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Resumo:
Abstract:
1 Artigo inicialmente integrante dos anais do III Simpósio Internacional VI Nacional de Tecnologias Digitais
na Educação
1. Introdução
Delimitando o nosso tripé teórico, iniciamos com Muniz Sodré (2018), quando
esse afirma que a comunicação necessita abranger outras formas de produção e trocas
de sentido, que não sejam por meios puramente mecânicos, pois para ele, comunicar
significa agir em comum, ou seja, vincular, relacionar, e organizar os nossos sentidos
nos voltando para o universo que nos cerca, uma dimensão mais ampla, abundante e
anterior ao nosso ordenamento simbólico. Outro ponto importante que o autor traz é a
necessidade de libertar a comunicação dos processos mecânicos e técnicos, sendo
essa uma das causas da fraqueza de seu corpo científico:
Foi uma coisa muito importante porque eu vivia num mundo muito fechado, e
ir pra uma escola em tempo integral e conhecer pessoas diferentes de mim foi
muito importante até pro meu crescimento, falo de cultura, de religiões
diferentes […] A sala de humanas era muito comunicativa, tinha sobre
violência, LGBT, indígena, tudo, todo tipo de comunicação” (Kamila Mirelle
em entrevista concedida em 22/04/2021).
Devido ao exposto, nos encontramos com uma base teórica que ajuda a ver o
campo da comunicação como ferramenta educativa, visto que essa também está
relacionada com a vida prática, como afirmam Braga e Calazans (2001):
4. Educomunicação: A interface
3. Metodologia
Por ser uma pesquisa que está na perspectiva das experiências de vida dos
envolvidos, nos preocupamos em gerar dados informais, ou seja, dados que reflitam as
subjetividades dos entrevistados, como afirmas Bauer e Gaskell (2008):
Ao ser perguntado como foi feita a adaptação das eletivas para o modo
remoto, o professor também mostra como a pandemia interferiu na metodologia do
ensino integral, afirmando que o Projeto de Vida, que tinha total apoio das eletivas,
sofreu com a mudança:
Eu também sou professor tutor, como eles passam o dia todinho na escola,
eles precisam de um horário pra fazer atividade de casa, só que a atividade é
na escola, porque eles chegam cansados em casa e não vão fazer o dever de
casa. É o chamado Estudo Orientado [...] Mas com uma vantagem: na escola
eles têm todos os professores para tirar dúvidas, que em casa eles não têm.
(Professor Francisco Jansen, entrevista concedida em 16/04/2021 )
5. Considerações Finais
Referências
BAUER, Martin W., GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto: imagem e
som: um manual prático. 7.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
BENJAMIN, Walter. O narrador. In: Magia e técnica, arte e política – Obras escolhidas;
v. 1. São Paulo: Brasiliense, 1994.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17º. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação & Educação, São Paulo, (19): 12 a 24,
set./dez. 2000
SODRÉ, Muniz, 1942- As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política / Muniz Sodré.
-2. ed. - Rio de Janeiro: Mauad X, 2018.