Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Jornal Contábil
Foto Divulgação
1) Novos limites: os novos limites do simples nacional entram em vigor a partir de 2018, e passam de R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais) na soma dos últimos doze meses, para R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) na soma dos últimos
doze meses, o equivalente a uma média mensal de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais).
O limite do MEI (Micro empreendedor individual) também foi alterado, e em 2018 passa de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) na soma dos
últimos doze meses, ou R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais, para R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) na soma dos últimos doze
meses, ou R$ 6.750,00 (seis mil setecentos e cinquenta reais) mensais.
2) Novas Tabelas do Simples Nacional: Houve também redução nos limites da faixa de faturamento e alíquotas, anteriormente
existiam 20 faixas e agora caíram para 6, as tabelas também foram reduzidas de 6 para 5. (anexo 1).
3) Nova forma de calcular os impostos do Simples Nacional: Antes o cálculo do simples resumia-se a multiplicação de uma alíquota
sobre o faturamento do simples já com as devidas exclusões, a partir de 2018 a forma do cálculo deixa de ser tão simples:
Receita Bruta acumulada nos 12 meses anteriores a apuração multiplicado por alíquota nominal constante nos anexos da Lei
complementar , dividido pela parcela a deduzir nos anexos constantes da Lei complementar.
Equação do cálculo:
BT12 X ALIQ – PD
BT12
Exemplo: Para uma empresa que tenha aferido o faturamento acumulado nos últimos 12 meses de R$ 1.500.000,00, e exerça a atividade
de comércio, tributada no Simples Nacional de acordo com a tabela de comércio, em 2018 deverá responder a seguinte fórmula
matemática para então obter a alíquota que deverá aplicar no cálculo do imposto mensal:
Efetuando o mesmo cálculo em 2017 antes das novas regras o contribuinte deveria observar a tabela comercial vigente na faixa que
contemplava o faturamento acumulado de R$ 1.5000.000,00, e então encontraria a alíquota de 9,03%, ou seja, em 2018 este contribuinte
terá um aumento de 0,17% em sua carga tributária. (Dada a complexidade do tema, é importante que você contribuinte esteja sempre
em contato com o contador responsável para que possa analisar todas as regras e exceções da LC 123, e 155).
As empresas relacionadas na LEI 12.582/2012 (profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e
Maquiador) poderão abater da receita bruta da empresa os valores repassados a estes profissionais a título de parceria, cabendo ao
https://www.jornalcontabil.com.br/mudancas-simples-nacional-2018-o-que-lei-complementar-1552016-trouxe-de-novidades/ 1/3
28/08/2017 Mudanças Simples Nacional 2018 - O que a Lei Complementar 155/2016 trouxe de novidades? - Jornal Contábil
4) Parcelamento das dívidas vencidas até maio de 2016: As empresas optantes do Simples Nacional poderão realizar o pagamento
de suas dívidas vencidas até maio de 2016 em até 120 parcelas, com o valor mínimo de R$ 300,00 (trezentos reais) na parcela. O valor
de cada prestação será corrigido pela taxa SELIC e por 1% aplicado no mês do pagamento da parcela.
ATENÇÃO – Essa mudança entrou em vigor na data de publicação da Lei Complementar 155/2016, não sendo necessário aguardar até
2018.
5) Investidor-Anjo: Sim o artigo 61-A ao 61-D da Lei Complementar 155/2016 regulamentou a figura do Investidor-Anjo e definiu
regras para sua utilização, entre elas:
6) Inclusão de novas atividades como permitidas no Simples Nacional: Pequenas empresas varejistas que atuam na indústria de
bebidas alcoólicas, desde que devidamente registradas no Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento, e obedecerão as
determinações da ANVISA e da Secretaria da Receita Federal para produção de bebidas alcoólicas:
7) Reciprocidade Social: As micro e pequenas empresas vinculadas a reciprocidade social poderão se beneficiar de linhas de crédito
específicas através dos bancos comerciais e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o BNDES.
2) Quando o contribuinte ultrapassar os 3.6M antes do acumulado de 12 meses em 2018 será excluso do Simples?
a) Não, o contribuinte poderá continuar como simples nacional. Mas após ultrapassar o limite de 3.6M antes dos 12 meses de faturamento
acumulado deverá recolher ISS e ICMS fora da tabela do simples nacional, até o limite de 4.8M.
b) Caso o contribuinte exceda o limite de 4.8M dentro do mesmo exercício social em até 20%, estará sujeito a um adicional de 20% na
alíquota do simples nacional na faixa máxima da tabela do Simples Nacional pertencente a sua atividade, e sua exclusão se dará no início
do próximo ano.
c) Caso o contribuinte exceda o limite de 4.8M dentro do mesmo exercício em mais de 20%, estará fora do regime do simples nacional no
mês posterior a data da ocorrência.
Quando o contribuinte ultrapassar o limite de faturamento de R$ 3,6 milhões até o limite de R$ 4,8 milhões, deverá recolher ISS e ICMS
fora do regime do simples nacional, como um contribuinte normal.
4) Como o ICMS por fora será recolhido, em cada venda online, a loja precisará pagar, via GNRE o DIFAL?
Como o limite de faturamento do Simples foi estendido até R$ 4,8 milhões, mesmo quando o contribuinte exceder R$ 3,6 milhões ele
continuará como simples nacional abrangido pela lei do simples nacional. Portanto, não há o que se falar em recolhimento de DIFAL. (Pelo
menos até que o fisco se pronuncie oficialmente sobre este tema).
https://www.jornalcontabil.com.br/mudancas-simples-nacional-2018-o-que-lei-complementar-1552016-trouxe-de-novidades/ 2/3
28/08/2017 Mudanças Simples Nacional 2018 - O que a Lei Complementar 155/2016 trouxe de novidades? - Jornal Contábil
6) Como ter certeza que em 2018 o Simples Nacional seja ainda a melhor opção para o Contribuinte?
O contribuinte necessariamente precisa elaborar uma análise de viabilidade tributária, projetando receitas, custos variáveis, e custos fixos
para um exercício inteiro, e então criar cenários no Simples Nacional, Lucro Real, e Lucro presumido, analisando não somente os
resultados no DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), mas também o fluxo de caixa projetado.
Em muitas análise me deparei com a seguinte questão, em um cenário tributário o lucro é maior, mas o fluxo de caixa deixa menores
recursos para empresa, em outro cenário o lucro é menor, mas o fluxo de caixa deixa mais recursos para empresa. E então neste
momento para tomar a melhor decisão é necessário conhecer o propósito da empresa e de seus investidores, é melhor demonstrar um
lucro maior para atrair investidores, ou dispor de um lucro menor mas de melhores disponibilidades financeiras.
7) Qual a sugestão de boas práticas nos processos para evitar contratempos fiscais para as empresas do Simples Nacional
A sugestão para as empresas do Simples Nacional neste sentido, são as mesmas para qualquer outra empresa:
a) Executar o planejamento empresarial anual, analisando todas as vertentes, sejam comerciais, gerenciais, estruturais, operacionais, de
projeção de faturamento, de análise de custos fixos, e variáveis, inclusive olhando sempre atentamente para as questões tributárias.
b) Acompanhar mensalmente os fechamentos contábeis e tributários, solicitar ao contador apresentações mensais do DRE, Balanço
Patrimonial, Fluxo de Caixa, entre outros.
c) Solicitar ao contador de 6 em 6 meses as certidões da empresa (Certidão da Receita Federal, FGTS, INSS, Fazenda Estadual, Fazenda
Municipal, etc..).
Compartilhe isso:
Comente
0 Comentários
https://www.jornalcontabil.com.br/mudancas-simples-nacional-2018-o-que-lei-complementar-1552016-trouxe-de-novidades/ 3/3