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DENSÍMETROS NÃO RADIOATIVOS 

 
Os Densímetros Não Radioativos (NRD – Non Radioactive Densitometers) foram criados para substituir 
os dispositivos radioativos, que funcionavam da seguinte maneira:  
1. Uma fonte de Césio 137 emite radiação gama no material a ser analisado 
2. Os raios gama colidem com as partículas e retornam à sonda 
3. Um detector Geiger‐Mueller registra a quantidade de retorno e quanto maior for a densidade do 
material, maior será a radiação que retorna 
4. Mediante uma calibração realizada previamente à operação o valor é convertido em densidade 
(lb/gal, por exemplo) 
5. Alguns equipamentos também possuem um medidor de umidade usando Amerício 241 
Obviamente,  a  necessidade  de  se  eliminar  ao  máximo  o  uso  de  fontes  radioativas  nas  operações  de 
campo  levou  à  substituição  do  Densímetro  Radioativo  pelo  NRD.  Este  utiliza  o  princípio  do  Efeito 
Coriolis, possuindo dois componentes: Tubo de Medição (ou Tubo Vibratório) e Transmissor (Figura 1 e 
2). 
O  NRD  é,  na  verdade  um  medidor  de  fluxo  de  massa,  ou  seja,  uma  balança,  que  a  partir  da  vazão  de 
bombeio da massa calcula a densidade do fluido e sua taxa de fluxo volumétrico. O princípio é baseado 
no Efeito de Forças de Coriolis: estas forças estão sempre presente quando movimentos de translação e 
rotação  ocorrem  simultaneamente.  Este  tipo  de  sensor  é  extremamente  preciso  para  medir  tanto  a 
densidade como a vazão. 
Os tubos de medição são submetidos a uma oscilação e ficam vibrando na sua própria freqüência natural 
à baixa amplitude, quase imperceptível a olho nu. Quando um fluído qualquer é introduzido no tubo em 
vibração, o efeito do Coriolis se manifesta causando uma deformação, isto é, uma torção, que é captada 
por  meio  de  sensores  magnéticos  que  geram  uma  tensão  em  formato  de  ondas  senoidais.  As  forças 
geradas pelos tubos criam uma certa oposição à passagem do fluido na sua região de entrada (região da 
bobina) , e em oposição auxiliam o fluído na região de saída dos tubos. O atraso entre os dois lados é 
diretamente  proporcional  à  vazão  mássica.  Um  dispositivo  montado  no  tubo  monitora  a  temperatura 
deste,  a  fim  de  compensar  as  vibrações  das  deformações  elásticas  sofridas  com  a  oscilação  da 
temperatura. 
Os componentes do Tubo de Medição estão mostrados na Figura 3. 
O  mecanismo  de  funcionamento  do  processo  (Figura  4)  é  o  seguinte:  A  Bobina  de  Vibração  (Exciter) 
emite  um  pulso  eletromagnético  que  faz  vibrar  o  tubo  (em  alguns  modelos,  são  dois  tubos  paralelos), 
com  uma  amplitude  inferior  a  1mm  e  freqüência  de  80Hz  (A);  A  freqüência  da  oscilação  é  função  da 
massa do fluido no tubo. Durante a operação, o único parâmetro que varia é a densidade do fluido. O 
período  de  oscilação  dá  uma  medida  direta  da  densidade  do  fluido.    À  medida  que  o  fluido  se  move 
dentro do tubo, ele é forçado a assumir o impulso (momento) vertical do tubo (B); A força de resistência 
do  fluido  faz  com  que  o  tubo  sofra  uma  torção,  proporcional  à  massa  do  fluido  que  flui  através  dele, 
dando uma medida da taxa de fluxo de massa do fluido (C). 
Vantagens: 
 Operação isenta de materiais radioativos 
 Não requer de Calibração prévia 
 Trabalho com quase todos os tipos de fluidos 
 Indiferente à viscosidade e temperatura 

DENSÍMETROS NÃO RADIOATIVOS 1


Preparado por Carlos Soares
 Fácil de operar  
Limitações: 
 Somente funciona em linha de baixa pressão (não pode ser conectado na saída da bomba) 
 Passível de dano por erosão 
 Necessita ser bem limpo por dentro após cada uso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   

DENSÍMETROS NÃO RADIOATIVOS 2


Preparado por Carlos Soares
 

 
Figura 1 – Componentes do NR (Tubo de Medição e Transmissor) 

 
 

 
Figura 2 – Tubo do Sensor de Medição (sem a proteção da carcaça) 

DENSÍMETROS NÃO RADIOATIVOS 3


Preparado por Carlos Soares
 
Figura 3 – Componentes do Tubo do Sensor de Medição 

 
 

 
Figura 4 – Mecanismo de funcionamento do NRD 

DENSÍMETROS NÃO RADIOATIVOS 4


Preparado por Carlos Soares

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