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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA

CÍVEL DO CASTNHAL/PA

Distribuição por dependência

Processo nº: XXXXXXXXX


Ação de Execução de Título Extrajudicial

Mel XXXX, brasileira, solteira, auxiliar de cozinha, portadora do RG nº XXXXXX e


CPF nº XXXXXXX, residente e domiciliada na Rua XXXX, CEP: XXXXX, Santa
Isabel/PA, endereço eletrônico XXXXXXXX, vem à presença de Vossa Excelência,
por sua advogada infra firmada, conforme procuração anexa, com fulcro no art.  914 e
seguintes do NCPC, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO movida por Mario XXXX,
já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:

DOS FATOS

Em apertada síntese, o embargado Mário, ajuizou uma ação de execução contra


Mel, embargante, fundado em suposto título executivo extrajudicial, oriundo a
realização de venda de um veículo para Mel, a compra e venda foi feita através de
contrato assinado apenas por um testemunha e reconhecida em cartório. Nela ficou
estabelecido a obrigação de pagar o valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais),
nas tratativas foi acertado da seguinte forma: uma entrada de R$ 15.000,00 (quinze mil
reais) e dez parcelas de R$ 3.000,00 (três mil reais), que seriam depositados todo dia 05
na conta de Mário. O valor da entrada foi devidamente pago no ato da entrega do
veículo e, nos três meses seguinte, as três primeiras parcelas foram devidamente pagas,
assim como corrobora comprovante em anexo No entanto por força da crise econômica
e sanitária da pandemia da COVID-19, Mel perdeu o emprego e não conseguiu pagar o
restante das parcelas. Todavia mesmo com solvência de grande parte da obrigação,
Márcio usa o contrato com título extra judicial em desfavor de Mel no valor integral.

DOS DIREITOS

Inicialmente, há que se ressaltar nulidade dos efeitos do contrato enquanto título


extra judicial, haja vista que o mesmo não cumpriu com o requisito necessário de se ter
a assinatura de duas testemunhas, assim como rege o inciso III, do Art. 784 do NCPC.
Também necessário frisar que por motivo da dívida já ter sido solvida
parcialmente a execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de
obrigação certa, líquida e exigível (Art. 783 do NCPC) , essa obrigação é inexigível em sua
integralidade, sendo objeto de embrago de execução como prever o inciso III do Art.
917 do NCPC, por excesso de execução ou cumulação indevida de execuções que é
impetrado dentro do prazo de 15 dias, Portanto, é cabível o pedido.
DOS PEDIDOS

I. A procedência do Embargo de Execução para o fim de reconhecer, no


mérito, a inexistência de culpa do embargante no que tange o indevida
execução em discussão.
II. a CONDENAÇÃO do Embargado no pagamento dos honorários
sucumbenciais e custas processuais.
III. requer que todas as publicações sejam divulgadas em nome das advogadas
infra-assinadas, Dra. XXXXXXX OAB/BA e Dra. OAB/BA, sob pena de
nulidade.

Provará o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial pela juntada de
documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do Embargado.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Belém, XX/XX/XXXX.
Advogado
OAB nº

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