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INSTRUÇÃO DE ENSAIO – LIQUIDOS PENETRANTES

(SOLDADURA)

1. CAMPO DE APLICAÇÃO/DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

1.1. Campo de aplicação

Esta instrução de ensaio destina-se á execução de um ensaio por líquidos penetrantes


coloridos, removíveis por solvente, numa soldadura topo a topo em chapa laminada de
aço carbono com a referência xxx de acordo com a norma EN ISO 3452-1.

1.2. Documentos de referência

EN ISO 3452-1 – Ensaio por líquidos penetrantes – Princípios gerais

EN ISO 23277 - Ensaio de soldaduras por líquidos penetrantes – Níveis de aceitação

2. PESSOAL

Para a execução do ensaio o técnico tem de ser certificado no mínimo em Nível I


segundo a norma EN ISO 9712, e para interpretação de resultados, o técnico tem de ser
certificado no mínimo em Nível II, segundo a norma EN ISO 9712.

3. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

Serão utilizados para o ensaio os seguintes equipamentos e acessórios:

- Solvente CGM Velnet-Solnet R2.60 (limpeza inicial e remoção do excesso de


penetrante)
- Penetrante colorido CGM R2.72
- Revelador liquida não-aquoso CGM 2.82
- Panos limpos, secos e que não libertem fiapos
- Escova de arame
- Fita métrica
- Luxímetro
- Termómetro de contacto

4. ITEM SUJEITO A ENSAIO

Soldadura topo a topo (SER) de chapa de aço carbono, com a ref. xxxxx com
dimensões 300X300mm e 20mm de espessura.

A zona a ensaiar é a largura da soldadura e a zona termicamente afetada, mínimo


10mm para cada lado da soldadura, lado da face e da raiz.
5. CONDIÇÕES DA SUPERFICIE/PREPARAÇÃO DO ENSAIO

5.1. Condições da superfície

As áreas a ensaiar têm de estar limpas de oxidação, óleo, gordura, salpicos de


soldadura, marcas de maquinagem, sujidade, tinta ou outro material que possa afetar a
sensibilidade e resultados do ensaio.

5.2. Preparação do ensaio

Executar o ensaio de acordo com a norma EN ISO 3452-1. A soldadura é com reforço,
não afagada.

Antes do ensaio, limpar a superfície por escovagem com a escova de aço e


desengordurar com aplicação direta do solvente. Após estas operações a peça deverá ser
seca com os panos de limpeza.

6. TÉCNICA E VARIÁVEIS DE ENSAIO

O método a utilizar no ensaio será o de líquidos penetrantes coloridos removíveis por


solvente e revelador liquido não-aquoso (família II-C-e segundo a norma EN ISO
3452-1).
A temperatura da superfície sujeita a ensaio deverá estar entre 10ºC e 50ºC.

Aplicar uniformemente o penetrante por spray na superfície a ensaiar. O tempo de


penetração será entre 15 min e 20 min.
Após o tempo de penetração, remover o excesso de penetrante primeiro, com panos
secos e seguidamente com panos ligeiramente embebidos em solvente. Os panos a
utilizar deverão estar limpos e não devem libertar fiapos. A remoção do excesso de
penetrante deverá ser efetuada com uma iluminância superior a 350 lux na superfície
de ensaio. A secagem da peça é natural.
Após secagem da peça, aplicar por spray uma camada fina e uniforme de revelador.
O tempo de revelação será entre 10 min e 15 min. A avaliação das indicações deverá
ser efetuada imediatamente após a secagem do revelador para melhor caracterizar as
indicações e a avaliação final após decorrido o tempo de revelação. A iluminância
mínima na superfície de avaliação deverá ser no mínimo de 500 lux.
Após o ensaio a peça deverá ser cuidadosamente limpa com solvente de modo a
eliminar todos os resíduos do ensaio realizado.

7. REGISTO DE INDICAÇÕES

Efetuar o registo e caracterização de todas as indicações de acordo com a norma EN


ISO 23277. As indicações registadas deverão ser caracterizadas como lineares ou
não lineares.
Identificar o comprimento e a localização das indicações detetadas relativamente ao
referencial da peça a ensaiar.
8. RELATÓRIO DE ENSAIO

Efetuar o relatório de ensaio com os resultados obtidos segundo modelo


EQSINSPIP008/13. O relatório deverá ter no mínimo a seguinte informação:

a) Informações sobre a peça ensaiada:


- Designação;
- Dimensões;
- Material;
- Estado da superfície;
- Fase de produção;
b) Finalidade do ensaio;
c) Designação do sistema de penetrante utilizado, nome do fabricante, designação do
produto e numero de lote;
d) Instruções de ensaio;
e) Desvios (se houver) das instruções de ensaio;
f) Descrição das descontinuidades detetadas;
g) Local do ensaio, data do ensaio e nome do operador;
h) Nome, certificação e assinatura do técnico do ensaio.

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