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NP

Norma EN 196-3
2017
Portuguesa
Métodos de ensaio de cimentos
Parte 3: Determinação dos tempos de presa e da expansibilidade

Méthodes d’essai des ciments


Partie 3: Détermination du temps de prise et de la stabilité

Methods of testing cement


Part 3: Determination of setting times and soundness

ICS HOMOLOGAÇÃO
91.100.10 Termo de Homologação n.º 109/2017, de 2017-06-06
A presente Norma resulta da revisão da NP EN 196-3:2005
+A1:2009 (Ed. 4)

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da EN 196-3:2016 CT 105 (ATIC)

5ª EDIÇÃO
2017-06-16

CÓDIGO DE PREÇO
X004

 IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101


E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 196-3:2016, foi dado estatuto de Norma Portuguesa em 2017-01-10 (Termo de
Adoção nº 84/2017, de 2017-01-10).
NORMA EUROPEIA EN 196-3:2016
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD novembro 2016

ICS: 91.100.10 Substitui a EN 196-3:2005+A1:2008

Versão portuguesa
Métodos de ensaio de cimentos
Parte 3: Determinação dos tempos de presa e da expansibilidade

Prüfverfahren für Zement Méthodes d'essai des ciments Methods of testing cement
Teil 3: Bestimmung der Partie 3: Détermination du Part 3: Determination of setting
Erstarrungszeiten und der temps de prise et de la stabilité times and soundness
Raumbeständigkeit

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 196-3:2016, e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2016-09-05.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2016 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 196-3:2016 Pt
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Sumário Página

Preâmbulo nacional .................................................................................................................................. 2


Preâmbulo ................................................................................................................................................. 5
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 6
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 6
3 Princípio ................................................................................................................................................. 6
4 Laboratório, aparelhos e materiais ...................................................................................................... 6
4.1 Laboratório ........................................................................................................................................... 6
4.2 Aparelhos e materiais ........................................................................................................................... 7
5. Determinação da consistência normal ................................................................................................ 7
5.1 Aparelhos .............................................................................................................................................. 7
5.2 Procedimento ........................................................................................................................................ 8
6 Determinação dos tempos de presa ...................................................................................................... 9
6.1 Aparelhos .............................................................................................................................................. 9
6.2 Determinação do tempo de início de presa........................................................................................... 11
6.3 Determinação do tempo de fim de presa .............................................................................................. 11
7 Determinação da expansibilidade ........................................................................................................ 12
7.1 Aparelhos .............................................................................................................................................. 12
7.2 Procedimento ........................................................................................................................................ 14
7.3 Relatório ............................................................................................................................................... 14
7.4 Repetição do ensaio .............................................................................................................................. 14
Anexo A (informativo) Método alternativo de determinação dos tempos de presa ............................ 15
Anexo NA (informativo) Correspondência entre as normas europeias referidas na presente
Norma e as normas nacionais .................................................................................................................. 16
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Preâmbulo
A presente Norma (EN 196-3:2016) foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 51 "Cement and building
limes", cujo secretariado é assegurado pelo NBN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em maio de 2017 e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em maio de 2017.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
A presente Norma substitui a EN 196-3:2005+A1:2008.
Em comparação com a EN 196-3:2005+A1:2008, foram introduzidas as seguintes modificações:
‒ na secção 2, foram atualizadas as referências normativas;
‒ na secção 6.2.2 foram adicionadas como notas dados sobre a repetibilidade e a reprodutibilidade;
‒ na secção 6.3.2, o tempo decorrido em minutos foi aproximado aos 5 min;
‒ a Norma foi objeto de uma revisão editorial.
A EN 196 é constituída pelas seguintes Partes sob o título geral de “Methods of testing cement”:
‒ EN 196-1, Methods of testing cement ‒ Part 1: Determination of strength;
‒ EN 196-2, Methods of testing cement ‒ Part 2: Chemical analysis of cement;
‒ EN 196-3, Methods of testing cement ‒ Part 3: Determination of setting times and soundness;
‒ CEN/TR 196-4, Methods of testing cement ‒ Part 4: Quantitative determination of constituents;
‒ EN 196-5, Methods of testing cement ‒ Part 5: Pozzolanicity test for pozzolanic cement;
‒ EN 196-6, Methods of testing cement ‒ Part 6: Determination of fineness;
‒ EN 196-7, Methods of testing cement ‒ Part 7: Methods of taking and preparing samples of cement;
‒ EN 196-8, Methods of testing cement ‒ Part 8: Heat of hydration – Solution method;
‒ EN 196-9, Methods of testing cement ‒ Part 9: Heat of hydration – Semi-adiabatic method;
‒ EN 196-10, Methods of testing cement ‒ Part 10: Determination of the water-soluble chromium (VI)
content of cement.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República Jugoslava da
Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta,
Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Republica Checa, Roménia, Suécia, Suíça e
Turquia.
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1 Objetivo e campo de aplicação


A presente Norma descreve os métodos para a determinação da consistência normal, dos tempos de presa e
da expansibilidade dos cimentos.
Os métodos aplicam-se aos cimentos comuns e a outros cimentos e materiais cujas normas referem este
método. Não se aplica a outros tipos de cimentos, que tenham, por exemplo, um tempo de início de presa
muito reduzido. O método é utilizado para verificar se o tempo de início de presa e a expansibilidade de um
cimento estão em conformidade com a sua especificação.
Esta Parte de Norma descreve os métodos de referência e permite a utilização de procedimentos e
equipamentos alternativos, como indicado em notas, desde que tenham sido aferidos pelos métodos de
referência. Em caso de litígio, só devem ser utilizados os procedimentos e o equipamento de referência.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são, no todo ou em parte, indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última
edição do documento referenciado (incluindo as emendas).
EN 196-1*) Methods of testing cement – Part 1: Determination of strength

3 Princípio
A pasta de cimento de consistência normal tem uma resistência especificada à penetração de uma sonda
normalizada. A água necessária para uma tal pasta é determinada por sucessivos ensaios de penetração em
pastas com quantidades de água diferentes.
O tempo de presa é determinado observando a penetração de uma agulha numa pasta de cimento de
consistência normal até atingir um valor especificado.
A expansibilidade é determinada observando a expansão volúmica de uma pasta de cimento de consistência
normal, indicada pelo deslocamento relativo de duas agulhas.

4 Laboratório, aparelhos e materiais

4.1 Laboratório
O laboratório no qual os provetes são preparados e ensaiados deve ser mantido a uma temperatura de
(20 ± 2) °C e a uma humidade relativa de pelo menos 50 %.
A temperatura e a humidade relativa do ar no laboratório e a temperatura da água nos recipientes devem ser
registadas pelo menos uma vez por dia durante os ensaios.
O cimento, a água e o equipamento utilizados para a confeção e ensaio dos provetes devem estar a uma
temperatura de (20 ± 2) °C.
NOTA: Ver Anexo A para as condições de armazenamento a aplicar na determinação do tempo de presa pelo método alternativo.

Quando forem dados intervalos de temperatura, a temperatura a que os controlos são feitos deve ser o valor
médio do intervalo.

*)
Ver Anexo NA (nota nacional).
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4.2 Aparelhos e materiais


As tolerâncias indicadas nas Figuras 1 e 2 são importantes para o correto funcionamento do equipamento no
procedimento de ensaio. Quando as medições periódicas de controlo mostrarem que as tolerâncias não são
cumpridas, o equipamento deve ser rejeitado, ajustado ou reparado. Os registos de controlo das medições
devem ser conservados.
As medições para aceitação de um novo equipamento devem incluir massa, volume e dimensões indicados
neste documento, tendo em particular atenção as dimensões críticas para as quais são especificadas
tolerâncias.
Nos casos em que o material de que é feito o equipamento puder ter influência nos resultados, o material a
utilizar está especificado e deve ser o utilizado.
As dimensões aproximadas apresentadas nas figuras são fornecidas a título indicativo para fabricantes de
equipamento e operadores. As dimensões que indicam tolerâncias são obrigatórias.

4.2.1 Balança, capaz de pesar com o erro máximo admissível de ± 1 g.

4.2.2 Proveta ou bureta graduada, capaz de medir volumes com o erro máximo admissível de ± 1 ml.

4.2.3 Misturador, conforme com a EN 196-1.


NOTA: Produz-se uma pasta mais homogénea no limite inferior de tolerância da distância entre a pá e a panela.

4.2.4 Água, deve ser utilizada água destilada ou desionizada para confecionar os provetes.

Poderá ser usada água potável para fazer ferver e armazenar os provetes.

4.2.5 Cronómetro, capaz de medir com o erro máximo admissível de ± 1 s.

4.2.6 Régua, capaz de medir com o erro máximo admissível de ± 0,5 mm.

5. Determinação da consistência normal


5.1 Aparelhos
Utilizar o aparelho de Vicat manual representado nas Figuras 1 a) e 1 b), com a sonda representada na
Figura 1 c). A sonda deve ser em metal resistente à corrosão e ter a forma de um cilindro com pelo menos
45 mm de comprimento efetivo e com (10,00 ± 0,05) mm de diâmetro. A massa total das partes móveis deve
ser de (300 ± 1) g. O seu movimento deve ser exatamente vertical e sem fricção apreciável e o seu eixo deve
coincidir com o da sonda.
O molde de Vicat (ver Figura 1 a)) destinado a conter a pasta durante o ensaio deve ser de borracha dura,
plástico ou latão. Deve ser de forma cilíndrica ou preferencialmente troncocónica, com uma profundidade de
(40,0 ± 0,2) mm e deve ter um diâmetro interno de (75 ± 10) mm. Deve ser adequadamente rígido e estar
munido de uma placa de base maior que o molde e com uma espessura de pelo menos 2,5 mm, fabricado em
material impermeável resistente ao ataque pela pasta de cimento, por exemplo, vidro plano.
Poderão ser utilizados moldes de outro metal desde que tenham a altura especificada e a sua utilização tenha
sido aferida em relação ao molde especificado.
Recomenda-se que num laboratório se utilizem placas de base de espessura igual para que a escala do
aparelho de Vicat tenha apenas que ser ajustada uma vez para várias determinações.
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5.2 Procedimento

5.2.1 Amassadura da pasta de cimento


Pesar com o erro máximo admissível de ± 1 g, com auxílio da balança (4.2.1), 500 g de cimento e uma
quantidade de água de, por exemplo, 125 g. Se a água for medida em volume, utilizando a proveta ou bureta
graduada (4.2.2), deve ser medida com o erro máximo admissível de ± 1 ml. Efetuar cada amassadura da
pasta mecanicamente, utilizando o misturador (4.2.3). A duração das várias fases de mistura refere-se ao
momento em que o misturador é ligado/desligado e deve-se manter com a tolerância de ± 2 s.
Com o misturador pronto a funcionar:
a) colocar a água e o cimento no recipiente cuidadosamente, para evitar qualquer perda de água ou de
cimento; a duração desta operação não deve ultrapassar 10 s;
b) pôr imediatamente o misturador a funcionar a velocidade lenta, iniciando a leitura dos tempos das etapas
de mistura. Registar o momento inicial com aproximação ao minuto como “instante zero”;
NOTA: “Instante zero” é o momento a partir do qual são calculados os tempos de início (ver 6.2) e fim (ver 6.3) de presa.

c) ao fim de 90 s parar o misturador 30 s, durante os quais toda a pasta aderente às paredes e ao fundo do
recipiente deve ser retirada com um raspador de borracha ou plástico e reposta no centro do recipiente.
d) voltar a pôr o misturador em andamento a velocidade lenta por um novo período de 90 s. O tempo total de
funcionamento do misturador deve ser de 3 min.
Poderá ser utilizado qualquer outro método na mistura, desde que tenha sido aferido em relação ao método
de referência.
Se a sonda e a agulha com e sem acessório tiverem sempre a mesma massa, por exemplo (9,0 ± 0,5) g, é
suficiente um único peso adicional para cada aparelho de Vicat.

5.2.2 Enchimento do molde


Introduzir imediatamente a pasta no molde ligeiramente oleado, colocado previamente numa placa de base
de vidro ligeiramente oleada, e enchê-lo até apresentar um ligeiro excesso sem compactação nem vibração
excessivas. Eliminar quaisquer vazios na pasta batendo no topo do molde cheio, suavemente, com a palma da
mão. Retirar o excesso de pasta num movimento de serra efetuado com precaução, com um utensílio de
bordos retilíneos, de modo a deixar a pasta encher o molde e ter uma superfície superior lisa.
NOTA: Verifica-se que alguns óleos afetam o ensaio do tempo de presa; óleos de base mineral têm-se revelado adequados.

AVISO A pasta húmida de cimento é altamente alcalina e pode causar queimaduras na pele. Deve-se evitar
o contacto direto com a pele durante as operações manuais pelo uso de luvas protetoras.

5.2.3 Determinação da consistência normal


Ajustar o aparelho de Vicat manual previamente munido da sonda (Figura 1 c)), fazendo descer esta até à
placa de base que vai ser utilizada e ajustando a marca ao zero da escala. Levantar a sonda até à posição de
espera. Colocar o molde e a placa de base, logo após o alisamento da pasta, no eixo da sonda do aparelho de
Vicat. Baixar a sonda com cuidado até que esta entre em contacto com a pasta. Fazer uma pausa de 1 s a 2 s
nesta posição, de modo a evitar uma velocidade inicial ou uma aceleração forçada das partes móveis. Soltar
então rapidamente as partes móveis. A sonda deve penetrar verticalmente no centro da pasta. A libertação da
sonda deve ter lugar 4 min ± 10 s depois do instante zero. Efetuar a leitura da escala pelo menos 5 s depois
do fim da penetração ou 30 s depois da libertação da sonda, conforme um ou outro destes limites de tempo
ocorra primeiro.
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Registar a leitura da escala, que indica a distância entre a face inferior da sonda e a placa de base, juntamente
com o teor de água da pasta expresso em percentagem em massa do cimento. Limpar imediatamente a sonda
depois de cada penetração.
Repetir o ensaio com pastas com teores de água diferentes, até se encontrar uma que conduza a uma distância
de (6 ± 2) mm entre a sonda e a placa de base. Registar o teor de água desta pasta, com aproximação a 0,5 %,
como sendo o teor de água para a obtenção da consistência normal.

6 Determinação dos tempos de presa


6.1 Aparelhos
O aparelho descrito nesta secção é o utilizado para o método de referência. Poderão ser utilizados aparelhos
automáticos de determinação do tempo de presa que cumpram os requisitos do método de referência.
Poderão ser utilizados outros aparelhos manuais ou automáticos para determinação de tempos de presa
baseados nos mesmos princípios, desde que tenham sido aferidos em relação ao método de referência.
NOTA: A experiência demonstrou que o método de referência segundo o qual os provetes são ensaiados debaixo de água não é
indicado para alguns cimentos de presa lenta. No Anexo A é indicado um método alternativo. As especificações para cimentos e
outros produtos estabelecerão quando é utilizado este método alternativo.

6.1.1 Recipiente, para a imersão dos moldes cheios com água mantida a (20,0 ± 1,0) °C durante o
armazenamento.

6.1.2 Câmara de temperatura controlada, consistindo num banho de água ou compartimento, controlado
termostaticamente a (20,0 ± 1,0) °C, adequado para armazenar os recipientes (6.1.1).

6.1.3 Aparelho de Vicat (manual ou automático) para o início de presa


Retirar a sonda e substituí-la pela agulha (Figura 1d)), que deve ser em aço e ter a forma de um cilindro reto
com comprimento efetivo de pelo menos 45 mm e diâmetro de (1,13 ± 0,05) mm. A massa total das partes
móveis deve ser de (300 ± 1) g. O seu movimento deve ser exatamente vertical e sem fricção apreciável e o
seu eixo deve coincidir com o da agulha.
Ajustar o aparelho de Vicat munido previamente da agulha (Figura 1d)), fazendo descer esta até à placa de
base e ajustando a marca ao zero da escala. Levantar a agulha até à posição de espera.

6.1.4 Aparelho de Vicat (manual ou automático) para o fim de presa


Munir a agulha de um acessório anelar de diâmetro aproximadamente 5 mm (Figura 1e)), para facilitar a
observação de penetrações fracas. A massa total das partes móveis deve ser de (300 ± 1) g. O seu movimento
deve ser exatamente vertical e sem fricção apreciável e o seu eixo deve coincidir com o da agulha.
Poderão ser utilizados aparelhos automáticos para determinação do tempo de presa, nos quais a agulha
(Figura 1d)) é utilizada para determinar os tempos de fim de presa, desde que tenham sido aferidos em
relação ao método de referência.
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Dimensões em milímetro

a) Vista lateral mostrando o molde em posição vertical para b) Vista de frente mostrando o molde invertido para a
a determinação do tempo de início de presa determinação do tempo de fim de presa.

c) Sonda para a determinação da d) Agulha para a determinação e) Agulha com acessório para a
consistência normal do início de presa determinação do fim de presa
Legenda:
1 molde 2 pesos corretores 3 placa de base 4 recipiente
5 água 6 orifício de saída de ar 7 orifício de saída de ar 8 vista inferior da agulha com
( Ø ≈1,5) acessório para determinar o tempo
de fim de presa

Figura 1 – Aparelho de Vicat típico para a determinação da consistência normal e dos


tempos de presa do cimento
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6.2 Determinação do tempo de início de presa

6.2.1 Procedimento
Encher um molde de Vicat (ver 5.1) de acordo com 5.2.2, com pasta de consistência normal preparada
segundo 5.2.1.
Colocar o molde cheio e a sua placa de base no recipiente (6.1.1), adicionar água de modo a que a superfície
da pasta fique submersa a uma profundidade de pelo menos 5 mm, e guardar na câmara de temperatura
controlada (6.1.2) a (20,0 ± 1,0) °C.
Quando das medições, colocar o recipiente com o molde e placa posicionado por baixo da agulha do
aparelho de Vicat. Baixar a agulha com cuidado até que entre em contacto com a pasta. Fazer uma pausa de
1 s a 2 s nesta posição de modo a evitar uma velocidade inicial ou uma aceleração forçada das partes móveis.
Soltar então rapidamente as partes móveis e deixar a agulha penetrar verticalmente na pasta. Efetuar a leitura
da escala no fim da penetração ou 30 s depois da libertação da agulha, conforme um ou outro destes dois
limites de tempo ocorra primeiro.
Registar a leitura da escala, que indica a distância entre a extremidade da agulha e a placa de base,
juntamente com o tempo decorrido depois do instante zero (ver 5.2.1). Repetir o ensaio de penetração no
mesmo provete em posições convenientemente espaçadas, a pelo menos 8 mm do bordo do molde ou 5 mm
uma da outra e a pelo menos 10 mm da posição da última penetração e com intervalos de tempo adequados,
por exemplo intervalos de 10 min. Entre os ensaios de penetração, conservar o provete no recipiente dentro
da câmara de temperatura controlada (6.1.2). Limpar a agulha de Vicat logo após cada penetração. Conservar
o provete se for feita determinação do tempo de fim de presa.
O tempo de início de presa do cimento é o tempo decorrido entre o “instante zero” (ver 5.2.1), e o tempo ao
fim do qual a distância entre a agulha e a placa de base é de (6 ± 3) mm, medido com aproximação ao
minuto.

6.2.2 Relatório
Registar, em minutos, o tempo decorrido depois do instante zero, ao fim do qual a distância entre a agulha e
a placa de base é de (6 ± 3) mm, como o tempo de início de presa do cimento, com aproximação a 5 min.
NOTA 1: Podem obter-se erros máximos admissíveis mais baixos reduzindo o intervalo de tempo entre penetrações próximas do
tempo de presa.
NOTA 2: A experiência mostrou que a repetibilidade é 10 % quando expressa como coeficiente de variação.
NOTA 3: A experiência mostrou que a reprodutibilidade é 12 % quando expressa como coeficiente de variação.

6.3 Determinação do tempo de fim de presa

6.3.1 Procedimento
Inverter o molde cheio usado em 6.2 sobre a placa de base, de modo a que os ensaios para determinação do
fim de presa sejam efetuados sobre a face do provete originalmente em contacto com a placa de base.
Mergulhar o molde e a placa de base no recipiente (6.1.1) e guardar na câmara de temperatura controlada
(6.1.2) a (20,0 ± 1,0) °C.
Quando das medições, colocar o recipiente com o molde e placa por baixo da agulha do aparelho de Vicat.
Baixar a agulha com cuidado até que ela entre em contacto com a pasta. Fazer uma pausa de 1 s a 2 s nesta
posição de modo a evitar uma velocidade inicial ou uma aceleração forçada das partes móveis. Soltar então
rapidamente as partes móveis e deixar a agulha penetrar verticalmente na pasta. Efetuar a leitura da escala no
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fim da penetração ou 30 s depois da libertação da agulha, conforme um ou outro destes dois limites de tempo
ocorra primeiro.
Repetir o ensaio de penetração no mesmo provete em posições convenientemente espaçadas, a pelo menos
8 mm do bordo do molde ou a 5 mm uma da outra e a pelo menos 10 mm da posição da última penetração, e
com intervalos de tempo adequados, por exemplo intervalos de 30 min. Entre os ensaios de penetração,
conservar o provete no recipiente dentro da câmara de temperatura controlada (6.1.2). Limpar a agulha de
Vicat logo após cada penetração.
Registar o momento e o tempo a partir do instante zero, ao fim do qual a agulha penetra, pela primeira vez,
apenas 0,5 mm no provete (ver 5.2.1). Este tempo é aquele ao fim do qual o acessório anelar deixa pela
primeira vez de fazer uma marca no provete e poderá ser estabelecido com menores erros máximos
admissíveis reduzindo o intervalo de tempo entre as penetrações aquando da aproximação do fim de presa. O
tempo de fim de presa deve ser confirmado repetindo o ensaio em outras duas posições.

6.3.2 Relatório
Registar, em minutos, o tempo decorrido a partir do instante zero ao fim do qual a agulha penetra pela
primeira vez apenas 0,5 mm no provete como tempo de fim de presa do cimento, com aproximação a 5 min.

7 Determinação da expansibilidade

7.1 Aparelhos

7.1.1 Aparelho de Le Chatelier

O molde deve ser num metal resistente à corrosão com comportamento elástico, por exemplo latão, com
agulhas de medida, e deve ter as dimensões dadas na Figura 2 a). A elasticidade do molde deve ser tal que a
ação de uma massa de (300 ± 1) g, aplicada como indicado na Figura 2 c), deve fazer aumentar a distância
entre as extremidades das agulhas de pelo menos 15,0 mm, sem deformação permanente.
Cada molde deve estar provido de um par de placas, superior e inferior, de material impermeável e resistente
à corrosão, por exemplo, vidro plano. Cada placa deve ser maior que o molde. A placa superior deve pesar,
pelo menos, 75 g; para este efeito poderá ser colocado um pequeno peso suplementar sobre a placa superior.

7.1.2 Banho de água, com possibilidade de aquecimento, capaz de conter os provetes de Le Chatelier
submersos e de elevar a temperatura da água de (20 ± 2) °C até à ebulição em (30 ± 5) min.

7.1.3 Câmara ou armário húmidos, de dimensões adequadas, mantido a (20 ± 1) °C e a pelo menos 90 %
de humidade relativa.
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Dimensões em milímetro

a) Aparelho de Le Chatelier típico para a determinação da expansibilidade do cimento

NOTA: A incorporação dos dois anéis soldados na metade superior do molde, de cada lado da ranhura central, facilita a
desmoldagem do provete de pasta de cimento endurecida depois do ensaio.

b) Aparelho de Le Chatelier típico para a determinação da expansibilidade do cimento


Dispositivo opcional de anéis para a desmoldagem

c) Aparelho de Le Chatelier típico para a determinação da expansibilidade do cimento


Dispositivo para o ensaio de elasticidade
Legenda:
1 ranhura
2 placa superior
3 incremento do afastamento entre as extremidades das agulhas (2 x ≥ 15,0)

Figura 2 – Aparelhos de Le Chatelier típico


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7.2 Procedimento
Preparar uma pasta de cimento de consistência normal. Colocar um molde de Le Chatelier na placa inferior,
ambos ligeiramente oleados, e enchê-lo imediatamente sem compactação nem vibração excessivas,
unicamente à mão e com a ajuda de um utensílio com bordos direitos, se se pretender alisar a superfície
superior. Durante o enchimento, evitar a abertura acidental da fenda do molde, isto é com uma pressão
ligeira dos dedos ou com a ajuda de um anel de borracha adequado.
AVISO 1: A pasta de cimento é altamente alcalina e pode causar queimaduras na pele. Evitar contacto direto
com a pele durante as operações manuais, utilizando luvas protetoras.
Tapar o molde com a placa superior ligeiramente oleada e, se necessário, munida do peso suplementar, e
colocar então imediatamente o conjunto na câmara ou armário húmido. Mantê-lo durante 24 h ± 30 min a
(20 ± 1) °C e a pelo menos 90 % de humidade relativa.
O molde poderá, em alternativa, ser colocado entre as duas placas, se necessário com o peso suplementar,
num banho de água e ser aí mantido durante 24 h ± 30 min a (20 ± 1) °C, desde que este procedimento tenha
sido aferido em relação ao método de referência.
Ao fim do período de 24 h ± 30 min medir o afastamento (A) entre as extremidades das agulhas, com
aproximação a 0,5 mm. Aquecer então gradualmente o molde até à ebulição da água durante (30 ± 5) min e
manter o banho de água à temperatura de ebulição durante 3 h ± 5 min.
Quando se puder provar que a expansibilidade depois de um período de ebulição mais reduzido é a mesma
que ao fim de 3 h, poderá utilizar-se esse período de ebulição mais reduzido.
No fim do período de ebulição, poderá medir-se a distância (B) entre as extremidades das agulhas, com
aproximação a 0,5 mm.
AVISO 2: Deve-se ter cuidado com o manuseamento de provetes quentes.
Retirar do calor e deixar arrefecer o molde até à temperatura ambiente. Medir a distância (C) entre as
extremidades das agulhas, com aproximação a 0,5 mm.

7.3 Relatório
Registar as medidas A e C e calcular a diferença (C – A), com aproximação ao milímetro. Se a
expansibilidade exceder o limite especificado para o cimento, deve repetir-se o ensaio. Anotar o valor de
(C – A), ou a média de dois valores se for efetuado o ensaio de repetição, com aproximação ao milímetro.
Quando se puder provar que as condições do ensaio não conduzem a uma diferença significativa entre as
medidas B e C, poderá anotar-se a diferença (B – A), visto que permite reduzir o tempo necessário para o
ensaio.

7.4 Repetição do ensaio


Se o cimento fresco não obedece às prescrições de expansibilidade especificadas, poderá ser ensaiado de
novo depois de armazenado. Para este efeito, espalhar o cimento numa camada de cerca de 70 mm de
espessura e conservá-lo durante 7 d a (20 ± 2) °C e pelo menos 50 % de humidade relativa. Ensaiar então de
novo o cimento segundo 7.2.
NP
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2017

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Anexo A
(informativo)

Método alternativo de determinação dos tempos de presa

A.1 Princípio
O equipamento utilizado e os procedimentos de preparação dos provetes são os descritos na secção 6 mas
com o requisito adicional de uma câmara ou armário húmido de dimensões apropriadas e mantido a
(20 ± 1) ºC e a uma humidade relativa não inferior a 90 %.
NOTA: As especificações para os cimentos e outros produtos devem estabelecer quando deve ser utilizado este método alternativo.

A.2 Procedimento para determinação do tempo de início de presa


Calibrar o aparelho de Vicat com a agulha, fixada antes do início do ensaio, baixando a agulha até à placa de
base e ajustando o indicador a zero. Subir a agulha para a posição de espera. Encher um molde de Vicat,
como indicado em 5.2.2, com pasta de consistência normal, obtida como indicado em 5.2.1.
Colocar o molde cheio e a placa de base na câmara ou armário húmido e, quando da medição, colocar o
molde, a placa de base e o recipiente por baixo da agulha do aparelho de Vicat.
Baixar a agulha devagar até que fique em contacto com a pasta. Deixar nessa posição entre 1 s e 2 s para
evitar velocidade inicial ou aceleração forçada das partes móveis. Libertar então rapidamente as partes
móveis e deixar a agulha penetrar verticalmente na pasta. Ler a escala no fim da penetração ou 30 s depois da
libertação da agulha, consoante um ou outro destes dois limites de tempo for atingido primeiro.
Registar a leitura da escala, que indica a distância entre a extremidade da agulha e a placa de base, assim
como o tempo desde o instante zero. Recomeçar a operação de penetração sobre o mesmo provete em pontos
regularmente espaçados, situados a pelo menos 8 mm do bordo do molde ou a 5 mm uns dos outros, e a pelo
menos 10 mm do último ponto de penetração, e a intervalos de tempo apropriados, por exemplo, de 10 min.
Entre as operações de penetração, conservar o provete numa câmara ou armário húmido. Limpar a agulha de
Vicat logo após cada penetração. Guardar o provete se o ensaio do tempo de fim de presa tiver que ser
realizado.

A.3 Relatório - tempo de início de presa


Considerar o tempo medido desde o instante zero até ao momento em que a distância entre a agulha e a placa
de base for de (6 ± 3) mm como sendo o tempo de início de presa do cimento, com a aproximação de 5 min.

A.4 Procedimento da determinação do tempo de fim de presa


Inverter o molde vazio e seguir o procedimento descrito em 6.3 com o provete mantido na câmara ou armário
húmido a humidade controlada.

A.5 Relatório - tempo de fim de presa


Considerar o tempo medido desde o instante zero até ao momento em que a agulha penetra pela primeira vez
apenas 0,5 mm no provete como sendo o tempo de fim de presa do cimento, com a aproximação de 5 min.
NP
EN 196-3
2017

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Anexo NA
(informativo)

Correspondência entre as normas europeias referidas na presente Norma e as


normas nacionais

Norma europeia Norma nacional Título


Métodos de ensaio de cimentos – Parte 1: Determinação das
EN 196-1 NP EN 196-1:2017
resistências mecânicas

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