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Sumário
Introdução: ............................................................................................................................ 3
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À medida que você for se inteirando do conteúdo deste material, sua
visão de currículo se ampliará, ficando mais clara a abrangência do mesmo, com
todo o seu significado cultural.
Você estará caminhando para um resultado melhor no
trabalho!
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1. MAS AFINAL, O QUE É CURRÍCULO?
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O Currículo escolar é comumente conhecido como a relação das
disciplinas que compõem um curso ou relação dos assuntos que constituem uma
disciplina, no que ele coincide com termo programa.
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1.1 Ampliando a visão de currículo
Essa autora nos mostra que algumas vezes o currículo é mais “fechado”
sem opção de modificação, e em algumas situações é mais fluído. A autora
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também ressalta a importância da participação de alunos, pais, gestores, pois
todos estão envolvidos no processo de educação.
Currículo mais aberto e flexível/ ou currículo fechado?
Para aprofundar mais ainda nossos estudos sobre esse assunto vamos
acrescentar novo elemento de reflexão. Trata-se da abordagem feita por um
outro autor especialista em estudos sobre currículo.
Para o autor a importância do currículo, a que somos apresentados na
nossa trajetória escolar, influencia a nossa própria identidade, nossa maneira de
ver o mundo e estar no mundo.
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Fonte da imagem: http://heloizaportuguesmarques.blogspot.com.br/
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A ESCOLA DOS BICHOS (Rubem Alves,adaptação)
Era uma vez um grupo de animais que decidiu fazer algo de heroico para
resolver os problemas de um "Novo Mundo", de modo que fundaram uma escola.
Adotaram um currículo de atividades que incluía corrida, alpinismo, natação e
vôo. Para tornar mais fácil a administração, todos os animais participaram de todos os
cursos.
O pato era excelente em natação, na verdade melhor do que o professor, e
conseguiu boas notas em vôo, mas não se deu bem em corrida. Como ele era muito
lento na corrida, precisou ficar após as aulas para praticar mais, inclusive abandonando
a natação. E manteve este esquema até que seu pé de pato ficou muito machucado e
ele no máximo conseguia nadar um pouco, dentro da média. Como ele estava dentro da
média, de acordo com o objetivo da escola, ninguém se importou com o problema, fora o
próprio pato.
O coelho começou em primeiro lugar na aula de corrida, mas sofreu um colapso
nervoso por causa das dificuldades com a pata. O esquilo mostrou-se excelente em
alpinismo, mas ficou frustrado com a aula de voo, porque, um professor o obrigava a
começar do chão, sem permitir a decolagem do alto das árvores. Também passou a
sofrer de câimbras por excesso de esforço físico e acabou tirando "C" em alpinismo e
"D" em corrida.
A águia era um aluno problema e teve de ser castigada severamente. Na aula
de alpinismo ela ganhou de todos, mas insistia em atingir o alto com suas próprias
técnicas.
No final do ano, uma cobra que conseguia nadar muito bem e também sabia
correr, praticar alpinismo e até voar um pouquinho tirou a média mais alta e foi
considerada a melhor aluna.
Os cachorros-do-mato fugiram da escola e não pagaram as mensalidades,
porque a direção se recusava a incluir cavar e farejar no currículo. Eles mesmos
ensinaram seus filhos a latir, e mais tarde uniram-se aos porcos e tatus para fundar uma
escola particular.
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1-2 Conhecendo mais de perto os fatores que influem na elaboração do
currículo
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Se o problema está ligado ao desmatamento, à poluição, às enchentes,
consideram-se muito importantes os conteúdos ligados à ecologia, ao meio
ambiente.
No Brasil, durante a ditadura militar – de 1964 a 1985 – foram
introduzidas no currículo as disciplinas OSPB (Organização Social e Política do
Brasil) e Educação Moral e Cívica, cujos conteúdos transmitiam a filosofia do
governo, nesse período.
Outro exemplo a ser destacado diz respeito ao pioneirismo no estudo do
currículo nos Estados Unidos. Na explicação para isso destacam-se: a extensão
da educação escolarizada, em níveis cada vez mais elevados, atingindo
segmentos cada vez maiores da população aliada a uma preocupação com a
manutenção de uma identidade nacional, essencial para um país que recebeu
numerosas levas de imigrantes. O intenso processo de industrialização e
urbanização também concorreu para o desenvolvimento desse estudo.
Vamos citar agora outro exemplo marcante ocorrido na Alemanha, no
final do século XX.
Após a reunificação, em 1990, ocorreu uma reestruturação dos currículos
na ex-Alemanha Oriental para atender às mudanças politicas, filosóficas,
econômicas e sociais. Os textos que apresentavam a teoria socialista foram
banidos, toda uma disciplina –Estudos Cívicos – foi cortada do currículo escolar,
como parte de uma revisão no sistema eduacional que passou a priorizar os
valores ocidentais, ou seja, o capitalismo. Os professores mais velhos tiveram
dificuldade de se adaptar à queda das antigas certezas.
Transcrevemos as palavras da professora de História, de uma escola de
Berlim Oriental.
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Ela conta como foi o reinício das aulas, após a reunificação.
1945 – 1990.
Alemanha Ocidental,
capitalista, em verde.
Alemanha Oriental,
socialista em vermelho
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Ele é constituído por todos os aspectos do ambiente escolar que, sem
fazer parte do currículo oficial explícito, influem na educação escolar.
"Enxergar o currículo oculto", entendido como o ambiente escolar, a sala
de aula e os tipos de relação que se dão nestes espaços, é tarefa do professor e
de todos na escola, de forma a tornar evidentes os preconceitos generalizados e
trabalhar para que diminuam ou deixem de existir , transformando o ambiente
escolar e o convívio entre todos.
Em parte esse caminho pode ser percorrido quando aceitamos e
aprendemos a trabalhar com as questões multiculturais. No mundo atual a
diversidade de formas culturais convive com a homogeinização. Percebe-se um
pouco mais a expressão cultural dos grupos dominados, mas nota-se um
predomínio das formas culturais divulgadas, principalmente, pelos veículos de
comunicação de massa, ligados a grupos dominantes e de maior poder
econômico. Portanto, a questão cultural continua ligada à questão de poder e há
uma conexão entre currículo e multiculturalismo.
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2. O CURRÍCULO DE ACORDO COM OS DOCUMENTOS OFICIAIS
Ao final deste capítulo você deverá ser capaz de relacionar como os principais
documentos oficiais brasileiros, que tratam da educação, se referem à elaboração do
currículo.
Vamos fazer referência a três documentos, que servem como base para
um bom desenvolvimento da educação brasileira: a Constituição Federal
Brasileira de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB
9394/96) , já trabalhadas .na Disciplina de Legislação, mas dessa vez buscando
referências mais próximas às questões curriculares. Serão também abordados
no nosso estudo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
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2-1 O currículo e a Constituição
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2-2 O currículo na LDB 9394/96
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela.
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo
da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade
social e política, especialmente do Brasil.
§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis
da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e as condições da população
escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena,
africana e europeia.
§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da
quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a
cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.
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Achamos válido fazer referência à Lei nº 11.274/2006, que regulamenta
o Ensino Fundamental de nove anos. O objetivo é assegurar a toda a criança um
tempo maior de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com
isso, uma aprendizagem com mais qualidade.
A lei 11.274/2006 altera a redação de vários artigos(. 29, 30, 32 e 87) da
Lei 9394 /96 ao estabelecer a duração de nove anos para o Ensino
Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos.
Ensino Fundamental
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Unidade escolar Seleção de meios e
ordenação de recursos.
Projeto pedagógico
Professores
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Os PCNs constituem o primeiro nível de concretização
curricular. São uma referência nacional para o Ensino Fundamental,
estabelecendo uma meta educacional.
Apesar de apresentarem uma estrutura curricular completa, os
Parâmetros Curriculares Nacionais são abertos e flexíveis, uma vez que, por sua
natureza, exigem adaptações para a construção do currículo de uma Secretaria
ou mesmo de uma escola. Também não se impõem como uma diretriz
obrigatória, dando margem a adaptações com base nas práticas já existentes.
Os PCNs estão situados historicamente e, portanto, sua validade
depende de estarem em consonância com a realidade social, necessitando de
um processo periódico de avaliação, a ser coordenado pelo MEC.
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O terceiro nível de concretização diz respeito à elaboração da proposta
curricular de cada instituição escolar, inserida no contexto de seu projeto
educativo. É o Projeto Político Pedagógico no qual fica expressa a identidade da
escola e sua elaboração deve ser um processo dinâmico com discussões e
reflexões, com a participação de toda a equipe pedagógica, buscando um
comprometimento de todos.
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Agora é com você .Chegamos ao nível de concretização do currículo.
Atividade:
O Brasil sediou a Copa do Mundo de futebol, em 2014 e o Rio de
Janeiro será a sede das Olimpíadas de 2016.
.
Explique como esses eventos podem influir na programação de
atividades curriculares no ano em curso e nos próximos anos.
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mínimo mais especificado, não eliminando o trabalho da escola, da comunidade,
dos alunos para elaborar o documento fundamental, o projeto pedagógico.
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3. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS: VAMOS DEFINIR O QUE ENSINAR.?
Ao final deste capítulo você deverá ser capaz de citar os principais critérios
para a seleção de conteúdos do currículo, compreendendo a necessidade de conhecer a
comunidade local e as características da cleintela a que se destina.
Meu Deus!
Quanta coisa! O que
vou selecionar para
meu plano?
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Com base nessa concepção de que as disciplinas não precisam ser
organizadas hierarquicamente no currículo, torna-se necessário refletir e discutir
sobre o que ensinar, para quem ensinar e como ensinar de modo a fazer da
educação básica, uma educação na perspectiva da formação integral do ser
humano.
Quando estamos discutindo o que ensinar, algumas dúvidas surgem
para o professor. Que conteúdo selecionar para a compreensão e o
entendimento de determinado assunto? Qual a relevância social desse
conteúdo? Que conteúdo específico de uma disciplina pode favorecer a
interdisciplinaridade na área de conhecimento?
Nessa tendência atual procura-se eliminar, ou pelo menos minimizar, a
disparidade entre o que se ensina e o que o aluno precisa aprender. Alguns
professores, ainda presos à listagem de conteúdos do índice do livro didático,
sentem dificuldade em mudar sua prática.
É importante lembrar que o aluno se sente mais envolvido no
conhecimento se percebe que aquilo precisa aprender vai servir para ele. A
escola enquanto espaço de ensino-aprendizagem precisa proporcionar meios de
viabilizar a construção de conhecimento científico suficiente para prepará-lo para
o exercício da cidadania, para a vida e para o mundo do trabalho. Na escola
democrática, onde o aluno pode participar, ele precisa entender da mesma
forma como vai ser avaliado e conhecer o projeto pedagógico da escola.
Dessa maneira, o professor não só pode diagnosticar com mais
segurança como está sua turma, como também pode estabelecer uma relação
amigável e de confiança com seus alunos.
O professor, ao escolher os procedimentos metodológicos do ensino e
selecionar os conteúdos da uma disciplina, precisa fundamentar suas escolhas
num contexto bem próximo da realidade vivenciada pelos alunos.
As pesquisas realizadas no campo do currículo têm contribuído
consideravelmente para melhorar as práticas escolares e também nos trazem
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conhecimentos de alguns indicativos sobre o currículo oculto, aquele que
acontece dentro da sala de aula com a formação de hábitos, atitudes,
transmissão de valores.
É essencial selecionar conteúdos que sejam socialmente relevantes
quanto ao aspecto global, regional e local, que atendam às complexidades do
mundo contemporâneo, às exigências da sociedade e das tecnologias.
Na parte prática da seleção de conteúdos para o currículo, é necessário
definir critérios que podem ser explícitos ou implícitos.
Um currículo bem fundamentado na seleção de conteúdos deve atender
aos seguintes critérios:
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4. QUE SE ESPERA DA ESCOLA - OS OBJETIVOS.
O objetivo é
acertar o alvo!
Ao final deste capítulo você deverá ser capaz de estabelecer os objetivos para
um Plano de Curso, redigindo-os adequadamente para que possam expressar o que os
alunos serão capazes de conhecer ao terminar o período letivo.
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OBJETIVOS EDUCACIONAIS
O caráter pedagógico da prática educativa está em explicar fins e meios
que orientem tarefas da escola e do professor. Podemos dizer mesmo que não
há prática educativa sem objetivos.
Os objetivos educacionais expressam propósitos definidos, explícitos
quanto ao desenvolvimento das qualidades humanas que todos os indivíduos
precisam adquirir para se capacitarem para as lutas sociais de transformação da
sociedade.
Para a formulação dos objetivos educacionais, três são as referências
básicas:
• Os valores e ideais proclamados na legislação educacional e que
expressam os propósitos das forças políticas dominantes no sistema
social
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Isso significa que a elaboração dos objetivos pressupõe, da parte do
professor:
APRENDIZAGEM
Os objetivos direcionam a atividade de aprendizagem, estabelecem
ordem, propósitos e condições para a mesma e fornecem elementos para a
avaliação
As diferenças individuais devem ser levadas em conta e podemos fazer
isso mantendo os objetivos, mas oferecendo possibilidades diversas para todos os
alunos consigam alcançá-los. Em alguns casos, podemos manter apenas parte
dos objetivos para atender às diferenças ou estabelecer objetivos diferenciados
para grupos de alunos. Outra forma apresentar alternativas de atendimento como
atividades de apoio, tutoria, trabalho com material extra de forma a atender a
essas diferenças individuais .
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Para exemplificar, vamos apresentar alguns dos objetivos de Geografia,
de acordo com orientação da Prefeitura de São Paulo:
Ao final do 5º ano, os alunos deverão ser capazes de:
• Comparar mapas e imagens que caracterizam bairros e cidades.
• Reconhecer representações gráficas de objetos cotidianos na
perspectiva vertical e oblíqua.
• Apontar dados sobre a população em gráficos e mapas temáticos.
• Identificar as diferentes contribuições culturais na formação da
população brasileira.
• Elaborar mapa localizando diferentes tipos de indústria.
• Descrever o processo de urbanização, tendo como referência os
elementos do cotidiano e o modo de vida.
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Apresentamos exemplos para cada tipo .::
Muito Bem!
Você encontrou como numeração: 3- 1- 2 .
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA ALGUMAS DISCIPLINAS
Há necessidade ainda de citarmos a importância de objetivos específicos
de cada disciplina, como por exemplo em Matemática. Nesse caso verbos como
efetuar, contar,medir, pesar, calcular estarão presentes frequentemente.
Vamos citar alguns exemplos de objetivos em Matemática.
As orientações curriculares de Matemática da Prefeitura de São Paulo,
prevêem que, ao fim do 5ºano, os alunos sejam capazes de:
• Efetuar cálculos e usar as regras do sistema de numeração
decimal, comparando e ordenando os números..
• Identificar e representar semelhanças e diferenças entre formas
geométricas.
• Utilizar o sistema métrico fazendo cálculos com precisão
• Resolver problemas com as quatro operações, usando
estratégias pessoais, convencionais e cálculo mental.
• Usar e fazer cálculos com percentagens.
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Os objetivos gerais são explicitados em três níveis de abrangência, do
mais amplo ao mais específico:
• Pelo sistema escolar, que expressa as finalidades educativas de
acordo com ideais e valores dominantes na sociedade;
• Pela escola, que estabelece princípios e diretrizes de orientação do
trabalho escolar com base num plano pedagógico-didático que
represente o consenso do corpo docente em relação à filosofia da
educação e à prática escolar; (Projeto Político Pedagógico)
• Pelo professor, que concretiza no ensino das matérias a sua própria
visão de educação e de sociedade.
Ao considerar os objetivos gerais e suas implicações para o trabalho
docente em sala de aula, o professor deve conhecer os objetivos estabelecidos
no âmbito do sistema escolar oficial, seja no que se refere a valores e ideais
educativos, seja quanto às prescrições de organização curricular e programas
básicos das matérias. Esse conhecimento é necessário, não apenas porque o
trabalho escolar está vinculado às diretrizes nacionais, estaduais e municipais de
ensino, mas também porque precisamos saber que concepções de homem e
sociedade caracterizam os documentos oficiais, uma vez que expressam os
interesses dominantes dos que controlam os órgãos públicos.
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O autor pretende mostrar que os objetivos precisam estar de acordo com
a situação do país, da comunidade, dos alunos e não repetir apenas uma
listagem pré-determinada.
Os objetivos específicos de ensino determinam exigências e resultados
esperados da atividade dos alunos, referentes a conhecimentos, habilidades,
atitudes e convicções, cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem no processo de
transmissão / assimilação ativa das matérias de estudo.
Estes devem ser vinculados aos objetivos gerais sem perder de vista a
situação concreta (escola, matéria, alunos) em que serão aplicados. Norteiam,
de forma mais direta, o processo ensino aprendizagem.
Na redação dos objetivos específicos, o professor transformará tópicos
das unidades de ensino em proposições (afirmações), onde se expresse o
resultado esperado, que deve ser atingido por todos os alunos ao final daquela
unidade.
Os resultados podem ser de:
• Conhecimentos (conceitos, fatos, princípios, teorias,
interpretações, ideias organizadas, etc.).
• Habilidades (o que o aluno deve aprender para desenvolver suas
capacidades intelectuais: organizar seu estudo ativo e independente; aplicar
fórmulas em exercícios; observar, coletar e organizar informações sobre
determinado assunto; raciocinar com dados da realidade; formular hipóteses; usar
materiais e instrumentos como.dicionários, mapas, réguas, etc.).
• Atitudes, convicções e valores que se devem desenvolver em
relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento humano, à realidade social
(atitude cientifica, consciência crítica, responsabilidade, solidariedade, etc.)
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Atividade:
Selecione um item dentre os que se seguem e especifique objetivos de
uma aula sobre o assunto escolhido. Ao fazê-lo indique a que ano escolar está
destinado:Caso você busque as informações em algum documento, ele precisará
ser citado no final da resposta.
1. Os seres vivos.
2. Adição e subtração.
3. Estados e regiões do nosso país
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5. COMO ENSINAR? OS MEIOS E MÉTODOS.
Você já notou que para planejar sua aula ou para fazer o seu plano de
curso, você precisou conhecer melhor o currículo, selecionar conteúdos e
compreender a importância de estabelecer objetivos bem definidos.
Mas falta responder uma importante questão: Como ensinar? Como
alcançar os objetivos estabelecidos ?
Como ensinar os alunos a resolver problemas de adição e subtração?O
que propor quando para os estudantes têm dificuldade de entender um texto
sobre Ciências? Perguntas como estas são feitas diariamente pelos professores.
,.
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Se apresentamos um assunto para os alunos com uma aula expositiva
esse foi o método usado. Se usamos um vídeo para ilustrar uma aula, o vídeo
constitui um meio, um canal para transmitir uma informação.
A escolha do método deve estar de acordo com a escolha do meio.
Na sala de aula, o meio mais importante é o professor. Todos os demais
meios são um apoio à ação do professor e devem servir para enriquecer a
atividade proposta.
As inovações da tecnologia de impressão de meios escritos, o
barateamento de sua produção, a popularização dos meios audiovisuais
permitiram um enorme incremento na divulgação de informações sobre os mais
variados assuntos. Essa situação embora apresente riscos, como o da
manipulação das informações e o de conteúdos falsos, contribuiu muito para a
democratização do saber.
O predomínio do poder de informação dos novos meios sobre os
currículos escolares é evidente em muitos campos. A televisão, os vídeos, a
Internet, são uma fonte de conhecimento mais atrativa e mais eficaz do que
muitos livros escolares e professores que podem apresentar conteúdos sem
importância para o mundo atual.
Torna-se necessário analisar se a escola não deve manter um currículo
fechado dentro de um pequeno âmbito e deve sim partir para uma reformulação
de conteúdos, de fontes de informação, de meios e métodos para realizar suas
atividades.
É evidente que nas classes mais favorecidas da sociedade dos
ambientes urbanos, as inflências vindas de fora da escola são muito maiores e
as possibilidades de acesso às informações é imensa.
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Apesar disso, a escola continua tendo o principal papel social e cultural,
permenecendo válidas as palavras de Dewey:
A missão da instituição escolar é a de prover um ambiente:
• Simplificado, para que possibilite a compreensão da complexidade
exterior.
• Ordenado progressivamente, para que ajude a compreender o
ambiente exterior mais complexo.
• Compensatório ou liberador das limitações que cada aluno possa ter
pelo grupo social a que pertence.
• Coordenador das influências dispersas que os indivíduos recebem dos
círculos vitais aos quais eles pertencem. (DEWEY,apud SILVA, 2000,p.20)
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O livro didático tem despertado
interesse de muitos pesquisadores nas últimas décadas. Depois de ter sido
desconsiderado por estudiosos, educadores e intelectuais de vários setores,
entendido como produção menor enquanto produto cultural, o livro didático
começou a ser analisado sob várias perspectivas, destacando-se os aspectos
educativos e seu papel na configuração da escola contemporânea. Trata-se de
um objeto cultural contraditório que gera intensas polêmicas e críticas de muitos
setores, mas tem sido sempre considerado como um instrumento fundamental no
processo de escolarização.
O livro didático provoca debates também no interior da escola, entre
educadores, alunos e suas famílias, assim como em encontros acadêmicos, em
artigos de jornais, envolvendo autores, editores, autoridades políticas,
intelectuais de diversas procedências. As discussões em torno do livro estão
vinculadas ainda à sua importância econômica para um vasto setor ligado à
produção de livros e também ao papel do Estado como agente de controle e
como consumidor dessa produção. No caso brasileiro, os investimentos
realizados pelas políticas públicas nos últimos anos transformaram o Programa
Nacional de Livro Didático (PNLD) no maior programa de livro didático do
mundo.
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Podemos constatar que o livro didático assume ou pode assumir
funções diferentes, dependendo das condições, do lugar e do momento em que
é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares.
O livro didático enquanto produto cultural, como mercadoria ligada ao
mundo editorial e dentro da lógica de mercado capitalista, é usado como suporte
de conhecimentos e de métodos de ensino das diversas disciplinas e matérias
escolares.
Em muitos casos, como já dissemos a listagem de conteúdos do livro
didático acaba por corresponder ao currículo. Apesar de algumas desvantagens
apresentadas o livro didático pode complementar aulas expositivas, e pode
também, ser usado em trabalhos individuais e de grupos, tornando-se
instrumento de orientação e controle do processo ensino aprendizagem.
localização.
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Arcos da Lapa -RJ
Fonte da imagem :pereginacultural.wordpress.com
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6. MÃOS À OBRA: VAMOS PLANEJAR O CURSO!
Preciso de
uma boa ideia!
Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de elaborar um Plano de Curso,
de acordo com os conteúdos, objetivos e meios mais adequados à clientela, mas
levando em conta o plano pedagógico da escola e as diretrizes curriculares nacionais.
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Os atos de planejar e avaliar devem andar de mãos dadas.
PLANEJAMENTO AVALIAÇÃO
professor
Vamos detalhar, em seguida, a elaboração de um Plano de Curso.
Para o professor, o plano de curso é o instrumento de trabalho que lhe
permite tomar decisões sobre conteúdos, estratégias de ensino e avaliação e dá
condições para ele preparar e ministrar as aulas de acordo com um projeto,
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dentro de uma sequência lógica e didática. Como o professor não deve caminhar
sozinho é preciso verificar que papel deve ter a equipe diretiva nesse contexto.
Quanto à direção da escola essa deve acompanhar o trabalho do
professor sempre atuando de modo a que sejam providenciadas as condições
para que as atividades docentes e discentes se realizem com sucesso.
A elaboração de um Plano de Curso apresenta duas etapas:
Na primeira etapa temos a tomada de decisões e a coleta de
informações e na segunda etapa o registro do plano.
Apresentamos um resumo das recomendações para a 1ª etapa:
A seleção de conteúdos baseia-se em diretrizes nacionais, projeto
pedagógico da escola, experiências anteriores do professor e dos alunos. As
unidades e subunidades devem permitir que o aluno estruture de forma mais
adequada os seus conhecimentos. Os títulos escolhidos para as unidades devem
ser significativos e a duração compatível com o ano letivo.
Quanto aos métodos, devem ser escolhidos para atender os objetivos
estabelecidos e o professor deve estar familiarizado com os mesmos.
O material normalmente inclui livros, filmes, mapas, fotos, enfim materiais
viáveis e que possam constituir fontes de informação.
O esquema que se segue procura resumir os principais passos para a
elaboração de um plano de curso.
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A segunda etapa do plano de curso é o de registro do plano.
O esquema para registro dos planos de curso variam de instituição para
instituição. O esquema que será utilizado na apostila para apresentar um plano
de curso está baseado em Oliveira e Chadwick(2001). Nesse esquema em lugar
de usar a palavra objetivos ,os autores usam a denominação de produtos.
Embora já tenhamos afirmado que plano de curso precisa se adequar à
realidade e às características dos alunos, ao projeto pedagógico da escola, às
diretrizes curriculares emanadas pelos órgãos ligados ao sistema escolar,
apresentamos uma sugestão para a organização de um Plano de Curso para o
5º ano do Ensino Fundamental, na disciplina Geografia.
Imaginamos estar realizando um trabalho numa turma de 5º ano que vai
estudar a divisão regional do Brasil e as características principais de cada região.
Criamos um plano com a duração para todo o ano letivo
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CONTEÚDOS PRODUTOS SUBUNIDADES MEIOS/RECURSOS AVALIAÇÃO
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capital.
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Apresentamos outra sugestão. Dessa vez buscamos um plano de uma
unidade para você trabalhar estratégias de cálculo com alunos de 1º e 2º anos.
Título: Vamos às compras!
Anos: 1º e 2º. Tempo estimado: 10 aulas.
Conteúdos: Adição e subtração.
Objetivo: Ao final deste projeto o aluno deverá ser capaz de efetuar
adições e subtrações com desembaraço, partindo de situação concreta e
chegando a abstrair da situação de compra e venda.
Material necessário:
Objetos usados como brinquedos, revistas, cédulas que imitem as
verdadeiras, papel, canetas, lápis, etiquetas.
Desenvolvimento:
1ª etapa: Propor à turma organizar um brechó, explicando que é uma loja
que vende objetos usados. Peça que os alunos levem 2 itens para a escola.
Avise os pais que os objetos não serão devolvidos.
2ª etapa: Oriente-os para separar o material em conjuntos: brinquedos,
revistas, etc.; estabeleça com eles preço para os objetos e coloque etiquetas
com esses preços.
3ª etapa: Divida os alunos em vendedores, com cédulas de 1 ou 2 reais
(imitações) e compradores, com cédulas de 5, 10 e 20 reais.
4ª etapa: Inauguração do brechó: cada aluno comprador escolhe dois
objetos e paga. No papel eles farão a adição e a subtração para verificar o troco
5ª etapa: Analise os registros dos alunos, discuta as situações que
surgiram no brechó e proponham outras, já sem as cédulas, nem os objetos.
6ª etapa: Avaliação: Proponha situações hipotéticas com 20 reais. Os
alunos deverão apresentar combinações de objetos com preços que eles
estabelecerão e calcular o troco.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/brecho-escolar-429052.shtml
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Neste capítulo procuramos orientá-lo para a elaboração de um Plano de
Curso, com algum embasamento teórico e algumas sugestões.
Sempre que necessário, consulte as referências bibliográficas, para saber
mais e aprofundar seus conhecimentos. Boa sorte, colega!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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SILVA, Tomaz Tadeu. Documento de identidade: uma introdução às
teorias de currículo Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001.
Teorias do currículo, uma introdução crítica. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2000
VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Plano de ensino-
aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995.
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