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2021_2
PROF. JULIO GUTTERRES
AULA 4
2.3.5 DISJUNTORES
Devem ser sempre instalados acompanhados dos respectivos relés, que são os
elementos responsáveis pela detecção das correntes elétricas do circuito, e que tomam a
decisão de acionamento ou não do disjuntor. O disjuntor sem o acompanhamento dos seus
relés torna-se apenas uma chave de manobra, sem qualquer característica de proteção. A
Figura 1. mostra o esquema de ligação do TC, relé e disjuntor de MT.
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• Ser capaz de fechar um circuito em curto imediatamente após abrir (ou reabrir)
para eliminar este curto circuito (tripfree);
• Suportar os efeitos do arco elétrico, bem como os efeitos eletromagnéticos e
mecânicos do primeiro meio-ciclo da Icc e os efeitos térmicos da corrente estabelecida
(corrente suportável nominal de curta duração);
• Abrir em tempos tão curtos quanto 2 ciclos mesmo tendo permanecido na posição
fechado por vários meses;
• Posição fechada: o equipamento deverá estar apto a interromper a corrente
especificada, em qualquer instante e sem causar sobretensões elevadas;
Com o Disjutor fechado Z = 0 – Impedância “zero” (desprezível)
No caso dos disjuntores a grande volume, com menor capacidade, as fases ficam
imersas em um único recipiente contendo óleo, que é usado tanto para a interrupção das
correntes quanto para prover o isolamento. Nos disjuntores de maior capacidade, o
encapsulamento é monofásico.
Nos disjuntores de pequeno volume, foi projetada uma câmara de extinção com
fluxo forçado sobre o arco, aumentando a eficiência do processo de interrupção da
corrente, diminuindo drasticamente o volume de óleo do disjuntor.
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Figura 2. – Disjuntor a óleo
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O sopro de ar renova o dielétrico e ajuda a diminuir a temperatura na região do
arco. O aumento da densidade do ar melhora a sua rigidez dielétrica e a sua capacidade
térmica, nestas condições a dissipação de calor e a recombinação de elétrons e íons se
realizam mais rapidamente (a constante de tempo de desionização é menor). A
desionização é tão forte que o arco se extingue logo que passa pelo zero de corrente.
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de 200 kV/cm). No entanto essa rigidez cresce muito pouco com a distância, e isso limita
a tensão que pode ser aplicada entre os contatos.
Nos disjuntores a vácuo o arco que se forma entre os contatos é diferente dos arcos
em outros disjuntores, sendo basicamente mantido por íons de material metálico
vaporizado proveniente dos contatos (catodo). A intensidade da formação desses vapores
metálicos é diretamente proporcional à intensidade da corrente, e consequentemente, o
plasma diminui quando esta decresce e se aproxima do zero. Atingindo o zero de corrente,
o espaço entre os contatos é rapidamente desionizado pela condensação dos vapores
metálicos sobre os eletrodos. A ausência de íons após a interrupção dá aos disjuntores a
vácuo as características quase ideais de suportabilidade dielétrica.
Apesar das suas vantagens, o desenvolvimento dos disjuntores a vácuo para altas
tensões permanece na dependência de avanços tecnológicos que permitam compatibilizar,
em termos econômicos, o aumento das tensões e correntes nominal das câmaras a vácuo
e a redução de seus volumes e pesos.