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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA

Excitação CA

Os circuitos magnéticos dos


transformadores e das máquinas CA
são excitados por fontes CA. Com
excitação CA, a indutância influi no
comportamento do regime
permanente.

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Com excitação CC, a corrente em


regime permanente é determinada pela
tensão aplicada e a resistência do circuito,
com a indutância só entrando no processo
transitório.
+ H1 X

+
Vc
_
_ H2 X

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Excitação CA

Nos sistemas elétricos , as formas de


onda de tensão e de fluxo são
funções senoidais no tempo. Para a
análise da excitação em corrente
alternada, será considerado um
circuito magnético fechado.

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ϕ (t ) = φmax sen ω t

ϕ (t ) = Ac Bmax sen ω t


e (t ) = N
dt

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e (t ) = ω N φmax cos ω t

e (t ) = Emax cos ω t

Emax = ω N φmax = 2 π f N Ac Bmax

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Na operação CA, em regime


permanente, utiliza-se os valores
eficazes, portanto:


Eef = f N Ac Bmax = 2 π f N Ac Bmax
2

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Para produzir fluxo


no núcleo é
necessário que uma
corrente de excitação
“if
f” esteja presente
no enrolamento.

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Excitação CA

As propriedades magnéticas não lineares


do núcleo requerem que a forma de
onda da corrente de excitação seja
diferente da forma de onda senoidal do
fluxo. A curva da corrente de excitação
pode ser obtida graficamente a partir da
curva B-H ou f-i.
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Como B e H se relacionam com f e if
por constantes geométricas, o laço de
histerese da figura anterior foi
desenhado em termos de f- if.

H c lc
ϕ = Bc Ac iϕ =
N

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O valor eficaz da corrente de excitação é


obtido pelo uso da raiz do valor médio
quadrático. Está relacionado com o valor
eficaz da intensidade de campo.

lc H ef
Iϕ ef =
N

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Os volt-ampères eficazes necessários para


excitar o núcleo, com uma densidade de
fluxo especificada, é:
lc H ef
Eef ⋅ Iϕ ef = 2 π f N Ac Bmax
N

Eef ⋅ Iϕ ef = 2 π f Bmax H ef Ac lc

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Verifica-se, na equação anterior, que o


valor necessário de excitação, em volts-
ampères eficazes, para excitar o núcleo
com uma onda senoidal é proporcional à
frequência, ao volume do núcleo e ao
produto da densidade máxima de fluxo com
a intensidade eficaz do campo magnético.

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Excitação CA

Para um material magnético com densidade


de massa rc, a massa do núcleo é Ac lc rc e
o valor dos volts-ampères eficazes de
excitação por unidade de massa é:

Eef ⋅ Iϕ ef 2π f
Pa = = Bmax H ef
massa ρc

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As condições de excitação CA de um
material magnético são fornecidas
em termos de volts-ampères
eficazes por unidade de massa.
Esses valores são determinados por
meio de ensaios de laboratório.

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Aço grão orientado


do tipo M-5, 60 Hz

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Parte da potência associada com a


energia do campo magnético é dissipada
como perdas das quais resulta o
aquecimento do núcleo. O restante
aparece como potência reativa
associada ao armazenamento de energia
no campo magnético.
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Existem dois mecanismos de perdas nos
materiais magnéticos. O primeiro é o
aquecimento devido às correntes
induzidas no material do núcleo. São
chamadas correntes parasitas que
circulam no material do núcleo.
perdas Foucault = R ⋅ I 2
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Circulação de correntes parasitas no núcleo

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Para reduzir os efeitos das correntes
parasitas, as estruturas são construídas
com chapas delgadas de material
magnético. As chapas devem ficar
alinhadas na direção das linhas de
campo. São isoladas entre si por uma
camada de óxido ou verniz de isolação.
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As perdas por correntes parasitas tendem
a aumentar com o quadrado da
frequência e com o quadrado da
densidade máxima de fluxo. Quanto mais
delgadas as chapas, menores as perdas.
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Pferro Foucault = K Foucault ⋅ Bmax [
⋅ f2 W
m3]
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O segundo mecanismo de perdas é


devido à histerese do material
magnético. Uma excitação variável no
tempo fará com que o material
magnético seja submetido a uma
variação cíclica do laço de histerese.

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A perda por histerese


é a energia gasta em
orientar os domínios
magnéticos do
material na direção
do campo.

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Quando um material ferromagnético fica
sujeito a uma força magnetomotriz
variável, esta força é aumentada até um
valor máximo. Quando esta fmm é
reduzida, nem toda energia do campo
magnético é devolvida ao circuito. Parte
dela é dissipada no núcleo.
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As perdas por histerese são proporcionais
à área do ciclo de histerese e ao volume
total do material. Como há uma perda de
energia a cada ciclo, as perdas são
proporcionais à frequência de excitação.
α
Pferro Histerese = K Histerese ⋅ Bmax ⋅f [W m ]3 1, 5 ≤ α ≤ 2, 5

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Os dados sobre perdas no núcleo são
apresentados tipicamente em forma de
gráficos. São plotados em watts por
unidade de massa em função da
densidade de fluxo. Pode ser fornecida
uma família de curvas para diferentes
frequências.
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Aço grão orientado


do tipo M-5, 60 Hz

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Nos transformadores de potência são


usadas chapas de aço de grão
orientado. Isso diminui as perdas por
histerese e aumenta a permeabilidade.
Assim, os aços orientados podem operar
com densidade de fluxo mais elevada.

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O aço-silício de grão orientado tem sido


utilizado a vários anos. Trata-se de uma
laminação a frio e um recozimento
intermediário, acrescido de um recozimento
final a alta temperatura. Assim, produz-se
chapas com melhores propriedades
magnéticas na direção de laminação.
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Analisar o exemplo 1.8 da página 43.

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