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ULTRASSOM EM FUNDIDOS
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PROCEDIMENTO DE END
Revisão: 2 (Fev/2021)
PR–129
1. OBJETIVO
Estabelecer as condições mínimas do ensaio não destrutivo por meio de ultrassom para detecção de
descontinuidades em corpos de prova de produtos fundidos de acordo com o Sistema Nacional de Qualificação e
Certificação de Pessoal em END.
Este procedimento deve ser utilizado somente nos exames de qualificação e certificação de pessoal em Ensaios
Não destrutivos SNQC/END. Nas empresas o ensaio deve ser executado conforme os procedimentos e critérios
aplicáveis á inspeção que será realizada e baseado em um procedimento qualificado pelo nível 3 responsável.
2. NORMAS DE REFERÊNCIA
Nota: as normas acima foram utilizadas apenas como uma referência. Este procedimento não tem como
finalidade atender a todos os requisitos das normas citadas.
Notas:
a. O ensaio final deve ser executado após o tratamento térmico.
b. O ensaio em Aço Inoxidável Martensítico, principalmente com o cabeçote angular está
condicionado a possibilidade de efetuar a calibração da sensibilidade em blocos fabricados com
este material.
4. APARELHOS
5. CABEÇOTES
5.1 A faixa de frequência dos cabeçotes empregados pode variar na faixa de 0,5 MHz a 6 MHz .
5.2 Os cabeçotes normais devem ser utilizados para espessuras maiores que 50 mm.
5.3 Para espessuras menores ou iguais a 50 mm devem ser utilizados cabeçotes duplo cristal.
5.4 Cabeçotes utilizados em superfícies com raio de curvatura inferior a 250 mm devem possibilitar um ajuste
de suas sapatas à superfície.
5.5 O ponto de emissão e o ângulo real dos cabeçotes angulares devem ser verificados diariamente no bloco
padrão V1. O ângulo real pode variar no máximo, mais ou menos 2 graus em relação ao ângulo nominal.
5.6 Os cabeçotes devem apresentar resolução conforme o requerido no anexo I.
5.7 O cabeçote deve atender aos seguintes requisitos:
(a) Ser adequado quanto a dimensão para permitir um bom acoplamento na superfície de ensaio;
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(b) Ter uma frequência compatível com a menor descontinuidade a ser detectada e com a estrutura metalúrgica
do material;
(c) A escolha da frequência do cabeçote deve produzir uma adequada relação sinal/ruído, do material a ser
ensaiado, na sensibilidade especificada. Um valor da relação sinal/ruído de 3 para 1 é considerado como
um mínimo aceitável.
A inspeção deve ser executada por contato direto mediante a técnica pulso eco.
7. MÉTODO DE CALIBRAÇÃO
A calibração da escala deve ser feita utilizando-se os blocos V1 e/ou V2. A escala deve ser ajustada em função
do percurso sônico máximo a ser utilizado durante o ensaio.
Esta técnica pode ser utilizada para a inspeção com os cabeçotes normal e de duplo cristal em peças usinadas
que possuam superfícies paralelas. Para calibrar a sensibilidade o eco de fundo relativo a espessura que
estiver sendo examinada, deve ser ajustado a 80% da altura da tela , neste nível deve ser traçada uma linha
reta horizontal, denominada de nível de referência primário. Ao ganho obtido deve ser somado um ganho
conforme a tabela 1. A soma dos dois ganhos é denominado de Ganho Primário. O eco de fundo utilizado para
a calibração deve ser obtido em uma região da peça isenta de descontinuidades.
ESPESSURA (mm)
GANHO
Acima de Até
- 50 6
50 75 10
75 100 14
100 150 16
150 200 18
200 250 20
250 300 22
300 - Ver nota **
Tabela 01
7.2.2 Técnica do furo de fundo plano para cabeçote normal e de duplo cristal.
Para a calibração da sensibilidade devem ser utilizados os blocos de furo de fundo plano da figura 2 para
cabeçote normal e a figura 3 para cabeçote de duplo cristal. O material do bloco de calibração deve ser igual
ou acusticamente similar ao material a ser ensaiado assim como o acabamento superficial. A curva deve ser
traçada sobre filmes transparentes, colocados sobre a tela do aparelho ou utilizando-se recursos eletrônicos do
aparelho, quando aplicável. Para construir a curva de referência é necessário pelo menos três furos com
distâncias (B) que representem a mínima e a máxima espessura da peça a ser inspecionada, entretanto,
quanto maior o número furos utilizados, maior a precisão da curva. Para se obter a curva posiciona-se o
cabeçote no furo que produzir o eco de maior amplitude, maximizar o eco e ajusta-lo a 80% da altura da tela
através do controle de ganho, anotando-se a altura do eco na tela. Sem alterar o ganho marcar os pontos
correspondentes à maior amplitude dos demais furos. Interligar os pontos obtendo a Curva de Referência
Primária (nível de referência), e o Ganho utilizado é chamado de Ganho Primário (GP). Quando um dos pontos
ficar abaixo de 20% da altura da tela, deve-se alterar o ganho neste ponto e iniciar uma nova curva, este ganho
deve ser chamado de Ganho Secundário (GS).
Figura 2
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Figura 3
Notas:
a. O fundo plano do furo deve ser paralelo à superfície de contato e com desvio máximo de 0,05
mm. O diâmetro deve estar dentro de uma tolerância de 0,10 mm. O eixo do furo deve ser
perpendicular à superfície do bloco e dentro de um desvio de 0,5 º;
b. A superfície de contato do cabeçote deve ter rugosidade igual ou maior à da peça;
c. Dimensões em milímetros;
d. Os furos devem ser tamponados para evitar interferência de agentes externos.
Para a calibração da sensibilidade dos cabeçotes angulares deve ser utilizado um bloco de referência com
furos cilíndricos conforme a figura 4. O material do bloco de calibração deve ser igual ou acusticamente similar
ao material a ser ensaiado assim como o acabamento superficial. A curva deve ser traçada sobre filmes
transparentes colocados sobre a tela do aparelho ou utilizando-se recursos eletrônicos do aparelho, quando
aplicável. Deve-se determinar o furo que forneça a maior amplitude de reflexão. O sinal obtido deve ser
posicionado a uma altura correspondente a 80% da altura total da tela do aparelho. O ganho deve ser anotado
e denominado de Ganho Primário (GP). Sem alterar o ganho, deve-se marcar sobre o filme transparente os
pontos correspondentes à reflexão dos furos 1/4T, 1/2T, 3/4T, 1 1/4T. Esta curva deve ser definida como Curva
de referência primária.
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Notas:
1) As superfícies de contato devem estar paralelas e dentro de um desvio de -1,1 mm;
2) As superfícies de contato do cabeçote devem ter rugosidade igual ou maior que a peça;
3) Para espessuras acima de 250 mm, para cada aumento de 50 mm na espessura, o diâmetro do furo deve
ser aumentado em 1,6 mm;
4) Para blocos com espessura acima de 75 mm, a distância mínima do furo em relação às extremidades do
bloco deve ser no mínimo 1 / 2 T, para evitar coincidência das reflexões do furo e do canto do bloco;
7.3.1 Ajuste da sensibilidade com cabeçote normal e duplo cristal na técnica do eco de fundo:
Para esta técnica, não é aplicável a correção por transferência, pois a calibração da sensibilidade é
feita diretamente na peça.
7.3.3 Ajuste da sensibilidade com cabeçote duplo cristal na técnica do Furo de fundo plano:
Para o cabeçote duplo cristal deve-se ajustar o eco de fundo proveniente do bloco de referência a
80% da altura da tela, com o mesmo ganho colocar o cabeçote na peça verificando-se ha diferença
em dB. Esta diferença, se existir, deve ser acrescentada ou diminuída do Ganho Primário (GP).
Quando a peça tem uma diferença de espessura superior a 25%, deve-se medir o coeficiente de
atenuação linear, para evitar erros no ajuste de sensibilidade devido a diferença de espessura.
Figura 5
O ganho de varredura (GV) deve ser o ganho primário (GP) acrescido da Perda por Transferência (PT) + 6
dB. GV=GP+PT+6dB
O ganho de varredura (GV) deve ser o ganho primário (GP) +6 dB. GV=GP+6 dB
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Para avaliação das descontinuidades o ganho de avaliação (GA) deve ser o ganho de referência primário
(GP) acrescido da perda por transferência, quando aplicável.
A superfície de contato entre o cabeçote e a peça deve estar limpa e livre de irregularidades que possam
interferir no acoplamento e movimentação do cabeçote, tais como rugosidade excessiva, carepas, respingos,
tintas, etc.
A rugosidade superficial não deve exceder a 12,5 µm para superfícies usinadas, superfícies que não atendam a
este requisito podem ser ensaiadas, desde que o acabamento seja compatível com o nível de qualidade indicado
no critério de aceitação.
As superfícies devem ser preparadas por usinagem, esmerilhamento ou jateamento, caso necessário.
9. ACOPLANTE
Deve ser utilizado metil celulose dissolvido em água ou óleo mineral. O mesmo acoplante utilizado na calibração
deve ser utilizado na inspeção.
k. Cabeçotes com diferentes ângulos podem ser utilizados quando forem constatadas regiões questionáveis.
l. Durante a varredura de peças com superfícies paralelas devem ser observadas áreas que produzam
redução do eco de fundo, visando constatar a existência de descontinuidades com orientação desfavorável
(regiões questionáveis). Estas regiões devem ser investigadas, utilizando-se outros cabeçotes.
b. Para descontinuidades registráveis e que possuam baixa refletividade pode ser utilizado como referência
eco de fundo da peça utilizando-se a queda do eco de fundo e neste caso a delimitação deve ser efetuada de
fora para dentro da descontinuidade.
i. Indicações isoladas - As indicações isoladas não devem exceder os limites do nível de qualidade designado
e listado na Tabela 2. Uma indicação isolada pode ser definida como aquela para a qual a distância entre ela e
uma indicação adjacente é maior que a maior dimensão da maior das indicações adjacentes.
ii. Indicações agrupadas (cluster) - Indicações agrupadas devem ser definidas como duas ou mais indicações
confinadas em um cubo de 25 mm. As indicações agrupadas não devem exceder os limites do nível de
qualidade designado e listado na Tabela 3. Quando a distância entre as indicações for menor que a menor
dimensão da maior indicação do grupo, o agrupamento deve ser reparado por solda.
iii. A distância entre dois agrupamentos deve ser maior que a menor dimensão da maior indicação em qualquer
agrupamento (cluster). Se não estiverem, o agrupamento com a maior indicação individual deve ser removido.
iv. Todas as indicações, independentemente de suas áreas de superfície, conforme indicado pelo movimento
do cabeçote na superfície do fundido e independentemente do nível de qualidade requerido, não devem ter uma
dimensão através da parede, superior a 1⁄3 T, onde T é a espessura da seção na área do fundido que contém a
indicação.
v. A soldagem de reparo de indicações do tipo “agrupadas” precisa ser apenas na extensão necessária para
atender ao nível de qualidade aplicável a essa área especifica. Todos os outros tipos de indicações rejeitáveis
devem ser completamente removidos.
vi. Soldas de reparo de fundidos devem atender o nível de qualidade designado para essa área específica do
fundido.
vii. Qualquer local que tenha 75% ou mais de perda do eco de fundo e exceda a área do nível de qualidade
aplicável, e cujas amplitudes da indicação podem ou não exceder a linha de referência, deve ser rejeitado, a
menos que a razão para a perda do eco de fundo possa ser identificada como não sendo causada por uma
descontinuidade. Se o ganho é aumentado e o eco de fundo é obtido sem o aparecimento de indicações com
amplitude superior ao nível de referência, a área deve ser aceita.
Os resultados do ensaio devem ser registrados em formulário próprio, conforme anexo II e III.
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1. APARELHO DE ULTRASSOM
O aparelho de ultrassom deve ser tipo pulso eco, apresentação tipo "A", capaz de gerar frequência na faixa de 1
a 6 MHz.
2. CABEÇOTES
2.1 Os cabeçotes devem possuir as seguintes características:
a) cabeçotes normais (ondas longitudinais) para contato direto devem ter cristais com diâmetro variando de 10 a
30 mm ou quadrado com 10 a 25 mm de lado.
b) cabeçotes angulares (ondas transversais) para contato direto devem ter cristais com área ativa mínima de 70
2
mm .
c) cabeçotes tipo duplo cristal, normais ou angulares, para contato direto devem ter cristais de áreas 15 a 900
2
mm .
2.2 Os cabeçotes a serem utilizados devem trazer impressos, no seu corpo de forma permanente, um código
que permita identificar as seguintes características:
a) tipo do cabeçote;
b) material e dimensões do cristal;
c) frequência.
3. CONTROLE DE GANHO
3.1. O aparelho deve permitir um ajuste grosso com incrementos de 10 dB ou 20 dB e um ajuste fino com
incrementos de 1 dB ou 2 dB.
5. LINEARIDADE VERTICAL
5.1 A linearidade do controle de ganho deve ser verificada diariamente através de um cabeçote normal conforme
indicado na figura 6.
5.2 Escolhendo um dos ecos de fundo como referência, ajustar sua amplitude a 100 % da altura da tela do
aparelho. Variar o ganho na quantidade de decibéis indicada na coluna central da tabela da figura 6. A
linearidade do controle de ganho é considerada aceitável, se os valores das amplitudes obtidas através desta
sistemática se situarem dentro dos limites estabelecidos na coluna da direita da referida tabela.
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5.2.1 Para aparelhos analógicos, a verificação deve ser feita utilizando-se um gabarito de material plástico
transparente, conforme a figura 7, construído para cada modelo de aparelho.
Notas:
6. LINEARIDADE HORIZONTAL
O aparelho deve ter linearidade horizontal dentro de mais ou menos 2 % da escala de distância empregada. A
verificação pode ser feita, colocando-se como mínimo, 4 ecos na tela do aparelho provenientes de um bloco
padrão e verificando-se o posicionamento dos mesmos em relação a faixa de tolerância acima especificada.
7.1.1 A resolução deve ser verificada, posicionando o cabeçote no bloco Nº1, conforme indicado na figura 8; de
forma à se obter três ecos provenientes das superfícies refletoras. O cabeçote deve ser movimentado de forma à
se obter os ecos com praticamente a mesma amplitude. O cabeçote apresenta boa resolução se os ecos das
espessuras d1, d2, d3 apresentarem separação entre si na metade da amplitude total ou em ponto mais baixo.
8.1 - Geral
Os cabeçotes angulares serão aferidos quanto ao ponto de saída do feixe sônico e ângulo real do cabeçote,
utilizando-se o bloco padrão Nº1.
8.2 - Tolerância
O ponto de saída do feixe sônico deve ser corrigido caso seja encontrada qualquer diferença entre a marcação e
a posição correta. O ângulo real dos cabeçotes não pode variar mais do que 2º em relação ao ângulo nominal.
satisfatória os picos, referentes ao degrau de 2 mm (cabeçote 4 MHz) e 4 mm (cabeçote 2 MHz), devem estar
separados por no mínimo 6 dB (ver figura 10).
75
R 60 R 74 15 15 15 15 15
R 62 R 69
R 65
2
3
4
5
A resolução é considerada satisfatória se os dois ecos estão separados por no mínimo 6 dB (figura 10).
RELATÓRIO DE ENSAIO
ULTRASSOM
Fundido
PROCEDIMENTO- Nº / Rev. CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO RELATÓRIO N° FOLHA
de
Número do CP ESTADO DA SUPERFICIE MATERIAL
EQUIPAMENTO UTILIZADO
FABRICANTE MODELO Nº SÉRIE DATA DE VALIDADE DA CALIBRAÇÃO
CABEÇOTES UTILIZADOS
DIMENSÕES FREQUÊNCIA
TIPO FABRICANTE MODELO Nº SÉRIE ÂNGULO
(mm) (MHz)
Normal
Duplo cristal
Angular
DADOS DE CALIBRAÇÃO
Cabeçote Ganho Primário (dB) Perda por Transferência (dB) Ganho de Varredura (dB)
DESCONTINUIDADES
Percurso Dimensões Altura da Indicação
Sônico/Profundidade Larg. X Compr. e Área Perda do Eco Superfície de Posição de
Nº Cabeçote em função do Nível Laudo
de Fundo (dB) Detecção Referência
(mm) (mm/mm2) de Referência (dB)
OBSERVAÇÕES
LEGENDA LAUDO
NEC: Necessário Exame Aprovado Reprovado
A: Aprovado R: Reprovado NEC
Complementar
Nome do Candidato: Assinatura do Candidato: Nº SNQC:
RELATÓRIO DE ENSAIO
RELATÓRIO N.º
CROQUI FOLHA: ____ de ______
X 50
100
150
200
250
300
350
400
NOME DO CANDIDATO: NÚMERO: