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2022/2023
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
2.4. Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
2. Regime Composto
2.1 Capitalização
Regime de Capitalização Composta
Valor acumulado em Regime Composto
Fórmula Fundamental do Juro Composto
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
2.4. Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
j Ck 1i
Representação Gráfica
Reta do tempo com unidade igual ao período da taxa de juro i
0 1 2 3 … n Tempo
Períodos de capitalização
Exemplo 1
Considere uma aplicação de 100 000,00 €, durante 10 anos, à
taxa de juro composto anual de 10%.
C0 C0
C1 C0 j1 C0 C0i C0 (1 i)
C2 C1 j2 C1 C1i C1 (1 i) C0 (1 i)(1 i) C0 (1 i)2
C3 C2 j3 C2 C2i C2 (1 i) C0 (1 i)2 (1 i) C0 (1 i)3
...
Cn1 Cn 2 jn1 Cn 2 Cn 2 i Cn 2 1 i C0 1 i 1 i C0 1 i
n 2 n 1
Cn C0 1 i
n
em que:
C0 - representa o capital inicial
n - representa o prazo (número de períodos da capitalização)
i - representa a taxa de juro
Exemplo 2
Considere uma aplicação de 20 000,00€, durante 10 anos, em que
nos primeiros seis vigorou a taxa anual de juro composto de 1% e no
restante prazo a taxa anual de 2%. Calcule o valor acumulado obtido
no final do prazo.
C6
Resposta: 22 980,47€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Capitalização
Exemplo 3
Resposta: 32 921,01€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Capitalização
C10 34 244,3
Ou
C10 20 000 1 0,01 10 000 1 0,01 1 0,02 34 244,3
6 4 4
C6
Resposta: 34 244,30€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Capitalização
Assim,
jk Ck 1 i jk C0 1 i
k 1
i
Juro Composto
O juro total ou rendimento, obtido ao fim de n períodos de
capitalização pode ser obtido:
Jtn Cn C0
C0 (1 i)n C0
Cn
Assim,
Jt n j1 j2 j3 ... jn
Jt n C0 i C1 i C2 i ... Cn1 i
Jt n C0 i C0 1 i i C0 1 i i ... C0 1 i
n 1
i
2
Jt n C0 i 1 1 i 1 i ... 1 i
2 n 1
Jt n C0 i 1 1 i 1 i ... 1 i
n 1
2
1 i 1
n
Jt n C0 i
1 i 1
Jt n C0 1 i 1
n
Jt n C0 1 i 1
n
Exemplo 5
Considere uma aplicação de 20 000,00€, durante 10 anos, em que
nos primeiros seis vigorou a taxa anual de juro composto de 1% e no
restante prazo a taxa anual de 2%. Calcule o juro obtido no final do
prazo.
Resposta: 2 980,47€
Resposta: 2 921,01€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Capitalização
J 4 244,3
Ou
J 4 244,3
Resposta: 4 244,30€
Exercício 1
Numa conta bancária foram efetuados dois movimentos: um
depósito de 30 000,00 € e um levantamento, 4 anos depois, de
8 000,00 €.
a) Sabendo que a conta é remunerada à taxa de juro composto
anual de 3%, calcule o seu saldo 6 anos depois do último
movimento.
b) Admitindo que não foi feito o levantamento, calcule o total de
juros de juros.
c) Sabendo que 2 anos após o segundo movimento a taxa de
juro composto anual que remunera a conta passou de 3% para
4%, calcule:
c1) o saldo da conta 6 anos depois do último movimento.
c2) o juro produzido no segundo triénio.
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Capitalização
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
a)
Resposta: 30 765,07€
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
b)
Resposta: 1 317,49€
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
c)
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
c1) O saldo da conta 6 anos
depois do último movimento.
Cn 31977,35
Ou
C6
Cn 31977,35
Resposta: 31 977,35€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Capitalização
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
c2) O juro produzido no segundo triénio.
J 2 552,56
Resposta: 2 552,56 €
Aplicações (Continuação)
Exercício 2
Aplicações (Continuação)
Exercício 2 (Resolução)
23 867,63
1 0,02 ln 1 0,02 ln 1,082431746
n2 n2
20 000 1 0,05
2
ln 1,082431746
n 2 ln 1 0,02 ln 1,082431746 n 2
ln 1,02
n2 4 n 6
Aplicações (Continuação)
Exercício 3
O Sr. C fez, no mesmo dia, dois investimentos em produtos
financeiros distintos. O primeiro de 41 000,00 €, em regime
composto, à taxa semestral de 1%, e o segundo em regime simples,
à mesma taxa.
a) Sabendo que ao fim de doze semestres o total de juros obtido com
o primeiro corresponde ao dobro do total de juros obtido com o
segundo, determine o valor do segundo investimento.
b) Sabendo que ao fim de doze semestres o valor acumulado obtido
com o primeiro corresponde a metade do valor acumulado obtido
com o segundo, determine o valor do segundo investimento.
Aplicações (Continuação)
Exercício 3 (Resolução)
a)
41000 1 0,01 1 2 Y 12 0,01 Y 21 665,94
12
Resposta: 21 665,94€
b) 1
41000 1 0,01 Y 1 12 0,01 Y 82 499,69
12
2
Valor acumulado Valor acumulado
composto simples
Resposta: 82 499,69€
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
Taxas equivalentes
Concordância temporal
Taxas nominais
2.3. Atualização
2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.)
Taxas equivalentes
Exemplo 8
Considere uma aplicação de 10 000,00 €, durante 1 ano, à taxa
de juro anual de 21%.
Se esta aplicação fosse feita a uma taxa semestral, qual
deveria ser o seu valor de modo a que o valor acumulado
obtido, em regime composto, fosse igual?
C0 C1
Anos
0 1 i = 21% a.a.
Notação
Taxa Período
1 ip 1 ip 1 ik
p
1 ik ip 1 ik
k k k
p p p p 1
Em suma: k
ip 1 ik 1p
A concordância temporal
Exemplo 10
Considere uma aplicação de 40 000,00€, durante 9 meses, à
taxa de juro composto semestral de 3%. Calcule o valor
acumulado obtido.
Assim,
Cn 40 000 1 i12 40 000 1 0,00493862 41 607,02
9 9
Então,
9
2
Cn 40 000 1 i2 Cn 40 000 (1 0,03) 12
18
12
9
Cn 40 000 (1 0,03) 6
41 607,02
Então,
9
Cn 40 000 1 0,0609 12 41 607,02
Taxas nominais
• Quando se fala em “taxas nominais” pressupõe-se que se está em
regime composto.
• Em termos teórico, as taxas nominais podem ser de qualquer
período (mensal, bimestral,…, anual). Contudo, na prática, quando
se fala em “taxas nominais” admite-se que o período é anual.
Assim, pode ler-se “taxa anual nominal”.
• Em regime composto, não se efetua cálculo de juros com taxas
nominais, apenas com taxas efetivas.
Neste sentido, quando somos confrontados com uma taxa nominal é
necessário obter, a partir dela, uma taxa efetiva. O modo como se obtém
essa taxa efetiva remete para a regra da proporcionalidade, que vimos no
regime simples.
O período da taxa efetiva vai depender da frequência da taxa nominal, isto
é, quantas vezes é capitalizável durante um ano.
Seja,
Assim,
i k
i k k ik ik
k
i k i 3 9%
Taxas
proporcionais
i k 0,09
ik i3 3%
k 3
Taxas
equivalentes
ip 1 ik i4 1 i3
k 3
p 1 4 1 2,24167%
i 4 0,04
Taxas
proporcionais
i 4 0,04
i4 0,01
Taxas
4 4
equivalentes
i3 1 i4 1 1 0,01
4 4
3 3 1
Taxas
proporcionais
i 3 3 i3 3 1 0,01 3 1 4,006652%
4
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto – Taxas de juro
Ideias a reter:
• Em regime composto, o cálculo de juros deve ser feito apenas
com taxas efetivas. Nunca com taxas nominais.
Aplicações
Exercício 4
Admita que fez uma aplicação a uma taxa (anual) nominal de
6%. O que é preferível, que esta taxa seja capitalizável
bimestralmente ou capitalizável quadrimestralmente?
Sugestão de resolução
Aplicações (Continuação)
i 6 0, 06 i 3 0,06
Taxas
proporcionais
0,06 0,06
i6 0,01 i3 0,02
6 3
Taxas
equivalentes
Aplicações (Continuação)
Exercício 5
Aplicações (Continuação)
Exercício 5 (Resolução)
A taxa anual efetiva (i) deste investimento deve ser tal, de modo a que
quando aplicada ao capital de 50 000,00€, durante os 5 anos, permita obter
um valor acumulado em regime composto (ou um juro composto) igual
àquele que se obtém quando se aplica as taxas i(2)=2% (durante 2 anos) e
i(4)=3% (durante 3 anos) ao mesmo capital (50 000,00€).
Aplicações (Continuação)
Logo, 1
5
Resposta: 2,6231%
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Atualização
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
Introdução
Valor Atual e Desconto por Dentro
Valor Atual e Desconto por Fora
2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.)
Introdução
Capital diferido
É um capital que se vence numa data futura.
Valor nominal do capital diferido (C)
É o valor que um capital assume na época (data) do seu
vencimento.
Diferimento (n)
É o intervalo de tempo que decorre entre a época em que se
pretende calcular o valor atual de um capital (V) e a época de
vencimento desse capital (C).
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Atualização
Introdução (Continuação)
Atualização
É o processo através do qual se atribui valor a um capital para
uma época (data) anterior ao seu vencimento.
Desconto
É o decréscimo de valor sofrido pelo capital C. É, portanto, a
diferença entre o valor nominal do capital (C) e o seu valor
atual (V).
Juro composto
V V C
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto - Atualização
C
V V 1 i 1 C V. 1 i C V
n n
1 i
n
V C 1 i
n
Exemplo 14
4 9
VP 8 000 1 0,06 +12 000 1 0,06
12 12 19 332,99
Resposta: 19 332,99€
Exemplo 15
Resposta: 19 904,53€
Exemplo 16
a)
6 10
50 000 C 1 0,09 +C 1 0,09
12 12 26 475,62
Resposta: 26 475,62€
b)
6
50 000 C 1 0,09
12 47 891,31
Resposta: 47 891,31€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto
Daqui, vem:
d C C 1 i d C 1 1 i
n n
d C 1 1 i
n
Daqui vem:
d V 1 i 1 1 i
n
n
d V 1 i V 1 i 1 i d V 1 i 1
n n n n
Em suma:
Exemplo 17
Resposta: 17 732,65€
Resposta: 7 961,25€
Então, como
θ
V C 1 i
n
i
1 θ
n
θ
V C 1
1 θ
n n
1 θ θ 1
V C V C
1 θ 1 θ
n
V C 1 θ V C 1 θ
1 n
V C 1 θ
n
Daqui, vem:
D C C 1 θ D C 1 1 θ
n n
Aplicações
Exercício 6
Aplicações (Continuação)
Exercício 6 (Resolução)
a) Sabendo que o primeiro pagamento ocorreu meio ano após a contração
do empréstimo, determine o valor do último pagamento.
Y 5 373,85
Resposta: O último pagamento será de 10 747,70€.
b) Se aquela taxa fosse uma taxa de desconto, qual seria o valor do último
pagamento.
Y 5 377,74
Aplicações (Continuação)
Exercício 7
Aplicações (Continuação)
Exercício 7 (Resolução)
a) Calcule o valor nominal da segunda letra.
0,09
i2 0,045
2
5 11
14 000 6 000 1 0,1 Y 1 0,045
12 6 Y 8 951,71
Resposta: 8 951,71€.
6
D 8 951,71 1 1 0,112 D 459,37
Resposta: 459,37€.
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.)
Exemplo 18
a) Determine i(2).
Exemplo 18
a) Determine i(2).
10 000
10 000 11576,25 1 i2 1 i2
3 3
11576,25
1
10 000 3
1 i2 i2 0,05
11576,25
Então,
i 2 2 i2 i 2 2 0,05 i 2 0,1
Exemplo 18 (Continuação)
b) Determine a taxa anual efetiva deste empréstimo.
10 000
10 000 11576,25 1 i 1 i
1,5 1,5
11576,25
1
10 000 1,5
1 i i 0,1025
11576,25
i 1 i2 1 i 1 0,05 1 i 0,1025
2 2
Exemplo 18 (Continuação)
Exemplo 18 (Continuação)
9 900
10 000 100 11576,25 1 TAEG 1 TAEG
1,5 1,5
c)
11576,25
1
9 900 1,5
1 TAEG TAEG 0,1099118
11576,25
Conclusão:
TAEG > TAE (i) > TAN [i(k)]
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto
Exemplo 19
O Sr. B contraiu um empréstimo de 20 000,00 €, à taxa i(2)=10%,
que vai liquidar através de dois pagamentos semestrais de igual
valor, o primeiro dos quais seis meses depois da contração do
empréstimo.
Com este empréstimo, o mutuário suportou ainda os seguintes
encargos: comissão de processamento da prestação de 2,60 € (a
pagar na data de cada semestralidade) e comissão de abertura de
crédito (paga na data da contração do empréstimo). Determine:
Exemplo 19 (Continuação)
0,1
i2 0,05
2
20 000 Y 1 0,05 Y 1 0,05
1 2
Y 10 756,1
Resposta: 10 756,10 €
Exemplo 19 (Continuação)
b) O valor da comissão de abertura de crédito, sabendo que a TAEG
do empréstimo é de 11,7869%.
1
20 000 y 10 756,1 2,6 1 TAEG 10 756,1 2,6 1 TAEG
1
2
Resposta: 200,00€
FIM
do
Capítulo 2