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2019/I U.A. 15: INFLAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA

MARCIA REBELLO DA SILVA


Todos os direitos reservados

OBJETIVOS:

Ao final desta unidade, você será capaz de:

1- Entender os conceitos de: inflação; deflação e correção monetária.

2- Compreender os índices.

3- Calcular a inflação acumulada e média.

4- Entender o conceito de taxa real; e

5- Interpretar e resolver os exercícios propostos na UA15.

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1- DEFINIÇÕES

Numa economia de uma nação, a inflação e a deflação são duas condições que afetam o valor
do dinheiro. Por inflação entende-se um processo de elevação generalizada dos preços dos vários bens
e serviços num dado intervalo de tempo.
Em sentido oposto, ou seja, um processo de queda predominante dos preços de mercado dos
bens e serviços, neste caso o fenômeno é denominado deflação.
Durante um período inflacionário, é necessário no pagamento de um bem, ou serviço, uma
quantidade cada vez maior de moeda, gerando perda do poder aquisitivo da própria moeda.
As altas taxas de juros, o desequilíbrio da balança de pagamentos, o aumento de preços ou
salários sem melhoria da qualidade ou da produção, a emissão de moedas para cobrir déficit público,
são alguns dos fenômenos entre outros que podem causar a inflação.
O desenvolvimento da economia brasileira tem-se caracterizado pela presença de processos
inflacionários, onde os preços se têm elevado com maior ou menor intensidade.
Pode-se definir a atualização monetária ou correção monetária como sendo o reajuste dos
capitais envolvidos em operações financeiras, (passivas ou ativas) de modo a anular ou pelo menos
minorar os efeitos da perda do poder aquisitivo.
No Brasil, a prática da atualização monetária ou correção monetária foi introduzida em 1964
com a criação da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional, através da Lei no. 4.357, de 16-06-64,
conhecida por ORTN, com a finalidade de corrigir os valores do ativo imobilizado, dos débitos fiscais,
das depreciações, o que deveria ser feito de acordo com a variação da ORTN. Posteriormente também
foi adotada nas operações financeiras em geral.
A ORTN passou a denominar-se OTN (Obrigação do Tesouro Nacional) a partir de março de
1964 com a criação do Plano Cruzado 1, cuja a finalidade era de não mais ser reajustada,
permanecendo com valor fixado para março de 1986, $ 106,40. Entretanto, desde fevereiro de 1987, a
OTN continuou a ser reajustada mensalmente, sendo posteriormente substituídas por outros índices.

2- ÍNDICES

Serão vistos neste tópico alguns do índices que afetam os valores durante o tempo.
Publicações especializadas tais como Suma Econômica, revista Conjutura Econômica, trazem
os índices e sua evolução.

2.1- VALOR REFERENCIAL DE FINANCIAMENTO – VRF

O Valor Referencial de Financiamento passou a ser utilizado para a correção dos saldos
devedores de seus mutuários, com a extinção da UPC. A VRF nada mais do que a continuação da UPC
corrigido pela inflação.

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2.2- UNIDADE FISCAL DE REFERÊNCIA – UFIR

A Unidade Fiscal de Referência foi criada com base na Lei no. 8.383, de 30-12-1991.

2.3- TAXA REFERENCIAL – TR

A TR foi criada através da Lei no. 8.177, de 01-03-1991, quando foi extinta o Bônus do
Tesouro Nacional, BTN.

2.4- VARIAÇÃO CAMBIAL

A taxa flexível de câmbio foi introduzida a partir de 1968. A taxa cambial por medir a relação
entre o valor da moeda de um país e outro, pode variar em intervalos não regulares e pequenos de
tempo.
O US$ (Dólar dos Estados Unidos), tem servido como referência para os preços de muitas
mercadorias bem como financiamentos externos e quantificação de transações de comércio exterior.

2.5- ÍNDICE OFICIAL DE INFLAÇÃO

O índice oficial de inflação é conhecido também como taxa de inflação.


A variação de preço era calculado por vários órgãos ou entidades, mas o representante para o
cálculo deste índice era escolhido pelo governo. Porém, a partir de 1990, não existe mais índice oficial
de inflação no Brasil.

3- VARIAÇÃO DOS ÍNDICES

Suponha que a correção monetária deva ser fixada segundo determinado índice o indicador de
inflação, para “n” períodos consecutivos, são I0, I1 , I2, . . . , In, onde I0 é o valor correspondente ao
início do 1o. período e os demais correspondentes ao fim dos “n” períodos considerados.
A correção ou variação C1 , C2, . . . , Cn, para cada um destes períodos será:

C1 = I1 − I0 = I1 − 1
I0 I0

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C2 = I2 − I1 = I2 − 1
I1 I1
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cn = In − In-1 = . In . − 1
In-1 In-1

Cn = . In . – 1
In – 1
Onde:
I: Indicador de Inflação
C: Correção Monetária ou Variação Monetária

A correção para “n” períodos, ou correção acumulada será:

Cac = In . – 1
I0

Onde:
Cac: Correção Monetária Acumulada ou Variação Acumulada Monetária
As igualdades (1) também podem ser escritas da seguinte forma:

I1 = 1 + C1
I0
I2 = 1 + C2
I1
. . . . . . . . . . .
. In . = 1 + Cn
In-1
Multiplicando membro a membro estas últimas igualdades, teremos:
(I1) (I2) . . . . In . = (1 + C1) (1 + C2) . . . . (1 + Cn)
I1 In-1
Ou:
In. = (1 + C1) (1 + C2) . . . .(1 + Cn)
I0
Subtraindo 1 de cada membro da equação, tem-se:

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In − 1 = (1 + C1) (1 + C2) . . . . (1 + Cn) − 1
I0
Então a correção acumulada para os “n” períodos pode também ser calculada da seguinte forma:

Cac = (1 + C1) (1 + C2) . . . . (1 + Cn) − 1

Ex. 1: Calcular: a) a correção para janeiro, fevereiro, março, abril, maio, e junho; b) a correção no
último semestre; e c) a média mensal de inflação. Considere os seguintes dados.

Período Índice

Dezembro 100
Janeiro 104
Fevereiro 107,38
Março 112,21
Abril 119,50
Maio 125,48
Junho 137,00

Solução:
a)
Cn = . In . – 1
In – 1

CJan = (IJan / IDez) − 1 = (104,00 ÷ 100) − 1 = 0,04000 = 4,000%

CFev = (IFev / IJan) − 1 = (107,38 ÷ 104) − 1 = 0,03250 = 3,250%

CMar = (IMar / IFev) − 1 = (112,21 ÷ 107,38) − 1 = 0,04500 = 4,498%

CAbr = (IAbr / IMar) − 1 = (119,50 ÷ 112,21) − 1 = 0,06497 = 6,497%

CMai = (IMai / IAbr) − 1 = (125,48 ÷ 119,50) − 1 = 0,05004 = 5,004%

CJun = (IJun / IMai) − 1 = ( 137,00 ÷ 125,48) − 1 = 0,09181 = 9,181%

b) Solução 1:

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Cac = In . – 1
I0

Cac = (IJun / IDez) − 1

Cac = (137 ÷ 100) − 1 = 37%

Solução 2:

Cac = (1 + C1) (1 + C2) . . . . (1 + Cn) − 1

Cac = [(1 + CJan) x (1 + CFev) x (1 + CMar) x (1 + CAbr) x (1 + CMai) x (1 + CJun)] − 1

Cac = 1,04000 x 1,03250 x 1,04500 x 1,06497 x 1,05004 x 1,09181 − 1

Cac = 1,3700 − 1
Cac = 37% (acumulada dos últimos 6 meses)

c) Média mensal = Cm = ?
(1 + Cm)6 = (1 + Cac)
(1 + Cm)6 = (1 + 0,37)
Cm = (1,37)1/6 − 1
Cm = 5,387%

4- TAXA EFETIVA E TAXA REAL

Entende-se por taxa efetiva aquela que normalmente vigora nas operações financeiras correntes.
Em contexto inflacionário devemos distinguir, na taxa efetiva, uma parte relativa a correção que é
devida a inflação, e a outra relativa aos juros reais recebidos ou pagos.
Na ausência de inflação, a taxa nominal (i) é igual a taxa real (r); portanto, o montante no final
do primeiro período será:
S = P x (1 + i)

Em período inflacionário, o montante produzido é o resultado de um capital que foi acrescido


da taxa real de juros (r) e da taxa de inflação ou correção monettária (θ).
S = P x (1 + r) x (1 + θ)

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Igualando essas duas equações, tem-se:
P (1 + i) = P x (1 + r) x (1 + θ)
Então:
(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

Onde:
i: Taxa efetiva de Juros
r: Taxa Real de Juros
θ: Taxa de Inflação ou Correção Monetária (C)

Ex. 2: Calcular a taxa nominal de um empréstimo num banco que quer ganhar 29% a.a. de juros reais,
sabendo que a inflação será de 70% a.a.

r = 29% a.a. θ = 70% a.a. i=?

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,29) x (1 + 0,70)
i = 2,1930 − 1
i = 119,30% a.a.
Resposta: 119,30% a.a.

Ex. 3: Um título de crédito foi adquirido por $ 2.300 em dezembro de 19X1 para resgate em
dezembro de 19X2 pela quantia de $ 3.050. Pede-se a taxa de juros real, admitindo-se como taxa de
inflação o índice:

Data Índice
Dezembro 19X1 135
Dezembro 19X2 160

S = $ 3.050 P = $ 2.300 n = 1 ano r=?


Solução:
Cálculo da Taxa de Inflação: Cn = . In . – 1
In – 1
CX2 = 160 ÷ 135 − 1

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CX2 = 18,52%
θ = 18,52%
Cálculo da Taxa Nominal: S = P (1 + i)n
3.050 = 2.300 x (1 + i)1
i = (3.050 ÷ 2.300) − 1
i = 32,61% a.a.
Cálculo da Taxa Real de Juros:

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,3261) = (1 + r) x (1 + 0,1852)
1,3261 ÷ 1,1852 = 1 + r
r = 1,1189 − 1
r = 11,89% a.a.

Resposta: 11,89% a.a.

Ex. 4: Se em um investimento em um fundo de renda fixa a taxa efetiva foi de 50% ao período,
calcular a taxa real, se neste mesmo período, a taxa de inflação foi de 38%.

i = 50% θ = 38% r=?

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,50) = (1 + r) x (1 + 0,38)
1,50 ÷ 1,38 − 1 = r
r = 8,70% ao período

Resposta: 8,70% ao período

Ex. 5: Uma senhora aplicou a quantia de $ 9.300 durante dois anos a taxa real de 10% a.a. Se a
inflação fosse 31% a.a, quanto receberia a senhora?

P = $ 9.300 n = 2 anos r = 10% a.a. θ = 31% a.a. S=?


Solução:
(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

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(1 + i) = (1 + 0,10) x (1 + 0,31)

S = P (1 + i)n

S = 9.300 x (1,10 x 1,31)2


S = $ 19.311,27
Resposta: $ 19.311,27

Ex. 6: Que taxa de inflação anual deve ocorrer para que um aplicador ganhe 17,5% a.m. de juros reais,
caso a taxa efetiva seja 39% a.m.?

r = 17,50% a.m. i = 39% a.m. θ = ? (a.a.)

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,39) = (1 + 0,175) x (1 + θ)
θ = 1,39 ÷ 1,175 − 1
θ = 18,30% a.m.
Como achamos a taxa de inflação ao mês, então, teremos que transformar a taxa de inflação mensal
(capitalização mensal) para taxa de inflação anual (capitalização anual).

Para mudarmos a Capitalização terá que ser por Taxas Equivalentes

Taxas Equivalentes: Prazo1 = Prazo2 P1 = P2 S = P (1 + i)n


S1 = S2

(1 + i1)n1 = (1 + i2)n2

(1 + θ1)n1 = (1 + θ2)n2

(1 + θm)12 = (1 + θa)1
(1,183)12 − 1 = θa
θa = 651,31%
Resposta: 651,31%

Ex. 7: A fim de constituir uma poupança, Lucas faz depósitos postecipados de $ 2.500/bim. em uma
instituição financeira por três anos. Se a taxa real e a taxa de inflação forem respectivamente 4% a.b. e
5% a.b. quanto poderá Lucas resgatar no final do prazo?

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R = $ 2.500/bim, (Postecipados)
Prazo = 3 anos = 3 x 6 bim. = 18 bim.  n = 18
r = 4% a.b. θm = 5% a.b.
Valor de Resgate = Saldo = X = ?
Solução: Data Focal = Dezoito bimestres
∑ Dep.(DF = 18) − ∑ Ret.(DF = 18) = Saldo(DF = 18)
∑ Dep.(DF = 18) = S
Onde:
S = R [(1 + i)n − 1]
i

∑ Dep.(DF = 18) = 2.500 x [(1 + i)18 − 1]


i

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,04) x (1 + 0,05) = 1,04 x 1,05


∑ Dep.(DF = 18) = 2.500 x [(1,04 x 1,05)18 − 1]
(1,04 x 1,05) − 1
∑ Ret.(DF = 18) = 0
Saldo(DF = 18) = X
Equação de Valor: 2.500 x [(1,04 x 1,05)18 − 1] – 0 = X
1,04 x 1,05
X = $ 105.308,94
Resposta: $ 105.308,94

Ex. 8: Por um capital de $ 7.900 aplicado por três semestres, um investidor recebeu $ 15.026,33. Qual
foi a taxa de juros real, se a inflação foi de 18% a.s.?

P = $ 7.900 S = $ 15.026,33 n = 3 sem θ = 18% a.s. r=?

Solução: S = P (1 + i)n

15.026,33 = 7.900 x (1 + i)3


1,9021 = (1 + i)3
1 + i = (1,9021)1/3

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

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1/3
(1,9021) = (1 + r) x (1 + 0,18)
1/3
(1,9021) = (1 + r) x (1,18)
r = [(1,9021)1/3 ÷ 1,18] − 1
r = 0,05 a.s. = 5% a.s.
Resposta: 0,05 ou 5%

Ex. 9: Calcule o capital de um determinado investimento que ficou aplicado pelo prazo de dois anos,
cujo rendimento foi $ 127.000, taxa de inflação 20% a.s., e taxa de juro real 12% a.q.

J = $ 127.000 n = 2 anos θ = 20% a.s. r = 12% a.q. P=?


Solução:
(1 + rq)3 = (1 + ra)1 (1,12)3 = (1 + ra)
(1 + θsem)2 = (1 + θa)1 (1,20)2 = (1 + θa)

J = P [(1 + i)n – 1]

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

127.000 = P x {[(1 + ra) x (1 + θa)]2 – 1}


127.000 = P x {[(1,12)3 x (1,20)2]2 – 1}
127.000 = P x [(1,12)6 x (1,20)4 – 1]
P = $ 41.061,54
Resposta: $ 41.061,54

Ex. 10: O preço à vista de uma moto é $ 75.000; e a prazo tem que dar uma entrada e mais vinte
prestações mensais de $ 9.049,60. Se a taxa de inflação for 7% a.m. e a taxa de juro real 6% a.m.,
quanto será o valor da entrada?

Preço à vista = $ 75.000


Prestações = R = $ 9.049,60/mês (Não diz nada  Postecipadas) → n = 20
θ = 7% a.m. r = 6% a.m. Entrada = X = ?
Solução: Data Focal = Zero
Preço a Prazo(DF = 0) = Preço à Vista(DF = 0)
Preço a Prazo(DF = 0) = Entrada(DF = 0) + Prestações(DF = 0)
Prestações(DF = 0) = A

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A = R [1 − (1 + i)–n] A = R (an i)
ou
i

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

1 + i = 1,06 x 1,07
A = 9.049,60 x [1 − (1.06 x 1,07)−20]
(1.06 x 1,07) − 1
Equação de Valor: 75.000 = E + 9.049,60 x [1 − (1.06 x 1,07)−20]
(1.06 x 1,07) − 1
E = 75.000 − 9.049,60 x [1 − (1,06 x 1,07)−20]
(1,06 x 1,07) − 1
E = $ 12.999,87
Resposta: $ 12.999,87

Ex. 11: Um atacadista aplicou $ 24.600 em uma instituição financeira que lhe devolveu o montante de
$ 53.503,98 no final de onze meses. Considerando que a inflação média mensal foi de 4,35% no
período, determinar a taxa real anual de juros.

P = $ 24.600 S = $ 53.503,98 n = 11 meses


θ = 4,35% a.m. r = ? (a.a.)

Solução: S = P (1 + i)n

53.503,98 = 24.600 x (1 + i)11


2,7150 = (1 + i)11
i = (2,7150)1/11 − 1
i = 7,32% a.m.

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,0732) = (1 + r) x (1 + 0,0435)
1,0732 ÷ 1,0435 − 1 = r
rm = 2,85% a.m.

Como achamos a taxa de juros real ao mês, então, teremos que transformar a taxa de juros real mensal
(capitalização mensal) para taxa de juros real anual (capitalização anual).

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Para mudarmos a Capitalização terá que ser por Taxas Equivalentes

Taxas Equivalentes: Prazo1 = Prazo2 P1 = P2 S = P (1 + i)n


S1 = S2

(1 + i1)n1 = (1 + i2)n2

(1 + r1)n1 = (1 + r2)n2

(1 + rm)12 = (1 + ra)

(1 + 0,0285)12 − 1 = ra
ra = 40,03% a.a.
Resposta: 40,03% a.a.

Ex. 12: Quanto deve ser depositado ao final de cada trimestre, para ter um montante de $ 250.000 ao
final de dois anos e meio, sabendo-se que a taxa de inflação 9% a.t. e a taxa de juro real é 6% a.t.?

Saldo = $ 250.000
Depósitos = R = ? ($/trim) (Final  Postecipadas)
Prazo = 2,5 anos  n = 2,5 x 4 = 10
θ = 9% a.t. r = 6% a.t.
Solução: Data Focal = Dez trimestres
∑ Dep.(DF) − ∑ Ret.(DF) = Saldo(DF)
∑ Dep.(DF = 10) = S

S = R [(1 + i)n − 1]
i

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = 1,06 x 1,09
S = R x [(1,06 x 1,09)10 − 1]
(1,06 x 1,09) − 1
∑ Ret.(DF = 10) = 0
Saldo(DF = 10) = 250.000
Equação de Valor: R x [(1,06 x 1,09)10 − 1] – 0 = 250.000
(1,06 x 1,09) − 1

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R = 250.000 x [(1,06 x 1,09) – 1] ÷ [(1,06 x 1,09)10 − 1]
R = $ 11.992,27
Resposta: $ 11.992,27

Ex. 13: O preço de uma casa é de $ 78.000. A imobiliária esta vendendo por $ 11.000 de entrada e o
restante após um ano e seis meses, a juros reais de 19% a.a. mais correção monetária. Sabendo-se que a
correção do primeiro semestre foi de 8%, a do segundo semestre de 13% e do último semestre de 10%,
qual será o valor a ser pago ao final de 1,5 anos?

Preço = $ 78.000 Entrada = $ 11.000 n = 1,5 anos


r = 19% a.a.
θ1 = 8% (1º sem.) θ2 = 13% (2º sem.) θ3 = 10% (3º sem.)
S=?
Solução:
S = P (1 + i)n Esta fórmula é para quando as taxas são iguais que
não é o caso do problema.

Como: Sn = P x (1 + i1) x (1 + i2) x (1 + i3) . . . . x (1 + in)


S3 = P x (1 + i1) x (1 + i2) x (1 + i3)
Onde:
(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

Então:
(1 + i1) = (1 + r1) x (1 + θ1)
(1 + i2) = (1 + r2) x (1 + θ2)
(1 + i3) = (1 + r3) x (1 + θ3)
Substituindo em S3
S3 = P x (1 + r1) x (1 + θ1) x (1 + r2) x (1 + θ2) x (1 + r3) x (1 + θ3) Para cada semestre
Mas como a taxa real está ao ano (r = 19% a.a.) e prazo = 3 sem = 1,5 ano
(1 + rsem) x (1 + rsem) x (1 + rsem) = (1 + rano)1,5
(1 + rano) = (1 + 0,19)1,5
Enquanto que as correções monetárias estão ao semestre.
(1 + θ1) x (1 + θ2) x (1 + θ3) = (1,08) x (1,13) x (1,10)
Solução 1:
S = (78.000 − 11.000) x [(1,19)1,5 x (1,08) x (1,13) x (1,10)]
S = 67.000 x 1,7426

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S = $ 116.755,56

Solução 2: Cálculo da correção monetária equivalente semestral


(1 + θ1) x (1 + θ2) x (1 + θ3) = (1 + θsem)3

(1 + 0,08) x (1 + 0,13) x (1 + 0,10) = (1 + θsem)3

1,3424 = (1 + θsem)3

θsem = (1,3424)1/3 − 1

θsem = 10,31% a.s.


Como achamos a correção monetária ao semestre, então, teremos que transformar a correção monetária
semestral (capitalização semestral) para correção monetária anual (capitalização anual).

Para mudarmos a Capitalização terá que ser por Taxas Equivalentes

Taxas Equivalentes: Prazo1 = Prazo2 P1 = P2 S = P (1 + i)n


S1 = S2

(1 + i1)n1 = (1 + i2)n2

(1 + θ1)n1 = (1 + θ2)n2

(1 + θa) = (1 + θsem)2

(1 + θa) = (1 + 0,1031)2

(1 + θa) = (1,1031)2

S = P (1 + i)n (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

S = P x [(1 + r) (1 + θ)]n
S = 67.000 x [(1,19) x (1,1031)2]1,5
S = 67.000 x (1,19)1,5 x (1,1031)3
S = $ 116.745,43
Resposta: $ 116.745,43

Ex. 14: Uma máquina que à vista custa $ 31.000 está sendo vendida a prazo com uma entrada de 15%
do valor do preço à vista e mais doze prestações mensais. Se a taxa de inflação prevista para o período

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2019/I U.A. 15: INFLAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA
for de 2,35% a.m, e se o vendedor deseja ter uma rentabilidade real de 5% a.m, qual deve ser o valor
destas prestações?

Preço à Vista = $ 31.000


Entrada = (15%) (Preço à Vista) Prestações mensais → n = 12
θ = 2,35% a.m. r = 5% a.m.
Prestações = R = ? (a.m.)
Solução:
E = 0,15 x 31.000 = $ 4.650
Preço à Vista se equivale ao Preço a Prazo
Preço à Vista(DF) = Preço a Prazo(DF)
Preço a Prazo(DF) = Entrada(DF) + Prestações(DF)
Preço à Vista(DF) = Entrada(DF) + Prestações(DF)
31.000 = 4.650 + Prestações
Prestações = 31.000 – (0,15 x 31.000)
Prestações = 31.000 – 4.650 = $ 26.350
Ou
Prestações = 31.000 − (0,15 x 31.000)
Colocando 31.000 em evidência fica: 31.000 ÷ 31.000
Prestações = (31.000) x (1,0 − 0,15)
0,15 x (31.000 ÷ 31.000)
Prestações = 31.000 x 0,85 = $ 26.350

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,0235) x (1+ 0,05)


i = (1,0235 x 1,05) – 1 = 7,47% a.m.

Preço à Vista(DF = 0) = Entrada(DF = 0) + Prestações(DF = 0)


Prestações(DF = 0) = (A)
Onde:
A = (R) [1 − (1 + i)−n] A = (R) (an i)
ou
i

Prestações(DF=0) = R x [1 − (1,0747)−12]
0,0747
Ou

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Prestações(DF=0) = R x (a12 7,47%)
Preço à Vista(DF=0) = $ 31.000

Equação de Valor na DF = Zero: 4.650 + R x [1 − (1,0747)−12] = 31.000


0,074 7

Ou
4.650 + R x (a12 7,47%) x (1,04)−5 = 31.000
26.350 = R x (a12 7,47%)
26.350 ÷ 7,74749 = R
R = $ 3.401,10
Resposta: $ 3.401,10

Ex. 15: Uma jovem comprou um barco por $ 37.800 e vendeu-o após um ano e quatro meses por $
62.424,34. De quanto deve ser a inflação mensal para que ele ganhe 15,47% a.a. como juros reais?

P = $ 37.800 S = $ 62.424,34 n = (16/12) anos


r = 15,47% a.a. θ = ? (a.m.)
Solução:
S = P (1 + i)n

62.424,34 = 37.800 x (1 + i)16/12


(62.424,34 ÷ 37.800)12/16 − 1 = i
i = 45,68% a.a.

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,4568) = (1 + 0,1547) x (1 + θ)
1,4568) ÷ 1,1547 − 1 = θ
θ = 26,16% a.a.
Equivalência entre as taxas de inflação:

(1 + θ1)n1 = (1 + θ2)n2

(1 + θm)12 = (1 + θa)
(1 + θm)12 = (1 + 0,2616)
θm = (1,2616)1/12 − 1

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θ = 1,96 % a.m.
Resposta: 1,96 %

Ex. 16: Uma máquina está a venda por quatro parcelas mensais seqüenciais de $ 470; $ 690; 850 e $
1.100 e que a primeira será dois meses após a compra. Qual deve ser o preço à vista se a taxa real de
juros for de 3,5% a.m, e que a inflação prevista mensal é de 4,5% para os dois primeiros meses; 3,7%
para o terceiro mês; 5% para o quarto mês; e 6,5% para o quinto mês?

Parcela 1 = $ 470 Parcela 2 = $ 690


Parcela 3 = $ 850 Parcela 4 = $ 1.100

1º. Mês 2º. Mês 3º. Mês 4º. Mês 5º. Mês
r 3,5% 3,5% 3,5% 3,5% 3,5%
θ 4,5% 4,5% 3,7% 5,0% 6,5%

Preço à vista = X = ?

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

1o. mês: (1 + i1) = (1 +r) x (1 + θ1)


o
1 . mês: (1 + i1) = (1 + 0,035) x (1 + 0,045)
o
1 . mês: i1 = 8,16%
2o. mês: (1 + i2) = (1 + i1) x (1 +r) x (1 + θ2)
2o. mês: (1 + i2) = (1 + 0,0816) x (1 + 0,035) x (1 + 0,045)

2o. mês (acumulada): ibim = 16,98%


3o. mês: (1 + i3) = (1 + i2) x (1 +r) x (1 + θ3)
3o. mês: (1 + i3) = (1 + 0,1698) x (1 + 0,035) x (1 + 0,037)

3o. mês (acumulada): itrim = 25,55%


4o. mês: (1 + i4) = (1 + i3) x (1 +r) x (1 + θ4)
4o. mês: (1 + i4) = (1 + 0,2555) x (1 + 0,035) x (1 + 0,05)

4o. mês (acumulada): iquad = 36,44%


5o. mês: (1 + i5) = (1 + i4) x (1 +r) x (1 + θ5)
5o. mês: (1 + i5) = (1 + 0,3644) x (1 + 0,035) x (1 + 0,065)
5o. mês (acumulada): i5 = 50,40%

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Equação de Equivalência na Data Focal = Zero
X = 470 x (0,1698)-1 + 690 x (1,2555)-1 + 850 x (1,3644)-1 + 1.100 x (1,5040)-1
X = $ 2.305
Resposta: $ 2.305

Ex. 17: Uma empresa fez um empréstimo no valor de $ 400.000 pelo sistema de amortização SAC;
para ser pago em quatro prestações mensais iguais com juros de 3,0% a.m, e atualização monetária
mensal de acordo com a inflação, cujas taxas foram nesses meses respectivamente 6,0%; 8,5%; 11,5%
e 13%. Elabore a planilha de amortização do empréstimo.

A = $ 400.000 n=4 i = 3% a.m.


θ1 = 6% θ2 = 8,5% θ3 = 11,5% θ4 = 13%
Solução:
SAC  Amk = Amk = 1 = Amk = 2 = . . . . = Amk = n

Amk = A ÷ n

Am = 400.000 ÷ 4 = 100.000
Amortizações atualizadas:
Amk = 1 = 100.000 x (1 + θ1)
Amk = 1 = 100.000 x (1 + 0,06) = 106.000
Amk = 2 = Amk = 1 x (1 + θ2)
Amk = 2 = (Amk = 1) x (1 + 0,085) = 115.010
Amk = 3 = (Amk = 2) x (1 + θ3)
Amk = 3 = (Amk = 2) x (1 + 0,115) = 128.236,15
Amk = 4 = (Amk = 3) x (1 + θ4)
Amk = 4 = (Amk = 3) x (1 + 0,13) = 144.906,85

SDatk = (SDk) (1 + θk + 1)

SDatk = 0 = SDk = 0 (1 + θ0 + 1)
SDatk = 0 = SDk = 0 (1 + θ1)
SDatk = 0 = (400.00) (1 + 0,06) = 424.000

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Jk = (i) (SDatk – 1)

Jk = 1 = (i) x (SDatk = 0)
Jk = 1 = 0,03 x (424.000) = 12.720

Rk = Amk + Jk

Rk = 1 = Amk = 1 + Jk = 1
Rk = 1 = 106.000 + 12.720 = 118.720

SDk = SDatk - 1 − Ak

SDk = 1 = SDatk = 0 − Ak = 1
SDk = 1 = 424.000 − 106.000 = 318.000

SDatk = (SDk) (1 + θk + 1)

SDatk = 1 = (SDk=1) x ( 1 + θ2)


SDatk = 1 = 318.000 x (1 + 0,085) = 345.030

Jk = (i) (SDatk – 1)

Jk = 2 = (i) (SDatk = 1)
Jk = 2 = 0,03 x 345.030 = 10.350,90

Rk = Amk + Jk

Rk = 2 = Amk = 2 + Jk = 2
Rk = 2 = 115.010 + 10.350,90 = 125.360,90

SDk = SDatk - 1 − Ak

SDk = 2 = SDatk = 1 − Ak = 2
SDk = 2 = 345.030 − 115.010 = 230.020

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SDatk = (SDk) (1 + θk + 1)

SDatk = 2 = (SDk = 2) x (1 + θ3)


SDatk = 2 = 230.020 x (1 + 0,115)
SDatk = 2 = 256.472,30

Plano de Amortização (SAC)

Meses Amortização Juros (Jk) Prestação Saldo Devedor Saldo Devedor


(k) atualizada (Amk) ($) atualizada (Rk) (SDk) atualizada (SDatk)
($) ($) ($) ($)
0 − − − 400.000 424.000
1 106.000 12.720 118.720 318.000 345.030
2 115.010 10.350 125.360,90 230.020 256.472,30
3 128.236,15 7.694,17 135.930,32 128.236,15 144.906,85
4 144.906,85 4.347,21 149.254,06 − −

Ex. 18: Elaborar a planilha de amortização do exemplo anterior, mas pelo Sistema Francês de
Amortização.

A = $ 400.000 n=4 i = 3% a.m.


θ1 = 6% θ2 = 8,5% θ3 = 11,5% θ4 = 13%

Solução:
A = R [1 − (1 + i)−n] A = R (an i)
i
400.000 = R a4 3%
R = $ 107.610,82/mês
Prestações atualizadas:
Rk = 1 = (R) x (1 + θ1)
Rk = 1 = 107.610,47 x (1 + 0,06) = 114.067,47
Rk = 2 = (Rk = 1) x (1 + θ2)
Rk = 2 = 114.067,47 x (1 + 0,085) = 123.763,20
Rk = 3 = (R) x (1 + θ3)
Rk = 3 = 123.763,20 x (1 + 0,115) = 137.995,97

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Rk = 4 = (Rk = 4) x (1 + θ4)
Rk = 4 = 137.995,97 x (1 + 0,13) = 155.935,45

SDatk = (SDk ) (1 + θk + 1)

SDatk = 0 = (SDk = 0) x (1 + θ0 + 1)
SDatk = 0 = (SDk = 0) x (1 + θ1)
SDatk = 0 = 400.00 x (1 + 0,06) = 424.000

Jk = (i) (SDatk – 1)

Jk = 1 = (i) x (SDatk = 0)
Jk = 1 = 0,03 x 424.000 = 12.720

Rk = Amk + Jk

Amk = 1 = Rk = 1 − Jk = 1
Amk = 1 = 114.067,47 − 12.720 = 101.347,47

SDk = SDatk - 1 − Ak

SDk = 1 = SDatk = 0 − Ak = 1
SDk = 1 = 424.000 − 101.347,47 = 322.652,63
SDatk = 1 = (SDk = 1) x (1 + θ2)
SDatk = 1 = 322.652,63 x (1 + 0,085) = 350.078

Jk = (i) (SDatk – 1)

Jk = 2 = (i) x (SDatk = 1)
Jk = 2 = 0,03 x 350.078,00 = 10.502,34

Rk = Amk + Jk

Amk = 2 = Rk = 2 − Jk = 2

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Amk = 2 = 123.763,20 − 10.502,34 = 113.260,86

SDk = SDatk - 1 − Ak

SDk = 2 = SDatk = 1 − Ak = 2
SDk = 2 = 350.078 − 113.260,86 = 236.817,14
SDatk = 2 = (SDk = 2) x (1 + θ3)
SDatk = 2 = 236.817,14 x (1 + 0,115) = 264.051,11

Plano de Amortização (SF):

Meses Amortização Juros Prestação Saldo Saldo Devedor


(k) atualizado (3%) atualizado Devedor atualizado
(Amk) (Jk) (Rk) (SDk) (SDatk)
($) ($) ($) ($) ($)
0 − − − 400.000 424.000
1 101.347,47 12.720 114.067,47 322.652,53 350.078
2 113.260,86 10.502,34 123.763,20 236.817,14 264.051,11
3 130.074,44 7.921,53 137.995,97 133.976,67 151.393,64
4 151.393,64 4.541,81 155.935,46 − −

Antes de interpretarmos e resolvermos os exercícios propostos faremos um


resumo do que foi visto nesta UA15 (Inflação e Correção Monetária).

RESUMO

Nesta unidade UA15 (Inflação e Correção Monetária) vimos:

1- Os conceitos de: Inflação; Deflação e Correção Monetária.

2- Os índices.

3- Como calcular a inflação acumulada e média.

4- O conceito de taxa real.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS: U15

O uso do formulário na página seguinte é útil:

(1) Para resolver os exercícios propostos,


(2) Para desenvolver as questões das avaliações, pois o mesmo será anexado nas
avaliações,

(3) Porque não serão aceitas as questões nas avaliações em que o desenvolvimento
foram pelas teclas financeiras de uma calculadora (pode usar HP 12 desde que
sejam teclas científicas).

LEMBRETE:

 Sempre que possível faça a prova real com o valor da resposta.

 Se forem feitos arredondamento durante as operações e/ou na resposta final terão


que ter no mínimo duas casas decimais. Aconselha-se usar a memória da calculadora.

 Façam todos os cálculos usando calculadora que irá usar nas AP’s.

 Não será permitido usar celular e nem pegar emprestado calculadora durante as
avaliações presenciais.

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FORMULÁRIO

S= P+J J= Pxixn S = P [1 + (i x n)] D= N−V

N = Vr [1 + (i x n)] Dr = Vr x i x n Dr = N x i x n Dc = N x i x n
1 + (i x n)
Vc = N [1 − (i x n)] Dc = Vc x ief x n N = Vc [(1 + (ief x n)] Dc = N x ief x n.
1 + ief x n
ief = . i S = P (1 + i)n J = P [(1 + i)n − 1]
1–ixn

S = R [(1 + i)n − 1] = R (sn┐i) S = R [(1 + i)n − 1] (1 + i) = R (sn┐i ) (1 + i)


i i
A = R [1 − (1 + i)− n] = R (an┐i) A = R [1 − (1 + i)− n] (1 + i) = R (an┐i) (1 + i)
i i
A= R A = R (1 + i)
i i
Cn = . In . − 1 Cac = . In −1
In−1 I0

Cac = [(1 + C1) (1 + C2)…(1 + Cn)] − 1 (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

1) Uma duplicata foi adquirida em dezembro de 19X5 por $ 5.400 para ser resgatada pela quantia de $ 7.900
em dezembro de 19X7. Pede-se a taxa de juros real anual, admitindo-se como taxa de inflação o índice:

Data Índice
Dezembro 19X5 105
Dezembro 19X6 120
Dezembro 19X7 138

2) Calcular a taxa nominal de um empréstimo que quer ganhar 17% a.s. de juros reais, sabendo que a
inflação será de 35% a.s.

3) Se em um banco a taxa efetiva de uma renda fixa foi de 40% ao período, qual foi a taxa real, se
neste mesmo período, a taxa de inflação foi 23%.

4) Investiu-se a quantia de $ 21.700 durante três anos e meio a taxa real de 8,5% a.s. Se a inflação
fosse 13% a.s, quanto seria o montante?

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5) Calcular a taxa de inflação ao trimestre que deve ocorrer para que um aplicador ganhe 32% a.q. de
juros reais, caso a taxa efetiva seja 55% a.q.?

6) Para um principal de $ 26.800 aplicado por dois anos, um investidor recebeu de juros $ 32.500. Qual
foi a taxa de juros real, se a inflação foi de 3,5% a.b.?

7) Um sítio à vista custa $ 545.000 e a prazo tem que dar uma entrada no valor de $ 87.000 e mais
prestações mensais durante quatro anos. Se a taxa de inflação prevista para o período for de 4,5% a.m,
e se o vendedor deseja ter uma rentabilidade real de 3% a.m, qual deve ser o valor destas prestações?

8) João comprou uma moto por $ 42.000 e vendeu-o após dois anos por $ 151.000. De quanto deve ser
a inflação mensal para que ele ganhe 0,8% a.m. de juros reais?

9) São feitos vinte depósitos quadrimestrais a vencer de $ 2.100 em um fundo. Qual será o saldo do
fundo após o último depósito se a taxa de inflação for 12 a.q. e a taxa de juro real é 6% a.q.?

SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS: UA15

1) Uma duplicata foi adquirida em dezembro de 19X5 por $ 5.400 para ser resgatada pela quantia de $ 7.900
em dezembro de 19X7. Pede-se a taxa de juros real, admitindo-se como taxa de inflação o índice:

Data Índice
Dezembro 19X5 105
Dezembro 19X6 120
Dezembro 19X7 138

1) S = $ 7.900 P = $ 5.400 n = 2 anos r=?


Solução:
Cn = . In . – 1
Cálculo da Taxa de Inflação: In – 1

C19X6 = 120 − 1 = 14,29% → θ1


105
C19X7 = 138 − 1 = 15% → θ2
120

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

Cálculo da Taxa Real de Juros:


7.900 = 5.400 x (1 + r) x (1 + θ1) x (1 + r) x (1 + θ2)

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2
7.900 = 5.400 x (1 + r) x (1,1429) x (1,15)
1/2
r = [7.900 ÷ (5.400 x 1,1429 x 1,15)] −1
r = 5,503%a.a.
Resposta: 5,503%

2) r = 17% a.s. θ = 35% a.s. i=?

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,17) x (1 + 0,35)
i = 57,95% a.s.
Resposta: 57,95% a.s.

3) i = 40% θ = 23% r=?

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,40) = (1 + r)x (1 + 0,23)


r = 13,82% ao período
Resposta: 13,82%

4) P = $ 21.700 n = (3,5) (2) = 7 sem. r = 8,5% a.s.


θ = 13% a.s. S=?
Solução:
(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,085) x (1 + 0,13)
(1 + i) = 1,2261

S = P (1 + i)n

S = 21.700 x (1,2261)7
S = $ 90.394,29
Resposta: $ 90.394,29

5) r = 32% a.q. i = 55% a.q. θ = ? (a.t.)

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2019/I U.A. 15: INFLAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA
Solução:
(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,55) = (1 + 0,32) x (1 + θ)
θ = 17,42% a.q.
P x (1 + θt)4 = P x (1 + θq)3
(1 + θt)4 = (1 + 1742)3
θt = (1,1742)3/4− 1
θt = 12,80%
Resposta: 12,80%

6) P = $ 26.800 J = $ 32.500
n = 2 x 6 = 12 bim. θ = 3,5% a.b. r=?

Solução:
J = P [(1 + i)n – 1]

32.500 = 26.800 x [(1 + i)12 − 1]


32.500 ÷ 26.800 + 1 = (1 + i)12
i = (2,2127)1/12 − 1
i = 0,0684
(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + 0,0684) = (1 + r) x (1 + 0,035)
r = 3,23% a.s.
Resposta: 3,23% a.s.

7) Preço à Vista = $ 545.000 Entrada = $ 87.000


R=? n = 4 x 12 = 48
θ = 4,5% a.m. r = 3% a.m.

Solução: (1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,03) x (1+ 0,045)


i = 7,64% a.m.
Preço a Prazo se equivale ao Preço à Vista
Preço a Prazo(DF) = Preço à Vista(DF)

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2019/I U.A. 15: INFLAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA
Preço a Prazo(DF) = Entrada(DF) + Prestações(DF)
Data Focal = Zero
Entrada(DF = 0) = 87.000 x (1,0764)(DF – 0) = 87.000 x (1,0764)(0 – 0 = 0) = 87.000
Prestações(DF = 0) = (A) x (1,0764)(DF – 0) = (A) x (1,0764)(0 – 0 =0) = A
Onde:
A = R [1 − (1 + i)–n] A = R (an i)
i

A = R x [1 − (1,0764)−48] ou A = R x (a48 7,64% )


0,0764
Prestações(DF = 0) = R x [1 − (1,0764)−48] ou Prestações(DF = 0) = R x (a48 7,64%)
0,0764
Preço à Vista(DF = 0) = Preço com Desconto(DF = 0) = 545.000 x (1,0764)(DF – 0)

Preço à Vista(DF = 0) = 545.000 x (1,0764)(0– 0 = 0) = 545.000

Equação de Valor na Data Focal = Zero 87.000 + R x [1 − (1,0764)−48] = 545.000


0,0764

Ou
87.000 + R x (a48 7,64%) = 545.000
R = $ 36.043,38
Resposta: $ 36.043,38

8) P = $ 42.000 S = $ 151.000 n = 2 x 12 = 24 meses


r = 0,8% a.m. θ = ? (a.m.)
Solução:
S = P (1 + i)n

151.000 = 42.000 x (1 + i)24


(151.000 ÷ 42.000)1/24 − 1 = i
1 + i = 1,0548

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

1,0548 = 1,008 x (1 + θ)
θ = 0,0464 = 4,64%

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2019/I U.A. 15: INFLAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA
Resposta: 0,0464 ou 4,64%

9) R = $ 2.100/quad. n = 20
Saldo = X = ? (20º quad.) (A Vencer  Antecipada)
θ = 12% a.q. r = 6% a.q.
Solução:
∑ Dep.(DF) − ∑ Ret.(DF) = Saldo(DF)
Data Focal = Vinte quadrimestres
S −0= X

S = R [(1 + i)n − 1] (1 + i)
i

S = 2.100 x [(1 + i)20 − 1] x (1 + i)


i

(1 + i) = (1 + r) (1 + θ)

(1 + i) = (1 + 0,09) x (1+ 0,06) = 1,1554


S = 2.100 x [(1,1554)20 − 1] x (1,1554)
1,1554 −1

Equação na Data Focal = Vinte Quadrimestres: 2.100 x [(1,1554)20 − 1] x (1,1554) − 0 = X


1,1554 −1
X = $ 265.025,41
Resposta: $ 265.025,41

Recomenda-se depois que fizer os exercícios propostos fazer


uma auto avaliação desta última Unidade de Aprendizagem
(UA15).

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- Se a resposta foi sim, então, você entendeu o que é inflação; deflação; correção monetária; e
taxa real; e também aprendeu como calcular a inflação média e a inflação acumulada.

- Se não conseguiu, retorne à aula; reveja os conceitos e os exemplos.

- Procure tirar as dúvidas com os colegas de polo; com os tutores.

- Meu e-mail: marebello@superig.com.br e whatsapp: (21) 99621-2041) para também tirar


dúvidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: UA1 à UA15

1- Ayres, F. JR. Matemática Financeira. McGraw-Hill do Brasil: S.P, 1971.

2- Araújo, C. R. V. Matemática Financeira. Ed. Atlas: S.P. 1993.

3- Faro, C de. Matemática Financeira. Ed. Atlas: S.P, 1982.

4- Francisco, W. de. Matemática Financeira. Ed. Atlas: S.P., 1988.

5- Mathias, W. F. e Gomes, J.M. Matemática Financeira. Ed. Atlas: S.P, 1993.

6 - Puccini, A. L. Matemática Financeira: objetiva e aplicada. Ed. Saraiva: S.P, 1981.

7- Sobrinho, J.D.V. Matemática Financeira. Ed. Atlas: S.P, 1986.

8- Veras, L.L. Matemática Financeira. Ed. Atlas: S.P, 1989.

9- Zima, P. e Brown, R.L. Fundamentos de Matemática Financeira. McGraw-Hill do Brasil: S.P,


1985.

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