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1 - Introdução ...............................................................................................................................5
2 - Bem-Estar Animal .................................................................................................................. 6
3 - Transporte de Animais - Enquadramento das regras de Transporte.................................16
4 - Medicamentos.......................................................................................................................22
5 - Bovinos..........................................................................................................................................27
6 - Ovinos e Caprinos ....................................................................................................................43
7 - Suínos .....................................................................................................................................55
Definições e Abreviaturas ................................................................................................................71
Anexos ............................................................................................................................73
Bibliografia.................................................................................................................................97
2 - Bem-estar Animal
É da responsabilidade do proprietário ou do
detentor:
2.1.1 - Inspecção
para verificar se estão transitáveis, de forma a indispensável para a saúde e o bem-estar dos
prevenir possíveis danos e/ou acidentes. animais deve ser inspeccionado, pelo menos uma
vez por dia, verificando-se se não existem anomalias
A existência de superfícies escorregadias, ou no seu funcionamento.
abrasivas para as patas dos animais, deve ser
evitada. Deverá existir um local onde seja possível isolar
os animais doentes/lesionados ou com alterações
Os alojamentos devem possuir um isolamento, comportamentais, com camas secas e confortáveis.
aquecimento e ventilação eficaz de forma a assegurar
que a circulação do ar, o teor de poeiras, a Os equipamentos e circuitos eléctricos devem
temperatura, a humidade relativa do ar e as encontrar-se bem instalados e devidamente
concentrações de gases se mantenham dentro dos protegidos, de modo a evitar qualquer choque
limites que não sejam prejudiciais aos animais. eléctrico ou outros danos, nomeadamente o perigo
de incêndio.
Quando os animais forem mantidos em edifícios,
deverá estar disponível iluminação adequada (quer Quando a saúde e o bem-estar dos animais
fixa, quer portátil) para poderem ser inspeccionados depender de sistemas de ventilação artificial:
a qualquer momento.
− Devem ser tomadas providências para que
Animais em edifícios não devem ser mantidos em exista um sistema de recurso alternativo
escuridão permanente e deverão ter um período adequado, que garanta uma renovação do ar
apropriado de descanso da luz artificial, ou seja, adequada;
sempre que a luz natural disponível for insuficiente
para contemplar as necessidades fisiológicas e − Em caso de uma falha do sistema principal
etológicas dos animais deve ser providenciada deve existir um sistema de alarme que advirta
iluminação artificial adequada. de qualquer avaria. Este sistema de alarme
deve ser independente da fonte de energia
Todo o equipamento automático ou mecânico principal e deve ser testado regularmente.
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2.1.4 - Alimentação
− Os pavimentos devem permitir a fácil É essencial que uma máquina de ordenha respeite
drenagem dos líquidos e oferecer boas o conforto das vacas, a optimização do rendimento
condições para a eliminação dos efluentes; de ordenha e a saúde do úbere.
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3 - Transporte de animais – Enquadramento das adicional. Em caso de dúvida, deve ser pedido o
regras de transporte parecer de um veterinário;
Os animais feridos ou que apresentem problemas b) Se forem transportados para fins de um programa
fisiológicos ou patologias não podem ser de investigação por motivo de doença ou ferimento;
considerados aptos a serem transportados,
nomeadamente, se: c) Se forem transportados sob supervisão veterinária
para, ou após, tratamento ou diagnóstico veterinário.
a) Forem incapazes de se deslocar autonomamente No entanto, esse transporte apenas será permitido
sem dor ou de caminhar sem assistência; se não implicar sofrimento desnecessário ou maus
tratos para os animais em questão;
b) Se apresentarem uma ferida aberta grave ou um
prolapso; d) Se se tratar de animais que tenham sido
submetidos a intervenções veterinárias relacionadas
c) Se forem fêmeas prenhes para as quais já tenha com práticas de maneio, como a descorna ou a
decorrido, pelo menos, 90% do período previsto de castração, desde que as feridas estejam
gestação, ou fêmeas que tenham parido na semana completamente cicatrizadas.
anterior;
Sempre que os animais adoeçam ou sejam feridos
d) Se forem mamíferos recém-nascidos cujo umbigo durante o transporte devem ser separados dos
ainda não tenha cicatrizado completamente. restantes e receber um tratamento de primeiros
socorros o mais rapidamente possível. Devem
No entanto, os animais doentes ou feridos podem receber tratamento veterinário adequado e, se
ser considerados aptos a serem transportados se: necessário, ser submetidos a abate ou occisão de
emergência de forma a que não lhes seja infligido
a) Estiverem ligeiramente feridos ou doentes, desde sofrimento desnecessário.
que o seu transporte não provoque sofrimento
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5 - Bovinos
– Marcas auriculares
– Passaporte do bovino
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Os compartimentos individuais devem ter paredes 5.5 - Algumas doenças de Declaração Obrigatória
perfuradas que permitam o contacto visual e táctil dos Bovinos
directo entre os vitelos, excepto o dos destinados ao
isolamento dos animais doentes.
− Brucelose
Para animais criados em grupo, o espaço mínimo
por animal deverá ser o seguinte:
− Tuberculose
Peso Vivo / Vitelo (kg) Área (m2) − Língua Azul (febre catarral ovina)
6.1.1 - Base de Dados Nacional Informatizada Este processo de identificação difere consoante
a finalidade dos animais e também a sua raça. Assim:
− Todos os detentores de ovinos têm que ter a
sua exploração registada no SNIRA antes do Os ovinos e caprinos nascidos após Julho de
início da sua actividade; 2005 têm de possuir:
6.1.3 - Movimentações
Foto: DRATM
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Ausência de ruminação.
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6.3.1 - Alimentação
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6.4 - Transporte
− Brucelose
− Tuberculose
− Febre Aftosa
− BSE
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À excepção dos procedimentos abaixo descritos, − A inserção de argolas nasais, embora apenas
estão proibidos todos os que conduzam à lesão ou à caso os animais sejam mantidos ao ar livre e
perda de uma parte sensitiva do corpo ou à alteração seja observada a legislação nacional.
da estrutura óssea.
7.3.1 – Alojamento
Entre 10 e 20 0,20
Entre 20 e 30 0,30
Entre 30 e 50 0,40
Entre 50 e 85 0,55
Mais de 110 1
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Tuberculose Brucelose
Salmoneses Triquinoses
7.4 – Transporte
Definições 6
Passaporte – documento emitido pela autoridade competente
ou entidade em quem esta delegue funções do qual consta a
1
Necessidades fisiológicas – diz respeito às múltiplas identificação do rebanho a que respeita, a informação sanitária
funcionalidades ligadas às múltiplas funções mecânicas, e as intervenções profilácticas a que os animais foram
físicas e bioquímicas nos seres vivos, ou seja o submetidos relacionadas com os planos de erradicação das
funcionamento do organismo. doenças, datas de efectivação, resultados obtidos e
classificação sanitária do efectivo ou unidade epidemiológica
2
Necessidades etológicas – diz respeito às necessidades de origem.
comportamentais específicas de cada espécie.
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Destacável do passaporte de rebanho – documento emitido
3
Genótipo – são as informações hereditárias de um organismo pela autoridade competente com jurisdição na área da
contidas em seu genoma. Ou seja, poder-se-á dizer que se exploração de origem, com base nos registos do passaporte
trata do conjunto de características / variáveis que são sanitário de rebanho respectivo, a utilizar em substituição
condicionadas pelos genes. daquele quando a deslocação ou transacção a efectuar
comporte, unicamente, uma parcela do número de animais
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Fenótipo – são as características observáveis ou caracteres inscritos naquele passaporte.
de um organismo, como por exemplo: morfologia,
desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e
comportamento. O fenótipo resulta da expressão dos genes Abreviaturas
do organismo, da influência de factores ambientais e da possível
interacção entre os dois. SNIRA - Sistema Nacional de Informação e Registo Animal
SIRCA - Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos
5
Exploração extensiva ou de ar livre – regime de exploração na Exploração
agro-pecuária, reconhecida como tal pela autoridade
DGV - Direcção-Geral de Veterinária
competente, em que os animais pastoreiam habitualmente em
liberdade, com reduzido contacto com seres humanos e sem DIV - Divisão de Intervenção de Veterinária
recolhimento regular para alojamento.
RED - Registo de Existências e Deslocações
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b) O não cumprimento das regras previstas no artigo seguintes do número anterior terão a duração máxima de dois
2.o quanto às instalações e equipamentos do anos, contados a partir do trânsito em julgado da decisão
matadouro. condenatória.
3 — Quando seja aplicada a sanção da alínea f) do n.º 1, a
3 — A tentativa e a negligência serão punidas. reabertura do estabelecimento e a emissão ou renovação da
4 — O comportamento negligente será sancionado até licença ou alvará só terão lugar quando se encontrem reunidas
metade do montante máximo da coima prevista. as condições legais e regulamentares para o seu normal
5 — As coimas aplicadas às pessoas colectivas poderão funcionamento.
elevar-se até ao montante máximo de 6 000 000$.
6 — Sem prejuízo dos montantes máximos fixados, a coima Artigo 7.º
deverá, sempre que possível, exceder o benefício económico
que o agente retirou da prática do acto ilícito. 1 — Ao processamento administrativo conducente, nos
termos do artigo 5.o, à aplicação de coimas aplica-se, com as
Artigo 6.º devidas adaptações, toda a tramitação processual prevista no
Decreto-Lei n.o 433/82, de 27 de Outubro, e respectivas
1 — Consoante a gravidade da contra-ordenação e a culpa alterações.
do agente, poderão ser aplicadas, simultaneamente com a 2 — Ainstrução do processo cabe à direcção regional de
coima, as seguintes sanções acessórias: agricultura da área em que foi cometida a infracção, à qual
serão enviados os autos de notícia levantados por outras
a) Apreensão dos animais; entidades.
b) Interdição do exercício da profissão ou actividade; 3 — Finda a instrução, os processos são remetidos ao
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado conselho directivo do IPPAA para decisão.
por entidades ou serviços públicos; 4 — A decisão do conselho directivo do IPPAA que aplicar a
d) Privação do direito de participar em feiras ou coima é susceptível de impugnação judicial, nos termos do
mercados; diploma referido no n.o 1.
e) Privação do direito de participação em arrematações
e concursos promovidos por entidades ou serviços Artigo 8.º
públicos, de fornecimento de bens e serviços, licenças
ou alvarás; A afectação do produto das coimas cobradas em aplicação
f) Encerramento do estabelecimento ou cancelamento do artigo 5.o far-se-á da seguinte forma:
de serviços, licenças ou alvarás.
a) 20% para o IPPAA;
2 — As sanções acessórias referidas nas alíneas b) e b) 10% para a entidade que levantou o auto;
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fim de facilitar um atordoamento ou occisão eficazes; as aves de capoeira introduzidos para abate em matadouros
e) Atordoamento: qualquer processo que, quando devem ser:
aplicado a um animal, lhe provoque rapidamente um a) Encaminhados e, se necessário, estabulados em
estado de inconsciência, no qual é mantido até ocorrer conformidade com as disposições do anexo B;
a morte; b) Imobilizados em conformidade com as disposições
f) occisão: qualquer processo que provoque a morte de do anexo C;
um animal; c) Atordoados antes do abate ou mortos
g) Abate: morte de um animal por sangria; instantaneamente em conformidade com as
h) Autoridade competente: o Instituto de Protecção da disposições do anexo D;
Produção Agro-Alimentar, adiante designado IPPAA, d) Sangrados em conformidade com as disposições
podendo delegar essas competências nas direcções do anexo E.
regionais de agricultura.
2 - As exigências previstas na alínea c) do número anterior
Artigo 3.° não se aplicam aos animais que são objecto de métodos
especiais de abate requeridos por determinados rituais
Os animais devem ser manuseados de forma a evitar religiosos.
qualquer excitação, dor ou sofrimento durante o 3 - Desde que sejam respeitadas as exigências previstas
encaminhamento, estabulação, imobilização, atordoamento, no artigo 3.° deste regulamento, o IPPAA poderá, de acordo
abate e occisão. com o previsto no artigo 4.° do regulamento aprovado pela
Portaria n.° 971/94, de 29 de Outubro, no n.° 1.° da Portaria n.°
CAPÍTULO II
584/92, de 26 de Junho, e no artigo 7.° da Directiva n.° 71/118/
Requisitos aplicáveis aos matadouros CEE, com a redacção que lhe foi dada pela Directiva n.° 92/
116/CEE, conceder as seguintes derrogações:
Artigo 4.°
a) No que respeita aos bovinos, as disposições
A construção, as instalações e os equipamentos dos previstas na alínea a) do n.° 1;
matadouros, bem como o seu funcionamento, devem ser b) No caso das aves de capoeira, dos coelhos, dos
concebidos e utilizados de forma a evitar aos animais qualquer suínos, dos ovinos e dos caprinos, as disposições
excitação, dor ou sofrimento inúteis. previstas na alínea a) do n ° 1, assim como os
processos de atordoamento e de abate previstos no
Artigo 5.° anexo D.
ser previstos sistemas de emergência que entrem 1- Os contentores onde os animais são transportados devem
imediatamente em funcionamento em caso de avaria; ser manipulados com cuidado; é proibido atirá-los ao chão,
Iluminação suficiente para permitir a inspecção de todos deixá-los cair ou derrubá-los. Tanto quanto possível, devem ser
os animais em qualquer altura; em caso de necessidade, carregados e descarregados horizontal e mecanicamente.
deverá existir uma iluminação artificial de recurso adequada; 2 - Os animais entregues em contentores de fundo flexível
Quando necessário, equipamento para prender os ou perfurado devem ser descarregados com especial cuidado
animais; para evitar lesões. Se necessário, os animais serão
Quando necessário, camas suficientes para os animais descarregados dos contentores um a um.
que devam passar a noite nos referidos locais. 3 - Os animais que tenham sido transportados em
contentores devem ser abatidos o mais rapidamente possível;
8 - Quando, além dos locais de estabulação acima referidos, se tal não for possível, devem, se necessário, ser abeberados
os matadouros dispuserem também de campos sem sombra e alimentados em conformidade com as condições do n.° 9 do
ou sem abrigo naturais, deve ser prevista uma forma de n.° II deste anexo.
protecção apropriada contra as intempéries. Os campos devem
ser mantidos por forma a garantir que a saúde dos animais não ANEXO C
esteja sujeita a ameaças físicas, químicas ou de outra natureza.
9 - Os animais que, à chegada, não sejam conduzidos Imobilização dos animais antes do atordoamento,
directamente para o local de abate devem poder dispor em abate ou occisão
qualquer momento de água potável distribuída através de
dispositivos adequados. Os animais que não tenham sido 1- Os animais devem ser imobilizados de modo a evitar
abatidos nas doze horas seguintes à sua chegada devem ser quaisquer dores, sofrimento, agitação, lesões ou contusões
alimentados e, subsequentemente, receber alimentos em inúteis.
quantidades moderadas e a intervalos adequados. No entanto, em caso de abate segundo ritual religioso, é
10 - Os animais mantidos num matadouro durante doze obrigatória a imobilização dos animais da espécie bovina antes
horas ou mais devem ser estabulados e, se for caso disso, do abate com um processo mecânico, com vista a evitar
presos de modo que possam deitar-se sem qualquer dificuldade. quaisquer dores, sofrimentos, agitação, lesão ou contusão aos
Caso os animais não estejam presos, devem ser-lhes animais:
proporcionados alimentos de um modo que lhes permita 2 - É proibido prender as patas dos animais ou suspendê-
alimentarem-se sem dificuldade. los antes do atordoamento ou abate. Contudo, as aves de
capoeira e os coelhos podem ser suspensos para abate, desde
que tenham sido tomadas medidas apropriadas para que, no
III - Requisitos relativos aos animais transportados em momento do atordoamento, os animais estejam num estado
contentores de relaxação tal que permita que a operação de atordoamento
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ANEXO D
Atordoamento e occisão dos animais, à excepção dos
animais destinados ao aproveitamento da pele
I - Métodos autorizados
A) Atordoamento:
1) Pistola de êmbolo retráctil;
2) Concussão;
3) Electronarcose;
4) Exposição ao dióxido de carbono.
B) Occisão:
1) Pistola ou carabina de bala
2) Electrocussão;
3) Exposição ao dióxido de carbono.
B) Tanques de imersão:
1) Quando forem utilizados tanques de imersão para atordoar 5) Em caso de necessidade, deverá ser possível recorrer a
as aves de capoeira, o, nível da água deve ser regulado de uma ajuda manual.
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ANEXO G
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Bibliografia:
Legislação em Vigor;
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