Em uma sociedade com tantos ciberataques e
crimes online, o mínimo que se espera de um advogado é que ele consiga entender o
acontecido e, assim, possa tomar as decisões de acordo com a lei. Independente de sua
profissão, para se viver nos dias de hoje é preciso ter conhecimento tecnológico.
2. Análise de Dados
De nada adianta possuir todo o conhecimento do mundo se não souber aplica-lo em seu
cotidiano, e é nesse ponto que entra a análise de dados. Como se sabe, o grande ouro
dessa era é a informação, que existe aos montes e ao acesso de todos, sendo necessário
apenas procurar para acha-la. Logo, um advogado que não saiba onde encontrar dados
já se mostra bastante atrás de seus concorrentes.
Mesmo que se saiba encontrar as informações, ainda é preciso extrair delas o máximo
possível e, em seguida, transforma-las em ações. Sendo assim, qualquer profissional do
ramo jurídico deverá, sem dúvidas, ser capaz de analisar conjuntos de dados e defini
caminhos a partir deles, sendo essa apenas mais uma das utilizações do conhecimento
tecnológico citado acima.
Além disso, esse é um fator importante para diferenciar o trabalho do ser humano do das
máquinas, visto que diversos sistemas foram criados para se encontrar tais informações
sendo necessário então alguém para decifra-las e transforma-las em algo útil. Sendo
assim, empresas buscam profissionais que saibam não somente lidar, mas também
melhorar dados para que se tornem, rapidamente, em informações.
3. Inteligência Emocional
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07/08/2021 Habilidades e competências do advogado do futuro
Uma das habilidades mais está em destaque nos últimos anos, a inteligência emociona
se resume em, basicamente, ter a capacidade de reconhecer seus próprios sentimentos
assim como o dos outros, a fim de lidar com eles da maneira mais sensata possível
evitando conflitos internos e externos. Com essa técnica também se torna mais fáci
tomar decisões, algo de muita importância no ramo jurídico.
Com essa competência, se faz possível balancear o lado emocional e o lado racional do
cérebro, potencializando os pensamentos positivos e neutralizando os negativos, o que
faz com haja menos comportamentos destrutivos. Sem estes, qualquer tomada de
decisão se tornará mais fácil, certeira e, principalmente, consciente, de maneira que será
possível verificar benefícios tanto na vida profissional quanto na pessoal.
Em uma área com tanto embate e discussões como é a do Direito, esta é uma habilidade
que já deveria ter sido implantada, mas que apenas agora começa a aparecer com força
Assim, se espera dos advogados da próxima década que consigam distinguir melhor em
quais situações devem se comportar de determinada maneira, sempre pensando no
benefício do cliente e na correta aplicação da lei.
4. Comunicação
Um dos grandes empecilhos na comunicação entre advogado e cliente está, justamente
na forma como os profissionais passam a mensagem, sempre se utilizando de uma
linguagem mais rebuscada e que, na maioria das vezes, não faz sentido nenhum a quem
ouve. Dessa forma, uma das competências que deverá ser encarada pelos advogados
da próxima década será, sem dúvidas, a de se comunicar melhor com quem o contrata.
Além de atrapalhar o processo como um todo — visto que essa falha no diálogo acaba
por tornar toda a discussão mais demorada — esse é um fator que também pode causa
diversos problemas, já que o ouvinte pode concordar, ainda que sem entender, de
maneira clara, tudo o que o advogado está falando. Esse é um risco muito grande a se
correr, além de ser facilmente solucionável.
Como qualquer outra profissão que lide com pessoas, os profissionais do Direito devem
entender que seu trabalho só será bem feito se trouxer benefícios ao cliente, algo que
fica cada vez mais difícil com essa falha na comunicação. Além disso, esse é um fato
que acaba por afastar o advogado de sua principal fonte de dados e informações, o que
pode influir diretamente na forma como o processo é levado.
5. Colaboração
Novamente chegamos a uma habilidade que se aplica a diversas profissões e, assim
será muito cobrada nos próximos anos, principalmente por seus efeitos dentro do
ambiente de trabalho. Já se foi o tempo em que cada um trabalhava em seus projetos
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07/08/2021 Habilidades e competências do advogado do futuro
Ainda assim, toda essa mudança de perspectiva não se dá somente por valores, mas
também por uma melhora considerável no clima organizacional, já que as pessoas se
sentem menos pressionadas, aprendem mais umas com as outras e podem demonstra
suas habilidades em vários projetos ao mesmo tempo. Dessa forma, entende-se que
essa é uma daquelas situações em que ambos os lados se beneficiam.
Exemplos de empresas com essa característica são muitos, mas para encontrar um fáci
é só olhar para as startups de tecnologia, que praticamente massificaram esse tipo de
comportamento. Não somente elas encorajam as pessoas a colaborarem, mas também
se mostram contrárias ao trabalho solo, inclusive tornando todos os projetos da
companhia públicos aos funcionários, os possibilitando a ajudar a qualquer momento.
Talvez hoje seja difícil visualizar essa situação, porém ela será constante nos próximos
anos. Além disso, tais habilidades e competências serão, com certeza, diferenciais
competitivos em qualquer processo seletivo que se entre, visto que hoje as empresas
buscam não apenas os melhores, mas sim aqueles que consigam também conviver com
os outros de forma harmônica e saudável.
Como você pôde perceber, todos os profissionais da área jurídica — desde advogados a
desembargadores e juízes — precisam estar constantemente atualizados para exerce
suas profissões da melhor forma possível. Pensando nisso, pela terceira vez ocorrerá o
CMD, a Conferência Magna de Direito, que discutirá nesta edição “O futuro do Direito na
década 20-30”.
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