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Universidade Federal do Ceará

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação


PIBIC 2013/2014 - Edital 01/13

Análise e Monitoramento Ambiental de Estuários do Estado do Ceará


2013 VIII Etapa - Educação Ambiental e Comunitária no Litoral Leste
do Ceará e Região Metropolitana de Fortaleza

Resumo
O litoral cearense, com seus 575 km de extensão possui uma gama de paisagens e ecossistemas
que são singulares por sua beleza cênica e importância ecológica, caracterizado por estar numa
zona de contato entre os meios continental, marinho e atmosférico, podendo ser considerado uma
unidade geossistêmica de interface. Entre os ambientes naturais de maior importância ecológica e
econômica do litoral em questão destacam-se os estuários, em sua maioria ocupada por
manguezais, sendo um dos maiores responsáveis pela produtividade pesqueira e pela estabilidade
da linha da costa. A sua conservação está diretamente intrínseca a harmonização paisagística
(atrativo ao turismo) e a produção biológica (pesca e aquicultura), sendo, portanto justificáveis que
pesquisas sejam realizadas visando uma maior compreensão de suas estruturas e processos
atuantes, bem como analisar os atuais estágios de uso e ocupação. A pesquisa procurará analisar,
monitorar a qualidade ambiental de zonas estuarinas, através de atividades interdisciplinares em
áreas piloto do litoral cearense, visando apresentar alternativas de Educação Ambiental e
Comunitária nas áreas em questão. Procurando realizar uma pesquisa que tenha um caráter
interdisciplinar, decidiu-se optar por uma abordagem metodológica sistêmica, onde a análise
socioambiental é voltada para uma visão do conjunto do espaço geográfico estudado. Embora a
análise sistêmica seja a principal base teórica metodológica, também serão considerados os
processos dialéticos que levaram as modificações espaço-temporais dos estuários em questão.
Devido a uma maior proximidade física da Universidade Federal do Ceará, os estuários da Região
Metropolitana de Fortaleza poderão ter um melhor acompanhamento quanto aos trabalhos de
monitoramento, obtendo-se assim, resultados mais eficazes e uma efetiva participação dos
bolsistas na realização das pesquisas.

1. Introdução
O litoral cearense, com seus 575 km de extensão possui uma gama de paisagens e ecossistemas
que são peculiares por sua beleza cênica e importância ecológica caracterizado por ser
considerado uma unidade geossistêmica de interface, sujeita, portanto a intensos intercâmbios de
fluxos de matéria e energia. Tal fato leva a ocorrência de níveis de estabilidade natural bastante
frágeis, onde o manejo adequado dos seus ecossistemas são necessários para a conservação dos
recursos naturais e do conjunto do espaço geográfico litorâneo.
Entre os ambientes naturais de maior importância ecológica e econômica do litoral em questão
destacam-se os estuários, em sua maioria ocupada por manguezais, sendo um dos maiores
responsáveis pela produtividade pesqueira e pela estabilidade da linha da costa. A sua
conservação está diretamente intrínseca a harmonização paisagística (atrativo ao turismo) e a
produção biológica (pesca e aquicultura), sendo, portanto justificáveis que pesquisas sejam
realizadas visando uma maior compreensão de suas estruturas e processos atuantes, bem como
analisar os atuais estágios de uso e ocupação.
As áreas estuarinas da Região Metropolitana de Fortaleza encontram-se bastante modificadas
quanto a qualidade de seu conjunto paisagístico e de seus componentes ambientais. Elevados
índices de antropização têm levado uma série de alterações socioambientais que provocam efeitos
nefastos tanto ao meio natural quanto à qualidade de vida da população. Ações decorrentes da
urbanização nos centro urbanos da Região Metropolitana de Fortaleza, consequências ambientais
provocadas pela industrialização e principalmente o efeito da especulação imobiliária, tem
transformado substancialmente as áreas estuarinas e seu ecossistema correspondente, o
manguezal.
Nesta etapa do projeto, objetiva-se analisar e monitorar a qualidade ambiental dos estuários dos
rios Ceará, Juá na Região Metropolitana de Fortaleza, Choró, Pirangi e Jaguaribe além dos
sistemas hídricos da Reserva Extrativista do Batoque, abarcando a desembocadura do riacho Boa
vista no litoral leste e Curú, Mundaú e Timonha no litoral oeste. As pesquisas serão efetivadas
através de levantamentos específicos que venham a determinar o perfil atualizado de suas
condições ecológicas. Os resultados expressos em um diagnóstico socioambiental e propostas de
manejo adequado em bases cientificas, fornecerão uma contribuição expressiva ao poder público e
as comunidades litorâneas, que poderão ser discutidas e implantadas através de um plano de ação
conjunta. Ampliando sua área de atuação, o projeto terá outros espaços litorâneos de estudo, os
estuários de pequenos rios e riachos costeiros.
Será dado um maior enfoque quanto aos estudos da qualidade hídrica, os impactos ambientais, o
uso e ocupação do solo atual e as modificações ocorridas em uma escala espaço-temporal. A
análise inicial desses aspectos servirão também para traçar um prognóstico de tendências de
evolução dessas áreas estuarinas e identificar seus maiores problemas quanto aos impactos
ambientais decorrentes do uso inadequado desses ambientes. Embora a legislação ambiental
considere as áreas sob efeito das marés como terreno da União, e ainda definirem como o
manguezal em suas diferentes feições, como APP - Área de Preservação Permanente, suas
determinações não são cumpridas.
Devido a uma maior proximidade física da Universidade Federal do Ceará, os estuários da Região
Metropolitana de Fortaleza poderão ter um melhor acompanhamento quanto aos trabalhos de
monitoramento, obtendo-se assim, resultados mais eficazes e uma efetiva participação dos
bolsistas na realização das pesquisas. Já os outros estuários de estudo, por possuírem maiores
extensões territoriais serão pesquisados em um período mais prolongado, porém de forma
detalhada e com a participação de toda equipe de alunos, professores e pesquisadores.
Obtendo-se assim uma maior integração quanto aos trabalhos de campo destas áreas, que
posteriormente poderão subsidiar a elaboração de monografias de graduação e especialização,
dissertações de mestrado e teses de doutorado.
A pesquisa atuará em escolas públicas e centros comunitários do entorno das áreas estuarinas
através de efetivação de palestras, cursos e oficinas sobre Educação Ambiental e Comunitária,
Ecologia e Manejo de Manguezais, nas planícies flúvio-marinhas e sistemas lagunares nas
comunidades urbanas e rurais presente no entorno das planícies.

2. Perguntas de Partida
Como se encontra os estágios de conservação/degradação dos estuários da Região Metropolitana
de Fortaleza e do conjunto do litoral cearense?
Há possibilidade de regeneração natural dos manguezais degradados?
É possível incluir ações comunitárias e educação ambiental nas estratégias de gestão, conservação
e preservação ambiental dos estuários/manguezais?
As práticas de pesquisa geográfica no litoral pode melhor capacitar a formação de futuros
geógrafos?
Os resultados obtidos e publicados por meio de relatórios de graduação/pesquisa, dissertações de
mestrado e teses de doutorado podem subsidiar a elaborações de planos de manejo para as áreas
estudadas?

3. Hipóteses
A análise e monitoramento ambiental dos estuários da Região Metropolitana de Fortaleza realizada
através de critérios científicos, com o uso de uma metodologia sistêmica poderá subsidiar
elementos para uma melhor gestão ambiental dos manguezais locais.

4. Objetivos
Objetivo Geral:

- Analisar e monitorar a qualidade ambiental de zonas estuarinas, através de pesquisas


interdisciplinares em áreas piloto do litoral cearense, visando apresentar alternativas de Educação
Ambiental e Comunitária nas áreas em questão.

Objetivos Específicos:

- Localizar e representar cartograficamente de forma atualizada as principais áreas estuarinas do


Ceará nas escalas 1:50.000, 1:10.000 e 1:5.000;

- Identificar os aspectos geoambientais de uso e ocupação do solo por meio de sensores remotos
(fotografias aéreas e imagens de satélites) destacando os problemas de ordem ambiental;

- Direcionar estudos detalhados e específicos em áreas piloto procurando maiores informações


quanto a qualidade ambiental dentro de uma abordagem sistêmica e espaço-temporal;

- Obter diagnósticos socioambientais e elaborar propostas conjuntas que possam contribuir para
um melhor acondicionamento espacial e manejo racional dos recursos naturais dos estuários
pesquisados;

- Realizar levantamentos sistemáticos para fins de zoneamento e gestão ambiental;

- Contribuir para uma maior colaboração entre os setores de pesquisa e ensino inter e
extra-universidade, através de um projeto que integre componentes de diferentes áreas de
conhecimento;

- Aprimorar os conhecimentos de pesquisadores e docentes e, principalmente do corpo discente,


através da prática de pesquisas aplicadas a serem desenvolvidas neste projeto;

- Apresentar propostas e planos de manejo ambiental integrados para áreas estuarinas em estudo,
onde a Educação Ambiental e Comunitária devam ser atividades prioritárias.

5. Materiais e Métodos
Procurando realizar uma pesquisa que tenha um caráter interdisciplinar decidiu-se optar por uma
abordagem metodológica sistêmica, onde a análise socioambiental é voltada para uma visão de
conjunto do espaço geográfico estudado. Embora a análise sistêmica seja a principal base teórica
metodológica também serão considerados os processos dialéticos que levaram as modificações
espaço-temporais dos estuários em questão.
A analogia também será aplicada na compreensão da dinâmica espacial dos diferentes estuários,
uma vez que os processos naturais e antrópicos atuantes podem convergir ou divergir conforme a
especificidade de cada ambiente estuarino. Procedimentos técnicos colocados em prática em
determinada área poderão ser adaptados ou mesmo aplicado da mesma forma em outro ambiente
de estudo, conforme a necessidade ou possibilidade de efetivação através de uma Metodologia de
Estudos de Áreas Similares.
Esclarece-se, portanto, que diferentes procedimentos de análise serão desenvolvidos conforme os
aspectos que serão avaliados, sem que no contato não se perca a visão integrada e multidisciplinar
estabelecida inicialmente pela abordagem sistêmica. Quanto aos estudos qualitativos e
quantitativos, das áreas estuarinas se aplicarão técnicas específicas para cada processo ou
componente ambiental.
No desenvolvimento da pesquisa se utilizará a metodologia de analise baseada na Geoecologia
das Paisagens (RODRIGUEZ, et al, 2007) que é um conjunto de métodos e procedimentos
técnico-analítico que permite conhecer e explicar a estrutura da paisagem, estudar suas
propriedades e dinâmica, a história do desenvolvimento, formação e transformação da paisagem.
O esquema metodológico para análise geoecológica consiste em (i) estudar a organização
paisagística, classificação e taxionomia das estruturas paisagísticas, conhecimento dos fatores que
formam e transformam as paisagens, através de enfoques estrutural, funcional e histórico genético,
(ii) avaliação do potencial das paisagens e tipologia funcional, que inclui o cálculo do papel dos
fatores antropogênicos através dos tipos de utilização da natureza, dos impactos ambientais, das
funções e cargas econômicas, (iii) análise voltada à planificação e proteção das paisagens,
incluindo ainda a tecnologia de utilização das paisagens e a análise de alternativas tendo por base
a prognose, (iv) organização estrutural-funcional direcionada a otimização das paisagens e (v)
perícia ecológico-geográfica e monitoramento geossistêmico regional.
A concepção paisagística como base territorial das condições naturais da área de estudo
possibilitará as interconexões entre os diferentes componentes e elementos naturais, e dos
impactos que sobre os mesmos exerce a atividade humana. Aplicativos de um SIG-Sistema de
Informação Geográfica possibilitarão a inclusão na análise e representação cartográfica dos
seguintes elementos:
%u2022Estrutura horizontal dos componentes e as partes morfológicas da paisagem;
%u2022Interpretação dos diferentes estados de equilíbrio da paisagem;
%u2022Modificações e transformações antropogênicas verificadas em uma escala
espaço-temporal.
Em uma etapa inicial do projeto serão realizadas as devidas revisões bibliográficas sobre os temas
específicos e de cada estuário pesquisado. Haverá um reconhecimento preliminar de cada área e o
arquivamento das representações cartográficas e de sensores remotos, para a devida interpretação
dessas informações.
Para o desenvolvimento desta etapa do projeto serão utilizados materiais que servirão para a
identificação dos aspectos geográficos, orientação de trabalho de campo e informação gerais das
áreas estudadas a saber:
%u2022Folhas plani-altimétricas da DSG/SUDENE na escala de 1:100.000;
%u2022Folha de levantamento aerofotogramétricos da AUMEF e PMF na escala de 1:10.000;
%u2022Fotografias aéreas com datas diferentes e escala de detalhe;
%u2022Imagens orbitais TM/LANSAT, SPOT e Quick Bird composição colorida; escalas de
1:50.000, 1:10.000 e 1:5.000.

A metodologia geral desta etapa seguirá os seguintes procedimentos técnicos:

%u2022Delimitação das áreas de estudo que constará de um reconhecimento do espaço


geográfico, visando obter informações gerais sobre as diversas unidades de mapeamento a serem
estabelecidas;
%u2022Aplicação de técnicas de análise visual, que deverá ser processada através de fotografias
aéreas e imagens de satélites;
%u2022Inspeção de campo, que será efetivada após a interpretação das fotografias aéreas e
imagens de satélites para estabelecimento da verdade terrestre;
%u2022Elaboração de cartas definitivas, básicas e temáticas de acordo com os procedimentos
técnicos anteriores e os objetos pré-estabelecidos.

Simultaneamente e logo após esta etapa inicial serão efetuados os trabalhos de campo, de
gabinete e laboratório, para levantamentos específicos dos diferentes aspectos socioambientais.
Cada levantamento utilizará procedimentos técnicos propícios, seja quanto a coleta, análise,
interpretação e representação das informações obtidas.
Com os mapas e informações preliminares obtidos inicialmente se determinarão áreas de
amostragem para os levantamentos socioambientais, com orientação de técnicos de cada área de
atuação cientifica.
Quanto aos aspectos do ambiente como geologia, relevo e solos, após serem cartografados
preliminarmente, serão coletadas amostras de sedimentos e solos para análise de suas
características físicas e químicas, além da disposição de camadas sedimentares e horizontes
representativos em cada área de estuário. Para análise do material se recorrerá aos laboratórios de
solos e de sedimentos da UFC, que adotarão metodologias específicas.
Com relação aos parâmetros climáticos e hidrológicos, serão analisadas séries históricas de 30
anos incluindo-se além da precipitação e temperatura, a evaporação, umidade relativa do ar,
radiação solar, vento e nebulosidade. Serão correlacionados os dados climáticos com os processos
e o fluxo de escoamento e sua importância no sistema de drenagem fluvial de cada curso de
d´água.
Qualitativamente se efetuarão análises hídricas dos estuários em períodos chuvosos e de
estiagem, em marés altas e baixas. Os principais parâmetros a serem analisados serão:
Temperatura, pH, sólidos totais, turbidez, cor, cálcio, magnésio, alcalinidade, dureza, amônia,
nitrato, nitrito, condutividade, metais pesados, pesticidas, DBO e coliformes. Nas análises e
interpretação de cada parâmetro se utilizarão metodologias especificas sendo estas realizadas em
laboratórios da UFC e outras entidades de pesquisa.
Os componentes bióticos, vegetação e comunidades faunísticas serão avaliados em seu conjunto
bem como cada um de seus principais componentes taxonômicos, que serão identificados em cada
grupo. Para a identificação das espécies animais e vegetais se realizarão transectos de
amostragem, coletando-se e absorvendo os principais elementos componentes dos ecossistemas,
para depois representa-los em esquemas de perfis. Serão escolhidas áreas que possam indicar a
vegetação estuarina dentro do contexto ambiental.
O método aplicado será o de parcelas múltiplas com dimensões de 10x10m, onde se anotarão as
espécies presentes e identificadas as dimensões do caule, copa e altura, estabelecendo-se a
abundância, frequência e número de ocorrência de cada espécie. Por meio de observação
sistemática e aplicação de questionários à população local se avaliarão as relações entre os
recursos naturais das áreas e as comunidades locais, diferenciando-se ainda o tipo de utilização e
exploração de cada recurso natural.
Por fim se efetuarão os diagnósticos ambientais de cada área estuarina, estabelecendo-se
sugestões de formas de manejo ecológico e zoneamento ambiental, amparadas em bases
científicas e da legislação vigente. Programas de Educação Ambiental e divulgação dos resultados
de pesquisa se desenvolverão junto às comunidades estuarinas e nas escolas de ensino
Fundamental e Médio, pois a Educação Comunitária deve ter um enfoque maior, como alternativa
para o desenvolvimento sustentável para as áreas estuarinas.
O desenvolvimento das atividades de Educação Ambiental e Comunitária terá um enfoque
metodológico de caráter participativo, incluindo ações formais junto às escolas públicas e de âmbito
informal, envolvendo associações comunitárias locais. Nesse sentido, se desenvolverão pesquisas
exploratórias quanto a análise ambiental local.
Junto ao conjunto da comunidade será elaborado um diagnóstico participativo a partir do qual se
identificarão problemas, potencialidades e limitações, dos quais se definirão as estratégias de
implementação de um plano de Educação Ambiental e Comunitária. Todos os resultados,
acompanhados das devidas informações cartográficas, serão expostos em relatório final, com as
informações técnicas-científicas necessárias.

6. Referências Bibliográficas
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7. Cronograma
Mês Bolsista 1 Bolsista 2
1 Revisão bibliográfica referente à área de Organização de um inventário contendo
estudo; Trabalho de campo preliminar informações secundárias sobre a área.
de reconhecimento da área, verificando As pesquisas serão realizadas em livros,
as formas de uso e ocupação atuais da revistas científicas, teses, dissertações e
área. artigos científicos. Serão realizados,
portanto, levantamentos bibliográficos
relativos à área (dados socioeconômicos
e dados físicos) e de assuntos que
envolvem o tema da pesquisa em geral,
como ecossistema manguezal, análise e
monitoramento em zonas estuarinas
planejamento ambiental etc.
2 Construção da fundamentação teórica da Efetivação da busca por bibliografias e
pesquisa; Trabalho de campo para coleta materiais cartográficos (imagens de
de dados secundários, organização e satélite, fotografias aéreas, bases
tabulação desses dados. cartográficas, dentre outros) em
diferentes órgãos públicos, como:
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Superintendência
Estadual do Meio Ambiente (SEMACE),
Secretária de Recursos Hídricos (SRH),
Instituto de Pesquisa e Estratégia do
Ceará (IPECE), Companhia de Pesquisa
e Recursos Minerais (CPRM), e também
nas bibliotecas da Universidade Federal
do Ceará (UFC) e da Universidade
Estadual do Ceará (UECE).
3 Recolhimento de material cartográfico e Execução de trabalhos de campo para o
imagens aéreas em órgãos públicos; reconhecimento preliminar da área em
Interpretação de material cartográfico e estudo e identificar as atuais formas de
imagens aéreas. uso e ocupação do solo e a realidade
social e ambiental da área, além de
concretizar os conhecimentos obtidos a
partir das pesquisas de gabinete,
realizadas anteriormente.
4 Levantamento de campo, obtenção de Elaboração de instrumentos técnicos
dados primários, organização e para a realização da pesquisa, como
tabulação dos dados; Caracterização e questionários e entrevistas que serão,
análise das unidades geoambientais e posteriormente, aplicados na área. Serão
das formas de uso e ocupação da área. elaborados também os primeiros mapas
de localização e de delimitação da área
usando para isso os Sistemas de
Informação Geográfica (SIGs), como os
softwares livres Quantum GIS e o
GVSIG.
5 Identificação e delimitação cartográfica Organização e realização de oficina de
das unidades de paisagem; Elaboração Educação Ambiental e apresentação da
de mapa básico e uma mapa referente pesquisa e seus objetivos à comunidade
as forma de uso e ocupação. litorânea da RESEX do Batoque, a fim de
proporcionar maior aproximação da
comunidade com a equipe de pesquisa.
6 Elaboração de instrumento técnicos da Efetivação de trabalhos de campo para a
pesquisa (questionários a serem coleta dos dados primários, por meio da
aplicados na comunidade); Aplicação de aplicação dos questionários
questionários na comunidade, para socioeconômicos, das entrevistas e do
verificação de informações recolhimento de informações
socioeconômicas da população local. socioambientais, diretamente com as
agentes de saúde da área ou na
Secretária de Saúde de Aquiraz.
Pretende-se com esses dados construir
o diagnóstico socioambiental da
comunidade litorânea que habita a
RESEX do Batoque e as proximidades
da desembocadura do riacho Boa Vista.
7 Identificação e análise dos problemas, Trabalho de gabinete para realizar a
limitações e potencialidades, com a análise, tabulação e sistematização do
construção de um quadro; Elaboração do material coletado, além da elaboração de
mapa preliminar do diagnóstico, para materiais cartográficos indicando a
proposições de estratégias de gestão delimitação das unidades geoambientais
ambiental. da área e as formas de uso e ocupação
da mesma (diagnóstico).
8 Análise do diagnóstico participativo sócio Elaboração de produtos cartográficos
ambiental através dos dados obtidos evidenciando a evolução das unidades
pelos questionários. geoambientais da área de estudo, em
que serão usados produtos de
sensoriamento remoto como as
fotografias aéreas de 1958 e 1988, além
de imagens do Satélite Quickbird dos
anos de 2007 a 2010. Os mapas de
evolução das unidades geoambientais
serão confeccionados a partir dos
Sistemas de Informação Geográfica
(SIGs).
9 Elaboração do diagnóstico ambiental Realização de trabalho de campo a fim
contendo os principais problemas, de obter confirmação dos resultados
limitações e potencialidades ambientais. obtidos e dos produtos produzidos pela
pesquisa, além de corrigir possíveis
equívocos no trabalho.
10 Proposição de estratégias de gestão Trabalho de gabinete visando
ambiental da área. sistematizar do material coletado.
Correção dos produtos cartográficos
conforme a reunião das indicações
realizadas pela comunidade da RESEX
do batoque e riacho Boa Vista.
11 Redação e elaboração do relatório final. Elaboração de uma proposta de gestão
ambiental da área de estudo a partir de
um zoneamento funcional, onde será
destacando as formas de uso do solo, as
potencialidades e as limitações e o atual
estado de conservação ou degradação
dos ambientes. Estas propostas serão
elaboradas a partir de uma visão
holística da realidade observada e
vivenciada, objetivando minimizar os
impactos decorrentes das atividades
desenvolvidas na RESEX e na
desembocadura do riacho Boa Vista e
entorno. Esta fase, portanto, deve conter
a proposição de medidas que busquem
um maior equilíbrio dos interesses
econômicos presentes na área com a
disponibilidade e a qualidade dos
recursos naturais.
12 Redação do relatório final e publicação Elaboração do relatório final da pesquisa
dos resultados da pesquisa. contendo os resultados alcançados
durante todo o desenvolvimento da
mesma. Apresentação dos resultados da
pesquisa aos órgãos responsáveis.

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