Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E DE PROTEÇÃO
Coordenador: Neury José Botega
1
INTRODUÇÃO
2
FATORES DE RISCO
Sexo.
História de abuso sexual.
Tentativa de suicídio pregressa.
Quadro 1
SOCIODEMOGRÁFICOS
Sexo (masculino).
Idade (entre 19 e 49 anos e idosos).
Estado civil (viúvos, divorciados e solteiros, principalmente do sexo
masculino).
Orientação sexual (homossexual ou bissexual).
Maior risco em ateus.
Etnia (grupos étnicos minoritários).
3
RELACIONADOS A TRANSTORNOS MENTAIS
Depressão, transtorno bipolar, abuso/dependência de álcool e de outras
drogas, esquizofrenia.
Transtornos de personalidade (especialmente borderline).
Comorbidade psiquiátrica (coocorrência de transtornos mentais).
História familiar de doença mental.
Falta de tratamento ativo e mantido em saúde mental.
Ideação ou plano suicida.
Tentativa de suicídio pregressa.
História familiar de suicídio.
PSICOSSOCIAIS
Abuso físico ou sexual.
Perda ou separação dos pais na infância.
Instabilidade familiar.
Ausência de apoio social.
Isolamento social.
Perda afetiva recente ou outro acontecimento estressante.
Datas importantes (reações de aniversário).
Desemprego.
Aposentadoria.
Violência doméstica.
Desesperança, desamparo.
Ansiedade intensa.
Vergonha, humilhação (bullying).
Baixa autoestima.
Traços de personalidade (impulsividade, agressividade, labilidade do
humor, perfeccionismo).
Rigidez cognitiva, pensamento dicotômico.
Pouca flexibilidade para enfrentar adversidades.
OUTROS
Acesso a meios letais (arma de fogo, venenos).
Doenças físicas incapacitantes, estigmatizantes, dolorosas, terminais.
Estados confusionais orgânicos.
Falta de adesão ao tratamento, agravamento ou recorrência de doenças
preexistentes.
Relação terapêutica frágil ou instável.
Fonte: Botega (2015).
4
que os transtornos mentais. Já, em comunidades indígenas, a
preservação da identidade cultural é um importante fator de proteção
contra o suicídio (WHO, 2014).
5
Figura 1: Alguns fatores de risco para o suicídio e sua incidência ao longo do tempo.
Fonte: Botega (2015).
6
FATORES DE PROTEÇÃO
Quadro 2
7
culturais).
Rede social que propicia apoio prático e emocional.
Atividade produtiva remunerada.
Disponibilidade de serviços de saúde mental.
OUTROS
Gravidez, puerpério.
Boa qualidade de vida.
Regularidade do sono.
Boa relação terapêutica.
Fonte: Botega (2015).
8
RISCOS SOCIODEMOGRÁFICOS
Sexo
Na maioria dos países, incluindo o Brasil, as taxas de mortalidade por
suicídio são de 3 a 4 vezes maiores nos homens. Em pacientes
psiquiátricos, tal diferença é menos pronunciada. Já, nas tentativas de
suicídio, o predomínio é do sexo feminino, em uma relação de 3 por 1,
especialmente em mulheres mais jovens.
9
Orientação sexual
De modo geral, os estudos mostram maior prevalência de
comportamento suicida em indivíduos homo e bissexuais,
particularmente em adolescentes e adultos jovens. Vários fatores
contribuem para essa situação:
Idade
Os coeficientes de suicídio tendem a aumentar com a idade. As
tentativas de suicídio, por sua vez, são mais comuns no grupo etário
mais jovem. Nesses casos, são usados métodos de menor letalidade.
Jovens que tentam o suicídio geralmente estão enfrentando situações
de conflito interpessoal e têm personalidade com menor estabilidade
emocional (Moscicki, 1997).
Situação conjugal
As taxas de suicídio de pessoas viúvas, separadas e divorciadas
costumam ser quatro vezes maiores do que as de pessoas casadas.
Solteiros apresentam taxa duas vezes maior do que a dos casados. A
presença de filhos pequenos na casa, por outro lado, é um fator de
proteção para as mulheres.
10
Etnia
No Brasil, um país de grande miscigenação étnica, as informações
científicas disponíveis em relação a etnias destacam níveis elevados
de suicídio em populações indígenas.
Religiões
Há duas dimensões principais ligadas à religiosidade:
Profissões
Entre as ocupações, médicos e dentistas destacam-se por
apresentarem taxas de suicídio cinco e duas vezes maiores,
respectivamente, do que a população geral. O risco também é elevado
para:
11
Enfermeiros.
Assistentes sociais.
Artistas.
Matemáticos.
Cientistas.
Cultura
Crenças sobre a vida, a morte e eventual vida após a morte são
altamente influenciadas pela religião e cultura. Sociedades que,
aberta ou veladamente, endossam o suicídio, como uma maneira
aceitável de lidar com a vergonha, a humilhação, a doença física ou o
sofrimento emocional, são menos proibitivas do que as que
concebem o suicídio como um ato pecaminoso ou criminoso. Certas
culturas, ou subgrupos culturais, aprovam abertamente o suicídio
como ato de martírio, de devoção religiosa, de nacionalismo ou de
crença política (Kutcher e Chehil, 2007).
12
CONCLUSÃO
13
REFERÊNCIAS
Bertolote JM. O suicídio e sua prevenção. In: Meleiro A, Teng CT, Wang
YP, editors. Suicídio: estudos fundamentais. São Paulo: Segmento
Farma; 2004, pp.193-206.
Koenig HG, Larson DB. Religion and mental health: evidence for an
association. Int Review Psychiatry 2001;13(2):67-78.
Lykken DT. What’s wrong with Psychology anyway? In: Grove WM,
Cicchetti D, editors.Thinking Clearly about Psychology. Minneapolis:
University of Minnesota Press; 1991. p. 3-39.
14