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AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS

William Fonseca de Carvalho1


Custódio Genésio da Costa Filho2

RESUMO

Vive-se em um mundo onde o constante avanço tecnológico é frequentemente


citado como o principal agente que impulsiona o consumismo da população e de
orgãos ou entidade que adquirem este ou aquele bem sem que haja uma
necessidade clara para que esta compra aconteça. De uma forma geral, dentro do
contexto empresarial isso ocorre mais raramente embora tem-se em mente que não
deveria ocorrer, tendo em vista que a situação normalmente é monitorada e
acompanhada por várias pessoas que são treinadas para analisar cada caso de
forma mais criteriosa e objetiva, o que evitar decisões unilaterais e favorecem um
consenso mais comum sobre o empreendimento. O presente estudo busca
demonstrar de forma simples e esclarecedora que todos os aspectos ligados a
aquisição de equipamentos hospitalares para um entidade precisam se observados
em sua multiplas facetas, analisando tanto pelo angulo daqueles que realizam o
pedido de compra quanto pelos gestores da entidade que observaram também os
aspectos financeiros ligados a aquisição, bem como o custo benefício envolvendo a
mesma. Lembrando que os custos inerentes a certos equipamentos vão muito além
do valor pago pelo mesmo, envolvendo questões ligadas a infraestrutura para o seu
funcionamento, condições eletricas e hidráulicas, não menos importante a mão de
obra para a operação da mesma que pode precisar ser treinada para tal.

Palavras-chave: Equipamento médico. Tecnologia médico-hospitalar. Protocolo de


investimento hospitalar.

1
Autor: Estudante do 9º Período de Administração de Empresas – Universidade Federal de Viçosa –
Campus Florestal.
2
Orientador: Dr. Em Administração pela UFLA – MS. Em administração pela FEAD BH-MG
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1 INTRODUÇÃO

O tramite para aquisição de equipamentos médicos para uma clínica ou grupo


hospitalar é iniciado a partir da detecção da necessidade dos mesmos pelos
profissionais de saúde que ali trabalham, a partir desta percepção os mesmos
requisitam a aquisição ao setor encarregado ou diretamente a administração da
entidade. Em alguns casos a solicitação pode ser feita em carater de reposição, em
outros de atualização do equipamento ou ainda como primeira aquisição quando a
organização ainda não dispõe de nenhum similar em suas instalações.
É evidente que em um mercado dinâmico como o contemporâneo e em uma
época onde o avanço tecnológico trás inovações quase que diárias em todos os
setores é de extrema importancia que os gestores de uma organização sempre
analisem criteriosamente a necessidade e as questões ligadas ao custo benefício
para aquisição de qualquer novo equipamento, principalmente quando os valores
envolvidos na negociação são elevados, neste contexto quanto mais bem elaborado
for o pedido da compra, tornando mais clara a real necessidade do item mais
chances de uma aprovação da mesma poderá ser alcançada.

2 A AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SEU PROCESSO

Em cada organização existem critérios diferentes para aquisição de bens que


serão agregados ao patrimônio da mesma, no caso de entidades que trabalham com
a saúde é muito comum que não se disponham de todos os mais novos recursos
tecnologicos em uma mesma organização, afinal os custos inerentes a essa ideia se
tornam extremamente elevedos pois além de se adquirir esse ou aquele novo
equipamento é preciso muitas vezes se preparar toda uma infraestrutura para
recebe-los, tanto por questões arquitetônicas quanto eletricas ou hidráulicas
dependo das necessidades específicas do mesmo. Outro detalhe ainda a ser
observado é o treinamento do pessoal que ira utilizar-se deste equipamento que
muitas vezes pode exigir inclusive elementos que já tenham conhecimentos prévios
de outros cursos ou treinamentos (HERMINI; FERNANDES, 2013).
Desta forma organizou-se um fluxograma, figura 1, para tentar exemplificar as
etapas inerentes a aquisição desde o momento da percepção da necessidade até a
efetiva condição de uso do mesmo já instalado na entidade.
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Figura 1: Fluxograma do processo de aquisição de equipamentos

Fonte: Hermini e Fernandes (2013) adaptado

2.1 A SOLICITAÇÃO DE AQUISIÇÃO/SUBSTITUIÇÃO

Normalmente ocorre que dentro de clinicas, hospitais ou entidades públicas


ou privadas dedicas a atividades ligadas a saúde humana, sempre existirão
necessidades adicionais a serem atendidas pela administração, a quantidade de
situações que eventualmente podem exigir recursos adicionais para um tratamento
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são impossiveis de serem previstas, pois no trato com o elemento humano as


condições do paciente em atendimento podem ser completamente adversar
daquelas que a entidade esta preparada para cuidar (MALAGÓN-LONDOÑO;
LAVERDE; LONDOÑO, 2018).
Desta forma nenhuma instituição esta preparada para atender a todos os
casos e em muitas situações é necessário se remover o paciente para outro local,
para que o mesmo seja submetido a algum tipo mais específico de exame. Outra
questão importante a ser abordada é que até mesmo a aquisição de equipamentos
de alto valor para o serem usados esporadicamente e ainda se ter os profissionais
específicos e treinados para utilizar o mesmo é contraproducente e de forma
alguma justifica o investimento (QUEIROZ et al., 2013).
Para Lopes (2018), é de extrema importancia que todos os profissionais
envolvidos na requisição do item ou que percebam que irão ter necessidade em usar
seus recurso anexem seu ponto de vista e justifiquem de forma clara e sucinta o que
e porque reinvindicam tal necessidade, agregando assim sua valiosa opinião ao
pedido que sera analisado.

2.2 DEFINIÇÃO DAS NECESSIDADES CLÍNICAS

Nesta nova fase do processo de aquisição do item pedido anteriormente


será gerada um descrição quantitiva das reais necessidades do investimento, em
muitos casos será preciso um envolvimento maior por parte dos interessados de
forma a se chegar a uma conclusão mais efetiva sobre a viabilidade financeira da
proposta. Serão estudados quesito como:
 Qual o real interesse da equipe médica nos resultados que serão
alcançados com o item a ser adquirido;
 Qual seria a facilidade ou dificuldade inerente a utilização do
equipamento;
 Quais os aspectos técnicos relevantes a aquisição;
 Qual a real condição de fornecimento/importação do equipamento;
 Qual a segurança necessária a utilização do mesmo;
 Necessidade de treinamento especializado (AMORIM; PINTO JUNIOR;
SHIMIZU, 2015).
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É preciso que se determine quais os objetivos clínicos da necessidade de


aquisição, tal descrição precisa ser sucinta e clara de forma que gestores,
administradores, e qualquer das pessoas que terão poder de decisão sobre a
compra do mesmo possam entender sua real necessidade e aplicabilidade dentro da
entidade. Também é do consenso de Amorim, Pinto Junior e Shimizu (2015), que
neste contexto é importante priorizar os fatores mais importantes relegando a
cofatores de importancia os itens menos importantes que envolvem o
empreendimento.
Para Lima, Brito e Andrade (2019), na aquisição de novas tecnologias a
serem implantadas em entidades que atuam na área de saúde, é importante
mensurar variáveis fisiológicas, quantificando o limite e o tipo destas, como serão
registradas se existirá ou não necessidade de adequação do sistemas informatizado
da instituição e em que tais mudança implicariam, neste quesito seria importante a
participação do pessoal de tecnologia da informação da instituição ou daqueles
terceirizados para implementar essas atividades, pois as vezes o custo inerente as
mudanças necessárias nessa estrutura podem ser significativos em relação ao
custo final que a aquisição terá.
É preciso também se realizar um estudo dos riscos inerentes a nova
atividade que será implementada a partir da aquisição do equipamento e se ter
conhecimento da vida util desta nova tecnologia pois as vezes altos investimentos
tornam-se inviáveis frente a produtos que poderão perder sua efetiva utilidade em
pouco tempo pelo desenvolvimento de outros com potencial muito superior (LIMA;
BRITO; ANDRADE, 2019).

2.3 AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS PARA A INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO

É muito comum que devido a sua sensibilidade e precisão muitos


equipamento eletronicos precisem de condições ambientais apropriadas para seu
funcionamento correto, normalmente antes mesmo da aquisição os vendedores ou
fabricantes informarem aos interessados sobre os pré requesitos de funcionamento
que equipamento funcione a contento (AZEVEDO NETO, 2004).
Nestes casos sempre devem ser observados:
Espaço: Neste caso deveria se observar a área que a instalação do
equipamento exige, não apenas para o mesmo para que a sua devida operação
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possa ser realizada com segurança pelo técnico e caso seja necessário a presença
do paciente neste local, o espaço para que o mesmo seja devidamente conduzido
ao procedimento, ainda é preciso deixar que espaços para possiveis manutenções e
reparos possam ser implementados quando for necessário. É importante também
que sejam analisados o acesso para que o que o equipamento adquirido chegue até
a sua área de instalação.
Alimentação elétrica: alguns equipamento utilizam altas cargas eletricas para
entrarem em funcionamento, sendo que as vezes é necessário se criar uma nova
rede diretamente do transformador ou da caixa eletrica principal exclusiva para esse
equipamento, com fiação eletrica adequada que nem sempre poderá ser direcionada
pelos mesmos conduites eletricos já existente e assim necessitando de toda uma
tubulação eletrica adicional para acomoda-la. Ainda há o caso da alimentação de
emergência que é um caso a parte e muito particular de cada equipamento.
Detalhes adicionais de alimentação como o número de fase eletricas que o
equipamento precisa para funcionar, corrente de operação ideal, alguns aparelhos
necessitam também de ar comprimido que precisa ser armazenado em compressor
de ar, que não pode ficar no mesmo ambiente do aparelho, neste caso é necessário
toda uma tubulação para a condução do ar do local de armazenamento até o
equipamento que necessita dele. Em outros casos diferentes gases podem ser
necessários como oxigênio, ozônio, ou ainda a criação de uma rede de vácuo.
Outro fator importante a ser analisado é o peso do equipamento, pois alguns
necessitam de um móvel adequado ou um piso apropriado para acomodar o mesmo,
essa questão também é importante para o deslocamento do item pelas instalações
do hospital ou da clínica até chegar ao local onde ele sera instalado.
Questões ligadas a temperatura e umidade relativa do ar também podem
comprometer o funcionamento de muitos equipamentos, inclusive diminuindo a vida
útil dos mesmos. Nestes casos é preciso que exista um controle eficiente destas
variáveis conseguido atraves da implementação de técnicas específicas para tal.
Ainda existem casos onde os proprios equipamentos aumentam a temperatura do
ambiente ou podem gerar umidade com seu funcionamento. Em muitos casos o
fabricante ou vendedor exige que o ambiente de funcionamento do equipamento tem
isolamente termico e de umidade para não comprometes outras áreas susceptiveis a
esses fatores.
Para Góes (2011), problemas adicionais também podem ser derivados da
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vibração do equipamento em funcionamento e de campos eletrícos e magnéticos


oriundos do mesmo ou não, apesar dos sistemas de blindagem que alguns
aparelhos possuem tais interferencias podem alterar seu funcionamento e
logicamente os resultados dos exames.
Situações onde pode haver risco de incêndio, devido ao aquecimento e
insumos inflamáveis também vão requerer protocolos específicos onerando ainda
mais a aquisição dos aparelhos, em certas cituações até mesmo o sistema de
controle de fogo precisa ser específico para ter bons resultados quando precisarem
ser usados e podem requerer treinamento específico para os possiveis usuários do
mesmo (GÓES, 2011).
Para Azevedo Neto (2004), a observação da normatização específica para
uso dos aparelhos, seja ela nacional ou internacional também implica em
adaptações adicionais no ambiente, nos protocolos de segurança e mesmo no
treinamento do pessoal, até porque todos os fatores citados neste capítulo
interferem diretamente não apenas no funcionamento correto dos equipamentos,
mas também na garantia que o fabricante ou revendedor dá para defeitos de
fabricação ou funcionamento, além de gerar ônus adicional com manutenções mais
frequentes.

2.4 LEVANTAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS NO MERCADO

Equipamentos e aparelhagem de ultima geração para hospitais e clinicas


normalmente não contam com um número muito grande de fornecedores, até por
que são itens de alta tecnologia e o fabricante de certa forma seleciona muito bem
seus revendedores, normalmente para que esses tenham condição de dar um
suporte adequado ao comprador evitando que todos os pequenos percalços tenham
que ser tratados diretamente com a fabrica (LIMA, 2017).
Após uma analise criteriosa como a descrita anteriormente sobre o ambiente
adequado para o funcionamento do equipamento e definida a compra do mesmo o
setor responsavel ira realizar uma analise de mercado em busca de equipamentos
que atendam as especificações definidas pelos profissionais envolvidos no pedido e
que se enquadrem aos recursos disponíveis para a aquisição, tanto no que diz
respeito ao seu valor monetário quanto as exisgencias para instalação e
funcionamento que também irão envolver despesas para a adequação correta da
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infraestrutura para o mesmo (BITENCOURT; COSTEIRA, 2014).


Nestas condições cada possivel fornecedor cotado deverá fornecer um
prospécto do seu produto, com uma descrição completa do mesmo, e todos os
parametros de funcionamento, seus requisitos ambientais, eletrícos, hidráulicos e
outros especíicos para o funcionamento correto, em muitos casos pode ser
solicitado também uma lista de clientes que já possuem o equipamento instalado
para averiguação da satisfação desses em loco.
Para Bitencourt e Costeira (2014), é preciso compreender também que
novos produtos, fabricantes e fornecedores surgem periódicamente no mercado e
torna-se importante averiguar a idoneidade destes para que se garanta a entrega do
produto nas condições especificadas no prospecto e o suporte técnico necessário no
pós-venda.
De acordo com Lima (2017) é logico que a instituição que deseja adquirir um
determinado produto deveria oportunamente armazenar todas as informações sobre
o mesmo em seu banco de dados e mesmo dos seus concorrentes diretos, para fins
de analise futura ou mesmo para um cobrança de recursos e caracteristicas
divulgadas porteriormente a aquisição do mesmo.
Gonçalves (2010), acredita que este também é o momento da tomada de
preço que deve ser acompanhado durante todo o processo de compra, bem como
as condições de pagamento, para que se possa customizar, analisar e encontrar a
melhor forma para custear o item. É o momento também de se averiguar o que será
agregado a cada produto pelo fornecedor do mesmo ou diretamente pelo fabricante,
como:
 Suporte técnico online 24 horas por dia;
 Visitas técnicas com custo reduzido no primeiro ano;
 Treinamento de aperação;
 Atualizações de softwares de controle do equipamento;
 Atualizações de firmware do mesmo;
 Garantia extendida (hoje funciona na forma de um seguro para o
equipamento).
A estimativa de custo do equipamento é realizada durante a pesquisa e
atualizada ao longo da mesma. Esta estimativa deverá conter o máximo de custos
relacionados ao equipamento (por exemplo: instalação e treinamento).
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Elaborado o levantamento completo do item e as possibilidade de atender as


necessidades da entidade deve-se então levar as conclusões para que a parte
interessada na aquisição analise:
 Mudanças alternativas nas exigências clínicas para melhor adaptação
ao que é ofertado;
 Analisar aspectos ligados ao custo-benefício da aquisição;
 Excluir propostas que por algum motivo não se enquadrem nas
necessidades dos setores envolvidos no pedido (BITENCOURT;
COSTEIRA, 2014).
Com base no conjunto de todas essas informações a administração da
entidade terá o susbsideos necessários para escolher a melhor opção para tentar
atender a solicitação e adquirir o equipamento solicitado.

2.5 O PROCESSO DE COMPRA

Dependendo do tipo de entidade, se de cunho público ou privado o processo


pode acontecer por compra direta ou via licitação aberta aos fornecedores que
dispõe do item desejado (FIGUEIREDO, 2019).
Em instituição privadas o gestor normalmente tem maior flexibilidade, pois
responderá diretamente a diretoria sobre suas opções, devidamente alicerçadas na
analise prévia já completamente devenvolvida, que embasa sua decisão. Nestas
conidções dependendo dos recursos disponíveis a processo de compra é feitos
diretamente junto ao fornecedor que ofereceu o produto com as melhores
especificações a um custo menor e agregou valores ao mesmo de forma substancial
de forma a fornecer um pacote de benefícios que se sobressaiu frente ao oferecido
pela concorrencia (SANTOS; LACERDA, 2016).
No caso de orgão públicos o processo licitatório é quase sempre exigido até
mesmo por questões de legislação. Sendo que esta pode ocorrer nas modalidades:
 Concorrência;
 Tomada de preços;
 Convite.
Santos e Lacerda (2016), ainda alertam que a escolha da modalidade usada
normalmente é determinada por limites de valores estabelecidos e estimados para a
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aquisição, estes vem das pesquisas implementadas durante as analises feitas


anteriormente e são de relevante importancia pois em muitos casos dados errados
podem suscitar no cancelamento da licitação por uma escolha errada do processo,
atrasando a compra e comprometendo o trabalho executado até então.

3 INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO

Como já foi comentado e de praxe que a empresa vendedora do


equipamento médico-hospitalar ou o próprio fabricante destes informe previamente
todos os requisitos ambientais, eletricos, hidráulicos e estruturais necessários para
que seus equipamentos venham a funcionar dentro dos padrão descritos em seu
prospécto, normalmente quando da instalação destes equipamentos eles já foram
entregues no cliente a alguns dias e em muitos casos já houve uma visita do técnico
especializado que vem ao local conferir a infraestrutura e as condições ambientais
para que no dia da instalação tudo já esteja previavemente revisado e aprovado
(MATEUS, 2018).
A aceitação do produto na instituição normalmente realizada por empresa
transportadora especializada segue critérios próprio, o cliente é previamente avisado
da chegada do produto pelo vendedor que informa algumas diretrizes de
recebimento que deve ser criteriosamente seguidas, respeitados esses quesitos o
produto é entregue e fica no aguardo da equipe técnica que realizará sua instalação
(CALIL; TEIXEIRA, 2002).
Todo procedimento de instalação é padronizado e são feitos registros de
qualquer intercorrencia ou não conformidade encontrada, a critério da equipe
técnica, conforme preconiza a NBR 5462, problemas podem ser contornado ou em
situações mais graves podem interromper todo o protocolo de instalação, sendo
necessária a correção da não conformidade e o agendamento de nova visita para a
conclusão da instalação e os testes iniciais do produto montado.
De acordo com Mateus (2018), a equipe de instalação encontra-se
preparada para resolver quase todos os problemas de calibragem, ajustes e
configuração de softwares de gerenciamento, é importante que o comprador tenha
seus representantes acompanhando todo o processo de instalação, pois a partir
deste ponto inicia-se o aprendizado da equipe na lida com o equipamento, e
evidente que não existirá um treinamento de operação neste momento mas é
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extremamente educativo a quem vai operar equipamentos medicos hospitalares


conhecer um pouco mais sobre sua ferramenta de trabalho, até para consiga no
futuro reportar situações sobre possiveis problemas ao suporte técnico com uma
visão menos leiga do produto.
Toda informação sobre o novo equipamento deve ser armazenada, bem
como aquelas referentes a manutenções, atualizações e procedimentos diarios e de
limpeza permitidos.
Ao final da instalação todos os testes devem realizados e anotados em
planilha específica para aprovação técnica, normalmente a liberação do pagamento
vem com o aceite final da empresa. O treinamento da equipe normalmente será
agendado para as datas subsequentes e o processo se conclui, com envio de copia
de toda a documentação a administração para ciência e conclusão do processo
(SUASSUNA, 2017).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo reportado neste artigo segue as orientações de uma manual de


compra de equipamentos medicos hospitalares de uma determinada entidade,
entretanto nem todas são tão criteriosas e algumas são ainda mais exigentes em
vários outros aspectos não mensionados.
Caracterizou-se aqui uma aquisição de um equipamento aleatório, nestas
condições é evidente que para casos mais específicos exigencias distintas podem
ser cobradas e muitas vezes até mesmo a contratação de equipe técnica
especilizada para a efetivação da compra pode ser necessário.
O tipo de aparelhagem discutida neste artigo normalmente é de alta
tecnologia e possui custo elevado, neste contexto todos os aspectos inerente as sua
aquisição, desde os motivos para a compra até as condições de sua instalação são
amplamente analisados e discuitos em todos os níveis organizacionais, visando
asegurar que o empreendimento de sua compra surta os resultados esperados e
justifique o esforço para a sua aquisição.

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