Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
SETOR DE ESTÁGIO

CAMPUS DE REALEZA
CURSO DE NUTRIÇÃO

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO


ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Elaboração:
Joseane Pereira
Matricula: 1113410028

REALEZA, DEZEMBRO, 2015


2

DADOS DO ESTÁGIO

-Estagiário: Joseane Pereira


-Matricula: 1113410028
-Curso: Nutrição
-Sexo: Feminino
-Idade: 34
-Orientador: Rozane Márcia Triches
-Supervisor: Élister Lilian Brum Balestrin
-UCE: Prefeitura Municipal de Capitão Leônidas Marques
-Vigência do estágio: 07/10/2015 a 31/12/2015.

INTRODUÇÃO

O estágio não obrigatório é uma atividade curricular desenvolvida pelo estudante, de


caráter opcional que visa proporcionar a complementação do ensino e da aprendizagem. Constitui-
se em atividade complementar à formação acadêmica profissional do aluno, realizada por livre
escolha do mesmo, com interveniência da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS.
O estágio visa fortalecer a relação teoria e prática baseado no princípio metodológico de
que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos
adquiridos, quer na vida acadêmica quer na vida profissional e pessoal. Sendo assim, o estágio
constitui-se em importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno na realidade
social, econômica e do trabalho em sua área profissional (BARRETO, 2006).
Entende-se que a inserção dos acadêmicos em seu possível local de atuação, não esteja
voltada apenas para o desempenho técnico específico da sua área de formação, mas sim, espera-se
que as suas competências devem se voltar para a construção de um profissional cidadão competente
técnico, mas sobretudo com uma ampla visão da realidade em que vai atuar estando provido de
elementos para transforma-la (AMORIM, MOREIRA, CARRARO; 2001).
O estágio exerce muitas reflexões sobre o futuro profissional. É muito importante que haja
uma visão crítica desse contexto associada à capacidade de reavaliar o seu potencial de
desempenho, buscando o constante aprimoramento profissional (UFFS, 2010).
A promoção da saúde é um caminho norteador onde são encontradas as ferramentas para a
manutenção da vida (SILVA, 2011). Neste contexto, destaca-se a importância do ambiente escolar
em meio à promoção a saúde, tendo em vista proporcionar a socialização dos indivíduos em
3

sociedade, uma vez que a criança passa a praticar a participação em comunidade. Assim, as
atividades de promoção à saúde podem ser facilmente integradas no trabalho cotidiano (SANTOS,
2012; GOMES, CRAVO, GASPAR, 2010).
Nesse sentido, destaca-se que a escola é reconhecida como um lócus prioritário à formação
de hábitos e escolhas. Sendo o educador um profissional essencial neste meio, criando condições
favoráveis à ampliação dos conhecimentos dos alunos, bem como, estimulando-os a criatividade e o
pensar crítico (BERNARDON, 2009).
Segundo Santos (2012), a escola é um dos espaços mais visados no âmbito do Ministério
da Educação (ME) quanto à promoção a políticas públicas de alimentação e nutrição, e de
promoção à hábitos saudáveis. O ME propõe, por meio da Lei n° 11.947, de 16 de junho de 2009,
que sejam efetivadas ações educativas perpassando o currículo escolar, vindo a abordar o tema
alimentação e nutrição no processo de ensino e aprendizagem, em meio a perspectiva do
desenvolvimento de práticas saudáveis de vida e da segurança alimentar e nutricional (BRASIL,
2009).
Para a realização do estágio remunerado a unidade concedente foi o município de Capitão
Leônidas Marques, localizado na região Oeste do Paraná. Pela Lei Estadual n° 4859, de 28 de abril
de 1964 o local foi elevado à categoria de município, se desmembrando de Cascavel. Com
população estimada em 15.659 habitantes e área territorial de 275,748 km², o município de Capitão
Leônidas Marques apresenta Índice de Desenvolvimento Humano de (IDH) foi de 0,716 no ano de
2010 (IBGE, 2014).
Com a realização do estágio foram desenvolvidas atividades na Secretaria de
Educação/Divisão de Alimentação Escolar e realização do Programa Mais Educação para os alunos do
1º ao 5º ano, matriculados na Escola Professora Terezinha Machado, ambos localizados no
município de Capitão Leônidas Marques.
O estágio deu-se entre o dia 07 de outubro a 31 de dezembro de 2015, com realização de
06 horas diárias e 30 horas semanais. Sendo que o presente relatório tem a função de registrar
atividades desenvolvidas durante a realização do estágio.
O planejamento das atividades foram realizadas em conjunto com a supervisora e a
orientadora de estágio. Tendo como orientadora Rozane Márcia Triches graduada em Nutrição e
com Doutorado em Desenvolvimento Rural, atualmente docente do curso de Nutrição, e da Pós-
Graduação Stricto Sensu em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidade
Federal da Fronteira Sul – UFFS. Supervisora de estágio Élister Lilian Brum Balestrin, graduada
em nutrição, possui Mestrado em Desenvolvimento Regional, atualmente docente da Universidade
Federal da Fronteira Sul e nutricionista Responsável pelo Programa de Alimentação Escolar do
município de Capitão Leônidas Marques/PR.
4

METODOLOGIA

-Unidade Concedente
Estágio realizado no Município de Capitão Leônidas Marques/ Secretária de
Educação/Divisão de Alimentação Escolar.

-Local de estágio
Prefeitura Municipal de Capitão Leônidas Marques/ Secretária de Educação/Divisão de
Alimentação Escolar. Localizada a av. Tancredo Neves 502, centro.
Escola Municipal Professora Terezinha Machado. Localizada a Rua Xambrê 225, centro.

-Horário de realização das Atividades


Segunda-feira a sexta-feira / 08:00-12:00 / 13:30- 15:30

-Descrição de atividades
O estágio iniciou-se em 07/10/2015, tendo como término 31/12/2015. Foram realizadas 30
horas semanais, sendo que destas 24 horas eram realizadas na Divisão de Alimentação Escolar, e 06
horas restantes realizadas na escola Professora Terezinha Machado, onde era desenvolvida com os
escolares do 1º ao 5º ano matutino e vespertino, atividades relacionadas à alimentação e nutrição, a
fim de promover hábitos alimentares saudáveis.
No primeiro mês de estágio/outubro, foram desenvolvidas atividades na divisão de
alimentação escolar, como controle de gêneros alimentícios utilizados e liberação para o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Estadual e Municipal. Auxilio nas atividades diárias
pertinentes a nutricionista dentro da divisão de alimentação escolar.
Planejamento e elaboração de atividades lúdicas sobre alimentação e nutrição para
escolares do 1º ao 5º ano do ensino fundamental integrantes do Programa Mais Educação, onde
durante este mês foi trabalhado com os alunos o tema pirâmide alimentar (Figura 1).
Onde para o melhor desenvolvimento das atividades foram utilizados recursos pedagógicos
como materiais de apoio vídeo-aulas “conhecendo os alimentos com o senhor banana” e
“aprender a comer com o senhor cenoura”, vídeo-aulas animadas e divertidas que teve como
objetivo ajudar as crianças a valorizarem e aumentarem o nível de informação sobre a importância
dos alimentos para a sua saúde e de sua família. Onde foi contemplado o tema alimentação
balanceada e com qualidade (Figura 2).
5

Figura 1: Pirâmide Alimentar trabalhada


com os alunos participantes do Programa
Mais Educação.

Figura 2: Atividade desenvolvida por alunos do Programa Mais Educação da Escola Professora
Terezinha Machado

Com o objetivo de ensinar e mostrar a importância da alimentação saudável, também foi


utilizado a vídeo-aula “Turminha da Merenda”. O vídeo teve como objetivo ensinar os alunos
quais os alimentos fontes de carboidratos, proteínas, gorduras e quais principais nutrientes (Figura 3
e Figura 4).
6

Figura 3: Material utilizado para fixação do conteúdo, complementando a atividade sobre


nutrientes. Fonte: Mergulhão e Pinheiro, 2008.

Figura 4: Atividade realizada por alunos do Programa Mais Educação, complementando a


atividade sobre nutrientes. Fonte: Mergulhão e Pinheiro, 2008.

No segundo mês de estágio/novembro, foram desenvolvidas atividades na divisão de


alimentação escolar, como controle de gêneros alimentícios utilizados na alimentação escolar,
7

liberação para o PNAE Estadual e Municipal. Assim como auxilio nas atividades diárias pertinentes
a nutricionista na divisão de alimentação escolar como auxilio na elaboração de cardápios para
escolares com e sem necessidades especiais.
Planejamento e elaboração de atividades lúdicas para os escolares integrantes do Programa
Mais Educação, onde durante este mês foi trabalhado com os alunos o tema microrganismos (MO),
(Figura 5) onde foram desenvolvidas atividades com o intuito de informar os alunos, com relação a
como os MO se desenvolvem e quais os cuidados devemos ter com relação aos alimentos
perecíveis, não-perecíveis, e higiene pessoal, dando importância a lavagem das mãos (Figura 6)
onde foi apresentado aos alunos imagens de MO, e foi explanado sobre seu desenvolvimento e suas
consequências.

Figura 5: Tema trabalhado com os alunos Microrganismos (MO).


8

Figura 6: Atividade trabalhada com os alunos a respeito de higiene.

Ao final das aulas os mesmos receberam atividades contendo palavras cruzadas, onde
tinham que localizar os alimentos que se deterioravam com maior e com menor facilidade, atividade
com o objetivo de firmar o conteúdo visto em sala (Figura 7 e Figura 8).

Figura 7 e Figura 8: Atividades realizadas pelos alunos do Programa Mais Educação.


Escola Professora Terezinha Machado. Fonte: Mergulhão e Pinheiro, 2008.

Foi utilizado material de vídeo aula sobre “Higiene e Saúde”, “Lavar as mãos” e “Xó
Micróbio” que contém alguns cuidados básicos de higiene para preservar a saúde, com o intuito de
concientizar os alunos a respeito da boa higienização do corpo (Figura 9), onde foi explicado sobre
a importância da higienização para eliminarmos os germes presentes no dia a dia e qual a melhor
maneira para manter as mãos limpas, incentivando os mesmos a sempre lavar as mãos com água e
sabão sempre que possível e necessário.
9

Figura 9: Importância da lavagem das mãos, tema trabalhado com os alunos do Programa Mais
Educação. Escola professora Terezinha Machado.
No terceiro mês de estágio/dezembro, foram desenvolvidas atividades na divisão de
alimentação escolar, como controle de gêneros alimentícios utilizados na alimentação escolar,
liberação para o PNAE Estadual e Municipal. Auxilio nas atividades diárias pertinentes a
nutricionista na divisão de alimentação escolar como auxilio na elaboração de cardápios para
escolares com e sem necessidades especiais.
Planejamento e elaboração de atividades lúdicas e pedagógicas sobre alimentação e
nutrição para os escolares integrantes do Programa Mais Educação. Também foi realizada a aplicação
de avaliação, com intuito de avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos durante este período
onde foram realizadas aulas referente ao Programa Mais Educação. Esta avaliação foi aplicada no
último dia de e aula, onde foi realizada com os alunos a devolutiva da avaliação e foi observado que
os mesmos conseguiram absorver o conteúdo repassado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio realizado na Secretária de Educação/Divisão de alimentação escolar, atendeu


minhas expectativas no que se diz respeito a aprendizagem obtida através dos profissionais
envolvidos.
No decorrer desse período de estágio foram vivenciados alguns desafios que contribuíram
para minha formação acadêmica, tendo em vista que algumas atividades realizadas na divisão de
alimentação escolar, tinham sido vistas durante o estagio obrigatório, porém algumas atividades não
forem aprofundadas, com a realização do estágio não obrigatório pode-se apropriar dessa
aprendizagem de forma mais aprofundada.
E assim, aproveitei o máximo as oportunidades disponíveis, podendo trocar experiências e
idéias com outros profissionais, e podendo superar situações que com certeza são vivenciadas na
carreira profissional.
Com a finalização deste Relatório de Estágio agradeço a minha orientadora professora
Rozane M. Triches e minha supervisora Èlister L. B. Balestrin pela paciência e os ensinamentos que
serão muitos importantes no decorrer da minha vida profissional.
10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, S. T. S. P.; MOREIRA, H.; CARRARO, T. E. A formação de pediatras


e nutricionistas: a dimensão humana. Revista de Nutrição, Campinas, SP, v. 14, n.
2, p. 111-118, 2001.

BARRETO, C S. Relatório do Estágio Supervisionado I. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia – UESB- Departamento de Ciências Exatas. Vitória da Conquista – BA. Janeiro de 2006.
SANTOS, L.A.S. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão.
Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n. 2, p.453-462, 2012.

BRASIL. Lei n° 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação


escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis nos
10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007;
revoga dispositivos da Medida Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 8.913,
de 12 de julho de 1994; e dá outras providências. Presidência da República, 2009.

GOMES, J.C.; CRAVO, L.F. ; GASPAR, P.J.S. “Pensar saudável, Viver saudável”: uma (boa)
prática de Educação para a Saúde baseada na formação pelos pares. In: PEREIRA, Henrique e
outros (ed.) - Educação para Saúde, Cidadania e Desenvolvimento Sustentado. [S.l.]: RM21, 2010.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - Cidades. Dispo nível em:


<http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun>.Acesso em 22 de dezembro de 2015.

MERGULHÃO, E; PINHEIRO, S. Brincando de Nutrição. ed. 02. Editora Metha. Ano: 2008.

Prefeitura Municipal de Capitão Leônidas Marques. Disponível em:


http://www.capitaoleonidasmarques.pr.gov.br/clm/index.php?option=com_content&view=article&i
d=55&Itemid=59. Acesso em 22 de dezembro de 2015.

SANTOS, L.A.S. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão.
Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n. 2, p.453-462, 2012.

SILVA, R.Det al. Mais que educar... ações promotoras de saúde e ambientes saudáveis na percepção
do professor da escola pública. RBPS, v. 24, n. 1, p. 63-72, 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS). Projeto Pedagógico do Curso de


Graduação em Nutrição – Bacharelado. Chapecó, 2010.

Você também pode gostar