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RESULTADOS E DISCUSSÕES

A ressonância magnética é um método que ganhou bastante espaço nas análises das
mamas, normalmente apropriado depois de resultados inconclusivos na mamografia ou
ultrassonografia. ³
Bastante utilizado para o rastreamento de mulheres que sofrem alto risco de câncer
mamário, para determinar a extensão local do câncer de mama, para verificar a presença e
a extensão de doença presente, especialmente quando a margem cirúrgica é positiva no
exame histológico. Para avaliar a resposta à quimioterapia neo-adjuvante; na distinção entre
cicatriz cirúrgica e recorrência tumoral nas pacientes previamente tratadas por câncer de
mama e na avaliação da integridade dos implantes mamários. ¹
Por ser um exame caro e de difícil acesso populacional, todas as possibilidades de doenças
diagnosticadas através da mamografia e ultrassonografia devem ser descartadas para
depois considerar a indigência da ressonância magnética. ⁴

A ressonância magnética das mamas deve ser evitada durante a gestação, principalmente
no primeiro trimestre já que há um risco teórico de influência do campo magnético na
organogênese fetal. No segundo e terceiro trimestres, com o aumento do volume abdominal
da gestante, complica o posicionamento do exame em decúbito ventral com as mamas
pendentes. Além disso, o uso do contraste paramagnético, essencial para análise do
parênquima mamário, indicado apenas em modo em que a relação risco-benefício é clara
na análise das pacientes gestantes, uma vez que o gadolínio intravenoso atravessa a
placenta. Não há comprovação no feto usando gadolínio, mas já foi demonstrado um atraso
no crescimento fetal em animais com doses elevadas. ⁵

Entre os métodos de imagem apresentados, a mamografia continua sendo o mais


frequentemente utilizado por diagnosticar precocemente o câncer mamário. Por não ter um
detalhamento incisivo das imagens radiológicas, prejudica o diagnóstico correto do câncer
mamário, incluindo mamas densas, implantes mamários e alterações mamárias
pós-cirúrgicas. Além disso, o exame mamográfico também não possibilita o diagnóstico
diferencial entre lesões císticas e sólidas. Por isso a ultrassonografia é um adjunto
importante, com ela já se pode diagnosticar lesões císticas e sólidas e avaliar mamas
densas melhor do que a mamografia, porém pode apresentar dificuldades no diagnóstico
diferencial entre massas sólidas de natureza benigna e maligna. Apesar da ultrassonografia
ser um método bastante útil no diagnóstico do câncer mamário, a especificidade deste
exame vai depender de várias causas, estando ainda incluídas, entre eles, a localização da
lesão na glândula mamária. A ressonância magnética embora tenha uma baixa propriedade
para rastrear o câncer de mama, ela possui maior precisão do que a mamografia e o
ultrassonografia em avaliar o tamanho e as características morfológicas do tumor, como no
diagnóstico de lesões multifocais e multicêntricas. O uso ainda é muito escasso por causa
do preço da mesma, por isso os três métodos juntos se complementam para ter uma boa
avaliação das mamas. ³

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