Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
:
PROCEDIMENTO PR-3010.92-1400-971-TB7-016
CLIENT : FOLHA:
E E&P 1 de 22
PROGRAMA:
PRÉ-SAL FPSOS – PACOTE 4 – MÓDULOS -
ÁREA:
PETROBRAS 66 (P-66)
TÍTULO:
ENG-E&P/ ENSAIO NÃO DESTRUTIVO - ULTRASSOM EM CORPORATIVO
IEUEP-II/IEREPL AÇO INOX IEREPL
CONTRATO:
CONSÓRCIO TOMÉ FERROSTAAL 3900.0000020.12.2
No. DO Microsoft Word / V.2003 RESP. TÉC /No. CREA:
ARQUIVO:
PR-3010.92-1400-971-TB7-016_0.doc Wides Schiavo / 821041453-RJ
ÍNDICE DE REVISÕES
1. OBJETIVO
Este procedimento estabelece as condições para a execução por ultrassom manual em juntas soldadas de
topo de vasos de pressão, tanques, equipamentos e tubulações, feitas em aço inoxidável austenítico.
Obs.: este procedimento somente poderá ser utilizado como substituto ao ensaio radiográfico mediante
aprovação explícita do Cliente.
2. DOCUMENTOS DE REFERENCIA
3. RESPONSABILIDADES
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Para cada caso especifico, deverão ser definidas as dimensões indicadas vide figura 1.
Faixa de
Dimensões Freqüência
Fabricante MODELO Tipo Ângulo espessura
(mm) (MHz) (mm)
MB-4S N Normal 4 15 - 50
MSEB-2/4H 10 2/4 4,8 a 50
-
SEB-2/4 H/H0
Duplo-Cristal 28 (6X20) 2/4 4,8 - 30
WB-45/60/70
N2 20 X 22 2 20 a 50
MWB-
Angular 8x9 4 4,8 a 50
45/60/70N4
MWK- Transversal 8x9 4,8 a 50
45/60/70N4 4
GE/Krautkra MSW QC-5 6,3 5 4,8 a 50
mer WRY 45/60/70 45/ 60/70 48 x 25* 2 4,8 - 50
WSY 45-4 Angular 45 28 X 13* 4 4,8 - 30
WSY 60-4 Longitudinal 60 28 X 13* 4 4,8 - 20
WSY 70-4 70 28 X 13* 4 4,8 - 15
VSY 45 Angular 45 30 X 15* 4 4,8 - 30
Longitudinal
VSY 60/70 60 / 70 30 X 15* 4 4,8 - 20
(duplo cristal)
GB MWS-45/60/70
SONATEST SMA4 45/60/70 Angular
45/ 60/70 8x9
MBW 45/60/70 Transversal
N4 4 4,8 - 50
MODSONIC MM4 SN Normal 16
MMEB 4H Duplo-Cristal - 10
Faixa de
Dimensões Freqüência
Fabricante MODELO Tipo Ângulo espessur
(mm) (MHz)
a
(mm)
PQ 2/10-4C Duplo-Cristal - 10 4 4,8 - 50
STARMAN
8x9 4C
8x9
Angular
WCX 45/60/70 45/ 60/70
Transversal
MITECH 20 x 22 2
45/60/70
MITECH
NDT / MITECH Normal 10 4
-
NDT / MITECH Duplo-Cristal 10 2/4
TAC 45 Angular 45 4,8 - 30
Longitudinal 25 X 25*
TAC 60/70 (duplo cristal) 60/ 70 4,8 - 20
PHOENIX SAC 45 45 4 4,8 - 30
SAC 60 Angular 60 4,8 - 20
29 X 16*
SAC 70 Longitudinal 70 4,8 - 15
4P10X15L45F3
3 45 4,8 - 30
4P10X15L60F2
8 60 30 X 30* 4
4P10X15L70F2
Angular 4,8 - 20
TRU-SONIC 3 Longitudinal 70
2P8X10L45F15 (duplo cristal) 45 4,8 - 30
2P8X10L60F12 60 20 X 20* 2
2P8X10L70F10 70 4,8 - 20
* Face de contato
(1)
- Representa a Distância Focal.
Os cabeçotes não devem produzir "grama" excessiva, de modo a permitir a fácil identificação de um eco com altura de
10% da altura total da tela, na sua área de utilização.
O ângulo do cabeçote deve ser escolhido observando os seguintes requisitos:
a) Deve ser compatível com o detalhe dimensional da solda;
b) Deve ser compatível com o tipo de descontinuidade a ser detectada;
c) Recomenda-se os seguintes ângulos:
- 60 o e 70 o para espessuras até 15mm
- 60 o e 70 o ou 45o e 60o para espessuras entre 15mm e 25mm,
- 45 o e 60 o ou 45o e 70o para espessuras entre 25mm 40mm,
- 45 o e 60 o para espessuras acima de 40mm.
Deve ser usada a técnica de pulso-eco, contato direto, com ondas longitudinais para cabeçotes normais e ondas longitudinais e
transversais para cabeçotes angulares.
Observações:
- Para a verificação do metal de base para detectar descontinuidades que possam interferir na varredura com o
cabeçote angular, o ajuste do cabeçote normal e/ou duplo-cristal de feixe reto deve ser feito posicionando o 1º eco
de fundo, para o cabeçote duplo-cristal, e o 2º eco de fundo para o cabeçote normal, a 80% da altura da tela. Neste
caso não será necessário o ajuste de sensibilidade, já que a calibração da sensibilidade é executada no próprio
material a ser examinado
- A calibração de sensibilidade deve incluir o sistema completo de ultrassom (aparelho, cabo e cabeçote) e, deve
ser efetuada antes do uso do sistema na faixa de espessura a ser ensaiada.
- A calibração de sensibilidade dever ser efetuada na superfície do bloco (convexa ou côncava) correspondente à
superfície do componente da qual se fará o ensaio.
- O mesmo acoplante a ser usado no ensaio, deve ser usado na calibração.
- As mesmas sapatas a serem usadas no ensaio, devem ser usadas na calibração.
- Qualquer controle que afeta a linearidade do instrumento deve estar na mesma posição para a calibração, para as
verificações de calibração, para as verificações de linearidade e para o ensaio.
- A diferença de temperatura entre o bloco de calibração e a superfície de ensaio, não deve ser maior que 14ºC.
- Além da calibração da distância e da obtenção da curva de Correção de Amplitude com a Distância (Curva CAD
ou curva de referência), no ensaio de soldas de equipamentos deve ser registrada a amplitude do eco fornecido pelo
entalhe superficial do bloco de calibração (ver Anexo 1A) e essa informação deve ser usada na avaliação de
descontinuidades localizadas na superfície oposta à de varredura.
- A integridade, rugosidade superficial e dimensões dos blocos No 1 e No 2 devem estar de acordo com as
normas BSI BS EN 12223 e BSI BS EN 27963, e a dos blocos de referência devem estar de acordo com o Anexo 1.
- Os blocos No 1, No 2 e os blocos de referência devem possuir certificados de aferição rastreáveis ao sistema
INMETRO.
- A calibração dos blocos No 1, No 2, V1, V2 e blocos de referência, deve ser efetuada na periodicidade fixada no
Manual de Qualidade do Cliente, podendo ser de até 60 meses, desde que uma inspeção visual seja feita a cada uso
pelo inspetor e não seja detectada nenhuma irregularidade relevante (falta de material, corrosão, amassamentos,
etc...).
- Na calibração da sensibilidade, quando duas ou mais espessuras compõem a mesma junta soldada, "T" deve
corresponder à espessura média da junta.
- Se na traçagem da curva de referência, os últimos pontos ficarem abaixo de 20% da altura da tela, deve ser
construída uma nova curva a partir destes pontos denominada Curva de Referência Auxiliar, da seguinte forma:
a. Selecionar no bloco de referência o primeiro eco cuja altura seja igual ou inferior a 20% da altura da tela.
b. Elevar este eco até 80% da altura da tela utilizando-se o controle de ganho (este ganho é chamado de Ganho
Auxiliar - GA).
c. Sem alterar o ganho obter os ecos dos refletores com percursos maiores marcando suas novas amplitudes na tela.
d. Interligar as marcações de modo a obter a Curva de Referência Auxiliar (ver fig. 2).
- A calibração deve ser verificada (em pelo menos um dos refletores básicos do bloco de referência ou usando um
bloco simulador[1]) ao fim de cada ensaio, a cada 4 horas durante o ensaio, e sempre que houver troca de inspetor. Os
valores registrados de distância e amplitude devem satisfazer os requisitos abaixo:
a) Se a leitura da distância do refletor básico tiver se alterado em mais de 10% ou em mais de 5% da escala total de
distância, o que for maior, corrigir a calibração de distância e observar esta correção no relatório de ensaio. Todas as
indicações registradas desde a última calibração válida devem ser re- examinadas com a calibração correta e seus
valores de distância trocados no relatório de exame.
b) Se a amplitude da indicação do refletor tiver se alterado em ± 20% (ou ± 2db), uma nova calibração deve ser
feita e todo o comprimento de solda ensaiado após a última verificação satisfatória deve ser re- examinado.
[1]
Verificações com um bloco simulador (por exemplo, o bloco No. 2) devem ser correlacionadas com a
calibração original no bloco de referência. A precisão da verificação no simulador deve ser confirmada no
bloco de calibração no fim de cada período de serviço diário
A correção devido à perda por transferência para cabeçotes normais e duplo cristal de feixe reto, deve ser
executado da seguinte maneira:
a. Maximizar um eco de fundo do bloco de referência e com o auxilio do Controle de Ganho, posicioná- lo a 80%
da altura total da tela do aparelho.
b. Com o mesmo ganho posicionar o cabeçote na peça a ser ensaiada.
c. Verificar a diferença na altura dos ecos em dB, sendo esta diferença denominada perda por transferência (PT),
que deve ser acrescida ou diminuída do Ganho Primário.
d. O ganho resultante é denominado Ganho Corrigido (GC = GP ± PT ou GC = GA ± PT).
A correção devido à perda por transferência para cabeçotes angulares de ondas transversais, deve ser executada da
seguinte maneira:
a) Com o bloco de referência deve ser traçada a curva mostrada na figura 3, com dois cabeçotes de mesmo ângulo,
freqüência, tipo e fabricante, utilizados no ensaio, um como emissor e outro como receptor.
b) Os cabeçotes devem ser posicionados conforme a figura 3 de modo a ser obter o sinal “E/R1", sendo o sinal
maximizado e colocado a 80% da altura da tela.
c) Sem alterar o ganho, os sinais das posições "E/R2" e "E/R3" devem ser marcados na tela.
d) Interligar os pontos de "E/R1" a "E/R3" obtendo-se uma curva sobre a tela.
e) Com o mesmo ganho, posicionam-se os cabeçotes na peça a ser ensaiada (ver fig. 3), na posição "E/P1" e se a
altura do eco deste posicionamento for igual à altura da curva da alínea "b", não são necessárias correções.
f) Havendo diferenças, ajusta-se a altura encontrada no material da peça, para a mesma altura da curva da alínea
"b" e anota-se o número de decibeis (PT) que devem ser acrescidos ou diminuídos no Ganho Primário.
g) O ganho resultante é denominado de Ganho Corrigido (GC = GA ou GP ± PT).
- O ganho para varredura deve ser o Ganho Corrigido acrescido de 6dB.
- Para avaliação de descontinuidades, o ganho deve ser o Ganho Corrigido sem o acréscimo de 6dB.
A correção devido à perda por transferência para cabeçotes angulares de duplo-cristal não será realizada.
Notas:
(1) A verificação da perda por transferência deve ser feita na peça, na mesma superfície e direção que será
executada a varredura.
(2) No caso de soldas de cilindros ou tubulações onde não se tem acesso à superfície interna (bloco curvo) não é
necessária a traçagem da curva citada na figura 3. A verificação das perdas deve ser feita utilizando-se apenas o pulo
completo.
A superfície de contato dos transdutores deverá estar livre de respingos de soldas, óxido, carepa de laminação ou
irregularidades superficiais que possam interferir na movimentação do transdutor. A limpeza poderá ser feita através
de escova de aço rotativa ou escova manual e esmerilhamento. O reforço da solda deve ser totalmente removido,
ficando a superfície faceada com a do metal da base, de modo a permitir um perfeito acoplamento dos transdutores
angulares.
As ferramentas de preparação da superfície devem ser de uso exclusivo destes materiais, e atender os seguintes
requisitos:
- ser de aço inoxidável austenítico ou revistidas com este material;
- os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de nylon ou material similar.
4.10. Acoplante
A varredura deve ser executada com uma sobreposição de 20% da largura do cristal, no mínimo.
A velocidade de inspeção não deve ser maior que 150mm/s.
A região do metal de base a ser percorrida pelas ondas do cabeçote angular deve, primeiramente, ser
inspecionada com cabeçote normal e ou duplo-cristal de feixe reto para se pesquisar a existência de
descontinuidades paralelas à superfície que, caso existam, devem ser registradas e consideradas na realização do
ensaio com cabeçotes angulares.
Para a detecção de defeitos paralelos ao cordão de solda e localizados na linha de fusão, a área percorrida pelo
cabeçote angular deve ser suficiente para que seja ensaiada toda a solda e mais 20mm
Procedimento qualificado de acordo
com o ASME V, Ed. 2013
de metal de base de cada lado da solda, ao longo da seção transversal [ver fig. 4(a)]. O ensaio, sempre que possível,
deve ser feito por ambos os lados de solda, na mesma superfície. Deve ser efetuada a marcação física dos limites da
área a ser percorrida pelo cabeçote, por meio de tinta, lápis, riscador, fita magnética ou outro meio adequado. Essa
varredura deve ser realizada com os cabeçotes angulares de ondas transversais [ver item 4.4 e figura 4 (a)].
Para a detecção de defeitos localizados na zona de fusão da solda paralelos ao cordão, varreduras sobre a solda,
perpendiculares ao cordão, devem ser efetuadas em dois sentidos opostos, utilizando os cabeçotes angulares de
ondas transversais [ver item 4.4 e figura 4 (b)].
A fim de se detectarem defeitos transversais ao cordão de solda, serão utilizados transdutores angulares de ondas
transversais (ver item 4.4) colocados na linha central da junta soldada, com o feixe dirigido ao longo da solda
(conforme posições 1 e 2 da figura 5).
Indicações determinadas como provenientes de condições superficiais (tais como geometria da raíz da junta), podem
ser classificadas como "indicações geométricas".
A identidade, máxima amplitude, localização e extensão do refletor provocando uma indicação geométrica, devem
ser registradas (por exemplo: acessório externo, 200% CAD, 25mm acima da linha de centro da solda, na
superfície interna, de 90º a 95º).
Devem ser seguidas as seguintes etapas para classificar uma indicação como geométrica:
a) Interpretar a área contendo o refletor;
b) Verificar e plotar as coordenadas do refletor. Preparar um croquis, mostrando uma seção transversal da solda,
mostrando a posição do refletor e descontinuidades superficiais, tais como raíz e reforço de solda.
c) Rever desenhos de fabricação e soldagem.
Outras técnicas de ultrassom ou de outros métodos de END, podem ser úteis na determinação da posição
real, dimensão e orientação do refletor.
4.13.1 O registro de indicações deve ser feito em relação ao nível de referência estabelecido. Os seguintes critérios
de registro e de aceitação devem ser utilizados:
4.13.1.1 Apêndice 12 do ASME VIII, Divisão 1, parágrafo PW-52.3 do ASME I e parágrafo 7.5.4.2 do
ASME VIII, Divisão 2.
a) Toda descontinuidade que produzir uma amplitude maior do que 20% do nível de referência deve ser
pesquisada em uma extensão que permita ao inspetor determiná-la, identificá-la e localizá-la e ser avaliada nos
termos dos padrões de aceitação estabelecidos em b) e c).
b) São inaceitáveis, independentemente dos respectivos comprimentos ou amplitudes, as descontinuidades que
forem interpretadas como sendo trincas, falta de fusão e falta de penetração.
c) São inaceitáveis todas as descontinuidades que produzirem amplitude maior que o nível de referência e os
respectivos comprimentos excederem a:
- 6 mm, para "T" até 19 mm;
- 1/3 "T", para "T" de 19 a 57 mm;
- 19 mm, para "T" acima de 57 mm, onde "T" é a espessura da solda, excluindo-se qualquer reforço.
d) Devem ser registradas em relatório todas as descontinuidades que produzirem amplitude maior que 50% do nível
de referência, mesmo que as mesmas estejam aprovadas, conforme b) e c).
Adicionalmente, quando requerido pelas normas e/ou especificações do cliente, os seguintes critérios devem ser
atendidos, em função da categoria da junta inspecionada:
Circunferencial
Circunferencial
Longitudinal
Longitudinal
Longitudinal
Em chanfro
Em chanfro
Em chanfro
Em chanfro
Em chanfro
Em chanfro
Tipos de
Descontinuidades
Trincas [*] A A A A A A
Falta de Fusão A A A A C A
Falta de Penetração B A A A C A
Mordedura H A A A I A
Concavidade. na raiz K K K K K K
[*]
investigar indicações a partir de 20% da referência
- Onde:
NA - Não aplicável
O comprimento de descontinuidades registráveis deve ser determinado pelo método da queda dos 6dB
nos extremos das descontinuidades.
Deve ser executada uma limpeza final sempre que o acoplante utilizado possa interferir com o processo
subseqüente da peça ou com as condições de serviço da peça. Essa limpeza pode ser feita utilizando-se água e panos
limpos, ou solventes apropriados.
4.16 Requisitos ambientais e de segurança
- Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais e riscos e perigos causados pela atividade de
inspeção em serviço.
- Antes do início dos trabalhos de inspeção dentro de instalações da Petrobrás, deve ser obtida uma permissão de
trabalho, conforme a norma Petrobrás N-2162, onde são definidos os requisitos de segurança para execução dos
trabalhos de inspeção.
Em caso de não-conformidade, comunicar ao órgão gestor da seguridade industrial e meio ambiente.
- Utilizar os EPI’s necessários para a execução dos serviços de inspeção conforme a norma regulamentadora no 6
(NR-6).
- Verificar se os acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados.
- Verificar se os trabalhos de manutenção em paralelo não oferecem risco à segurança.
4.17. Sistemática de registro de resultados
Deve ser estabelecido um sistema para registro do ensaio que forneça uma perfeita rastreabilidade das
juntas soldadas ensaiadas e dos locais das descontinuidades..
4.18 Formulário para relatório de registro de resultados
Deve ser emitido um relatório contendo, no mínimo:
a) nome do emitente;
b) identificação numérica;
c) identificação da peça, tipo, grau, diâmetro, espessura;
d) número e revisão do procedimento;
e) identificação, incluindo número de série, dos aparelhos e cabeçotes utilizados;
f) identificação do registro da calibração da aparelhagem;
g) condição superficial;
h) acoplante utilizado;
i) superfície por onde o ensaio foi realizado;
j) identificação do bloco de referência utilizado;
k) registro de resultados: - nível de resposta; - localização em relação à direção longitudinal da solda; - croqui da
localização aproximada na seção transversal da solda; - identificação e dimensões da descontinuidade; - cabeçote
utilizado na detecção da descontinuidade; - superfície de detecção;
l) normas, incluindo edição/ revisão, e/ou valores de referência para interpretação dos resultados;
O pessoal que executa os ensaios deve ser qualificado de acordo com os requisitos do Cliente. Quando requerida a
certificação de acordo com o SNQC/ABENDI, deve ser de acordo com a norma ABNT NBR NM 9712.
5. DOCUMENTAÇÃO
Não aplicável.
6. ANEXOS
Figura 2
Figura 3
Figura 5
Figura 6
Notas
1 - Os blocos de referência devem ser do mesmo material ou de materiais similares da tubulação a ser ensaiada.
2 - Para ensaiar tubulações com diâmetros de curvatura maiores que 500 mm, blocos planos podem ser utilizados. Para ensaiar
tubulações com diâmetros de curvatura menores ou iguais a 500 mm, os blocos de referência deverão ser curvos, dentro de uma
tolerância de -0,9 a +1,5. Por exemplo, um bloco com diâmetro de curvatura de 200 mm pode ser utilizado para ensaio de
componentes com diâmetro de curvatura entre 180 mm e 300 mm.
3 - A espessura “T” deve estar dentro de 25% da espessura nominal da tubulação a ser examinada.
4- O comprimento mínimo do bloco (L) deve ser 203 mm ou 8T, o que for maior;
5- Para diâmetros externos de 4" ou menores o comprimento mínimo de arco deve ser 270º. Para diâmetro maiores que
4" o comprimento mínimo de arco deve ser 203 mm ou 3T, o que for maior;
6- A profundidade dos entalhes deve ser de 8%T (mínimo) a 11%T (máximo), a máxima largura deve ser de 6,4 mm e
o comprimento mínimo deve proporcionar uma resposta com uma relação sinal/ruído mínima de 3.
Notas:
1 - Bloco do mesmo material ou de material similar ao da peça a ser ensaiada, soldado com o mesmo processo
de soldagem;
2 - Diâmetro dos furos: 2,5 mm (± 0,8 mm);
3 -Localização dos furos: na zona de ligação (± 2 mm);
4 -Profundidade dos furos: conforme desenho (± 2 mm);
5 -Outras dimensões: conforme desenho (± 2 mm).
PERIODICIDADE
Item a ser MÍNIMA
MÉTODO TOLERÂNCIA
Calibrado US – Manual
(ver Notas 3 e 4)
ASTM E 317/ BSI BS EN 12668-3
Linearidade
BSI BS EN 12668-3 item 3.2.1 Semanal
Horizontal item 3.2.1 (Ver I-1) (ver Nota 1)
Aparelho
ASTM E 317/ BSI BS EN 12668-3
Linearidade de
BSI BS EN 12668-3 item 3.2.2 Diária
Controle / Ganho item 3.2.2 (Ver I-2) (ver Nota 1)
BSI BS EN 12668-3
Ponto de Saída do BSI BS-EN 12668-3
item 3.3.1 ou 3.3.3 Diária
Feixe Sônico item 3.3.1
(Ver I-3)
BSI BS EN 12668-3
Ângulo Real do
item 3.3.2 ou 3.3.3 + 2º Diária
Cabeçotes Cabeçote
(Ver I-4)
Perfil do Feixe BSI BS EN 12668-2 + 1º no ângulo de Semanal
Sônico (ver Nota 2) (Ver I-5) divergência do feixe (ver Nota 2)
Alinhamento do BSI BS EN 12668-2 BSI BS EN 12668-2
item 7.9.4.1, alinea b item 7.9.4.2 Mensal
Feixe Sônico
Estado Físico e
Diária
Aspecto Externo
BSI BS EN 12668-3 BSI BS EN 12668-3
Conjunto Aparelho
Sensibilidade e item 3.4 item 3.4
Cabos / Cabeçotes Semanal
Rel. Sinal / Ruído
Duração de Pulso Semanal
Resolução (Ver Nota 6 e item I-6) (Ver Nota 7) Mensal
NOTAS :
1) Não é permitida a utilização de aparelhos que excedam à tolerância.
2) A calibração do perfil sônico só é requerida quando for executado o dimensionamento da altura das descontinuidades.
3) A periodicidade especificada é estabelecida para condições normais de trabalho. Esta periodicidade pode ser alterada em função da
freqüência de utilização, rugosidade superficial e características dos equipamentos.
4) Qualquer reparo ou manutenção na aparelhagem implica na necessidade de nova calibração, independente da periodicidade estabelecida.
5) As calibrações indicadas na tabela devem ser registradas apropriadamente e devem estar disponíveis para apreciação do Cliente.
6) Devem ser utilizados 2 refletores adjacentes, com distância na base de tempo entre os picos maximizados para a altura total da tela,
equivalente a 2 1/4 comprimento de onda.
7) A diferença em amplitude entre o ponto de interseção entre os sinais e o pico do menor sinal descritos na Nota 6 deve ser de, no mínimo, 6 dB.
MÉTODOS:
I.1. VERIFICAÇÃO DA LINEARIDADE HORIZONTAL DO APARELHO : Esta verificação pode ser efetuada utilizando-se um
bloco de calibração padrão, como por exemplo o bloco No. 1 ou No. 2, e um cabeçote normal. A linearidade deve ser verificada
numa faixa de escala ao menos igual à que será utilizada nos ensaios subseqüentes. Se os ensaios forem realizados com cabeçote
angular (ondas transversais), a verificação da linearidade horizontal deverá ser feita numa escala duas vezes maior ao percurso sônico
total, levando-se em consideração a diferença de velocidades das ondas longitudinais e transversais.
- Coloque o cabeçote normal sobre o bloco padrão na posição em que o décimo eco de fundo corresponda a uma faixa maior ou
igual àquela em que se quer verificar a linearidade. Ajuste os controles do equipamento de maneira que o
primeiro eco de fundo coincida com a 5a divisão menor da escala (escala de 50 divisões) e o último com a 50a divisão da escala.
- Posicione cada um dos ecos de fundo, um a um, a uma altura de 80 % da altura da tela. O lado esquerdo de cada eco deve
corresponder a uma divisão da escala múltiplo de cinco.
- Registre qualquer desvio, expressando-o em termos de porcentagem da escala total.
- A tolerância na linearidade horizontal do equipamento ainda permitida é + ou - 2 %.
I.2. VERIFICAÇÃO DA LINEARIDADE DO CONTROLE DE GANHO DO APARELHO. Esta é uma verificação
combinada de duas características que afetam a linearidade do ganho do equipamento: a linearidade do amplificador e a precisão
do controle calibrado. Qualquer bloco padrão de calibração pode ser utilizado, em conjunto com o cabeçote que será empregado
no ensaio subseqüente. A linearidade deve ser verificada com os controles do equipamento (freqüência, pulso de energia, etc.)
posicionados como estarão no ensaio subseqüente.
Posicione o cabeçote no bloco de calibração de forma a obter uma indicação de um pequeno refletor, como por exemplo o furo de 2
mm do bloco No.1.
- Ajuste o ganho para colocar esse sinal a 80% da altura da tela do
aparelho e anote o valor do controle de ganho. Aumente o ganho em
2 dB. O sinal deveria subir a 100 % da altura da tela. Coloque o
ganho no valor original e depois reduza-o em 6 dB. O sinal deveria
cair a 40% da altura da tela. Reduza o ganho por mais 12 dB. O
sinal deveria cair a 10% da altura da tela. Reduza o ganho em mais 6
dB. O sinal deveria cair a 5% da altura da tela Os valores
encontrados não devem estar fora dos valores mostrados na tabela a
seguir.
- Para receber o sinal refletido no furo transversal de 50mm de diâmetro, mova o cabeçote para traz e para frente até maximizar o
sinal do furo. Quando o mesmo estiver maximizado, verifica-se onde coincide o ponto de saída do feixe com a marcação
existente no bloco padrão.
- Os ângulos dos cabeçotes utilizados serão considerados aceitáveis, desde que se situem em + ou – 2 graus do valor nominal.
I.5. ALINHAMENTO DO FEIXE
- Para verificar o desalinhamento do feixe em cabeçote angular, é utilizado o bloco padrão No. 1, um transferidor com raio de pelo
menos 75mm e uma escala (se possível magnética).
- O cabeçote é posicionado, de forma que o eco da aresta do bloco seja maximizado, com movimentos de vai-vem e girando o
cabeçote.
- Com o eco maximizado, uma escala é colocada contra o cabeçote, e esta posição é demarcada com uma linha de referência ao
longo da escala.
- Posiciona-se o transferidor na borda do bloco de forma que faça um ângulo reto.
- O ângulo formado entre a linha de referência ao longo da escala e a linha de referência do transferidor, é o desvio angular
- A tolerância do desvio do desalinhamento do feixe angular é 2 graus máximo.
I.6. RESOLUÇÃO
- posicionar o cabeçote sobre o bloco da figura abaixo, de modo que o eixo do feixe incida em dois refletores simultâneamente; os
refletores devem ter uma separação em percurso sônico de ao menos 2 ¼ comprimentos de onda.
- Os sinais refletidos devem ser ajustados de forma que a amplitude entre eles sejam iguais, aproximadamente a metade da altura
total da tela.
- A resolução será considerada satisfatória, quando os sinais estiverem claramente separados na metade ou abaixo da altura dos
mesmos (6 dB).
I.7. Conjunto
Aparelho / Cabos / Cabeçotes:
a) Estado físico e aspecto externo:
O conjunto aparelho, cabo e cabeçote, deve ser inspecionado visualmente para detectar avarias físicas ou desgastes que possam
influenciar a operação normal do sistema ou sua confiabilidade futura. Em particular, devem ser inspecionados as faces dos
cabeçotes, e para cabeçotes formados por componentes separados, deve ser verificado se os componentes estão montados
corretamente. Verificar também, a estabilidade dos contatos elétricos.
b) Sensibilidade e relação sinal / ruído:
Geral:
O objetivo destas verificações é fornecer ao operador um método simples que permitirá identificar uma deterioração no
desempenho do conjunto aparelho, cabo e cabeçote.
Estas verificações se aplicam à monitoração do desempenho contínuo de uma combinação fixa de aparelhagem que já tenha
previamente demonstrado uma operação satisfatória.
A relação sinal/ruído medida, deve ser comparada com valores de referência (valores-base) estabelecidos para o tipo de
instrumento de ultrassom e cabeçote.
O método para verificação da sensibilidade é simples e não deve ser utilizado para definir a sensibilidade a ser usada durante o
ensaio, a qual deve ser obtida de acordo com os requisitos das normas e especificações aplicáveis. Os furos de 1.5mm do bloco nº
1 (EN-12223) ou de 5mm do bloco nº 2 (EN27963) são apropriados para efetuar as verificações.
A sensibilidade deve ser verificada com os controles relevantes do aparelho de ultrassom (por exemplo: freqüência, pulso,
energia, supressão, freqüência de repetição, escala, etc.) posicionadas da mesma forma, como estavam posicionados na ocasião da
obtenção dos valores base. Da mesma forma, o tipo e comprimento do cabo deve ser o mesmo.