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Principais queixas/desejos no Consultório Nutricional:


 Substituir gordura corporal por músculo;
 Definição muscular;
 Redução da gordura corporal e aumento da massa muscular;
 Emagrecimento sem flacidez.

Novo conceito...
Em 2017 um novo termo foi criado para definir o Excesso de Gordura Corporal, é o
chamado “Overfat”

Fonte: MAFFETONE; RIVERA-DOMINGUEZ; LAURSEN, 2017.

Como classificar o excesso de gordura corporal do paciente?


Através de tabelas com valores de referência que determinam o % de Gordura
Corporal e levam em consideração o sexo, a idade e a prática ou não de atividade física
(atleta ou não).

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Tabela 1. Descrição de níveis diferenciados de %G em classificações variadas para
homens e mulheres não atletas.
Classificação Homens Mulheres
Muito baixo <5% < 12%
Baixo 6-11% 12-22%
Ideal 12-15% 22-25%
Alto 16-24% 24-31%
Muito alto > 25% > 32%
Adaptado de: PETROSKI, 1999.

Não possuiu o fator idade na avaliação!

Tabela 2. Descrição de níveis diferenciados de %G em classificações variadas para


homens e mulheres não atletas.
Classificação Mulheres Homens
Gordura essencial 10 a 13% 2 a 5%
Muito magro 14-20% 6-13%
Magro 21-25% 14-17%
Normal 26-31% 18-22%
Sobrepeso 32-39% 23-29%
Obeso > 40% > 30%
Adaptado de: AMERICAN COUNCIL ON EXERCISE (ACE), 2009.

Não possuiu o fator idade na avaliação!

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Tabela 3. Valores normativos para % de gordura de homens não-atletas de acordo
com a idade
Classificação 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 +66
anos anos anos anos anos anos
Bem magro 4-7 8-12 10-14 12-16 15-18 15-18
Magro 8-10 13-15 16-18 18-20 19-21 19-21
Mais magro que a média 11-13 16-18 19-21 21-23 22-24 22-23
Média 14-16 19-21 22-24 24-25 24-26 24-25
Mais gordo do que a média 18-20 22-24 25-26 26-28 26-28 25-27
Gordo 22-26 25-28 27-29 29-31 29-31 28-30
Muito gordo 28-37 30-37 30-38 32-38 32-38 31-38
Adaptado de: MORROW, 2003.

Tabela 4. Valores normativos para % de gordura de mulheres não-atletas de acordo


com a idade
Classificação 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 +66
anos anos anos anos anos anos
Bem magro 13-17 13-18 15-19 18-22 18-23 16-18
Magro 18-20 19-21 20-23 23-25 24-26 22-25
Mais magro que a média 21-23 22-23 24-26 26-28 28-30 27-29
Média 24-25 24-26 27-29 29-31 31-33 30-31
Mais gordo do que a média 26-28 27-30 30-32 32-34 34-36 33-35
Gordo 29-31 31-35 33-36 36-38 36-38 36-38
Muito gordo 33-43 36-48 39-48 40-49 39-46 39-40
Adaptado de: MORROW, 2003.

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Tabela 5. Percentual de gordura (%G) e classificação de risco à saúde para mulheres
não-atletas
Classificação %Gordura
Risco de doenças associadas à desnutrição <8
Abaixo da média 9-22
Média 23
Acima da média 24-31
Risco de doenças associadas à obesidade > 32
Adaptado de: LOHMAN, 1992.

Não possuiu o fator idade na avaliação!

Tabela 6. Percentual de gordura (%G) e classificação de risco à saúde para homens


não-atletas
Classificação %Gordura
Risco de doenças associadas à desnutrição <5
Abaixo da média 6-4
Média 15
Acima da média 16-24
Risco de doenças associadas à obesidade > 25
Adaptado de: LOHMAN, 1992.

Não possuiu o fator idade na avaliação!

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Tabela 7. Percentual de gordura (%G) para homens e mulheres não-atletas

Adaptado de: GALLAGHER, 2000; MCCARTHY, 2006.

Tabela com os termos atualizados, porém, com percentuais superestimados!

Tabela 8. Classificação do percentual de gordura para homens não-atletas


Classificação 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65
anos anos anos anos anos
Excelente 4 a 6% 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18%
Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21%
Acima da média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23%
Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25%
Abaixo da média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27%
Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30%
Muito ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38%
Adaptado de: POLLOCK; WILMORE; FOX, 1993.

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Tabela 9. Classificação do percentual de gordura para mulheres não-atletas
Classificação 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65
anos anos anos anos anos
Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22%
Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26%
Acima da média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 25% 26 a 28% 27 a 29%
Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32%
Abaixo da média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35%
Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38%
Muito ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49%
Adaptado de: POLLOCK; WILMORE; FOX, 1993.

Instrumentos para avaliar a gordura corporal:

Pesagem hidrostática

A Pesagem Hidrostática tem sido considerada como referência para a validação


de métodos duplamente indiretos e se baseia no Princípio de Arquimedes:

"Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido, recebe do fluido uma força
vertical, dirigida para cima, cuja intensidade é igual à do peso do fluido deslocado
pelo corpo."

A Pesagem Hidrostática define o volume corporal pelo cálculo da diferença


entre a massa corporal aferida normalmente e a medição do corpo submerso em água.
Na Pesagem Hidrostática, primeiro verifica-se a massa do indivíduo fora de água, e

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seguidamente dentro de água. Na pesagem dentro de água, o indivíduo deve realizar
uma expiração máxima, visando eliminar a maior quantidade de ar possível dos
pulmões. Como este procedimento envolve adaptação ao meio líquido, são realizadas
de 8 a 12 pesagens submersas, apresentando, na fórmula a média das três maiores
medidas (GONÇALVES; MOURÃO, 2008).

Método extremamente caro e de difícil utilização.

DEXA (Densitometria com Raios-X de Dupla Energia)

O DEXA pode distinguir diferentes estruturas do corpo e é útil para medir a


densidade mineral óssea e avaliar a composição corporal total. O DEXA é baseado na
absorção variável de raios-X pelos diferentes componentes do corpo e usa fótons de
alta e baixa energia (RAMOS et al., 2012).
O DEXA é muito preciso, com uma margem de erro de 2-6% sobre a
composição corporal (ALBANESE et al., 2003). Está sendo cada vez mais usado, em

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clínicas e como uma ferramenta para alguns estudos científicos, e é considerado
padrão de referência ouro (RAMOS et al., 2012).

O sistema fornece vários parâmetros, como o índice de massa corporal (IMC),


quantificação da gordura corporal, distribuição da gordura abdominal ou valores
obtidos a partir desses dados, como a razão androide/ginoide (relação A/G) da gordura
abdominal (RAMOS et al., 2012).

Adipometria

A avaliação da espessura das dobras cutâneas é o indicador antropométrico


mais comumente utilizado na prática clínica. E envolve a análise de dois
compartimentos: a gordura corporal e a massa livre de gordura (WANG et al., 2000).
Como a disposição de gordura localizada no tecido subcutâneo não se apresenta de
maneira uniforme em todo o corpo, a aferição das dobras cutâneas deve ser realizada
em várias regiões corporais (GUEDES, 2013).
Em relação às estratégias de interpretação, as medidas de espessura de dobras
cutâneas podem ser analisadas de duas formas:

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 Considerando as medidas de espessura das dobras cutâneas de diferentes
regiões anatômicas separadamente e procurando oferecer informações sobre a
distribuição relativa da gordura subcutânea de região para região do corpo;
 Envolvimento em equações de regressão, com intenção de predizer valores
associados à densidade corporal e, posteriormente, aos de gordura em relação
ao peso corporal (WANG et al., 2000).

Apesar de os valores de espessura de dobras cutâneas serem razoavelmente


válidos, apresentam interferências pela participação de outros tecidos subcutâneos,
resultando, portanto, apenas em valores aproximados e não na quantidade efetiva de
gordura subcutânea (CLARYS et al., 2005). Além disso, o nível de exatidão e de precisão
das medidas de espessura das dobras cutâneas depende do tipo de equipamento
utilizado, da familiarização dos avaliadores com as técnicas de medidas e da perfeita
identificação do ponto anatômico a ser medido (GUEDES, 2013).

Equipamentos de maior precisão

Com relação aos adipometros vários tipos têm sido utilizados, no entanto, os do tipo
Lange (Beta Technology Incorporated) e Harpenden (British Indicators) são os que
têm demonstrado maior precisão nas espessuras observadas e na consistência em
repetidas medidas (GRUBER et al., 1990; GUEDES, 2013). Um compasso de fabricação
nacional, o do tipo Cescorf (Cescorf Equipamentos Ltda.), com mecânica e design
muito similares ao do tipo Harpenden, também tem sido recomendado (GUEDES,
2013).

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Lange (Beta Technology Incorporated)

Harpenden (British Indicators)

Cescorf (Cescorf Equipamentos Ltda.)

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Outros equipamentos

Outras opções de compassos de fabricação nacional, os do tipo Sanny


(American Medical do Brasil Ltda) e OpusMax (Terrazul Tecnologia), ainda merecem
maiores estudos antes de serem recomendados para uso rotineiro (GUEDES, 2013).

Sanny (American Medical do Brasil Ltda)

OpusMax (Terrazul Tecnologia)

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Bioimpedância elétrica (BIA)
O princípio básico da bioimpedância elétrica (BIA) é voltado à análise da
composição corporal e baseia-se nos diferentes níveis de condução elétrica dos tecidos
biológicos expostos a várias frequências de correntes (GUEDES, 2013). Nessa ocasião,
pode-se comparar o corpo humano a um circuito elétrico composto por uma
resistência (água e massa livre de gordura) em série com um condensador
(membranas celulares e gordura). Os fluidos intra e extracelulares comportam-se
como condutores, enquanto as membranas celulares (formadas por duplo estrato
lipídico não-condutor intercalado entre duas capas moleculares de material proteico
condutor) atuam como elementos capacitantes ou condensadores. Dessa forma, com
informações a respeito da BIA ou de algum de seus parâmetros pode-se estimar a
quantidade de água corporal, e, admitindo valores constantes, a proporção de massa
livre de gordura e gordura corporal (KYLE et al., 2004).
Uma das críticas que se fazem à técnica da BIA é a de que esse princípio
considera o corpo humano como um condutor cilíndrico perfeito, o que parece não ser
verdade. No entanto, vários estudos de validação têm sido conduzidos com seus
procedimentos e têm sido encontradas boas correlações com os métodos de
referência (SUN et al., 2005; PATEYJOHNS et al., 2006).

Primeira tentativa de mostrar a relação entre medidas de impedância e


1960
quantidade de água corporal (HOFFER et al., 1969).

Os primeiros equipamentos voltados à análise da BIA no campo clínico


1980
foram idealizados (LUKASKI et al., 1986). A princípio, os critérios de
validação dos indicadores de composição corporal apresentados por esses
equipamentos foram à densidade corporal e a quantidade de água corporal
baseando-se em modelos bi- compartimentais (SUN et al., 2003).

Contudo, mais recentemente se tem encontrado indicações de validação


2003
bastante promissoras em sujeitos entre 12 e 90 anos mediante modelos
tetra-compartimentais (SUN et al., 2003).

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MODELOS DE BIOIMPEDÂNCIAS HORIZONTAIS

$$ Balança Digital Bioimpedância Tetrapolar Maltron® BF 906

$$ Balança Digital Bioimpedância Tetrapolar Maltron® BF 907

Utilização da BIA horizontal:


1. O indivíduo deve ser orientado a permanecer na posição de decúbito dorsal,
para que venha a ser minimizado os efeitos da gravidade na tendência de
estagnação da água corporal nas extremidades inferiores quando em posição
bípede (KYLE et al., 2004). O indivíduo deve permanecer na posição de
decúbito dorsal por pelo menos 5 minutos antes do início do procedimento;
2. Os elétrodos emissores devem ser fixados na superfície dorsal da mão e do pé,
no plano da cabeça do terceiro metacarpo e do terceiro metatarso,
respectivamente (KYLE et al., 2004);
3. Os elétrodos receptores devem ser colocados próximos a mão e ao pé, o
primeiro no pulso, num plano imaginário de união das duas apófises estiloides,

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e o segundo na região dorsal da articulação da tíbio-társica, na linha imaginária
de união da parte mais saliente dos dois maléolos (KYLE et al., 2004).

MODELOS DE BIOIMPEDÂNCIAS VERTICAIS

$ Balança Digital Bioimpedância Tetrapolar HBF-514c Omron®

Sem validade científica


Resultados não fidedignos

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$$$ Balança Digital Bioimpedância InBody®

Cuidados Prévios
Apesar da relativa facilidade e rapidez da medida, a utilização da técnica de BIA
requer um conjunto de procedimentos prévios por parte do indivíduo, sem os quais
poderão ocorrer prejuízos à qualidade das informações obtidas (KYLE et al., 2004; ELLIS
et al., 1999).
a) Não ter feito uso de medicamentos diuréticos nos últimos 7 dias;
b) Manter-se em jejum (água e comida) por pelo menos 4 horas;
c) Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 48 horas;

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d) Não praticar exercício físico intenso nas últimas 24 horas;
e) Urinar pelo menos 30 minutos antes do exame;
f) Manter-se pelo menos 5 minutos em repouso absoluto na posição decúbito
dorsal antes de efetuar a medida.

Além desses cuidados...

 A característica e calibração do equipamento, a posição do corpo, o nível de


hidratação do indivíduo e a ingestão de alimentos, temperatura ambiente e
cutânea podem apresentar alguma influência na qualidade das medidas
corporais;
 Uso de vestimentas mais pesadas e de metal (brincos, relógios, pulseiras, anéis
e demais acessórios) podem causar alterações significativas na condutibilidade
da corrente elétrica;
 Próximo à ovulação e menstruadas, as mulheres tendem a apresentar maior
retenção de líquidos, por isso não é recomendado à realização do exame
durante esses períodos;
 Medidas aferidas nas primeiras horas pós-despertar tendem a apresentar mais
elevada reprodutibilidade por conta das menores variações no metabolismo de
repouso. Melhor horário para realização do exame!
(ELLIS et al., 1999).

Quanto às restrições de uso da técnica de BIA, não se conhece atualmente efeitos


adversos, embora se deva levar em conta que pode afetar a atividade elétrica de
marca-passos e desfibriladores, pelo que, nessas circunstâncias, deve ser evitada.
Por outro lado, considerando que a técnica de BIA esta relacionada às alterações
da distribuição aquosa, como ocorre em algumas enfermidades graves, nestes casos
seus pressupostos teóricos tornam-se inválidos (O´BRIEN et al., 2002).

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Prática Clínica - Casos Clínicos Comuns
Caso 1 – Excesso de peso corporal
 Paciente sobrepeso ou obeso com excesso de peso e de gordura corporal;
 Deseja perder peso na balança “ver a diferença”, porém, precisa perder
gordura corporal e reter massa magra.

Caso 2 – Falso Magro


 Paciente com peso normal e IMC normal, porém com excesso de gordura
corporal;
 Deseja manter o peso, perder gordura e ganhar massa magra;
 Trocar gordura corporal por músculo!

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Índice de Massa Corporal (IMC)

IMC = Peso
Altura²

IMC (kg/m²) Classificação


< 18,5 Baixo peso
18,5 – 24, 9 Peso normal
> 25 Sobrepeso
25 a 29 Pré-obeso
30 a 34,9 Obeso I
35 a 39,9 Obeso II
> 40 Obeso III
Fonte: WHO, 2000.

A dependência do Índice de Massa Corporal (IMC) como uma medida do


tamanho do corpo em pesquisas que abordam a atratividade e a saúde dos corpos é
problemática por duas razões principais. Primeiro, o IMC não diferencia entre gordura
e músculo, de modo que dois indivíduos com o mesmo IMC podem ter níveis muito
diferentes de gordura e músculo em seus corpos (BRIERLEY et al., 2016).
Um estudo descobriu que 29% das pessoas classificadas como magras usando
uma escala tradicional de IMC tinham níveis de gordura corporal geralmente
associados à obesidade (LARA-ESQUEDA et al., 2004). Por outro lado, os indivíduos
com massa muscular elevada podem ser incorretamente classificados como obesos ao
usar o IMC como um índice do status de peso (GÓMEZ-AMBROSI et al., 2011).

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Caso 3 – Baixo peso com excesso de gordura
 Paciente com baixo peso, porém com excesso de gordura corporal;
 Deseja aumentar o peso, perder gordura e ganhar (muita) massa magra;
 Redução de gordura e hipertrofia!

Caso 4 – Baixo peso e com pouca gordura


 Baixo peso, baixo ou normal % de gordura corporal e pouca massa muscular;
 Deseja ganhar peso e massa muscular – Ficar grande;
 Não quer ganhar gordura.

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“Dra. Quero trocar gordura por músculo!”

Avaliação Clínica:

1. Grande excesso de peso;


2. Índice de Massa Corporal (IMC) > 30
kg/m².

NÃO EXISTE MÁGICA!

GORDURA

O que realmente ocorre?


≠ MÚSCULO

 Redução dos estoques de gordura;


 Aumento de massa muscular.

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Qual a melhor estratégia para o paciente?

Perder PESO
Perder GORDURA
Preservar a MASSA MAGRA

Emagrecimento muito rápido

 Perda de ÁGUA – Desidratação;


 Perda de Massa Muscular;
 Flacidez;
 Recuperação do peso perdido mais rápido.

Avaliação da composição corporal é necessária!

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Estabelecer meta de PESO é diferente de meta de GORDURA!
Por exemplo:

38 anos
Peso atual = 80kg
36% de gordura = 28,8kg

Objetivos:
Peso ideal/desejado = 60kg  Reduzir 20kg de PESO
25% de gordura = 15kg  Reduzir 13,8kg (69%) de
GORDURA

Prática Clínica

- 6,95 kg

- 0,2 kg

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- 6,81 kg

Retenção de Massa Magra = 98%


Alimentação + Atividade física

Por que é tão difícil perder gordura e ganhar massa magra ao mesmo
tempo?
Por serem vias distintas de ativação
Então o que fazer?
Trabalhar com os objetivos em períodos distintos.
1º Passo 2º Passo
Perder peso e gordura Hipertrofia
Reter massa magra

É IMPOSSÍVEL PERDER GORDURA E GANHAR


MASSA MAGRA AO MESMO TEMPO?

Não! É possível!

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Perder gordura e ganhar massa magra JUNTOS – periodização de treino, treino
de força, alimentação rigorosa, fatores genéticos e adesão ao tratamento.

Ganho de Massa
Emagrecimento
Magra

Inibe a via
Akt-mTOR

Induzir a lipólise

β-oxidação

Estímulo da
síntese proteica

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Para definir estratégia: conhecer um pouco mais do tecido adiposo
 Tipo de tecido adiposo;
 Capacidade de expansão;
 Localização das células;
 Tipos de células de gordura.

Balanço energético positivo

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Dieta hipercalórica e hiperlipídica
O PPARγ é o regulador mestre da adipogênese

REDUÇÃO DE PESO NÃO GERA REDUÇÃO DO NÚMERO DE CÉLULAS


ADIPOSAS

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Adipócitos – o que acontece
quando emagrecemos?

Perda de peso  redução dos adipócitos  REVERTIDA na recuperação de peso


Hipertrofia e Hiperplasia (?)

FATORES ADIPOGÊNICOS E LIPOGÊNICOS


 Balanço energético positivo;
 Glicose;
 Insulina;
 Glicocorticoides;
 IGF1-1.

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Nem toda célula de gordura é


CONFORME A LOCALIZAÇÃO E METABOLISMO – subcutânea visceral.

Células de gordura – branca, bege e marrom.

85% é subcutânea

S – estômago
L – fígado
K – rim
I – intestino
M – músculo

GORDURA VISCERAL/ SUBCUTÂNEA e ECTOPICA

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Gordura ectópica
 Mais perigosa que a gordura visceral;
 Favorece a Resistência à insulina;
 Favorece o Diabetes;
 Favorece a Esteatose hepática.

30
31

SUBCUTÂNEA VISCERAL
Visceral Responde muito mais à lipólise- + fácil de perder- por isso, a redução da
gordura subcutânea não aparece no início. As mulheres têm níveis mais
altos de lipólise e mobilização de ácidos graxos livres do IVA em
comparação com homens;
Predominância de receptores adrenérgicos β1, 2 e 3 - extremamente
sensível à lipólise induzida por catecolaminas (com o aumento
consequente na liberação de ácidos graxos livres diretamente na
circulação portal).
Menor efeito na sinalização de insulina - menos efeitos antilipolíticos da
insulina por ter menos irs-1
Expressão aumentada de 11-beta hidroxiesteroide desidrogenase tipo 1
(11β-hsdh1), responsável pela conversão de cortisona em cortisol –
responde mais ao estresse
Citocinas pró-inflamatórias

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Subcutânea Receptores adrenérgicos α2 – produz mais leptina (regula apetite, gasto
de energia lipogênese).
Se a gordura é visível ou pode ser comprimida, é uma gordura
subcutânea.

Local de drenagem:

Libera produtos na veia


Libera produtos na
porta
circulação sistêmica

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Glúteo femoral
Subcutânea
Cobertura total Visceral
abdominal

A GORDURA SUBCUTÂNEA TAMBÉM PODE SER COMPORTAR COMO A


VISCERAL:
Obesos metabolicamente saudáveis Obesos metabolicamente NÃO saudáveis

34
Apesar de ter uma quantidade excessiva de
gordura corporal nem todo obeso é doente.

Parâmetros bioquímicos
para saber se é um obeso
saudável?

Sensíveis à insulina

Perfil lipídico favorável

Pressão arterial normal

Menor proporção de gordura visceral

Menor gordura hepática

Metabolismo normal de glicose

TECIDO SUBCUTÂNEO GLÚTEO FEMORAL


Muito mais resistente à lipólise. Em comparação com o IVA, as taxas de lipólise
são quase 50% inferiores - os compartimentos glúteos femorais da gordura subcutânea
diminuíram a resposta às catecolaminas, menor densidade de receptores adrenérgicos
e diminuição da expressão de enzima lipase sensível (HSL).

35
Mesmo sendo mais resistente à lipólise, a perda de gordura subcutânea (área,
volume e peso, mas não como espessura) é maior que a perda de gordura visceral
com dieta e exercício.

Retículo Endoplasmático TNF-α


Funcional IL-6
IL-1β

Tecido adiposo inflamado


Resistência à insulina
IL-10
Hipóxia e fibrose
IL-4
IL-13
Estresse no retículo
endoplasmático

Anti-inflamatório
Sensibilidade à insulina

Alteração nas mitocôndrias → Resistência à insulina → Acúmulo de gordura no


músculo

FÍGADO
FFA
TECIDO FFA
ADIPOSO

36
COMO REDUZIR O IMPACTO DA
GORDURA VISCERAL?

REDUZIR PESO!

37
Uma redução de peso de Entre as mulheres, uma
5,8 (± 6,2)% nos homens redução de 4.1 (± 2.5)% no
resultou em uma redução peso inicial resultou em
ALTO DESVIO PADRÃO
de 11,2 (±7,9)% em uma diminuição de 11,1 (±
visceral T e 6,8 (± 11,2)% 8,8)% em AVT e 5,6 (±
em AST. 7,4)% em AST.

Redução de PESO - potenciais benefícios para o perfil cardiometabólico.

AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL

Circunferência da cintura?
Relação cintura quadril?
Homens <102 cm - RCQ menor que 1.
Mulheres <89 cm - RCQ menor que 0,8.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

38
Somente os exames de imagem são capazes de quantificar a gordura
subcutânea separadamente da gordura visceral (Assim, a Tomografia
Computadorizada (CT) representa o "padrão-ouro" para este tipo de avaliação).

Bioimpedância elétrica

Biodinâmica 310

BIA apresentou satisfatória sensibilidade e especificidade para predizer


GV.

39
Marca Inbody 720® – 98,3% de eficácia em gordura visceral;
Método BIA tende a subestimar AGV com aumento do IMC ou idade.

Modelos preditivos para estimar a


gordura visceral: a contribuição dos
parâmetros antropométricos.

Uma estimativa de gordura visceral rápida e precisa, pode ser obtida usando
apenas:
 HOMENS – Circunferência do Abdômen, Relação da Circunferência Quadril e
Índice de Conicidade.
 MULHERES - idade, diâmetro sagital, índice de conicidade e circunferência do
pescoço.

Estas equações podem ser usadas como uma ferramenta clínica e epidemiológica
para pessoas com excesso de peso.

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Estimulantes da lipogênese e adipogênese
 Balanço energético positivo;
 Glicose;
 Insulina;
 Glicocorticoides;
 IGF-1.

Queima gordura
Armazena gordura

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63g de BAT = 4.100g de WAT
No gasto de energia em 1 ano

Recém-nascidos e o tecido adiposo marrom

BAT em humanos

42
Benefícios Metabólicos

Impacto no gasto energético?

50g do Tecido adiposo


marrom (menos de
0,1% do peso corporal)

Poderia utilizar até 20%


da TMB, quando
estimulado.

43
Quando as células de gordura marrom estavam ativas,
os voluntários queimaram um adicional de
250 calorias

Estratégias!
DO BÁSICO AO AVANÇADO!

44
Micronutrientes Meta de fitoquímicos

Patologias, sinais e sintomas


Modular a inflamação

BE-
Epigenética
Hábitos de vida
Composição em
Periodização
macronutrientes
Modular o EO
Intestino

Plano Alimentar
Ativação metabólica AMPK- personalizado
SIRT-PGC1-alfa para redução de
Jejum peso Índice Biogênese mitocondrial
intermitente Glicêmico

Saciedade/compulsão

Ritmo Escurecimento Manutenção da Massa Magra


Microbiota circadiano do TAB

Macronutrientes
Adesão Pré e pós-treino

1º PASSO - BALANÇO ENERGÉTICO NEGATIVO

RESTRIÇÃO CALÓRICA

45
Restrição calórica por longo tempo e
severa resulta alterações
compensatórias

46
Fomos feitos para
armazenar gordura e
engordar

IF
A1
59.558

47
Quanto Restringir?

500 a 750 Kcal/dia Mínimo 10% do Gasto


30% GET
com exercício

Como calcular a necessidade energética diária?


A TMB pode ser estimada por calorimetria indireta ou por meio de equações
preditivas.

Calorimetria Indireta
A taxa metabólica é determinada com base no consumo de oxigênio (O 2) e na
produção de dióxido de carbono (CO2).

O2 – é utilizado para a oxidação dos macronutrientes;


CO2 – é utilizado para calcular a taxa metabólica do indivíduo.
48
Ottoboni®

Alto custo inviabiliza o teste! Fitmate ®

Equações preditivas
Que consideram no máximo – PESO, ESTATURA, IDADE e SEXO!

Diferentes equações usando medidas


antropométricas têm sido desenvolvidas
desde o século 19 para estimar a TMB em
diferentes populações.

Equações de predição  Equações para ESTIMAR


Sofrem com fenótipos metabólicos diferentes:
 Gastadores
 Econômicos

49
Equações de predição para taxa metabólica basal:

Autores Equação
Harris e Benedict 66,5 + (13,75 X Peso corporal em Kg) + (5 X Altura em cm) – (6,76 X
Masculino Idade em anos)
Harris e Benedict 655 + (9,6 X Peso corporal em Kg) + (1,8 X Altura em cm) – (4,7 X Idade
Feminino em anos)
Schofield [(0,063 X Peso corporal em Kg + 2,896] X 239)]
18-30 anos
Schofield [(0,034 X Peso corporal em Kg +3,538]x239)]
30-60 anos
FAO/WHO/UNU [(14,7 X Peso corporal em Kg + 496)]
18 – 30 anos
FAO/WHO/UNU [(8,7 X Peso corporal em Kg + 829)]
30 - 60 anos
Henry e Rees [(0,048 X Peso corporal em Kg + 2,562)] X 239)]
18-30 anos
Henry e Rees [(0,048 X Peso corporal em Kg + 2,448)] X 239)]
30 - 60 anos
Miffin-St Jeor (10 X Peso corporal em Kg) + (6,25 X E [cm]) – (5 X Idade em anos) + 5
Masculino
19-78 anos
Miffin-St Jeor (10 X Peso corporal em Kg) + 6,25 X E (cm) – (5 X Idade em anos) - 161
Feminino
19-78 anos

Equações preditivas X Calorimetria Indireta

50
Fórmulas superestimam o valor da TMB para obesos
As equações de Harris e Benedict, Schofield, FAO/WHO/UNU e Henry e Ress
não são recomendadas para a predição da TMB nesses indivíduos, uma vez que essas
equações podem superestimar os requisitos de energia.

Então qual melhor utilizar?

 Mifflin-Sr Jeor - 1990


Equações de predição para obesos – IMC >30 kg/m²

Miffin-St Jeor (10 X Peso corporal em Kg) + (6,25 X E [cm]) – (5 X Idade em anos) + 5
Masculino
19-78 anos
Miffin-St Jeor (10 X Peso corporal em Kg) + 6,25 X E (cm) – (5 X Idade em anos) - 161
Feminino
19-78 anos

51
Fator Atividade
Sedentário
TMB x 1,2
Levemente Ativo (exercício leve, 1 a 3
dias/semana):
TMB x 1,375
Moderadamente ativo (exercício
moderado/esporte, 3 a 5 dias por
semana)
TMB x 1,55
Muito ativo (exercício pesado/esporte, 6
a 7 dias por semana)
TMB x 1,725

Plano alimentar para redução de gordura corporal

52
Realizado com 17 homens Estudo realizado em enfermaria metabólica;
Idades entre 18 e 50 anos Consumo alimentar sob supervisão;
IMC entre 25 e 35 kg/m²

Dieta Base (DB): Dieta Cetogência


4 semanas (KD):
Rica em CHO 4 semanas
Baixa em CHO

53
Composição diária da dieta:
BD KD
Energia 2398 Kcal 2394 Kcal
Proteína 91g 91g
15% 15%
Carboidrato 300g 31g
50% 5%
Lipídio 93g 212g
35% 80%
Fibras 26g 12g

Foram prescritos aos indivíduos 90 minutos de exercício aeróbico


diário de baixa intensidade.

Todas as semanas, os indivíduos passaram 2 dias consecutivos residindo em câmaras


metabólicas para medir o gasto energético total diário, o quociente respiratório e o
gasto energético do sono.

A composição corporal foi medida por DEXA, e o gasto energético médio durante as
últimas 2 semanas de cada período de dieta foi medido pelo método água
duplamente marcada.

Conclusão do estudo:

 A KD aumentou apenas no início e somente 100 Kcal a TMB.

 A restrição de CHO não aumenta o gasto energético. O que aumenta é


o conteúdo proteico.

 O que mais importa para redução de peso são CALORIAS;

 E para retenção de massa magra são PROTEÍNAS.

54
Por que a Low Carb funciona na perda de peso?

A low carb é efetiva por causa da maior adesão, da redução


espontânea do consumo de calorias e do aumento do consumo
proteico.

Low Fat
-1,6 kg

2 primeiras semanas

Low Carb
-3,0 kg

55
Saciedade
Uma variedade de peptídeos sintetizados e liberados pelo trato gastrointestinal
são importantes reguladores do apetite, por exemplo:
 Grelina – secretada pelo estômago e funciona como um sinal de apetite que
aumenta a fome estimula a ingestão de alimentos e diminui a utilização de
gordura no tecido adiposo (HOWARD et al., 1996; KOJIMA et al., 1999; PINKNEY
et al., 2002).
 Peptídeo YY – liberado pelo intestino delgado distal e pelo cólon após as
refeições reduz o apetite e aumenta a saciedade (ADRIAN et al., 1985; ADRIAN
et al., 1985).

Estudo de Intervenção
realizado com 148
indivíduos com IMC de 30 a
45 kg/m² durante 12 meses

Low fat
Low Carb
<30% de gordura total
<40g/dia
<7% de gordura saturada
n=75
n=73

56
A perda de peso aumenta o
apetite estimulando hormônios
como a grelina e diminuindo os Mecanismo de Sobrevivência
hormônios da saciedade, como o
PYY.

57
A Maioria dos estudos VLCD ou LCD

- Redução espontânea do consumo de


calorias;
- Redução de insulina e leptina;
- Provável aumento da sensibilidade à
leptina.

Quais critérios para escolha da dieta Low Carb?

Localização da
gordura corporal

Marcadores
bioquímicos

58
Em quais situações a Low Carb High Fat parece ser melhor?
Risco Cardiovascular

30 artigos de revisão

Circunferência da cintura
Pressão arterial
Índice de Massa Corporal (IMC)
Triglicerídeos HDL-C
Glicose
Hemoglobina glicada
Insulina
Proteína C-reativa

59
Aumenta o
Redução Aumenta o LDLc Total
colesterol
da ApoB (em algumas pessoas)
HDL

Redução da glicose,
insulina, Gordura Aumenta a Redução dos
intra-hepática, ApoA1 TGL
gordura visceral

Aumento
Reduz o LDL
do LDL
padrão B
padrão A

60
Low Carb X Low Fat

Meta-análise (PubMed): 1966 – 2014


17 estudos randomizados e controlados

1797 pacientes
6 semanas a 2
CHO até LIP <30%
anos
120g/dia

61
Em adultos obesos...
Dietas de baixo carboidrato levam à uma
maior perda de peso e redução no fatores
de risco de doença cardíaca, quando
comparado com dietas baixas em gordura.
Além disso, a probabilidade de uma maior
perda de peso associada com baixo
carboidrato era de > 99%, enquanto a
redução do risco de doença cardíaca com
baixo carboidrato era > 98%.

Triglicerídeos

Efeito de uma dieta restrita em energia, rica em proteínas e pobre em gordura


versus uma dieta convencional com alto teor de carboidratos e baixo teor de
gordura na: perda de peso, composição corporal, estado nutricional e marcadores
de saúde cardiovascular em mulheres obesas.

62
Duas estratégias com o mesmo valor calórico, teor de gordura, mas com diferentes
quantidades de carboidrato e proteína.

1200 Kcal

Ambas as dietas reduziram fatores de risco


Cardiovascular!

63
Além disso, indivíduos com valores de Triglicerídeos elevados perderam mais
massa gorda com o protocolo High protein (HP) do que com o protocolo High carb
(HC).

Mulheres com excesso de peso e com alto TGL perderam 50% mais
de gordura total com a dieta HP do que com a dieta HC.

64
Maior redução
em pessoas
nas
Dieta HP com alto teor
concentrações
de TGL
de TGL

LOW CARB NO RISCO CARDIOVASCULAR PARECE SER


MAIS FAVORÁVEL!

65
Tipos de dietas Low Carb e risco cardiometabólico

553 homens e
544 mulheres
(asiáticos)

Ingestão de nutrientes por métodos padronizados:


 LCHF com mais MUFAS e PUFAS, e proteínas vegetais;
 LCHF com mais gorduras saturadas.

HDL-c em todos os grupos

LC com maior consumo de vegetais reduziu PCR;


LC com maior consumo de proteína vegetal e MUFA + PUFA e menores consumos
de SFA pode ser favorável para reduzir fatores de risco cardiometabólico.

66
Resistência à Insulina
A insulina influencia ou controla um grande número de processos fisiológicos,
embora seja conhecida, sobretudo, por suas ações na homeostase da glicose. Em
resposta à elevação da glicemia, a secreção de insulina aumenta estimulando a
captação de glicose, a síntese de glicogênio e a inibição da glicogenólise e da
gliconeogênese (DEFRONZO, 2009).

A insulina apresenta outros efeitos metabólicos, como regulação da expressão


de genes, metabolismo dos lipídios no músculo e no tecido adiposo, crescimento,
desenvolvimento e sobrevivência celular. A resistência às ações hormonais é um
fenômeno relativamente comum em endocrinologia.
O termo resistência insulínica (RI) se refere a uma reduzida sensibilidade
tecidual a ação da insulina, podendo gerar importantes implicações metabólicas. Para
superar essa resistência e buscar a manutenção da homeostase da glicose, o pâncreas
secreta quantidades cada vez maiores de insulina, resultando em hiperinsulinemia.
Quanto mais resistente à insulina o indivíduo for, maior seu grau de hiperinsulinemia
compensatória (NAVES et al., 2014).
A RI é prevalente na população (25 a 30%), sendo componente de condições
patológicas como Diabetes Mellitus tipo 2 (em mais de 90% dos pacientes), obesidade,
hipertensão arterial, síndrome metabólica, alterações do metabolismo da glicose,
dislipidemia, síndrome do ovário policístico, esteatose hepatica, entre outras (SBD,
2016).

67
44 mulheres normoglicêmicas saudáveis e obesas;
23 e 53 anos;
IMC: 30 a 35 kg/m².

21 delas foram inscritas e completaram a


intervenção de 16 semanas.
N=12 – Sensíveis à insulina: <10µU/Ml
N=9 – Resistentes à insulina: >15µU/Ml

As participantes foram randomizadas para receber uma dieta hipocalórica


(déficit de 400 Kcal/dia) da seguinte maneira:

HC/LF: 60% de CHO, 20% de LIP e 20% de PTN


LC/HF: 40% de CHO, 40% de LIP e 20% de PTN

As estimativas da ingestão diária de energia foram feitas usando diário


alimentar de 3 dias, dieta de controle de 3 dias, e TMB mais fator de atividade física.

68
Perda de peso:

Valores de Insulina:

69
A eficácia dessas dietas dependem do metabolismo da glicose
Resultado de 3 ensaios clínicos randomizados:

Os indivíduos normoglicêmicos perderam o maior peso em uma dieta


rica em carboidratos com baixo teor de gordura.

Os indivíduos pré-diabéticos são muito mais suscetíveis a perder peso em


uma dieta com menos carboidrato, com maior foco na qualidade, ou
seja, menor índice glicêmico, mais fibras e integrais.

70
Marcadores bioquímicos

Insulina em jejum (basal):


Ótimo - <5uUI/mL
Alterado - >15uUI/mL

Glicose em jejum
<100mg/dL

Curva de Glicose e Insulina após teste de tolerância oral de glicose:

GLICOSE:

Após 30 minutos, a
glicose NÃO deverá
30
ultrapassar 120mg/dL

120
mg/dL

INSULINA:

t
Após 30 minutos, a
insulina NÃO deverá
30
ultrapassar 60 mcU/mL

60
mcU/mL

Além disso, o valor de INSULINA BASAL não deve exceder 10 vezes o


valor de jejum.

71
Índice de HOMA

<2,5 = IDEAL
<1 = ÓTIMO

Síndrome do Ovário Policístico


A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), presente em 6-10% das mulheres em
idade reprodutiva, é a endocrinopatia mais comum nessa população e contribui para a
diminuição da fertilidade, aumento da dislipidemia e risco aumentado de DM2.

Aproximadamente, 75% dessas pacientes são Resistentes à Insulina.

As concentrações elevadas de insulina desempenham um


papel importante na fisiopatologia da SOP, contribuindo tanto
para o hiperandrogenismo (acne) quanto para a
oligomenorreia e infertilidade (PERELMAN et al., 2017).

72
Mulheres obesas (IMC: 39 + 7 kg/m²) com SOP e resistência à insulina
completaram um estudo cruzado.
 60% de CHO, 25% de LIP (<7% de gordura saturada) e 15% de
PTN;
 40% de CHO, 45% de LIP (<7% de gordura saturada) e 15% de
PTN.

Após 3 semanas em cada dieta mediram-se:

 Glicose
 Insulina
 Lipídios
 Lipoproteínas em jejum

73
Substituição de CHO dietético por
gordura mono/poli-insaturada

Redução de
Insulina

Esta intervenção dietética simples e segura pode constituir um


tratamento importante para a SOP.

74
Redução de gordura corporal com
retenção de massa magra

Quanto?
Mínimo 70%

Restrição de 500 a 750 Kcal


Hiperproteica
Low fat ou Low carb

- 1,8 kg

- 0,6 kg

-1,2 kg

66%

75
- 6,95 kg

- 0,2 kg

-6,81kg

98%

Dieta hiperproteica e emagrecimento

Br J Nutr 2013;110:781–9
Eur J Nutr 2013;52:317–25.
Eur J Clin Nutr 2012;66:780–8.
Br J Nutr 2013;110:1178–87.
Nutr J 2013;12:48.

76
Várias meta-análises de estudos com dietas hiperproteicas (2 a 3 x RDA) de

curto e longo prazo (mais de 1 ano) e rigorosamente controlados mostraram maior

perda de peso e gordura corporal e preservação da massa magra após


dietas de restrição energética com maior proteína do que após dietas de
restrição energética de baixa proteína.

Ingestão elevada de proteína combinada a um programa de treinamento


de resistência e dieta hipocalórica e pode promover maiores perdas de
massa gordurosa e melhor resultado de composição corporal.

77
Manutenção da Massa Magra

Menor índice glicêmico = menor


Consumo de Proteína resposta insulinêmica
Leucina

Estímulo contrátil
Exercício de força

Síntese Proteica

Manutenção
Exercício de
Proteína da Massa
força
magra

78
Efeito Térmico da Alimentação

Carboidrato
5-10%

Proteína
20-30%

Lipídio
0-3%

Proteínas reduzem a fome e estimulam a saciedade!

O efeito térmico da alimentação (TEF) é um alvo potencial para o tratamento


da obesidade, uma vez que contribui para o gasto energético pós-prandial e pode ser
influenciado pela composição de macronutrientes da dieta. Refeições mais ricas em
proteína têm um impacto maior sobre o TEF do que os carboidratos, aumentando o
TEF em até 30%.
Pesquisas recentes também descobriram que o aumento do consumo de
proteína (21-30 g de proteína) no café da manhã em comparação com um café da
manhã padrão com cereais (contendo 11-15 g de proteína) pode aumentar a sensação
subjetiva de plenitude e saciedade durante o dia e diminuir a ingestão calórica no
almoço.

79
Avaliação das consequências de um aumento de 15% na energia de proteína

dietética em 19 indivíduos em condições estáveis de peso (dietas isocalóricas)


durante as primeiras 4 semanas do protocolo e durante a perda de peso ativa

(dieta ad libitum) nas 12 semanas finais de o protocolo.

O teor de carboidratos na dieta foi constante em

50% da ingestão calórica diária total durante todo


o estudo.

Diminuição da fome
Diminuição na ingestão calórica espontânea – Aumento da sensibilidade da leptina
(hormônio da saciedade) do SNC

Aumento da plenitude gástrica

Perderam 4,9 ± 0,5 kg de peso (76% do peso perdido foi de gordura corporal)

Sem alteração na TMB

80
Qualquer fonte de Proteína?

VEGETAL ANIMAL

33 homens saudáveis com idade entre 18 e 50 anos

 4 Refeições isocalóricas;
 Mesmo teor de fibras;
 Composição Nutricional: 19% de proteína, 53% de carboidrato e 28% de lipídio.

“Não observamos diferenças na ingestão de energia ad libitum ou


sensações de apetite.”

81
A – Rissoles de feijão servido com ervilhas trituradas; B – Rissoles de vitela, porco e fibras de ervilha
servido com purê de batata com fibras de ervilha; C- Rissoles de ovos servido com purê de batata; D –
Rissoles de ovos e fibra de ervilha servidos com purê de batata com fibras de ervilha.

Ovos no café da manhã

 48 indivíduos saudáveis;
 Idades entre 18 e 30 anos;
 Estudo de Intervenção cruzado, randomizado e com duração de 11
semanas.

2 Ovos 1 pacote de Aveia


Colesterol - 370mg Colesterol - 0mg
Carboidratos - 0g Carboidratos - 14g
Proteínas – 12g Proteínas – 4g
Lipídios – 10g Lipídios – 2g
Fibras – 0g Fibras – 3g
Calorias – 140 Kcal Calorias – 160 Kcal

82
Grelina em jejum foi significativamente menor em comparação com um café da
manhã com aveia, indicando menos sensação de fome ao acordar.

Proteína
aumenta a
saciedade e,
portanto, pode
explicar a
diminuição dos
níveis de grelina.

O consumo de dois ovos por dia em comparação com um café da manhã com aveia:
 Não aumentou a relação LDL-C / HDL-C;
 Sem mudança do peso corporal;
 Atraso no esvaziamento gástrico;
 Aumento do peptídeo YY  SACIEDADE (principalmente no jantar).

Café da manhã com mais PROTEÍNAS ou CARBOIDRATOS?

24 indivíduos foram designados para uma das três


intervenções dietéticas usando um delineamento controlado
e randomizado:
 Café da Manhã à base de Proteína (n=8);
 Café da Manhã à base de Carboidrato (n=8);
 Omissão do Café da Manhã (n=8).

83
GRUPO PROTEÍNA:
350 Kcal 39g de CHO 30g de PTN 8g de LIP

Oxidação de gordura pós-prandial – 40,6% Menor pico de glicose 30


minutos após
Efeito térmico dos alimentos – 29%

Consumo de PTN no Café da Manhã está relacionado com o


aumento da saciedade ao longo do dia, da oxidação de gordura
e da plenitude gástrica.

Qual a quantidade?

Manutenção e Ganho de Massa Magra:

Para aumentar e manter a massa muscular através de um balanço proteico positivo,


uma ingestão proteica diária total de 1,4-2,0 g de proteína/kg de peso
corporal/g (kg/dia) é suficiente para a maioria dos indivíduos que fazem exercício
físico.

84
Redução de Gordura Corporal:

39 adultos, randomizados em dietas com restrição calórica de 30% de


energia e fornecendo proteína da seguinte forma:
 Grupo A - 1,6g/kg de peso/d;
 Grupo B - 2,4g/kg de peso/d.

Grupo A Grupo B
70% da perda de peso em gordura 64% da perda de peso em gordura

10% do Gasto Energético associado a prática de exercício físico.

Exemplo:

Paciente com 60Kg


NET – 2300 kcal - Restrição de 500 kcal = VET – 1800 kcal
2,0g/kg = 120g de PTN = 480kcal (27%)
Low carb – 30% de CHO e 43% de LIP
Low fat – 46% de CHO e 27% LIP
Mediterrânea - 36,5% de CHO e 36,5% LIP

85
Distribuição proteica:
 Valor mínimo - 0,25g de PTN/Kg/Refeição provoca as taxas máximas de síntese
muscular proteica;
 60kg = 15g de PTN/Refeição.

O fracionamento do consumo proteico parece ser


importante para a SPM.

120g de PTN = 4 refeições

Café da manhã – 25g

2 ovos cozidos = 12g 3 fatias de ricota fresca


light = 12g

OU

25g de Whey 30g de Whey


Protein = 22g vegano = 24g

86
Almoço – 40g

2,4 pedaços de filé mignon (120g) = 39,36g

OU

3 coxas de frango assadas


sem pele (159g) = 38,76g

Lanche da tarde – 15g

1 un. Comercial (40g) = 13g


1 embalagem comercial
(130g) = 14g
OU

OU
Mix de Oleaginosas (66g)
= 16,83g

2 c. sopa de
10g de Amêndoa 7 un. Castanha de pistache (20g) = 2 c. sopa de
de baru = 4,78g caju (16g) = 2,4g 4,21g amendoim (20g) =
5,44g

87
Jantar – 40g

2 un. pequenas de sardinha


assada (120g) = 38,6g

OU

2 filés de tilápia grelhada (200g) =


40,16g

OU

12 c. de sopa de acém moído


cozido (150g) = 40,05g

120g de PTN = 5 refeições

Café da manhã – 15g

1 colher (sopa) de
queijo cottage = 3g

2 ovos mexidos = 12g


OU

1 embalagem comercial
(130g) = 14g

88
Almoço – 30g

1 bife grande de patinho


grelhado (75g) = 27g

OU

5 fatias finas de lombo


suíno grelhado (85g) =
30,35g

Lanche da tarde – 15g

**3 colheres de sopa


OU de atum em óleo (60g)
= 15g
**1 filé fino de peito de
frango cozido (50g) = 16g
OU

20g de Whey vegano


OU = 16g

1 un. Comercial (40g) = 13g

** pode ser usado para recheio de sanduíche ou panqueca;

89
Jantar– 30g

2 pedaços médios de
salmão (120g ) = 31,2g

OU
2 un. de sobrecoxa de frango
assada (100g) = 24,37g

Ceia– 30g

35g de Whey protein ¼ de abacate pequeno 100ml de


32,5g = 30,8g (100g) = 1,2g bebida à base
de aveia = 0,5g

OU

OU 38g de Whey
vegano = 30,4g

Amêndoas = 26,48g

90
Proteína no Pré e Pós-treino

Pré-treino
Pós-treino (até 1 hora após)
Antes de dormir

Leucina
A leucina estimula independentemente a síntese de proteínas musculares
através da ativação do mTOR.

Treino de força:
 Após o treino: 3g de Leucina + 6g de Whey Protein OU 25g de Whey Protein;
 3 horas Após o treino;
 Antes de dormir.

Treino Aeróbico:
 1,7g de Leucina/Refeição.

91
Fontes Alimentares de Leucina:

Sementes de Abóbora Tostadas

Ingredientes:
• 1 xícara de sementes de abóbora
• 1 colher de sopa de azeite de oliva
• ½ colher de chá de sal
• Ervas e especiarias a gosto

Modo de preparo:
Pré-aqueça o forno a 180ºC. Em uma
vasilha misture bem as sementes de
abóbora com os demais ingredientes e
despeje na assadeira. Leve para assar por
15 minutos ou até dourarem.

92
Consumo de Carne Vermelha
Uma dieta rica em carne vermelha aumenta o risco de Câncer Colorretal!
No aumento da ingestão de proteínas, há um aumento de resíduos no cólon,
como sulfeto, nitrato, amônio, aminas, aminoácidos de cadeia ramificada e H 2S. O H2S,
um produto final do metabolismo das proteínas, foi demonstrado que é pró-
inflamatório e genotóxico.

Um desequilíbrio na microbiota intestinal pode promover o surgimento e a


progressão do câncer colorretal por diferentes processos, como:
1. Indução de um estado inflamatório crônico;
2. Biossíntese de genotoxinas interferindo na regulação do ciclo celular ou
danificando o DNA;
3. Produção de metabólitos tóxicos.

93
Qualidade dos Carboidratos
1. Baixo a Moderado Índice Glicêmico;
2. Não Processados e nem Industrializados;
3. Íntegros.

Carboidratos ruins:

açúcar, açúcar invertido


Açúcar,
xarope de glicose,
açúcar líquido invertido

Açúcar, gotas de chocolate,


açúcar invertido

Xarope de açúcar
frutose
maltodextrina,
amido modificado

94
Carboidratos bons:

Resposta Glicêmica:

O carboidrato aumenta diretamente os níveis glicêmicos pós-prandiais e, atua como,


o principal determinante dietético da secreção de insulina pós-prandial.

95
Insulina Elevada favorece:
• Estímulo de acetil-CoA carboxilase;
• Estímulo de malonil-CoA;
• Redução de CTP-1;
• LPL - síntese de TGL no fígado.

Insulina elevada ESTIMULA a adipogênese!

Insulina elevada INIBE a lipólise!

Estimulação
β- Proteínas AMP
adrenérgica Gs AMPc

A Insulina rouba o Ativação proteína


Fósforo da LSH quinase A - PKA

Estímulo da via lipolítica


(fosforilação/ ativação da LSH e da perilipina).

Lipólise do TGL

96
Insulina elevada INIBE o AMPK!

Low
carb

O problema da hiperglicemia!

97
Estratégias para redução da glicemia pós-prandial

Banana verde Polifenois

Vinagre Probióticos

Chá verde Inulina

Canela Psyllium

Amido resistente do milho Pectina

Betaglucana

Chia

7g (1 colher de sopa) reduziu – 7% da resposta glicêmica

98
Fibras solúveis  β-glucana (farelo de aveia);

5g  Psyllium;
 Goma-guar.;
 Amido resistente.

Diminuem os níveis de glicose e insulina pós-prandiais em


indivíduos saudáveis.

Canela
5 – 6g

Passo 1 - Manter por 24 horas, em temperatura ambiente, 60g


de Canela em 1 litro de água.

Passo 2 – Aquecer a solução durante 30 minutos a 100ºC, filtrar


e deixar esfriar em temperatura ambiente.

100ml (6g de canela) foi ofertado a indivíduos não diabéticos, e os participantes


fizeram o teste de tolerância à glicose oral.

Diminuição da glicemia pós-prandial e melhora da resposta glicêmica.


Journal of Diabetes Research, 2015.

99
Os mecanismos envolvidos no efeito hipoglicemiante da canela ainda não são
totalmente elucidados, mas podem estar relacionados à redução do esvaziamento
gástrico, ação sinalizadora da insulina que pode conduzir à absorção celular da glicose
e redução da α-amilase pancreática e da α-glucosidase intestinal.
Fonte: PUJOL, A.P.P. Estratégia Low Carb, 2017.

100
O cinamaldeído ativou significativamente a
sinalização da proteína quinase (PKA), aumentou os
níves de expressão de genes termogênicos e induziu
a fosforilação de HSL e PLIN1 em adipócitos
primários.
Ucp1 e Fgf21

O extrato da canela (CE) induziu o fenótipo


multicelular de adipócitos marrons.

101
Cinnamomum cassia (extrato seco
padronizado a 10% de polifenois) -
150mg a 500mg

Canela Verdadeira

Vinagre de Maçã

 Eficaz na resistência à insulina;


 Fornece proteção ao fígado;
 Reduz o estresse oxidativo e a inflamação em pacientes com câncer de mama,
quando associado a uma dieta rica em outros polifenóis;
 Ativa a enzima AMPK responsável por aumentar a biogênese mitocondrial e
estimular a oxidação lipídica, principalmente na região abdominal;
 Retarda o esvaziamento gástrico.

102
2 colheres de chá
Redução efetiva (20%) na glicemia pós-
(10ml)
prandial, quando ingerido durante as
refeições.

Saciedade Hipoglicemiante Anti- Prevenção do risco


hiperlipidêmico aterogênico

Chá Verde

Na Obesidade:
 Inibição da catecol-O-metil-transferase que bloqueia a lipólise;
 Aumento da capacidade mitocondrial em utilizar a gordura estocada no tecido adiposo
branco como fonte de energia e suprimir a adipogênese nesse tecido;
 Contribui para a secreção de hormônios da saciedade, como o GLP-1, auxiliando no
controle da glicemia e na perda de peso;
 Estímulo das células beta-pancreáticas a aumentarem a secreção da insulina pós-
prandial e, consequentemente, favorece o funcionamento do pâncreas, além de
induzir o aumento da captação de glicose por meio da translocação do GLUT4 nos
adipócitos e músculo esquelético;
 Reduz a absorção de carboidratos e a produção hepática de glicose.

103
Ensaio clínico, randomizado controlado, duplo-cego.

Duração de 12 semanas 120 mulheres com excesso de


gordura corporal

1. Controle
2. Chá Verde (1g de extrato de chá verde seco/dia
padronizado a 50% de polifenois)
3. Metformina (1g/dia)
4. Chá Verde + Metformina (1g de cada)

Após 12 semanas de intervenção:


 O chá verde demonstrou efeito POSITIVO em relação ao controle
glicêmico;
 Alterou o perfil lipídico, diminuindo significativamente o
colesterol total e LDL-C;
 O efeito isolado do chá verde foi SUPERIOR ao da metfomina no
controle glicêmico e o no perfil lipídico.

Chá Hipoglicemiante

Ingredientes:
25g de Canela em pau (Cinnamomum zeylanicum) casca;
1g de Pata de Vaca (Bauhinia forficata) folhas;
3g de Chá Verde (Camellia sinensis) folhas;
1 litro de água.

Modo de preparo:
Colocar a canela em 1 litro de água fria e deixar de molho por 24h. Levar, ferver por
30 minutos e desligar o fogo. Quando a água atingir 85°C adicionar a pata de vaca e
o chá verde. Deixa em infusão por 10 minutos. Consumir 1 xícara (200ml) após as
refeições com carboidratos.

104
Amora Branca (Morus alba)

 Inibe a absorção intestinal de Carboidratos Simples através da competição com


a sacarose e a maltase;
 1-desoxinojirimicina - Ativo Hipoglicemiante
 Componentes como a Isoquercitrina e a Astragalina podem desempenhar
papéis nas enzimas da α-glucosidase.

Com a finalidade de reduzir a absorção de carboidratos e os picos de glicose após uma


refeição, o morus alba deve ser consumido ao longo da refeição fonte de
carboidrato.

Sinergia com o Hibiscus  Inibe a absorção do amido  Chá de Amora


branca com hibiscus

105
Retrogradação do Amido

Arroz branco cozido e refrigerado durante 24


horas a 4ºC, e em seguida, reaquecido.

Apresenta maior teor de amido resistente!

O resfriamento/congelamento pode elevar o teor de amido resistente devido à


retrogradação do amido. Trata-se de um processo no qual as cadeias de amilose e
amilopectina que foram desagregadas na gelatinização do amido, durante o
aquecimento, se reagrupam para formar estruturas mais ordenadas.

Além disso...
Favorece a redução da glicemia!

-18%

106
Ordem do Consumo dos Alimentos e a Resposta Glicêmica

Estudo piloto com portadores de DM2 avaliou a resposta glicêmica de


refeições iguais, mas com diferentes ordens dos alimentos consumidos.

1ª Etapa:
Pão Ciabatta + Suco de 15 minutos Peito de Frango +
Laranja Vegetais

2ª Etapa:
Peito de Frango + Vegetais 15 minutos Pão Ciabatta + Suco de
Laranja

A refeição em que o consumo de Proteínas + Vegetais ocorreu 15 minutos antes dos


Carboidratos resultou em menor resposta glicêmica e insulínica.

107
Glicose pós-prandial:
Após 30 minutos: 28,6% menor (P =
0,001)
Após 60 minutos: 36,7% menor (P =
0,001)
Após 120 minutos: 16.8% menor (P =
0,03)

Insulina pós-prandial:
Após 120 minutos: 73% menor

16 Diabéticos tipo 2 consumiram a mesma refeição em 3 dias em ordem


aleatória

CHO no Carboidrato (pão ciabatta e suco de laranja)  intervalo de 10


início minutos  Proteína (peito de frango grelhado sem pele) e vegetais
(alface, tomate e pepino com vinagrete italiano);
CHO no final Proteína e vegetais  intervalo de 10 minutos  Carboidratos;
Sanduíche Todos os componentes da refeição juntos como um sanduíche + suco
 metade consumida antes de um intervalo e metade depois.

108
Pico de glicose foi de 53.8% menor

Pico de insulina foi de 24,8% menor

109
Cereais Integrais

Flocos de aveia
maiores
O tamanho do aumentam mais
grão pode levar os números de
Mais íntegros e a diferentes bifidobacterias.
de maior respostas
tamanho; bacterianas;

Integrais x Refinados

Aipim Tapioca

Milho Fubá

Leguminosas

Prebióticos:
Galacto-oligossacarídeos (GOS);
Rafinose-oligossacarídeos (ROS);
Amido resistente.

110
Mas e a flatulência?

Utilizar especiarias carminativas:


 Erva doce
 Gengibre
 Cominho

Alfa-galactosidase
Aspergillus niger

Fibras

 O consumo de 50 a 120g de fibras por dia  MICROBIOTA INTESTINAL


DIVERSIFICADA;
 Fibras auxiliam a manter uma microbiota intestinal saudável.

111
Carboidratos Acessíveis a Microbiota (MAC´s)

A fermentação destas fibras produz Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC), em


particular, o butirato que é a fonte de energia preferencial para o epitélio do cólon.

112
A deficiência de fibras  Erosão do muco!

Fonte: adaptado de Desai e cols., 2016

Frutas – Controvérsia da Frutose

113
Estudos utilizam doses excessivas de frutose isolada:
1,5 a 3x a dose usual em humanos;
4 a 5x dose usual em animais.

Fruta não é só frutose!

Composição de açúcares nas frutas por


porcentagem
Abacate

Framboesa

Morango

Mamão papaya Galactose


Pêssego Maltose
Melancia
Frutose
Damasco
Sacarose
Abacaxi
Glicose
Mirtilo

Banana

Manga

0 2 4 6 8 10 12 14

114
↓ Calorias ingeridas Influência negativa na homeostase
↑ água, ↑ fibra energética

Atraso no esvaziamento gástrico


↑ Saciedade
↑ dos hormônios intestinais da
saciedade

Resistência à leptina
↑ Micronutrientes (vitaminas,
Frutas

cálcio, zinco, ferro, etc).


↓ Adipogênese

↓ Estresse oxidativo

↑ fitoquímicos não-essenciais ↓ Lipogênese


(resveratrol, naringenina, ↑ Lipólise
catequinas
↓ Adipogênese
↓ Apoptose adipocitária

↓ Firmicutes

Transformação da microbiota ↑ Bacterioidetes


↑ Actinobactérias

Teor de Polifenóis nas Frutas Brasileiras

Frutas e hortaliças, além de fornecerem componentes importantes para


desempenharem funções básicas do organismo como, por exemplo, ácido ascórbico,
betacaroteno e ácido fólico, são fontes de compostos bioativos diretamente
associados à prevenção de doenças. Os polifenóis compreendem o maior grupo dentre
os compostos bioativos nos vegetais.

115
ESTUDO QUE COMPAROU O ACRÉSCIMO DE CALORIAS
7 kcal/kg em FRUTAS versus OLEAGINOSAS

30 Participantes: IMC médio de 22,3 kg/m2


Após 8 semanas:
↑ no consumo de frutose não modificou a concentração de gordura no fígado, não
induziu alterações na gordura abdominal subcutânea ou na gordura abdominal
visceral.

116
DISBIOSE INTESTINAL X FRUTOSE
FRUTOSE PROVENIENTE DAS FRUTAS, MESMO NUM CONTEXTO DE CALORIAS
EXTRAS, NÃO FOI PREJUDICIAL A ESSES PARÂMETROS METABÓLICOS!

Dieta estilo ocidental e com adição de frutose líquida

• Aumento da translocação de endotoxinas em 2,6 a 3,8 vezes


• Perda de espessura do muco no cólon -46%
• A frutose aumentou a relação Firmicutes: Bacteroidetes em 88%
• Alteração de barreira intestinal e disbiose

ATÉ 25G DE FRUTOSE/DIA É RECOMENDADO!

117
VEJA NA TABELA ABAIXO A QUANTIDADE DE FRUTOSE EM 100g DE
FRUTA:

Fonte: USDA

INCLUIR DE 3 A 5 PORÇÕES DE FRUTAS/DIA É SEGURO!

118
Qual seria o horário mais “inteligente” para o consumo de CHO?
Verificar inicialmente: QUANTIDADE e QUALIDADE!

CHO no Pré treino?

Exercício aeróbio realizado em jejum, aumenta a oxidação de gordura em indivíduos


do sexo feminino, e também a atividade da AMPK e a expressão gênica pós-exercício,
devido a RESTRIÇÃO DE CHO.

Estratégia: Consumir aproximadamente 20g de proteína de soro de leite antes e


durante as sessões de treinamento (restritas em CHO)

Permite a mobilização de FFAs e a ativação do eixo de sinalização da AMPK enquanto


também melhora o equilíbrio proteico muscular.

119
CARBOIDRATOS PRÉ-EXERCÍCIO FÍSICO

O aumento do teor de glicogênio muscular antes do exercício e a


disponibilidade de carboidratos exógenos antes e durante o exercício dinâmico
AUMENTAM A OXIDAÇÃO DE CARBOIDRATOS e DIMINUEM RECIPROCAMENTE A
OXIDAÇÃO DA GORDURA.

No entanto, em uma determinada intensidade de exercício e demanda metabólica,


pode haver mudanças recíprocas nas proporções de carboidratos e gorduras que são
oxidadas.

A ingestão de carboidratos ANTES ou no INÍCIO do exercício REDUZ A TAXA DE


OXIDAÇÃO DA GORDURA SIGNIFICATIVAMENTE comparada com as condições de
jejum, enquanto o JEJUM COM MAIS DE 6 H OTIMIZA A OXIDAÇÃO DA GORDURA.

Estratégia: Iniciar o treino aeróbico com insulina baixa!


Em um treino HIIT – Consumir carboidrato 2 horas antes e 1 hora após.

120
Restrição de carboidratos melhora a SINALIZAÇÃO CELULAR e a EXPRESSÃO
GÊNICA e MODULA OS COMPONENTES DA ADAPTAÇÃO AO TREINAMENTO e do
DESEMPENHO DO EXERCÍCIO.

121
CARBOIDRATOS PÓS EXERCÍCIO FÍSICO

25g de Whey Protein X 25g de Whey Protein + 50g de maltodextrina

Não houve diferença adicional na TAXA DE SÍNTESE PROTEICA!

Redução de gordura corporal: Restrição de carboidratos após o treino – Para


manter o estímulo oxidativo. Em caso de 2 treinos/dia, consumir carboidrato para
recuperação do glicogênio.

EXEMPLO: Exercício aeróbio em jejum

Pré-treino  Sistema Oxidativo


PTN (whey protein ou proteína vegana) +
Cafeína + TCM + Cacau

 PTN: Aumenta o metabolismo pelo efeito térmico dos alimentos


 CAFEÍNA: Aumento do Cálcio no retículo sarcoplasmático
 TCM: Absorção facilitada
 CACAU: Melhora a função vascular; Reduz o estresse oxidativo induzido pelo exercício;
Altera a utilização de gordura e carboidratos durante o exercício, sem afetar o
desempenho

122
REFEIÇÃO PRÉ TREINO – Quanto tempo antes do exercício para
oxidação de gordura?

• 30 minutos antes – 0,3 g/kg de peso de CHO de moderado a baixo índice


glicêmico
• 1 hora ou 1 hora e meia antes – 0,5g/kg de peso de CHO de moderado a baixo
índice glicêmico
• 2 a 3 horas antes - 0,7 g/kg de peso de CHO de moderado a baixo índice
glicêmico

EXEMPLO: Paciente com 60kg de peso corporal

30 minutos antes da A.F.


0,3g de carboidratos/kg de peso 18g

Palatinose/isomaltose
IG 32
Shake pré-treino

Ingredientes:
50g de Morangos
15ml de Óleo de Coco (TCM)
15g de Palatinose
200ml de Água gelada

Modo de Preparo:
Bater bem todos os ingredientes no liquidificador com gelo.

Valor calórico Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras

211,75 Kcal 18,4g 0,45g 15,15g 0,85g

123
1 hora a 1 hora e meia antes da A.F.
0,5g de carboidratos/kg de peso 30g

Refeição pré-treino

60g de Batata baroa 50g de Legumes


cozida 60g de Atum
cozido no vapor

20g de Folhas 100ml de Suco de


verdes Uva Natural

Valor calórico Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras


228 Kcal 30g 18g 4g 3g

Lanche Pré-treino (Panqueca)


Ingredientes:
55g (1 unidade pequena) de Banana
100g (2 unidades) de Ovo de Galinha
20g (2 colheres de sopa) de Aveia
10g (1 colher de sopa) de Farinha de coco
1g de Fermento em pó
Modo de preparo: bater os ingredientes no liquidificador, e por último juntar com o
fermento em pó. Despejar a massa em uma frigideira antiaderente e deixar cozinhar
dos dois lados.

Valor calórico Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras

124
389Kcal 30g 20g 21g 8g

2 - 3 horas antes da A.F.


0,7g de carboidratos/kg de peso 42g

50g de Salmão
grelhado
100g de Batata 85g de Abóbora
baroa cozida cabotiá cozida

50g de Abacate 20g de Tomate 10g de Salada de 100g de Legumes


folhas cozidos no vapor
Valor calórico Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras

367Kcal 41g 17g 15g 10,4g

100g de Arroz 50g de Peito de 100g de Legumes 10ml de Azeite de


selvagem cozido frango grelhado cozidos no vapor Oliva

25g de Azeitona 50g de Morangos


verde

Valor calórico Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras


379Kcal 44g 17g 15g 10,4g

125
CARBOIDRATO NO PERÍODO NOTURNO?
Tem diferença?

 Mais atenção a QUANTIDADE DIÁRIA de CHO e valor calórico!

Tolerância à glicose: menor durante à tarde e à noite do que na parte da manhã.

Deficiência na tolerância à glicose à noite é resultado de: Resistência à insulina periférica


e hepática

 Aumento das concentração de TGL plasmáticos pós-prandiais


 Redução da ativação LPL
 Péptideo pancreático, TSH, Cortisol e Leptina estão alterados após refeição noturna

A TMB BASAL E PÓS-PRANDIAL É MENOR À NOITE!

TMB antes de comer: 70Kcal a menos


TMB pós-prandial: 143Kcal a menos

126
A TERMOGÊNESE VARIA DURANTE O DIA:

Rev-erbα – gene “ANTITERMOGÊNESE” – PRÓ


ADIPOGÊNESE

Noite –
Dia -
Upregulation de
Downregulation de
Rev-erbα
Rev-erbα

Ativação de UCP-1 Inibição de UCP-1

Ativação de PPARgama por


clock gene

127
Carboidratos de alto índice glicêmico pode alterar a produção de
MELATONINA

WIRZ-JUSTICE, A.; KRAUCHI, K.; WERTH, E. et


al. Carbohydrate-rich meals: a zeitgeber in
humans. J Sleep Res. v. 7, 69, 308, 1998.

KRAUCHI, K.; CAJOCHEN, C.; WERTH, E. et al.


Alteration of internal circadian phase
relationships after morning versus evening
carbohydrate-rich meals in humans. J Biol
Rhythms. v. 17, n. 4, p. 364-376, 2002.

Serotonina
TRIP plasmático Melatonina imediata

Pico de melatonina
Qualidade do sono

Advances in Nutrition: An International Review Journal,, 7 5, 938-949, 2016.

128
Estratégia: Regular a fome noturna com o lanche da tarde

O carboidrato da manhã, deve ser de alto ou baixo IG?

129
Pico de glicose até 2 vezes maior em Alto IG

O café da manhã com IG baixo resultou em uma ingestão de alimentos


significativamente menor no almoço e uma diminuição da ingestão de
energia total em 285 kcal

As mulheres SOP são mais resistentes à insulina


durante a manhã do que à noite

Podem se beneficiar de consumir refeições com


baixo carboidrato no café da manhã

SAM, Susan et al. Abnormal Metabolic Chronotype in Obese Women with PCOS: Post-Prandial Glucose Tolerance Is
Better in the Evening Than in the Morning. In: Hyperandrongenic Disorders and Female Reproductive Tract
(posters). Endocrine Society, 2016. p. SAT-194-SAT-194.

Um café da manhã com alto teor


de gordura comparado com um
café da manhã rico em
carboidratos aumenta a oxidação
de gordura em 24 horas em
adultos mais velhos

130
Estratégia: Comer uma quantidade pequena de CHO no café da manhã
(35% - de baixo IG)

131
132
GORDURAS!
Quanto e qual tipo utilizar?

< 50%
Normalmente: 35-45%

 ABACATE:

½ Abacate Refeição

28% - Aumento da Saciedade


e
23% - Redução da Fome

Redução na ingestão de alimentos subsequentes


em comparação com os indivíduos que não
consumiram abacate com a refeição.

WIEN, M. et al. A randomized 3X3 crossover study to evaluate the effect of Hass
avocado intake on post-ingestive satiety, glucose and insulin levels, and subsequent
energy intake in overweight adults. Nutrition Journal. v. 12, n. 155, 2013.

133
Dieta rica em PUFA provoca uma
diminuição do hormônio GRELINA e
aumento do hormônio PYY em
oposição a uma dieta de alta SFA.

Aumento na expressão da Cada 100g de Abacate contêm cerca de


adiponectina e dos genes PPAR- 10g de MUFA, 2g de PUFA e 2g de SFA2
gama. ↓
↓ Redução da gordura abdominal
Essas proteínas são responsáveis
pela degradação das gorduras

200g de ABACATE a uma NÃO comprometeu a perda de


dieta HIPOCALÓRICA peso!

PIETERSE, Z. et al. Substitution of high monounsaturated fatty acid avocado for mixed dietary fats during na energy-restricted
diet: effects on weight loss, serum lipids, fibrinogen, and vascular function. Nutrition. v. 21, n.1, p. 67-75, 2005.

Reduziu significativamente a FOME e o DESEJO DE COMER


½ abacate no almoço por conta própria e aumentou a SACIEDADE em
comparação com a refeição controle

WIEN et al. Efeito da incorporação de abacate nas refeições em saciedade de adultos com sobrepeso saudável. 11ª
Conferência Europeia de Nutrição da Federação das Sociedades Europeias de Nutrição. 27 de outubro. Madrid, Espanha .

134
 AZEITE DE OLIVA:

Virgem
COCÇÃO

Extra-Virgem
PREPARAÇÕES CRUAS

135
pioram a sensibilidade pós-prandial de insulina;
aumentam inflamação, promovem disbiose.

melhoram a sensibilidade à
insulina pós-prandial e estimulam a secreção de glucagon-like peptide 1
(estimula secreção de insulina).

Gordura saturada gera efeito térmico nos


alimentos menor quando comparado com
azeite de oliva!

Equilíbrio entre SFAS (<10%), MUFAS e PUFAS

 Abacate  Castanhas

 Óleo de gergelim  Amêndoas

 Azeite de oliva  Pistache

 Óleo de abacate  Macadâmia

 Óleo de macadâmica  Linhaça

 Óleo de semente de uva  Chia

 Nozes  Sementes de abóbora

 Noz Pecã  Azeitonas

 TCM  Sementes de girassol

136
CONSUMIR COM CAUTELA:

 Coco
 Óleo de coco extra virgem
 Farinha de coco
 Pasta de amendoim
 Banha de porco
 Linguiça artesanal
 Bacon artesanal
 Manteiga
 Queijos
 Lácteos

EVITAR O MÁXIMO QUE PUDER:

 Gordura trans/hidrogenadas

 Mistura de açúcar e gordura

137
Corisol

Melatonina
GH
Grelina
Cortisol
Temperatura
Serotonina

06h 08h 12h 14h 20h 00h 2h

DIA NOITE

• Horário e estresse - o hormônio liberador de corticotropina (CRH) e a


vasopressina (ADH, hormônio antidiurético).
• Café pode impedir a queda noturna, e é estimulante de cortisol.

A enzima 11b-Hidroxiesteróide desidrogenase tipo 1 (11b-


HSD1) estimula a diferenciação de adipócitos

O aumento do cortisol intracelular leva a um aumento do fluxo


de ácidos gordurosos para fora dos adipócitos subcutâneos,
favorecendo o armazenamento de gordura visceral

138
Cortisol e escolhas alimentares

AUMENTO DO DESEJO POR ALIMENTOS DOCES E GORDUROSOS

Fatores dietéticos promovem diminuição do cortisol:


 Triptofano
 EPA/DHA
 Betaína/Rhodiola rosea/Eurycoma longifolia
 Chá preto, chá oolong, chá verde

Modulação do cortisol
O cortisol é um hormônio da classe dos glicocorticoides que são sintetizados no
córtex das glândulas suprarrenais (adrenais) e são assim denominados por possuírem
efeitos na mobilização de gorduras, proteínas e na regulação do metabolismo de
carboidratos, além de atuar na supressão da resposta inflamatória via repressão da
expressão de citocinas e regulação da migração de linfócitos.
Quando ocorrem eventos estressantes a atividade do eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal (HHA) aumenta, interagindo com níveis aumentados e epinefrina, glucagon e
atividade neuronal simpática, elevando os níveis de glicose sanguínea para fornecer
substrato energético para o cérebro e músculos.

139
Sendo assim, se o indivíduos se apresenta em constante estresse, que é o que
ocorre nos dias atuais, onde há disponibilidade a alimentos com teores de açúcares e
gorduras elevados, esse mecanismo fica sempre acionado mantendo a insulina elevada
resultando em adiposidade visceral, hiperinsulinemia e obesidade.
Fonte: NAVES, A. Nutrição Clínica Funcional: Modulação Hormonal.
São Paulo: VP Editora, 2010.

Algumas substâncias e nutrientes parecem modular os níveis excessivos de cortisol:

Vitamina B6
+
Vitamina B12
GABA
Ác. Fólico

Lítio -

Taurina Corticoberina

Produtos de leite -
fermentado
Cortisol
Brotos de arroz
negro, cevada e
feijão

Lactobacillus rhamnosus JB-1 reduziu os comportamentos relacionados à


ansiedade e à depressão via aumento de GABA.

Vitaminas B1, B2 e niacina, vitamina C e D ainda são controversas.

Escurecimento do Tecido Adiposo

Ativação do Sistema
nervoso simpático

Níveis de noraepinefrina

140
141
142
AMP
Inibe FAS

PGC1-α

Ativa HSL

Inibe enzimas
lipogênicas no fígado
CTP1

ACC

Curcuma longa, Extrato seco padronizado com no


mínimo de 95% de curcuminoides - 400mg

143
144
145
TCM + PIMENTA

Termogênese induzida pela dieta


em mais de 50%
Análise nas 6 horas após o café da manhã por
calorimetria indireta.

12 mg de capsinoides e/ou ≤ 2 h de exposição a frio (~ 14,5 ° C) em


humanos.

146
Capsinoides + exposição a frio aumentaram gasto de energia (~ 10%) BAT
positivos do que em participantes BAT negativos (~ 5%), embora o frio induzisse um
aumento de 2 vezes no gasto energético e maior oxidação de gordura, sensibilidade à
insulina e colesterol HDL em comparação com os capsinóides.

Ingestão oral de uma


bebida contendo 615 2 h de exposição a frio a 19 ° C
mg de catequina e 77
mg de cafeína

92,0 ± 26,5 a 197,9 ± 27,7 kcal / d (P = 0,009)

147
AMPK/ PGC
SIRT

“ATIVAÇÃO da rede celular AMPK-SIRT1-PGC1α em seres humanos.”

Aptidão metabólica e oxidação lipídica

EFICIÊNCIA BIOENERGÉTICA CELULAR

148
Nicotinamida Ribosídeo

+ Pterostilbeno

149
RESVERATROL

BIODISPONIBILIDADE

Pterostilbeno - maior biodisponibilidade e


meia vida.

 Trans-pterostilbeno: biodisponibilidade de 80%.


 Resveratrol: biodisponibilidade de 20%.

• Base lipossolúvel
• 5 a 15 mg
• Cápsulas com excipiente lipofílico qsp
• De 30 a 200mg

Resveratrol 15 a 200 mg + Quercetina 200 mg

 Ativa a enzima AMPK - PGC-1 alfa - browning


 Inibe o PPAR gama, SREBP-1 e ChEBP
 Inibe a produção de malonil-CoA e FAS

FITOTERÁPICOS NA ATIVAÇÃO DO AMPK

Gynostemma pentaphyllum - Extrato seco


padronizado com no mínimo de 80% de
ginpenosídeos, partes aéreas – 80 a 200 mg

150
Cúrcuma longa – Extrato seco padronizado com no
mínimo 95% de curcuminoides – 400mg

Trans-resveratrol – 200mg

Gynostemma pentaphyllum

80 indivíduos

RCQ ≥ 0,85

IMC ≥ 25 kg/m2 e
RCQ ≥ 0,90
Gynostemma pentaphyllum
Placebo (n = 40)
(450 mg/dia )

12 semanas

151
Grupo Grupo placebo
Gynostemma pentaphyllum

Não foram observadas alterações clinicamente significativas em


nenhum parâmetro de segurança.

Trans-resveratrol –150mg

Ativou AMPK, aumentou os


níveis de proteína SIRT1 e
PGC-1α

152
 Ativador de AMPK;
 Melhora sensibilidade à insulina;
 Redução da expressão gênica para lipogênese;
 Redução de peso, TGL.

500mg, 2 vezes por dia!

Modular a microbiota intestinal

153
154
PERMEABILIDADE INTESTINAL E ATIVACÃO DO EHA

Permeabilidade intestinal  LPS  ativação de receptor Toll-like 4


(TLR4)  ativação do sistema imune, ativação do EHA e inflamação.

155
SEROTONINA PRODUZIDA NO INTESTINO

A Microbiota influencia o nível de serotonina do corpo.

A serotonina lúmen-intestinal (5-hidroxitriptamina: 5-HT) contribui para várias


funções gastrointestinais, como os reflexos peristálticos. O 5-HT é liberado de células
enterochromaff (EC) em resposta a uma série de estímulos, incluindo sinais da
microbiota intestinal.
No entanto, o mecanismo específico pelo qual a microbiota intestinal regula os
níveis de 5-HT no lúmen intestinal ainda não foi esclarecido. Em um trabalho com
animais gnotobióticos mostrou que as catecolaminas livres podem ser produzidas pela
desconexão de catecolaminas conjugadas; Daí, especula-se que a desconjugação por
enzimas bacterianas pode ser um dos mecanismos pelos quais a microbiota intestinal
podem produzir 5-HT livre no lúmen intestinal.
Neste estudo, testou-se esta hipótese utilizando camundongos sem germes
(GF) e camundongos gnotobióticos recolonizados com flora fecal sem patógenos (SPF)

156
específica (EX-GF). Os níveis de 5-HT nos lumens do ceco e do cólon foram
significativamente menores nos ratos GF do que nos ratos EX-GF. Além disso, esses
níveis aumentaram rapidamente, dentro de apenas 3 dias após a exposição à
microbiota SPF.
A maioria do 5-HT estava numa forma livre não conjugada nos ratos EX-GF,
enquanto que aproximadamente 50% do 5-HT foi encontrado na forma conjugada nos
ratinhos GF.
Esses resultados sustentam ainda mais a visão atual de que a microbiota
intestinal desempenha um papel crucial na promoção da produção de 5-HT livremente
biologicamente ativo. A desconjugação do 5-HT conjugado com glucuronida por
enzimas bacterianas é provavelmente um dos mecanismos que contribuem para a
produção de 5-HT livre no lúmen intestinal.

Elaine Hsiao, pesquisadora da


Universidade da Califórnia, Los Angeles
(EUA), estuda serotonina no contexto
do eixo do intestino-cérebro.

157
Sintetizadas
por células

Estrutura
Locais química
diferentes igual

SEROTONINA

Fibras Prebióticas

São digeridas no cólon e metabolizadas pela microbiota


intestinal benéfica

São fermentados e contribuem para o crescimento das bactérias Lactobaccili e


Bifidobacteria:
• Fruto-oligossacarídeos (FOS);
• Galacto-oligossacarídeos (GOS);
• Bimuno - galacto-oligossacarídeos (B-GOS);
• Beta-glucanos;
• Pectina;
• Amido resistente.

Amido Resistente 158


Banana
“Quanto mais verde melhor”

Também é encontrado em:


 Batatas Inglesas Cozidas e Refrigeradas
 Batata Yacon

FOS
Inulina

Modo de Preparo:
Frescos e crus
Aspargos Ligeiramente cozidos no vapor

159
Alho Cebola Alho-poró
13% de FOS por 4% de FOS 3% de FOS
peso fresco

Maiores concentrações
de prebióticos

Alho:
Estimula o crescimento de Bifidobacteria
e promover um ambiente de pH baixo
(ácido) no cólon, o que é favorável para Mastigar ou esmagar
bactérias benéficas. o alho cru

Alcachofra
Raiz de Chicória

Consumir probióticos

Alimentos Fermentados
160
Kefir Chucrute Iogurte com lactobacillus

Kombucha Picles Ameixas de Umeboshi

Kefir
Esse alimento funcional tem sido associado há uma série de benefícios a saúde
como:

 Melhora do perfil lipídico.


 Diminuição nos níveis séricos de glicose, resultando em menor expressão de
citocinas pró-inflamatórias e promovendo regeneração das células beta
pancreáticas.
 Diminuição de genes-alvo relacionados a lipogênese (PPAR-gama, FAZ, ACC) e
sobretudo, ainda aumenta genes que induzem a beta-oxidação de ácidos
graxos (queima de gordura) como o PPAR-alfa e o CPT1-alfa.

161
Lactobacillus acidophilus e casei, Lactococcus
lactis, Bifidobacterium bifidum e lactis

A suplementação de uma mistura probiótica reduziu a adiposidade abdominal e


aumentou a atividade enzimática antioxidante de forma mais efetiva do que uma
intervenção dietética isolada.

Eficácia de probióticos na perda de peso

 Apenas 9 preencheram os critérios de seleção;


 Apenas 4 dos estudos foram ensaios controlados randomizados (RCTs) que
compararam a eficácia terapêutica de probióticos com placebo.

Os estudos examinados nesta meta-análise indicaram que os probióticos têm eficácia


limitada em termos de diminuição do peso corporal e IMC e não foram efetivos para a
perda de peso.

162
957 indivíduos IMC médio de 27,6 Intervenções variando de 3 a
63% de mulheres kg/m2 12 semanas

Dos 800 estudos identificados através da pesquisa da


literatura, 15 foram finalmente incluídos.

A administração de probióticos resultou em


REDUÇÃO DE:
 Peso corporal;
 IMC;
 Percentual de gordura.

No entanto, a amplitude dos efeitos foram pequenos.

163
O efeito dos probióticos sobre a massa gorda NÃO foi
significativo.

Polifenois

Os micro-organismos estressados pela exposição a polifenois reforçam as


proteínas relacionadas aos mecanismos defensivos, que protegem as células.
Polifenois tem alto peso molecular e estão na forma glicosiladas e precisam ser
metabolizados (aglicona) para que se tornem biodisponíveis. Quem faz a
metabolização é a microbiota intestinal.

Somente 5 a 10% é absorvido e de 90 a 95% é


metabolizado pela microbiota

Coma Alimentos ricos em


Polifenois!

Cacau em pó Romã Alcachofra

Morango Cebola Chá verde

164
Fisetina TNFalfa, PG2 em microglia
Efeito antidepressivo

Maçã Vinho Tinto


Amêndoas Mirtilo

Interação fenólica-microbiota Via de Duas Mãos - Microbiota

Romã

Promove significativamente o
crescimento de Bifidobacterium
breve e Bifidobacterium
infantis em 275% e 241%.

Suco de mirtilo

Aumenta:
 Bifidobacterium;
 Plasticidade Neuronal.

165
Polifenois
EGCG, Quercetina e Kampferol foram mais potentes do que o orlistat anti-obesidade.

166
Os polifenóis, como flavonoides cítricos, galato de epigalocatequina,
resveratrol, capsaicina e curcumina, aumentaram a lipólise e induziram β-oxidação de
ácidos graxos através da modulação de lipase sensível a hormônio, acetil-coa
carboxilase, carnitina acil transferase e proliferador de peroxissomo coactivador gama-
receptor ativado-1.

167
EXCLUIR OU EVITAR

Alérgenos
(glúten e leite) Carne vermelha

Ultraprocessados
Embutidos

Agrotóxicos

168
Micronutrientes Meta de fitoquímicos
Patologias, sinais e sintomas
Modular a inflamação
Hábitos de vida
Epigenética
BE

Intestino
Modular o EO
Composição em
Periodização
macronutrientes

Ativação metabólica AMPK- Biogênese mitocondrial


SIRT-PGC1-alfa
Plano Alimentar
personalizado para
redução de peso
Microbiota Jejum
Índice Glicêmico
intermitente

Manutenção da MM
Saciedade/compulsão

Escurecimento
Ritmo circadiano
do TAB Adesão

Macronutrientes
Pré e pós treino

169
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