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É uma limitação do fluxo aéreo das vias aéreas inferiores, não reversível, provocada por uma resposta inflamatória a toxinas
inflamatórias, sendo a principal a fumaça do cigarro.
Cerca de 15% dos tabagistas desenvolvem DPOC. Além disso, atividades laborais específicas, como: exposição nas
indústrias de borracha, plásticos, couro, têxtil, moagem de grãos, produtos alimentícios, etc. E a poluição também é um fator
muito importante para o desenvolvimento dessa doença.
A deficiência de alfa-1-antipripsina é um fator genético importante para o desenvolvimento da doença em pacientes não
tabagistas.
Devo pesquisar deficiência de alfa-1-antitripsina → Enfisema em jovens ( 45 anos); Enfisema predominantemente em bases
pulmonar; Enfisema em não tabagistas ou com pequena carga tabágica; História familiar de enfisema ou hepatopatia; Doença
hepática associada inexplicada.
Quadro clínico:
Sinais → Sibilos, hiperinsuflação pulmonar que se manifesta pela atenuação dos sons cardíacos e
pulmonares, aumento do diâmetro anterosposterior do tórax (tórax em barril).
Avanço da doença → Sinais de esforço respiratório (lábios cerrados, uso de musculatura
acessória), respiração paradoxal e cianose.
Diagnóstico:
Avaliação gasométrica: inicialmente solicita-se a oxigenação do pulso, se a saturação vier 90% está indicada a gasometria.
Eletro e ecocardiograma são indicados nos casos em que existe suspeita de hipertensão pulmonar e cor pulmonale.
Diagnóstico diferencial → Asma, bronquiectasias, tuberculose e insuficiência cardíaca congestiva.
Estadiamento:
Baseia-se na espirometria.
Estádio Espirometria VEF¹/CVF pós BD VEF¹
Estádio 1 – Doença leve 70%
Estádio 2 – Doença moderada ≥ 50%
Estádio 3 – Doença grave ≥ 30%
Estádio 4 – Doença muito grave 30%
Tratamento:
Exacerbação: A infecção respiratória é a principal causa de exacerbação. Nesses casos observa-se a mudança do padrão de
secreção do paciente, de mucoide para purulenta, e o paciente apresenta piora da dispneia.
Agentes etiológicos mais comuns: Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Moraxella catarrhalis e os vírus
respiratórios.
É recomendado iniciar a terapêutica broncodilatadora inalatória (Salbutamol);
Suporte ventilatório não invasivo, o qual reduz a indicação de intubação. Se o paciente encontra-se sonolento e não
colaborativo, a intubação e a ventilação mecânica devem ser consideradas.
Critérios para internação → Enfermaria: Dispneia em repouso, VEF1 50%, idade maior que 65 anos, baixo peso, ≥ 3
exarcebações ano ano, comorbidades, necessidade de O² domiciliar, falta de condições socioeconômicas, falha do tto
ambulatorial.
UTI: instabilidade hemodinâmica, rebaixamento do nível de consciência, necessidade de ventilação invasiva, distúrbios
gasométricos graves ou que pioram mesmo com o tratamento.
Tratamento DPOC estável: Os broncodilatadores são aa base do tratamento sintomático das doenças pulmonares obstrutivas
e a via de administração preferencial é inalatória.
É de extrema importância recomendar a vacinação anti-influenza e antipneumocócia em pacientes portadores de DPOC, além
disso, a reabilitação respiratória para melhorar a qualidade de vida e a cessação do tabagismo é essencial para evitar a piora
da doença.