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Clínica Médica II 2021.

ARTRITE REUMATÓIDE (IFPs) apresentam-se como as articulaçõ es mais frequentemente


envolvidas.
Abordagem aos distú rbios articulares e musculoesquelé ticos
Sinais e sintomas
Objetivos
O início da artrite reumatoide geralmente é insidioso, começando com
 Diagnó stico preciso sintomas sistê micos e articulares. Os sintomas sistê micos incluem:
 Providenciar o tratamento no momento mais oportuno rigidez matutina das articulaçõ es afetadas, fadiga generalizada à tarde
 Evitar exames diagnó sticos desnecessá rios e mal-estar, anorexia, fraqueza geral e, ocasionalmente, febre baixa. Os
 Identificar condiçõ es que representem “sinais de perigo” agudos, sintomas articulares incluem dor, edema e rigidez. Ocasionalmente, a
focais/monoarticulares doença tem início sú bito, simulando uma síndrome viral aguda.

Abordagem A doença progride mais rapidamente durante os primeiros 6 anos,


particularmente no primeiro ano; 80% dos pacientes desenvolvem
 Determinar a cronologia (aguda vs. crô nica) alguma anormalidade articular permanente no período de 10 anos. O
 Determinar a natureza do processo patoló gico (inflamató rio vs. curso da doença é imprevisível para cada paciente.
nã o inflamató rio)
 Determinar a extensã o do comprometimento (monoarticular, Sintomas articulares sã o caracteristicamente simé tricos. Geralmente, a
poliarticular, focal, generalizado) rigidez dura > 60 minutos apó s se levantar pela manhã , mas pode
 Localizar anatomicamente a queixa (articular vs. nã o articular) ocorrer apó s qualquer inatividade prolongada (chamada gelificaçã o).
 Considerar primeiramente os distú rbios mais comuns As articulaçõ es envolvidas tornam-se sensíveis, com eritema,
 Formular um diagnó stico diferencial hipertermia, edema e limitaçã o dos movimentos. As principais
articulaçõ es envolvidas incluem:
Artrite Reumatoide
 Punho e articulaçõ es metacarpofalangianas do indicador e dedo
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamató ria de etiologia mé dio (as mais comumente envolvidas)
desconhecida marcada por uma poliartrite perifé rica simé trica. Ela é a  Articulaçõ es interfalangianas proximais
forma mais comum de artrite inflamató ria crô nica e frequentemente  Articulaçõ es metatarsofalangianas
leva à lesã o articular e à incapacidade física. Por ser uma doença  Ombros
sistê mica, a AR pode levar a uma variedade de manifestaçõ es  Cotovelos
extraarticulares, incluindo fadiga, nó dulos subcutâ neos, envolvimento  Quadris
pulmonar, pericardite, neuropatia perifé rica, vasculite e anormalidades  Joelhos
hematoló gicas.  Tornozelos
FISIOPATOLOGIA Entretanto, praticamente qualquer articulaçã o, exceto as articulaçõ es
interfalangianas distais (IFDs), podem estar envolvidas. O esqueleto
normalidades imunoló gicas proeminentes incluem complexos imunes
axial raramente é envolvido, com exceçã o da coluna cervical. O
produzidos pelas cé lulas da membrana sinovial nos vasos sanguíneos
espessamento sinovial é detectá vel. As articulaçõ es normalmente sã o
inflamados. [As cé lulas plasmá ticas produzem anticorpos (p. ex., fator
mantidas em flexã o para minimizar a dor, o que pode resultar em
reumatoide [FR], anticorpos antipeptídios citrulinados cíclicos [anti-
distensã o capsular.
CCP]) que contribuem para esses complexos, mas a artrite erosiva pode
ocorrer na ausê ncia deles. Os macró fagos també m migram para a As deformidades fixas, particularmente as contraturas de flexã o,
sinó via na fase inicial da doença; o aumento dos macró fagos, derivados podem evoluir rapidamente; o desvio ulnar dos quirodá ctilos com
das cé lulas da membrana, é proeminente ao longo da inflamaçã o do deslizamento dos tendõ es extensores das articulaçõ es
vaso. Os linfó citos que infiltram o tecido sinovial sã o, primariamente, metacarpofalangianas é típico, assim como as deformidades em
linfó citos T CD4+. Macró fagos e linfó citos produzem citocinas e pescoço de cisne e deformidades em botoeira ( Deformidades em
quimiocinas pró -inflamató rias [p. ex., tumor de necrose tumoral (TNF)- pescoço de cisne e em botoeira ). També m pode haver instabilidade
alfa, fator estimulante de colô nia de macró fagos e granuló citos (GM- articular decorrente do estiramento da cá psula articular. A síndrome
CSF), vá rias interleucinas, interferon-gama] na sinó via. A liberaçã o de do tú nel do carpo pode ser resultante de uma sinovite do punho que
mediadores inflamató rios e de vá rias enzimas contribui para as pressiona o nervo mediano. Cistos poplíteos (Baker) podem se
manifestaçõ es sistê micas e articulares da artrite reumatoide, como a desenvolver, produzindo edema e sensibilidade na panturrilha,
destruiçã o cartilaginosa e ó ssea. sugestiva de trombose venosa profunda.
Na artrite reumatoide soropositiva, evidê ncias cumulativas sugerem
que os anticorpos anti-CCP aparecem muito antes de quaisquer sinais
flogísticos . Além disso, os anticorpos anticarbamilados (anti-CarP).
preveem mais a progressã o radioló gica nos pacientes com artrite
reumatoide e anti-CCP negativo. A progressã o para artrite reumatoide
na fase pré -clínica depende da disseminaçã o dos epítopos de
autoanticorpos nos quais há respostas imunitá rias à liberaçã o de
autoantígenos com inflamaçã o subsequente.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

A incidê ncia da AR aumenta entre os 25 e os 55 anos, quando em


seguida atinge um platô até os 75 anos e depois diminui. Os sintomas
iniciais da AR em geral resultam da inflamaçã o das articulaçõ es, dos
tendõ es e das bursas. Os pacientes em geral queixam se de rigidez
matinal nas articulaçõ es, que dura mais de 1 hora e que melhora com a
atividade física.

As articulaçõ es inicialmente envolvidas sã o as pequenas articulaçõ es


das mã os e dos pé s. O padrã o inicial do envolvimento articular pode ser
monoarticular, oligoarticular (≤ 4 articulaçõ es) ou poliarticular (> 5
articulaçõ es), em geral em uma distribuiçã o simé trica.
Cutâ neas- nó dulos reumatoides, purpura, pioderma gangrenoso.
Uma vez estabelecido o processo de doença da AR, os punhos e as
articulaçõ es metacarpofalâ ngicas (MCFs) e interfalâ ngicas proximais
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CONSTITUCIONAIS PATOGÊ NESE

Estes sinais e sintomas incluem perda de peso, febre, fadiga, mal-estar, Os mecanismos patogê nicos da inflamaçã o sinovial sã o provavelmente
depressã o e, nos casos mais severos, caquexia; eles em geral refletem resultantes de uma complexa interaçã o de fatores gené ticos,
um alto grau de inflamaçã o e podem até preceder o aparecimento de ambientais e imunoló gicos que desregulam o sistema imune e levam a
sintomas articulares uma quebra da autotolerâ ncia.

NÓ DULOS Na AR, o está gio pré -clínico parece ser caracterizado pela quebra da
autotolerâ ncia. Essa ideia é sustentada pelo achado de que
Quando palpá veis, os nó dulos em geral sã o firmes, nã o sã o dolorosas e autoanticorpos, como o FR e os anticorpos anti-CCP, podem ser
sã o aderentes ao perió steo, aos tendõ es ou à s bursas, desenvolvendo- encontrados no soro de pacientes muitos anos antes que a doença
se em á reas do esqueleto sujeitas a trauma repetido ou irritaçã o, como clínica possa ser detectada. Entretanto, os alvos antigê nicos dos
antebraço, proeminê ncias sacrais e tendã o de Aquiles. anticorpos anti-CCP e do FR nã o estã o restritos à articulaçã o, e seu
papel na patogê nese da doença permanece especulativo. Anticorpos
PULMONARES
anti-CCP sã o dirigidos contra peptídeos deiminados, que resultam da
A pleurite, a manifestaçã o pulmonar mais comum da AR, pode produzir modificaçã o pó s-traducional pela enzima PADI4. Eles reconhecem as
dor torá cica pleurítica e dispneia, assim como atrito e derrame regiõ es que contê m citrulina de diversas proteínas diferentes da
pleurais. Derrames pleurais tendem a ser exsudativos com contagens matriz, incluindo filagrina, queratina, fibrinogê nio e vimentina, e estã o
elevadas de monó citos e neutró filos presentes em níveis mais elevados no fluido articular em comparaçã o
com o soro. Outros autoanticorpos tê m sido encontrados em uma
CARDÍACAS minoria de pacientes com AR, poré m também ocorrem em outros tipos
de artrite.
O sítio mais frequente de envolvimento cardíaco na AR é o pericá rdio.
DIAGNÓ STICO
VASCULITE

A vasculite reumatoide costuma ocorrer em pacientes com doença


prolongada, um teste positivo para o FR sé rico e hipocomplementemia.

Os sinais cutâ neos variam e incluem peté quias, pú rpura, infartos


digitais, gangrena, livedo reticular e, nos casos mais graves, ulceraçõ es
dolorosas das extremidades inferiores.

Síndrome de Felty

Essa síndrome se caracteriza pelo aumento esplê nico e leucopenia num


paciente com AR. Normalmente é um quadro agressivo que ocorre em
doença avançada, de longa data, com fator reumatoide positivo. O diagnó stico clínico da AR está em grande medida baseado nos sinais
e sintomas de uma artrite inflamató ria crô nica, com os resultados
BASES GENETICAS
laboratoriais e radiográ ficos fornecendo importante informaçã o
Os alelos conhecidos como responsá veis pelo maior risco de AR estã o suplementar
localizados no complexo de histocompatibilidade principal (MHC). Tem
sido estimado que um terço do risco gené tico para AR reside nesse
locus. A maior parte do risco, poré m provavelmente nem todo, está
associada à variaçã o alé lica no gene HLA-DRB1, que codifica a cadeia β
da molé cula do MHC de classe II. Os alelos HLA-DRB1 associados à
doença compartilham uma sequê ncia de aminoá cidos nas posiçõ es 70 a
74 na terceira regiã o hipervariá vel da cadeia β do HLA-DR, chamada de
epítopo compartilhado (EC).

FATORES AMBIENTAIS  Crité rios clínicos


 Fator reumatoide (FR) sé rico, anti-CCP (anticyclic citrullinated
Além da predisposiçã o gené tica, um conjunto de fatores ambientais
peptide) e velocidade de hemossedimentaçã o (velocidade de
tem sido implicado na patogê nese da AR. O mais reprodutível deles é o
sedimentaçã o das hemá cias) ou proteína C reativa (CRP)
tabagismo.
 Radiografias
PATOLOGIA
1. Clínica
A AR afeta o tecido sinovial e a cartilagem e o osso envolvidos. A
membrana sinovial, que cobre a maioria das superfícies articulares, A poliartrite simé trica aditiva cumulativa principalmente em pequenas
bainhas tendinosas e bursas, normalmente é uma fina camada de articulaçõ es é muito característica da AR. Sendo importante pontuar
tecido conectivo. Nas articulaçõ es, ela recobre o osso e a cartilagem, que a AR apresenta momentos de remissã o e momentos de atividade.
ligando as superfícies ó sseas opostas e se inserindo nas regiõ es Existem pacientes que tem 1 crise de artrite e pode permanecer anos
perió steas pró ximas à cartilagem articular. Ela consiste primariamente sem apresentar outra manifestaçã o. Outros pacientes podem
de dois tipos celulares – sinovió citos do tipo A (derivados de apresentar AR mais frequente e mais digcil de tratar. Com isso, o
macró fagos) e sinovió citos do tipo B (derivados de fibroblastos). quadro clínico depende muito do paciente.

As características patoló gicas da AR sã o a inflamaçã o e a proliferaçã o 2. Laborató rio


sinovial, as erosõ es ó sseas focais e o afinamento da cartilagem
Fator reumatoide
articular. A inflamaçã o crô nica leva à hiperplasia da camada sinovial e à
formaçã o do pannus, uma membrana celular espessada contendo O fator reumatoide é o principal anticorpo da AR - Esse anticorpo nã o é
sinovió citos semelhantes ao fibroblasto e tecido fibrovascular específico, pois pode estar presente em outras doenças autoimunes,
granuloso-reativo que invade a cartilagem e o osso adjacentes. O como Lupus, Sjö grem, etc. E em algumas vezes devemos inclusive
infiltrado inflamató rio é constituído de nada menos que seis tipos pensar em superposiçã o de doenças. É importante saber que pessoas
celulares: cé lulas T, cé lulas B, plasmó citos, cé lulas dendríticas, jovens e idosos saudá veis també m podem ter o FR positivo (FR
mastó citos e, em menor grau, granuló citos. positivo em 5 a 10% da populaçã o geral, sendo que idosos
normalmente tem maior chance de ter titulos elevados). Por isso, nã o
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devemos dosa-lo sem indicaçã o clínica, de forma aleató ria, sem associa-
lo à s manifestaçõ es clínicas.

Quanto maior o titulo de FR, maior a agressividade da doença. A


indicaçã o da dosagem do FR é no início do diagnó stico da doença e
para avaliaçã o do prognó stico (quanto maior o FR,pior o prognó stico).

AnE pepjdeo citrulinado (AnE-CCP)

Esse anticorpo está presente em aproximadamente 70% dos pacientes


na fase inicial de diagnó stico e é mais específico para AR. Ao contrá rio
do FR, esse anticorpo nã o está presente em pessoas saudá veis.

Muitas vezes os pacientes apresentam esse anticorpo positivo muitos


anos antes de desenvolver a doença, mas nã o dosamos esse anticorpo
aleatoriamente pois nã o impactará na vida do paciente. O anE-CCP
positivo é muito associado ao tabagismo.

3. Exames de Imagem

A radiografia deve ser sempre o 1o exame a ser solicitado na AR e nele


pesquisamos erosõ es ó sseas marginais (erosã o é sinô nimo de perda da
borda ó ssea), espaços articulares reduzidos, edema de partes moles,
osteopenia periarticular e alteraçõ es compatjveis com outro
diagnó stico como a osteoartrose, etc.

Diagnóstico diferencial

Muitos distú rbios podem simular a artrite reumatoide, tais como:

 Artrite induzida por cristais


 Lú pus eritematoso sistê mico
 Sarcoidose
 Artrite reativa
 Artrite psoriá tica
 Espondilite anquilosante
 Artrite relacionada com a hepatite C
 Osteoartrite

Poliartrite viral: causa um quadro agudo de artrite (rubé ola, parvovírus


B19, etc.) e essa é a principal diferença.

Fibromialgia: dor que ocorre nos tecidos fibroso e muscular de


diferentes partes do corpo especialmente das mulheres, de origem
desconhecida. Algumas vezes a paciente relata artralgia e quando
vamos avaliar, há ausê ncia de edema, ausê ncia de líquido, sem sinovite
e articulaçã o mó vel, excluindo, desse modo, a artrite. Poré m, a
A USG pode ser usada para visualizaçã o da articulaçã o e pode ser feita
fibromialgia está muito relacionada à AR e à s vezes é muito dificil
com power doppler (visualizaçã o da vascularizaçã o) para aumentar a
conduzir esse paciente, pois podemos deixar passar o diagnó stico da
acurá cia diagnostica, pois esse mostra se há um derrame crô nico ou se
AR por nã o valorizar os sintomas dos fibromiá lgicos. Nesses pacientes
é uma sinovite de fato (doença em atividade).
podemos solicitar PCR e VHS e em casos de muita desconfiança, pode
A RM pode ser usada para ver melhor alteraçõ es nã o mostradas por até pedir AR e AnG-CCP.
outros exames, mas essa nã o é feita comumente.
Espondiloartrite: espondilite anquilosante é a principal doença do
grupo; outras: como artrite reativa e artrite psoriá sica. Essas doenças
provocam quadros também de acometimento perifé rico – além do
axial/vertebral – poré m de acometimento mais assimé trico; com isso,
podem ser confundidas em certos momentos com AR.

A principal diferença é que o FR é negativo nessas doenças. Lembrando


que o diagnó stico pode ser dificil no início da doença, quando a AR
pode ter o FR negativo.

Osteoartrite: é mais conhecida como artrose. Acomete a mã o e o


paciente se queixa de dor. Algo muito importante é a avaliaçã o da dor
articular: inflamató ria ou mecâ nica?

▪ Inflamató ria: pior ao acordar, pode inclusive acordar o paciente de


madrugada e geralmente há rigidez matinal de mais de 1h. Isso tudo
ocorre pelo acú mulo de líquido inflamató rio articular durante a noite e
que causa sintomas de manhã .

▪ Mecâ nica: melhor ao acordar, rigidez curta de manhã . Ocorre na


osteoartrite na qual o osso é desgastado e os sintomas pioram ao longo
do dia à medida que o paciente movimenta a articulaçã o.

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1a linha

 O metotrexato é um medicamento de 1a linha da AR, modificando


a histó ria natural dessa doença. Essa é uma droga
imunomoduladora, logo nã o afeta tanto a imunidade como um
imunodepressor e controla bem o quadro inflamató rio da AR.
Todavia, esse medicamento possui efeitos adversos para os quais
devemos estar atentos: hepatotoxicidade, mucosite, aplasia de
medula (se nã o for feita reposiçã o adequada de á cido fó lico, uma
vez que o metotrexate interfere na enzima que atua no á cido
fó lico), etc. Essa é uma droga usada por muito tempo. Quando o
paciente fica em remissã o por anos podemos tentar iniciar
reduçã o da dose lenta e gradualmente. Entretanto, muitos
pacientes nã o conseguem ficar sem a droga, pois a doença tende a
Artrites Cristalinas (gota, pseudogota): ocorrem pelo acú mulo de reaparecer.
cristais em articulaçõ es principalmente dos pé s e tornozelos; poré m  A hidroxicloroquina é um imunossupressor usado em doença
existem formas incomuns de acometimento articular mais difuso. mais branda ou em idosos.

2a linha

 A leflunomida é um imunossupressor que controla muito bem a


AR.
 A sulfassalazina é um fá rmaco com resposta nã o muito eficaz no
tratamento da AR.

ANTI-INFLAMATÓ RIOS NÃ O ESTEROIDES

Os AINEs exibem ambas as propriedades, analgé sica e anti-


inflamató ria. Os efeitos anti-inflamató rios dos AINEs derivam de sua
habilidade de inibir nã o seletivamente as cicloxigenases (COXs) 1 e 2
O prognó stico da doença é muito variá vel e depende muito de paciente AGENTES BIOLÓ GICOS
para paciente, do curso da doença, etc. Tabagistas em geral tem pior
prognó stico e maior tempo de atividade de doença. A gené tica também Os DMARDs bioló gicos: Sã o proteínas terapê uticas que têm como alvo
influi; existem genes relacionados com formas mais graves e genes principal as citocinas e as molé culas da superfície celular. Os inibidores
relacionados a formas mais leves. A presença de FR e anE-CCP falam de TNF foram os primeiros agentes bioló gicos aprovados para o
mais a favor de uma doença mais agressiva. tratamento da AR.

Causas de mortalidade:
▪ Doença cardiovascular
▪ Infeccçã o (uso de drogas imunossupressoras)
▪ Neoplasia (linfoma)

TRATAMENTO

Eles incluem (1) a emergê ncia do metotrexato como fá rmaco


antirreumá tico modificador da doença (DMARD, de disease-modifying
antirheumatic drug) de primeira escolha para o tratamento da AR
precoce; (2) o desenvolvimento de novos agentes bioló gicos altamente
eficazes que podem ser usados isoladamente ou em combinaçã o com o
metotrexato, e (3) a superioridade comprovada da combinaçã o de
regimes de DMARDs sobre o uso do metotrexato isolado. As
medicaçõ es usadas para o tratamento da AR podem ser divididas em Os fá rmacos bioló gicos agem de fato na fisiopatologia da doença,
amplas categorias: fá rmacos antiinflamató rios nã o esteroides (AINEs); reduzindo de fato as substancias que estã o causando danos (TNF, IL-6).
glicocorticoides, como a prednisona e a metilprednisolona; DMARDs
convencionais e DMARDs bioló gicos. ➔ AnG-TNF: 1a linha

➔ Se nã o funcionar, vamos trocando os fá rmacos.

O inibidor de JAK foi a ú ltima desenvolvida e pode ser tentada també m.

PS.: O glicocorticoide pode ser usado em momentos mais inflamató rios


da doença para alívio dos sintomas (dor), mas esse nã o é usado de
forma fixa, pois trata-se de um fá rmaco com muitos efeitos adversos
prejudiciais. A melhor forma de utiliza-lo é via IM dose ú nica, que vai
atuar até o tempo do metotrexate fazer o efeito, pois esse demora em
torno de 3 meses para ter efeito pleno.

FÁ RMACOS ANTIRREUMÁ TICOS MODIFICADORES DA DOENÇA

Os DMARDs sã o assim chamados devido à sua habilidade em retardar


ou impedir a progressã o estrutural da AR. Os DMARDs convencionais
incluem a hidroxicloroquina, a sulfasalazina, o metotrexato e a
leflunomida; eles exibem um atraso no início de suas atividades de
cerca de 6 a 12 semanas.

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