HAMSTERS (Mesocricetus auratus) UTILIZADOS NA MANUTENÇÃO DE ESPÉCIES DE Leishmania MANTIDOS EM AMBIENTES COM DIFERENTES TIPOS DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL. Thais Mota RODRIGUES1; Antonia Maria Ramos FRANCO2; Leonardo Brandão MATOS3; Adolpho Marlon Antoniol de MOURA4; Email do Autor Principal: lbmatos@gmail.com
INTRODUÇÃO - Os hamsters são animais utilizados rotineiramente para estudos
experimentais com parasitos do gênero Leishmania (Protozoa Kinetoplastida Trypanosomatidae). A infecção envolve principalmente as células do sistema fagocitico mononuclear, células onde os parasitos realizam a sua multiplicação. A exposição de animais a situações estressantes por períodos prolongados podem provocar modificações nas funções fisiológicas, as quais podem interferir em procedimentos experimentais alterando variáveis observadas como comportamento, adequação de dose e resposta farmacológica. OBJETIVO – Avaliar a influência do enriquecimento ambiental sobre o sistema imunológico, fisiologia e comportamento de hamsters inoculados com flagelados do gênero Leishmania. MÉTODOS - Utilizou-se 36 hamsters dourados (Mesocricetus auratus) machos, com 40 dias de idade, sendo agrupados aleatoriamente em gaiolas com três animais. Os animais foram divididos em dois grupos experimentais, sendo o primeiro com animais inoculados (G1) e o segundo sem nenhum procedimento de inoculação (G2). Cada um desses grupos foi subdividido em três tratamentos, sendo que o primeiro os animais que não receberam nenhum enriquecimento ambiental em suas gaiolas (A), o segundo recebeu o enriquecimento ambiental tipo 1 (B – oca de ouriço da castanha do Brasil) e o terceiro grupo de animais que recebereu o enriquecimento ambiental tipo 2 (C – cano de PVC com 50 mm de diâmetro). RESULTADOS – Não houve diferenças significativas entre os tratamentos (P < 0,05) para o perfil leucocitário (leocócitos, monócitos e neutrófilos). Porém, foi observada a presença de eosinófilos somente no Grupo 1, justificada pela parasitemia proporcionada aos animais neste grupo. Não foi constatado nenhum sinal de interação agonística entre os animais. CONCLUSÕES - A inclusão de itens de enriquecimento ambiental é recomendada para manutenção de hamsters em experimentação, pois, além de não promover comportamento agonístico, não alterou o perfil leucocitário dos animais. Porém, a infecção por parasitos de Leishmania promoveu o aparecimento de eosinófilos.