Você está na página 1de 32

Curso Regular de Farmácia

Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003


Prof. Cá Cardoso

AULA 20.3

Farmácia–Teoria e Exercícios
Preparações parenterais e aspectos importantes da
RDC 45/2003
Professora Cá Cardoso

1
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

Aula 20.3 – Preparações Parenterais. Aspectos importantes da RDC


45/2003

Caro(a) aluno(a),

Em nossa última aula trabalhamos as formas farmacêuticas sólidas, semissólidas e líquidas.


Entretanto, quando tratamos das soluções, não abordamos as preparações parenterais
(estéreis). Essa aula é reservada para esse assunto e será dividida em 3 partes:

• Aspectos gerais das soluções estéreis;


• Aspectos importantes da RDC 45/2003 (Regulamento Técnico de Boas Práticas de
Utilização das Soluções Parenterais em Serviços de Saúde).

E então, vamos lá?

2
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

PREPARAÇÕES PARENTERAIS

As PREPARAÇÕES PARENTERAIS (injetáveis) são preparações:

livres de pirogênios,
destinadas à
(unidades de
estéreis administração
endotoxina
parenteral
bacteriana)

PIROGÊNIOS:
São substâncias orgânicas produtoras de febre que decorrem de contaminação
microbiana.

Lembre-se que as vias parenterais são aquelas que “fogem” do trato gástrico, tais como: a
intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa.

Vias parenterais – Fonte: Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos – 9ª Edição

O produto farmacêutico é considerado “estéril” quando houve destruição completa de


todos os organismos vivos e seus esporos.

3
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

Esterilidade é a ausência de micro-organismos viáveis.

Há 5 métodos que podem ser usados pela indústria para esterilizar produtos farmacêuticos:

Esterilização Esterilização
Esterilização Esterilização Esterilização
por calor por radiação
por calor seco por filtração por gás
úmido ionizante

Esterilização por calor úmido (vapor) - Faz uso do calor úmido para esterilização (com
uso de autoclave). É o método de escolha quando o medicamento resiste às condições
(altas temperaturas e umidade);

Esterilização por calor seco – É menos eficaz que a esterilização por calor úmido, e
portanto, temperaturas mais altas e períodos mais longos de exposição são necessário. É o
método de escolha quando o medicamento não resiste à umidade mas resiste ao calor;

Esterilização por filtração – consiste na remoção física de microrganismos por adsorção


sobre um meio filtrante ou por mecanismo de peneiramento. É o método utilizado para
esterilizar soluções termossensíveis.

Esterilização por gás – Faz-se uso do óxido de etileno ou óxido de propileno. Método
utilizado para esterilizar determinadas preparações enzimáticas termolábeis e certos
antibióticos.

Esterilização por radiação- realizada por meio de gama e catódicos. A aplicação é limitada
devido à necessidade de um equipamento altamente especializado e aos efeitos da radiação
sobre os produtos.
.

4
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO

Independentemente do método de esterilização empregado, as preparações farmacêuticas


que precisam ser estéreis têm que passar por testes de esterilidade para confirmar a
ausência de microrganismos.

TESTES DE PIROGÊNIOS

1. Testes com coelhos


o Utiliza coelhos sadios que foram mantidos em condições ambientais e de dieta
adequadas antes da realização do teste. As temperaturas normais ou de
controle são tomadas para cada coelho utilizado. Essas temperaturas são
usadas como base para determinar qualquer elevação, resultante da injeção
de uma solução.
o Se nenhum coelho apresentar elevação de temperatura de 0,5ºC ou mais,
após a administração do produto, este atende ao requisito de ausência de
pirogênio.

2. Testes com LAL (amebócitos de Limulus).


▪ Um extrato obtido de células sanguíneas de um crustáceo (Limulus polyphemus)
contém um sistema de proteínas e enzimas que coagula na presença de baixos
níveis de lipopolissacarídeo. Essa descoberta levou ao desenvolvimento do teste do
lisado de amebócitos de Limulus (LAL), para a detecção de pirogênios.
▪ O teste para endotoxinas da USP usa o LAL, sendo considerado mais sensível que
o teste com coelhos.
▪ A FDA aprovou esse teste como substituto ao teste com coelhos, sendo utilizado
para vários produtos parenterais.
▪ Alguns produtos parenterais não podem ser testados pelo método que emprega o
LAL, uma vez que os componentes ativos interferem nos resultados.
▪ Uma estratégia para contornar a interferência de componentes ativos de formulações
parenterais de pequeno volume consiste em diluir o produto em mais de duas vezes
o seu volume.

5
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

Os injetáveis são divididos em cinco tipos gerais:

▪ Injeção: Preparações líquidas constituídas por soluções do fármaco


o Exemplo: insulina injetável.

▪ Pós para injeção: Pós que, com a adição de veículos adequados, geram soluções
que se encontram em conformidade com as exigências referentes aos injetáveis
o Exemplo: Cefuroxima para Injeção.

▪ Emulsão injetável: Preparação líquida de um fármaco dissolvido ou disperso em um


sistema emulsionado adequado
o Exemplo: Propofol.

▪ Suspensão injetável: Preparação líquida de sólidos suspensos em um líquido


adequado
o Exemplo: Suspensão de Acetato de Metilprednisolona

▪ Pós para suspensão injetável: Pós que, com a adição de veículos adequados,
geram suspensões que estão em conformidade com as exigências referentes às
suspensões injetáveis
o Exemplo: Imipenem e Cilastatina para Suspensão Injetável.

6
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

Principais características das soluções e suspensões de fármacos para injeção:

1. Solventes ou veículos devem apresentar os padrões especiais de pureza e outros que


garantam sua segurança após a injeção;

2. Podem conter adjuvantes, corno tampões, estabilizantes e conservantes, que devem


atender às recomendações específicas de uso e são restritos a alguns produtos parenterais;
O USO DE CORANTES É PROIBIDO!!.

3. São sempre esterilizados;

5. São preparados em áreas ambientalmente controladas, sob padrões sanitários rígidos e


por pessoal treinado e paramentado de forma a manter esses padrões.

6. Devem ser acondicionados em recipientes herméticos (impenetráveis ao ar e a água)


especiais de alta qualidade e características específicas.

7. Cada recipiente é preenchido com um volume ligeiramente superior daquele indicado


no rótulo. Esse excesso permite a fácil retirada e a administração do volume indicado.

8. Pós estéreis destinados à preparação de soluções ou suspensões imediatamente antes


da aplicação são frequentemente acondicionados como pós liofllizados para facilitar seu
preparo pela adição de um solvente ou veículo.

9. O solvente mais usado com frequência na preparação de injetáveis em grande escala é a


água para injetáveis. Essa água é purificada por destilação ou por osmose reversa, não
deve ter mais do que 1 mg/100 mL de água para injeção USP - e não pode conter outras
substâncias.

O uso da via parenteral envolve a manipulação prévia de produtos farmacêuticos estéreis,


sendo que a manutenção da condição de esterilidade é fator determinante para a

7
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

segurança do paciente. A manipulação requer a diluição ou a reconstituição desses


produtos, com posterior transferência das soluções (ou suspensões) a dispositivos de
administração parenteral estéreis, como seringa e agulha. Dos dispositivos, os
medicamentos podem ser administrados diretamente ao paciente ou adicionados a soluções
parenterais, para, então, serem administrados ao paciente. A manutenção da esterilidade de
todo esse processo depende fundamentalmente:

da utilização de produtos e do ambiente em


da técnica de
dispositivos previamente que a manipulação
manipulação
estéreis será realizada

Existem três tipos de administração intravenosa:

I.V. direta (bolus) Infusão intermitente Infusão contínua

• É uma administração • O paciente recebe a • O paciente recebe a


rápida. solução injetável com solução injetável com a
medicamentos adição, ou não, de
•O medicamento é adicionados, por curtos medicamentos ou
introduzido na corrente períodos de tempo, eletrólitos, de forma
sanguínea através de uma seguidos de períodos sem ininterrupta e gradativa,
seringa conectada ao infusão. evitando picos de
dispositivo de acesso • Isto possibilita que o concentração de
venoso. medicamento seja medicamentos.
administrado mais diluído
do que seria possível em • Exemplo: droga vasoativas
• Exemplo: ranitidina
uma seringa, e por um (como noradrenalina).
período maior de tempo
em relação à
administração intravenosa
direta.
• Exemplo: antibióticos,
como meropeném.

A indicação de uma delas depende das características do medicamento a ser


administrado e/ou da condição clínica do paciente.

8
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

ESTABILIDADE E COMPATIBILIDADE

As questões de estabilidade e compatibilidade das misturas intravenosas são elementos


críticos na administração apropriada dos medicamentos aos pacientes.

• INSTABILIDADE
o Reações químicas irreversíveis (hidrólise e oxidação) => resultam em
compostos diferentes que podem ser inativos ou tóxicos;

• INCOMPATIBILIDADE:
o Uma mistura intravenosa é dita incompatível quando os fármacos prescritos
não podem ser misturados com segurança;

o Pode ocorrer incompatibilidade entre:


▪ 2 medicamentos;
• Exemplo: Fenitoína x Midazolam
▪ 1 medicamento e uma solução parenteral de grande volume;
• Exemplo: Anfotericina B e Soro Fisiológico a 0,9%;
▪ 1 medicamento e um recipiente.
• Exemplo: insulina e recipientes contendo PVC.

o Pode ser visível ou não (verificada por métodos analíticos).

Métodos para minimização das incompatibilidades:


o Usar preparações recém-preparadas;
o Usar o menor número de aditivos possível;
o Análise de estabilidade/compatibilidade:
▪ Incompatibilidades por pH diferentes (medicamentos ácidos e básicos);
▪ Presença de íons cálcio, fosfato e magnésio=> pode ocorrer formação
de sais insolúveis;
▪ Incompatibilidades com SPGV contendo lactato ou acetato.

ESTERILIDADE

9
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• Esterilidade = ausência de microorganismos viáveis;


• Termo absoluto e não relativo (ou está estéril ou não está).

• O que deve ser estéril:

Soluções Nutrição
Citostáticos Colírios
Injetáveis Parenteral

HOMOGENEIZAÇÃO E SEQUÊNCIA DE ADITIVAÇÃO


• Entre a adição de um aditivo e outro em uma mistura, deve existir
HOMOGENEIZAÇÃO (caso contrário, a alta concentração local de 2 ou mais aditivos
pode levar a degradação de componentes ou formação de precipitado);

• Para evitar degradação/ precipitado:


o Homogeneização entre a colocação de um aditivo e outro;
o Ordem de adição: componentes que possam reagir entre si ficam nos extremos
da sequência;
o Garantia da qualidade: inspeção visual.

IMPORTÂNCIA DA DILUIÇÃO DAS MISTURAS INTRAVENOSAS

• Soluções hipertônicas => podem levar à FLEBITE (dano ao endotélio do vaso);

• Solução hipotônica => LISE das HEMÁCIAS;


o Minimização dessas complicações: soluções isotônicas, administração lenta
em caso de grande calibre;

• Alguns medicamentos quando aditivados a uma SPGV têm sua estabilidade


dependente da concentração (quanto MAIOR a concentração, MENOR a
estabilidade: menor o tempo disponível para administração).

10
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

Importância do pH das misturas intravenosas.


• Sangue: levemente alcalino (pH entre 7,35 e 7,45) -> recomendada a infusão de
soluções de pH próximo ao fisiológico (nem sempre é possível);

• Uma das causas mais comuns de incompatibilidade: associação de 2 medicamentos


que requerem faixa de pH diferentes da solução final para a sua própria
estabilidade.

o Se o pH de uma mistura é inadequado para um medicamento: precipitação,


degradação OU inativação;

• Quando um medicamento com alto poder tamponante é adicionado a um SPGV o


pH da solução será próximo ao do medicamento adicionado (exceção: ringer lactato).

Importância da Luz
• A luz pode levar à degradação fotolítica (oxidação e hidrólise pela luz);
• Quanto MAIOR o comprimento de onda, MAIOR a energia fornecida para degradação
(luz ultravioleta > luz do dia > luz fluorescente).

Interação com o recipiente


• Nas interações entre o medicamento (aditivo) e o recipiente, duas condições podem
ocorrer:
o O aditivo extrai componentes do recipiente PARA a solução => problema:
toxicidade;
o O aditivo se adere à parede do recipiente => problema: diminui a
concentração do medicamento na solução.

AMBIENTE PARA MANIPULAÇAÕ DE ESTÉREIS

• Devem possuir FILTROS HEPA para remoção de partículas e diferenças de


pressão

FILTROS HEPA

11
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• Os Microorganismos podem ser carregados por partículas em suspensão no ar


(tamanho igual ou superior a 0,5 micrômetros);

• Em ambientes para a manipulação de estéreis, a remoção destas partículas


presentes no ambiente é realizada através de filtro de alta eficiência para retenção
de partículas aerotransportadas (filtro HEPA). Trata-se de um filtro descartável com
moldura rígida e que remove 99,97% de todas as partículas do ar maiores ou iguais
a 0,3 micrômetro.

PRESSÃO

Para preparação de estéreis NÃO-citotóxicos:


➔ Sala de preparo tem pressão POSITIVA em relação à antessala
➔ Antessala tem pressão POSITIVA em relação ao ambiente externo

Impede que partículas ENTREM no ambiente

Preparação de citotóxicos (antineoplásicos):


➔ Sala de preparo tem pressão NEGATIVA em relação à antessala
➔ Antessala tem pressão NEGATIVA em relação ao ambiente externo

Impede que partículas SAIAM do ambiente

Quanto à preparação para administração de estéreis em ambiente hospitalar, centralizar


esses procedimentos dentro da farmácia é melhor maneira de alcançar assegurar que os
produtos sejam:
• Terapêutica e farmacologicamente apropriados ao paciente;
• Livre de contaminantes biológicos;
• Livre de partículas e outros contaminantes tóxicos;
• Preparados com exatidão na composição;

12
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• Identificados e dispensados adequadamente

Nesse caso, processos como reconstituições e diluições de medicamentos ficariam à


cargo da farmácia e seriam executados em uma CENTRAL DE MISTURAS. Perceba que
aqui não estamos nos referindo ao processo de produção de um medicamento parenteral (o
que é realizado pela indústria). E sim aos processos necessários para que o produto seja
administrado. Por exemplo: para administração de Claritromicina é necessário que o pó seja
reconstituído com água destilada e que a solução obtida seja diluída em solução fisiológica
de grande volume (por exemplo em 250mL). Quando o hospital possui uma central de
misturas, esses procedimentos são realizados nessa central.

Com a criação de uma CENTRAL DE MISTURAS de medicamentos parenterais:


• Mais passos são inseridos entre a prescrição e a administração => resultado: melhora
do produto final;
• Aumenta segurança dos medicamentos administrados ao paciente;
• Disponibiliza a enfermagem para dedicar-se à assistência (o preparo deixa de ser
realizado por essa equipe).

Quanto maior a complexidade da manipulação, maior será o nível de risco associado


ao processo e, portanto, maiores serão as exigências das condições ambientais, de
treinamento da equipe e de controle de qualidade do produto final. Cada nível estabelece
quais os critérios que devem ser adotados para garantir a qualidade do produto final da
manipulação e são divididos em três grupos:
• Nível 1: Ë baixo risco
• Nível 2: Ë médio risco
• Nível 3: Ë alto risco

13
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

(2013- COSEAC-UFF) - Os medicamentos para uso parenteral devem apresentar algumas


características em relação à esterilidade, ao pH e à ausência de pirogênios. Nesses termos,
assinale a alternativa correta.
(A) O solvente mais usado com frequência na preparação de injetáveis em grande escala é
a água para injeção USP. Essa água deve ser purificada por destilação ou por osmose
reversa e deve satisfazer aos padrões quanto à presença de sólidos totais da Água
Purificada USP, ou seja, não mais de 1mg por 100mL.
(B) O pH dos medicamentos parenterais e oftálmicos deve ser preferencialmente mais
alcalino ou mais ácido em relação ao pH fisiológico.
(C) A água para o preparo de injetáveis pode ser não estéril, desde que a preparação seja
esterilizada depois.
(D) A plasmólise ocorre quando há administração de substâncias hipotônicas em relação
ao meio fisiológico

COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada uma das alternativas:

A- CORRETA

B- ERRADA- O pH dos medicamentos parenterais ou oftálmicos deve ser o mais próximo


possível ao pH sanguíneo, ou seja, as preparações devem ser isotônicos,

C-ERRADA- A água deve ser estéril.

D-ERRADA- Pode ocorrer hemólise (e não plasmólise).

GABARITO: A

14
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

(2016-AOCP-EBSERH/UFPA) - Acerca dos medicamentos parenterais e líquidos


estéreis, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Injetáveis são preparações estéreis, livres de pirogênios e destinadas à administração


parenteral.
b) Pirogênios são substâncias orgânicas produtoras de febre que decorrem de contaminação
microbiana e são responsáveis por muitas das reações febris que ocorrem em pacientes
após uma injeção.
c) Independente do método de esterilização empregado, as preparações farmacêuticas que
precisam ser estéreis têm que passar por testes de esterilidade para confirmar a ausência
de microrganismos.
d) Esterilização por: vapor, calor seco, filtração, gás e radiação ionizante são exemplos de
métodos empregados para esterilizar produtos farmacêuticos.
e) O teste USP para endotoxinas bacterianas utiliza o lisado de amebócito de Limulus (LAL)
e é considerado menos sensível e eficaz que o teste com coelhos.

COMENTÁRIOS: Perceba que a questão solicita a alternativa INCORRETA. Sendo assim,


temos como gabarito a letra E, já que o teste que utiliza o LAL é considerado MAIS sensível
e eficaz do que o teste com coelhos, sendo esse o adotado pela FDA. Note que as demais
alternativas estão corretas, conforme vimos ao longo da aula.

GABARITO: E

Finalizamos aqui a primeira parte de nossa aula. Na próxima seção veremos aspectos
importantes da RDC 45/2003.

15
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

RDC 45/2003 (Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das
Soluções Parenterais em Serviços de Saúde)

Caro aluno, nesse momento de nossa aula estudaremos os principais aspectos dessa
normativa que trata das soluções parenterais nos serviços de saúde. A RDC na íntegra pode
ser consultada no seguinte link:
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/resoluc
ao-rdc-n-45-de-12-de-marco-de-2003

Este Regulamento se aplica a todos os estabelecimentos de saúde voltados a prática de


utilização de soluções parenterais tem como objetivo fixar os requisitos mínimos exigidos
para utilização de Soluções Parenterais - SP, a fim de assegurar que tais produtos, quando
administrados, sejam seguros e eficazes.

DEFINIÇÕES

Nesse primeiro momento, a normativa traz uma série de definições. Vejamos em primeiro
lugar a definição de Solução Parenteral:

• Solução Parenteral (SP): solução injetável, estéril e apirogênica, de grande ou


pequeno volume, própria para administração por via parenteral.

Perceba que a própria definição informa e existência de duas classificações de soluções


parenterais: as de pequeno volume e as de grande volume. Vejamos as definições de cada
uma delas:

• Solução Parenteral de Pequeno Volume - SPPV:


o solução parenteral acondicionada em recipiente com a capacidade inferior a 100 ml

16
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• Solução Parenteral de Grande Volume - SPGV:


o solução parenteral acondicionada em recipiente de dose única, com a capacidade de
100 ml ou mais.

Solução Solução
Parenteral de Parenteral de
pequeno volume grande volume

Inferior 100mL
a 100mL ou mais

Vejamos algumas outras definições importantes trazidas pela normativa:

• Corpo Estranho: corpo não inerente ao produto presente na solução;

• Preparação: ato de misturar, conforme preceitos técnicos, os diversos componentes de


uma prescrição.

• Preparo: ato de misturar medicamentos destinados ao uso injetável, empregando-se


técnicas que assegurem sua integridade microbiológica e seu equilíbrio físico-químico.

• Sistema aberto: sistema de administração de SP que permite o contato da solução


estéril com o meio ambiente, seja:

no momento na adição de na introdução


da abertura do medicamentos de equipo para
frasco ou administração

17
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• Sistema fechado: sistema de administração de SP que, durante todo o preparo e


administração, NÃO permite o contato da solução com o meio ambiente.

• permite o contato da solução com o


Sistema Aberto meio ambiente.

• NÃO permite o contato da solução com


Sistema Fechado o meio ambiente.

• Via parenteral: acesso para administração de medicamentos que alcancem espaços


internos do organismo, incluindo vasos sanguíneos, órgãos e tecido.

ETAPAS DE UTILIZAÇÃO DA SOLUÇÃO PARENTERAL (NP)

Para fim deste Regulamento Técnico a utilização das SP deve abranger as seguintes
etapas:

18
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

1. Aquisição 2. Recebimento 3.Armazenamento

6. Preparação 5. Distribuição 4. Ditribuição

8. Investigação de
7. Administração
Eventos Adversos

A ocorrência de um DESVIO DA QUALIDADE, em qualquer etapa da utilização das SP,


deve ser obrigatoriamente RELATADA e:

Descrita Investigada

• Pela equipe de enfermagem; • pelos serviços de


gerenciamento de risco e de
epidemiologia hospitalar ou
• pela Comissão de Controle de
Infecção em Serviços de Saúde

A ocorrência de qualquer EVENTO ADVERSO envolvendo um paciente submetido à terapia


com SP deve ser obrigatoriamente:

19
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

Relatada Descrita e Notificada


• no momento Investigada • à autoridade
da suspeita • para definição sanitária
de sua causa

Danos, comprovadamente causados por falta de qualidade na utilização de SP, estão


sujeitos às disposições previstas no Código de Defesa do Consumidor, em especial,
independentemente da responsabilidade criminal e administrativa.

Vejamos agora algumas informações importantes trazidas pelas Boas Práticas de aquisição
recebimento e dispensação das SP, presentes no Anexo I dessa normativa.

PRINCIPAIS PONTOS DAS BOAS PRÁTICAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO,


ARMAZENAMENTO, DISTRIBUIÇÃO, DISPENSAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DAS
SOLUÇÕES PARENTERAIS - SP

O farmacêutico responsável técnico deve ser o responsável:

20
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• pela definição das especificações para compra das SP.


1

• pela emissão de parecer técnico para sua aquisição.


2
• pelo estabelecimento das diretrizes e coordenação da
elaboração de documentos normativos para o recebimento,
3 armazenamento, distribuição e dispensação das SP.

As atividades de aquisição, recebimento, armazenamento, distribuição e dispensação das


SP devem ser realizadas por profissionais habilitados e/ou treinados, com
conhecimentos específicos sobre os produtos e fornecedores

Os profissionais devem receber treinamento inicial e contínuo, formalmente estabelecido


em programas dos serviços de saúde. O programa de treinamento deve incluir:

aspectos
noções de instruções sobre transmissão de operacionais e de
qualidade higiene e saúde doenças segurança no
trabalho

ARMAZENAMENTO
As áreas de armazenamento, distribuição e dispensação devem ter capacidade que permita:
• a segregação seletiva e ordenada dos produtos,
• bem como a rotação de estoque

Os ambientes devem ser dotados de lavatórios/pias em número suficiente, com provisão


de sabão, antisséptico e recursos para secagem das mãos, de acordo com recomendações
da Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde.

21
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

As SP devem ser armazenadas diretamente sobre estrados ou em estantes.


Os produtos para pronto uso podem ser armazenados em um armário específico, dentro
da sala/área de serviços;

AQUISIÇÃO
Os critérios de qualidade para a aquisição dos produtos devem ser estabelecidos por
pessoal técnico:
• médico;
• odontólogo;
• farmacêutico;
• enfermeiro;
• podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério dos serviços de
saúde.
Critérios de qualidade= qualificação técnica da empresa + qualificação técnica do produto.

-> regularização junto ao -> Precede a aquisição:


órgão sanitário
-> especificações por pessoal
competente; técnico;
-> atender às Boas
-> atender a normas ou
Práticas de Fabricação; critérios estabelecidos em
-> Certificado de Análise Regulamento Técnico Oficiais.
de cada lote.
RECEBIMENTO

• Realizado por pessoa treinada e com conhecimento específico sobre as mesmas.

• No ato do recebimento deve-se:

o Realizar a inspeção de correspondência entre NF e pedido;

o Verificar condições de transporte (adequação, limpeza, empilhamento,


ausência de produtos incompatíveis e condições de Temperatura quando
necessárias);

22
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

o No caso do Veículo ser inadequado => evitar descarregamento; se não for


possível devolução imediata => carga segregada;

o Caso a embalagem EXTERNA esteja danificada => colocar as SP em


QUARENTENA => aguardar pela substituição ou devolução;

o Qualquer divergência => deve ser analisada pelo farmacêutico;

o Para cada lote -> deve ser exigido um certificado de análise

ARMAZENAMENTO

• Responsável: farmacêutico;

• Deve ser feito de forma ordenada, com a devida separação dos lotes a fim de
garantir a rotação do estoque, observando-se o prazo de validade.

• A SP Deve ser armazenada afastada da parede, sobre estrados, para facilitar a


limpeza, devendo obedecer ao número máximo de empilhamento, segundo
recomendação do fabricante;

DISPENSAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

• Responsável: farmacêutico;

• O farmacêutico, no desempenho de suas funções, deve:

23
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

• elaborar procedimentos escritos orientando a distribuição e


dispensação dos produtos de modo a preservar as suas características,
1 seguindo, inclusive, as recomendações do fabricante.

• orientar, treinar e supervisionar o cumprimento dos procedimentos.


2

• registrar cada medicamento de forma a garantir sua rastreabilidade.


3

• realizar criteriosa avaliação da prescrição ou da requisição de


medicamentos, em casos específicos
4

• No processo de distribuição e dispensação das SP deve ser feita a inspeção visual


para verificar:

o prazo de a integridade do
a identificação
validade acondicionamento

a presença de
corpos estranhos outras alterações
decorrentes de físicas
contaminação

• A SP distribuída e dispensada deve estar acondicionada de maneira que garanta a


sua integridade até o término de sua utilização.

24
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

PREPARO E ADMINISTRAÇÃO
• As atividades de preparo e administração das SP devem ser realizadas por
profissionais habilitados e em quantidade suficiente para seu desempenho, que
devem receber treinamento inicial e continuado.

• Admissão funcionários: deve ser precedida de exames médicos, sendo obrigatórias


avaliações periódicas (programa médico de saúde ocupacional);

• O acesso ao ambiente de preparo das SP deve ser restrito aos profissionais


diretamente envolvidos no preparo;

PREPARO

• Responsável: pode ser atividade individual ou conjunta do enfermeiro e do


farmacêutico.

• Responsabilidade do farmacêutico:
▪ Estabelecer os procedimentos escritos para o preparo das SP quanto ao:

adições de
fracionamento diluições outros
medicamentos

▪ Avaliação da prescrição antes do preparo -> caso necessário modificação, discutir


com o responsável para que ele modifique.

▪ Quando se tratar de SPGV (grande volume), os rótulos devem conter no mínimo:


▪ nome completo do paciente, leito/registro;
▪ nome do produto;
▪ descrição qualitativa e quantitativa dos componentes aditivados na
solução;
▪ volume e velocidade de infusão;

25
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

▪ via de administração;
▪ data e horário do preparo e;
▪ identificação de quem preparou.

▪ Quando se tratar de SPPV, os rótulos devem conter NO MÍNIMO:


• nome completo do paciente, quarto/leito;
• nome dos medicamentos;
• dosagem, horário;
• via de administração e;
• identificação de quem preparou.

• Toda e qualquer alteração observada:


▪ impede a utilização do produto,
▪ devendo o fato ser comunicado, por escrito, aos responsáveis pelo setor e
▪ notificado à autoridade sanitária competente.

Pela complexidade e riscos inerentes aos procedimentos de preparo das SP,


principalmente quando adicionado(s) de outro(s) medicamento(s), o preparo deve se dar em
área de uso exclusivo para essa finalidade.

Na ausência de área de uso exclusivo:


• devem ser elaborados e seguidos procedimentos escritos, que assegurem a
manutenção da esterilidade e a compatibilidade físico-química do produto final.

ADMINISTRAÇÃO
▪ Responsável: enfermeiro;

▪ O enfermeiro deve:
▪ desenvolver, rever e atualizar os procedimentos escritos

26
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

▪ participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação


continuada

▪ As SPGV devem ser administradas em sistema fechado.

▪ A SP deve ser inspecionada antes de sua administração, quanto à:


o Identificação;
o integridade da embalagem;
o coloração;
o presença de corpos estranhos e
o prazo de validade;
o conferência do rótulo.

▪ Verificada alguma anormalidade, deve:


o ser interrompida a administração da SP e;
o comunicada, imediatamente, ao responsável pelo setor, para devidas
providências;
o registrando a ocorrência em livro próprio.

▪ Quando houver perda da via de acesso, a administração da SP só poderá ser


retomada se ficar garantida a sua integridade físico-química e microbiológica.

▪ Sinais e sintomas de complicações devem ser:


o comunicados ao médico responsável pelo paciente e;
o registrados no prontuário do mesmo e em livro de registro

INVESTIGAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS

o Todo evento adverso ocorrido, envolvendo paciente submetido à terapia das SP, deve
ser devidamente investigado com base em registros do problema em questão;

27
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

o A investigação de eventos adversos ocorridos exige SEMPRE a participação irrestrita


de:
o médico(s);
o farmacêutico(s);
o enfermeiro(s);
o da Comissão de Controle de Infecção.

Quando necessário, devem ser envolvidos na investigação:

o fabricante de SP;
o farmácia, drogaria;
o laboratório clínico;
o empresa prestadora de bens e serviços;
o distribuidora e;
o transportadora,

▪ num processo sincronizado de esforços para esclarecimento dos


eventos adversos.

Quando da SUSPEITA de eventos adversos, o serviço de saúde DEVE acionar a


Autoridade Sanitária local para orientar e apoiar as ações de investigação e a tomada das
medidas cabíveis.

Finalizamos aqui esse breve resumo acerca dessa normativa. A seguir trataremos dos
cálculos para preparação das soluções.

Finalizamos aqui essa aula. Não deixe de praticar com a lista de questões abaixo. Bons
estudos e até nosso próximo encontro!

28
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

LISTA DE QUESTÕES

1. (2015-CAIPIMES-Pref. de Mogi das Cruzes/SP) - A produção de formas


farmacêuticas estéreis em hospitais é uma das atividades que podem ser gerenciadas
por farmacêuticos. O local mais apropriado para a manipulação desse tipo de solução é
a central de misturas intravenosas. Sobre esse tema, é possível afirmar que:

a) por serem manipuladas em hospital, essas formulações dispensam estudos de


estabilidade.
b) as soluções parenterais podem ser administradas por bolus, infusão intermitente ou
infusão contínua.
c) as soluções parenterais são formuladas a partir de água esterilizada.
d) quanto mais isotônica for a solução, maior risco de flebite ela pode ocasionar.

2. (2016-AOCP-EBSERH/UFPA) - Acerca dos medicamentos parenterais e líquidos


estéreis, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Injetáveis são preparações estéreis, livres de pirogênios e destinadas à administração


parenteral.
b) Pirogênios são substâncias orgânicas produtoras de febre que decorrem de contaminação
microbiana e são responsáveis por muitas das reações febris que ocorrem em pacientes
após uma injeção.
c) Independente do método de esterilização empregado, as preparações farmacêuticas que
precisam ser estéreis têm que passar por testes de esterilidade para confirmar a ausência
de microrganismos.
d) Esterilização por: vapor, calor seco, filtração, gás e radiação ionizante são exemplos de
métodos empregados para esterilizar produtos farmacêuticos.
e) O teste USP para endotoxinas bacterianas utiliza o lisado de amebócito de Limulus (LAL)
e é considerado menos sensível e eficaz que o teste com coelhos

29
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

3. (2009- COSEAC-UFF/HUAP)- Analise os itens abaixo, sobre a área de preparo de


misturas intravenosas.

I. O preparo das soluções parenterais deve obedecer à prescrição, precedida


de criteriosa avaliação, pelo farmacêutico, da compatibilidade físico-química e
das interações medicamentosas que possam ocorrer entre os seus componentes.

II. Em função da avaliação farmacêutica, sendo preciso realizar qualquer modificação na


prescrição, é de responsabilidade do profissional farmacêutico decidir a alteração.

III. Os produtos empregados no preparo das soluções parenterais devem ser


criteriosamente conferidos com a prescrição médica, bem como inspecionados quanto a
sua integridade física, coloração, presença de partículas, corpos estranhos e prazo de
validade.

Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s)


a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) I, II e III

4. (2016-SUGEPE-UFRPE) - Assinale a alternativa que apresenta exclusivamente


métodos de esterilização utilizados pela indústria farmacêutica para obtenção de formas
farmacêuticas estéreis.
a) Autoclavagem, ultrafiltração e cromatografia de alta eficiência.
b) Calor seco e radiações ionizantes de comprimento de onda maior que 750 nm.
c) Ultrafiltração, radiações não ionizantes com comprimento de onda menor que 350 nm e
calor.
d) Calor, independente do teor de hidratação, radiação não ionizante e filtração por
fluorescência.
e) Calor seco ou úmido, radiações ionizantes e não ionizantes ou filtração

30
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

5. (2009-UFPR)- A criação de uma central de misturas intravenosas centraliza a


responsabilidade pelo preparo, controle e dispensação de misturas parenterais, padroniza a
rotulagem das soluções preparadas e garante uma condição ambiental mais adequada ao
processo de manipulação. A respeito da central de misturas intravenosas, identifique as
seguintes afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Soluções parenterais acondicionadas em recipientes de dose única, com capacidade
inferior a 250 ml, são classificadas como soluções parenterais de pequeno volume (SPPV).
São classificadas como soluções parenterais de grande volume (SPGV) se forem
acondicionadas em volumes iguais ou superiores a 250 ml.
( ) Na administração intravenosa por infusão contínua, o paciente recebe a solução injetável
com medicamentos ou eletrólitos adicionados, por curtos períodos de tempo, seguidos de
períodos sem infusão. Isso possibilita que o medicamento seja administrado mais diluído do
que seria possível em uma seringa, e por um período maior de tempo em relação à
administração intravenosa direta.
( ) A escolha do recipiente para as soluções parenterais deve considerar as particularidades
dos aditivos que farão parte da mistura intravenosa, pois, em alguns casos, podem ocorrer
interações entre os aditivos e o material de que o recipiente é fabricado.
( ) Medicamentos que apresentam pH muito básico ou muito ácido podem ser misturados
em soluções parenterais, pois estas apresentam poder tamponante, aumentando a
estabilidade das soluções.
( ) São classificadas como manipulação de soluções parenterais de nível de risco 1 as que
passam por numerosas e complexas manipulações de componentes estéreis (acima de três
aditivos), aumentando o risco de contaminação do produto final. São associados muitos
riscos às manipulações realizadas através de misturadores automáticos, como é o caso das
soluções de nutrição parenteral.
( ) A validação de processos na manipulação de soluções parenterais é a evidência
documentada que fornece um alto grau de garantia de que um processo específico
produzirá, consistentemente, um produto de acordo com especificações e atributos de
qualidade predeterminados. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de
cima para baixo.
a) F – F – V – F – F – V.
b) F – V – V – V – F – V.

31
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br
Curso Regular de Farmácia
Aula 20.3 – Preparações Parenterais e Aspectos relativos à RDC 45/2003
Prof. Cá Cardoso

c) V – F – F – V – V – F.
d) V – F – F – F – V – V.

GABARITO
1-B 2-E 3-D 4-E 5-A

32
Prof. Cá Cardoso | www.pontodosconcursos.com.br

Você também pode gostar