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Artigo TCC Artes
Artigo TCC Artes
RESUMO
Quando a criança brinca de ser outra pessoa, ela está representando, e além da diversão existe
o aprendizado ao repetir as intenções e as ações dos outros. Isto acontece nos gestos, nos
movimentos, nas palavras. O cenário pode ser real ou imaginário. Com a observação e
imaginação se cria novas e fantásticas histórias. A arte de representar é tão antiga quanto a
religião, e porque não dizer, a própria humanidade. Nossos antepassados se utilizavam das
artes cênicas quando praticavam seus ritos de magia ou para louvar aos seus deuses,
utilizando-se de movimentos corporais, pinturas e elementos musicais.A arte é capaz de
transpor o tempo e o espaço, ela tem algo de transcendente, que nos leva para além dos
limites físicos. É possível observar como o ensino religioso e as artes se relacionam,
possibilitando o aprender e ensinar de forma significativa e prazerosa. De uma forma criativa
a arte é um recurso mediador nas aulas de ensino religioso, pois ela não é somente um
elemento formador do patrimônio artístico cultural de uma sociedade, mas também uma
forma de comunicação transmissora de sentimento, entendida e construída como
conhecimento do mundo cultural historicamente elaborada pelo ser criança, jovem e adulto.
ABSTRACT
When the child plays at being someone else, she is representing, and besides the fun is
learning to repeat the intentions and actions of others. This happens in the gestures,
movements, words. The scenario can be real or imaginary. With the observation and
imagination creates new and fantastic stories.The art of acting is as old as religion, and why
not say, humanity itself. Our ancestors used the performing arts when practiced their rites of
magic or to praise their gods, using body movements, paintings and musical elements.
Art is able to overcome time and space, she has something transcendent, that takes us beyond
the physical boundaries.It can be seen as religious education and the arts are related, enabling
learning and teaching in a meaningful and enjoyable.In a creative art is a feature mediator in
religious education lessons, for she is not only a formative element of the artistic culture of a
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Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia do Norte do Brasil ( FACETEN); Licenciada em Ciências
Biológicas pela Instituição UNIASSELVI; Acadêmica do 8º semestre do curso de Ciências da Religião – Furb –
Sistema Parfor. Professora na Rede Municipal de Balneário Camburiú nos anos finais na disciplina de Ensino
Religioso. Bettogil@ibest.com.br
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society, but also a form of communication transmitting feeling understood and constructed as
knowledge of the cultural historically be prepared by children, young and adult.
1 INTRODUÇÃO
2 SABERES DOCENTES
Mas como foi dito anteriormente, o tema trabalhado no estágio teve base nos saberes
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docentes, mas o que vem a ser esse saberes docentes?
Para Tardif (2002), os saberes são plurais, é formado pelos saberes da formação
profissional, curriculares, disciplinares, e experienciais. Aínda Tardif (2002) o professor é
“alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos
conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia e desenvolver um saber
prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos” (p. 39). Além do conhecimento
do conteúdo específico, o professor deve encontrar formas além do tradicional, outras formas
de transferir esses conhecimentos para os outros, uma forma de ensinar que garanta um
aprendizado com sucesso.
Gauthier (1998), aponta dois obstáculos da docência: ´´ De um ofício sem saberes, e
de saberes sem ofício``.
Os saberes relacionados ao conteúdo, e à experiência são essenciais no exercício da
atividade docente, mas "tomá-los como exclusivos é mais uma vez contribuir para manter o
ensino na ignorância" (Gauthier, 1998, p. 25).
De acordo com TARDIF (2002), o trabalho, e o saber se relacionam, sendo que o
saber do professor está implícito na relação dele com seu trabalho na escola e dentro da sala
de aula. ´´O saber é construído de vários momentos da história da vida, ele não surge de
apenas uma fonte, mas de várias, e é impossível não relacionar esses saberes com a pratica
profissional``.
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exprimem o Transcendente visando à superação da finitude humana e que determinam o
processo histórico da humanidade” (FONAPER, 1997, p. 30).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Religioso
(FONAPER, 1997, p.30-31), este componente curricular objetiva:
- “Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno
religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do educando”. A cultura
dos educandos precisa ser respeitada e levada em consideração antes mesmo do professor
preparar seu plano de aula. É necessário fazer um diagnóstico a fim de observar a realidade
religiosa dos alunos. A partir disso podem-se direcionar conceitos que possam agregar como
conhecimento e que o farão conhecer a diversidade.
- “Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial, em
profundidade, para dar sua resposta devidamente informado´´; para isso o educador precisa ter
clareza dos conceitos trabalhados.
- “Analisar o papel das tradições na estruturação e manutenção das diferentes culturas
e manifestações socioculturais’’. O Ensino Religioso deve fundamentar a importância da
cultura do indivíduo, possibilitar uma compreensão de sua cultura para que possa entender o
diferente.
- “Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das
tradições religiosas’’. As tradições religiosas possuem dogmas e diversas formas de entender
o fenômeno religioso. Sendo, assim o Ensino Religioso passa a ter um papel fundamental no
processo de discernimento das convicções religiosas dos educandos.
- “Refletir o sentido da atitude moral, como consequência do fenômeno religioso
expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do Ser Humano’’. A atitude
moral é imprescindível no processo de entendimento do fenômeno religioso. Tal ação leva a
uma consciência crítica a fim de fortalecer seu vínculo religioso e acima de tudo
entendimento sobre o diferente.
- “Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas
religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável’’. A escola como local de
aperfeiçoamento e pesquisa, precisa levar o educando a ter fundamentos que serão subsídios
capazes de entender que o outro tem o direito de pensar e de se expressar de forma diferente.
A diversidade deve auxiliar no processo de fortalecimento de sua fé e também possibilitar o
diálogo inter-religioso.
Assim, o Ensino Religioso, na atualidade da educação brasileira,
manifesta-se como um dos lugares e espaços em que se destacam e
discutem posições sobre o sentido da vida, do ser humano, na
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perspectiva da liberdade do ensino, como forma de construção da
liberdade humana. O Ensino Religioso deve estar atento para essa
questão, pelo fato de haver, nas escolas, diferentes opções e
dimensões de fé. (OLIVEIRA, 2007 p.36)
4 ARTE NA EUCAÇAO
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Está lei diz respeito à capacidade de retroalimentação de um sentimento ou estado emocional
através da fantasia ou imaginação.
Portanto exerce a criatividade, a criação e a apreciação artísticas pressupõe um
comportamento tipicamente humano que auxilia no entendimento da condição sociocultural,
historicamente determinada que nos caracterizem a todos e a cada um de nós sermos de
natureza cultural, criadora, transformadora, simbólica.
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arte, oferecendo condições para a construção de um individuo
autômato independente e critico a arte, portanto, não deveria ser
considerada estratégia, mas essência. (MELO 2005 apud Cava, 2009
p. 96-116).
6 .1 A ARTE DE REPRESENTAR
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A arte Cênica abrange o estudo e a prática de toda forma de expressão que necessita
de uma representação, como o teatro, a música ou a dança. O teatro divide-se em cinco
gêneros: Trágico, que imita a vida por meio de ações completas; Dramático ou drama que
descreve os conflitos humanos; Cômico, ou comédia que apresenta o lado irônico e
contraditório; Musical que é desenvolvido através de músicas, não importando se a história é
cômica, dramática ou trágica e a dança, que se utiliza da música e das expressões propiciadas
pela “mímica”.
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8 BREVE HISTÓRIA DO TEATRO DE BONECOS
Boneco é uma figura humana, animal ou abstrata movimentada de forma manual por
uma pessoa e não por nenhum meio mecânico autônomo, sendo também conhecidos pelo
nome de Títeres. Definição essa que abrange uma enorme variedade de gêneros teatrais e
grande variedade de figuras. Mas nem toda boneca é uma Títeres. Só é considerada Títere a
boneca que é usada para apresentação teatral. Os teatros de Títeres existiram em quase todas
as civilizações e em quase todas as épocas.
Os registros escritos de outras civilizações são menos antigos, mas na China, na
Índia, em Java e em muitas outras do Oriente o teatro de bonecos tem uma tradição tão antiga
que é impossível determinar quando tudo começou. Os norte-americanos e os indígenas usam
tradicionalmente figuras semelhantes às títeres em seus rituais mágicos. Há poucos registros
de títeres na África, mas a máscara é traço importante de quase todas as cerimônias
ritualísticas africanas. Pode-se afirmar que o teatro de títeres ou de bonecos surgiu antes do
teatro escrito.
Há suposições de que o teatro de bonecos é uma forma mais antiga de teatro, que
dele surgiu à arte dramática. Não há comprovações de que essas suposições sejam verdadeiras
ou não. Mas esta provada de que o teatro de bonecos e o teatro humano se desenvolvem lado a
lado, e que muito provavelmente um influenciou o outro.
Esses dois tipos de teatros originam-se na magia, nos rituais de fertilidade, no
instinto humano de representar aquilo que se deseja que aconteça na realidade.
O teatro de bonecos ao longo do seu desenvolvimento foi perdendo essa
característica mágica, que foi substituída por um maravilhado infantil ou por teorias mais
sofisticadas de arte e drama, mesmo para as plateias de hoje o fascínio do teatro esta mais
perto do seu sentido mágico primitivo. Mesmo tendo a origem do teatro humano, o teatro de
bonecos tem características especiais, que garantiram a sua sobrevivência ao longo dos
séculos, e conservaram seu fascínio. Este fascínio do teatro de bonecos encontra-se em um
nível mais profundo, os bonecos possuem traços impessoais. Num teatro impessoal, em que
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não existe a projeção da personalidade do ator, a essência do relacionamento entre interprete e
o público tende a ser estabelecida por outros meios. É necessário ter uma plateia envolvida,
atuante, o espectador não pode ser um mero espectador, ele tem que usar sua imaginação para
projetar na máscara do ator as emoções do drama.
A comunhão entre o ator e a plateia é o coração e a alma do teatro, e essa comunhão
pode se dar uma maneira muito especial.
Existem muitos tipos de bonecos, cada tipo tem suas características especificas, exige
sua linguagem dramática especial. Alguns tipos só se desenvolvem sob determinadas
condições culturais e geográficas.
Os tipos mais comuns são os fantoches, que são bonecos de mão ou de luva, possui
corpo de tecido, que é manipulado com a mão, encaixam-se os dedos na cabeça e nos braços
para movimenta-los. A figura é vista só da cintura para cima e geralmente não tem pernas. A
cabeça pode ser feita de madeira, papel-maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de
feltro.
A vantagem do fantoche de mão é a sua agilidade e rapidez, a imitação é seu
tamanho e os movimentos de braços pouco diferentes.
9 TEATRO DE FANTOCHE
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Os fantoches na era clássica estavam dispostos dentro dos templos e eram bonecos de
grande porte conduzidos durante as procissões de iniciação. É a partir do século VII que ele
se desenvolve, e por causa da semelhança com as feições humanas eram escolhidos para
eventos religiosos.
Os bonecos de vara são figuras manipuladas por baixo, mas de tamanho grande,
sustentadas por uma vara que atravessa todo corpo, até a cabeça. Outras varas mais finas
podem ser usadas para movimentar as mãos e, se necessário, as pernas. O boneco de vara é
adequado a peças de ritmo lento e solene, mas são muitas as suas potencialidades e grande a
sua variedade. Porém é muito exigente quanto ao número de manipuladores, exigindo sempre
uma pessoa por boneco, e as vezes duas ou três para uma única figura.
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Já as marionetes são figuras controladas por cima, normalmente são movimentadas
por cordão ou fios. Os movimentos são feitos por meio de inclinação ou oscilação da cruzeta
de controle, mas os fios são também puxados um a um quando se deseja um determinado
movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios: um em cada perna, um em
cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (para mexer a cabeça) e um a base da
coluna, para fazer o boneco inclinar. Para esta manipulação com muitos fios é uma operação
que exige bastante treinamento. Alguns títerianos acharam que o controle com fios era
indireto demais e muito sem firmeza para obter certos efeitos dramáticos, por isso passaram a
utilizar bonecos de vara. Mas nas mãos de um intérprete sensível a marionete continua sendo
a forma mais delicada e mais exigente da arte do teatro de bonecos.
11 CONCLUSÃO
12 REFERÊNCIAS:
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BRASIL. secretaria de ensino fundamental. parâmetros curriculares nacionais: arte –
brasília, 1997
OLIVEIRA, L.B. et al. Ensino Religioso: no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2007.
175 p. (Coleção Docência em Formação – série Ensino Fundamental).
MARTINS, Miriam C. Aprendiz da arte: trilhas do sensível olhar pensante. São Paulo:
Espaço Pedagógico,
1992
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