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Resumo
Notas introdutórias
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Por outro lado, sabe-se que embora a produção de soja contribua na geração de
dividendos para a economia maranhense, a lógica da agricultura moderna não ocorre de
maneira plena e igualitária no referido estado, promovendo a manutenção e o
adensamento de problemas sociais. Sendo assim, o objetivo deste artigo é compreender
a modernização da agricultura brasileira, a partir da análise dos processos socioespaciais
decorrentes da dinâmica do agronegócio da soja no sul do Maranhão.
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voltadas para a pesquisa agropecuária, como a Embrapa, em 1973; a criação do Sistema
Nacional de Assistência Técnica, consolidado em 1960.
Diante do exposto, podemos afirmar que a modernização da agricultura se dá pela
adoção de um modelo econômico “desenvolvimentista” do país, em que o Estado atua
como o principal agente, ao financiar e viabilizar o processo produtivo agrícola cada vez
mais tecnificado. Na década de 1970, recorrentemente o crescimento econômico do país
era confundido com o desenvolvimento social, todavia os segmentos sociais
beneficiados com esse processo correspondem a um grupo seleto da sociedade.
Sobre esse assunto, Oliveira (1998) aponta que o desenvolvimento do capitalismo no
campo ocorre de maneira contraditória, uma vez que se dá de forma desigual e
combinada, acentuando as disparidades socioespaciais presentes no território brasileiro
– tanto no campo, quanto na cidade. Tais contradições do processo de modernização da
agricultura podem ser percebidas a partir das mudanças ocasionadas na estrutura
fundiária, na produção agrícola, nas relações de produção e de trabalho no Brasil.
Ao mesmo tempo em que apresenta um caráter concentrador da propriedade da terra, a
estrutura fundiária brasileira mantém o crescimento das pequenas propriedades, de
modo que se verifica no Brasil a coexistência de grandes e pequenas propriedades
rurais, tendo em vista que as formas de campesinato não foram eliminadas, mas
recriadas de modo a assegurar a reprodução ampliada do capital, a partir de mecanismos
de sujeição do campesinato ao capital. Nesse sentido, Oliveira (1998) afirma que a
reprodução do capitalismo no campo se dá de forma primitiva.
A produção agrícola brasileira se caracteriza, de um lado, pela agricultura moderna, na
lógica do agronegócio, que está voltada prioritariamente para a produção de
commodities, que no caso do Brasil, são a soja, o trigo, a cana-de-açúcar e ainda as
frutas tropicais produzidas nos perímetros irrigados e, de outro, pela agricultura
camponesa, que se dedica principalmente à produção de gêneros alimentícios, como a
mandioca, o milho, dentre outros. Assim, têm-se dois modelos de agricultura, um
caracterizado pela utilização da técnica e do capital, e outra caracterizado pela ausência
da técnica, pela descapitalização dos empreendimentos camponeses e pelo uso da força
de trabalho familiar, que a única coisa que sobra.
Nas últimas décadas, acentua-se a substituição de lavouras alimentícias pela
monocultura com fins de exportação, que torna o camponês ainda mais vulnerável
porque este não detém o controle de sua produção, sendo expropriado, tanto da renda da
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terra gerada com o trabalho da família, como de sua força de trabalho pelo grande
capital, ao sujeitar-se à lógica dos oligopólios, na medida em que especializa sua
produção. Na realidade, o que ocorre é que quando as áreas são incorporadas ao
agronegócio, necessariamente ocorre a substituição das lavouras destinadas ao mercado
interno, pois estas são deixadas a cargo do campesinato.
Ademais, é importante ressaltar que com a modernização da agricultura ocorre um
processo de precarização do trabalho e das condições de vida no campo, em especial
daqueles que não possuíam acesso à terra através da propriedade, bem como se observa
a coexistência de diferentes relações de trabalho – como o assalariamento permanente, o
assalariamento temporário (sazonalidade) e o campesinato.
Considerando as contradições anteriormente explicitadas, Locatel e Azevedo (2008)
sustentam que a modernização da agricultura brasileira apresenta um caráter
conservador e parcial. Trata-se de uma modernização conservadora, na medida em que
mantém e adensa os históricos problemas agrários; e parcial, uma vez que privilegia
determinados segmentos sociais, lavouras e áreas do território.
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Tabela 01 - Evolução da produção da soja no período de 2000 a 2010 no estado do
Maranhão e na microrregião Gerais de Balsas.
Produção de soja (t)
Maranhão Microrregião Gerais de Balsas – MA
2000 454.781 2000 319.688
2001 491.083 2001 347.598
2002 561.718 2002 396.956
2003 660.078 2003 447.393
2004 903.998 2004 583.387
2005 996.909 2005 642.103
2006 931.142 2006 565.194
2007 1.125.094 2007 717.140
2008 1.262.665 2008 751.564
2009 1.211.085 2009 733.055
2010 1.322.363 2010 814.585
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal, 2012.
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Mapa 01 – Produção de soja por mesorregião do estado do Maranhão.
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Ademais, o financiamento da produção de soja no Maranhão é feito parcialmente por
agências bancárias, como o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Bradesco e Santander,
bem como a partir de empresas, como Bunge, Cargil, Multigrain e mais recentemente o
Grupo Algar (Figura 02).
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Figura 04 – Sede da FAPCEN no município de São Raimundo das Mangabeiras –
MA.
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Assim, compreende-se que há uma verdadeira fusão de capital industrial, agrícola,
financeiro; evidenciando que os setores que antecedem e que sucedem a agricultura a
tornam muito mais complexa e desencadeiam, por conseguinte, uma profunda
reestruturação do território.
Nessa perspectiva, admite-se que a modernização da agricultura intensifica a
concentração fundiária, em âmbito nacional, mas também no estado do Maranhão,
conforme verificado, por exemplo, no município de São Raimundo das Mangabeiras
(MA) (Mapa 02).
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total, o que equivale a 18.845 hectares de terra. Ao passo que os médios e grandes
estabelecimentos, que correspondem a 228 propriedades, concentram mais de 84,2%
das terras agricultáveis do município, ou seja, totalizam 100.424 hectares de terra.
Diante do exposto, é possível verificar as disparidades na distribuição das terras e na
organização do espaço rural do município de São Raimundo das Mangabeiras. Os
estabelecimentos agropecuários de médio e grande porte, que correspondem a menor
parcela de proprietários rurais no município, detêm a maior parte das terras, ao passo
que os demais proprietários ocupam uma área insuficiente para viabilizar a produção
agrícola, de modo a proporcionar condições adequadas de vida aos agricultores
camponeses.
Verifica-se, portanto, que 70,1% dos estabelecimentos são pequenos, 28,5% são médios
e 1,3% são grandes e ocupam, respectivamente, 15,8%, 43,3% e 40,8% da área total de
estabelecimentos agropecuários do município. Ou seja, o acesso a terra se dá de forma
desigual em São Raimundo das Mangabeiras e esse grau de concentração fundiária,
evidenciado pelos dados anteriormente explicitados, permite afirmar que a estrutura
fundiária que está em vigência no município é injusta, uma vez que a distribuição e o
tamanho dos imóveis rurais privilegiam alguns segmentos sociais, em detrimento de
outros.
O processo de modernização da agricultura no sul do Maranhão, assim como em todo o
território brasileiro, ocorreu sem que fosse alterada a injusta e desigual estrutura
fundiária, portanto, a má distribuição de terras associada ao modelo de agricultura
adotado no Brasil adensou as desigualdades e problemas sociais no campo e na cidade.
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Desse modo, dentre os esforços feitos para promover a implantação do agronegócio da
soja no sul do Maranhão, fazia-se necessário mudar a estrutura fundiária, de acordo com
os interesses do capital. Para tanto, parte considerável da população rural foi
expropriada das terras em que trabalhavam, ocorrendo assim um processo de
desestruturação do território, marcado pela expressiva expulsão de camponeses e pela
acentuada grilagem de terras.
Contudo, cabe lembrar que tal processo não abrangeu todo o território do sul do
Maranhão, na medida em que na atualidade verificam-se continuidades e permanências.
Ou seja, pode-se perceber que essa reestruturação territorial – expansão do agronegócio,
em detrimento do campesinato – ocasionou a precarização do trabalho e das condições
de vida da população camponesa, bem como a reprodução da pobreza no campo e na
cidade.
No intuito de evidenciar que o agronegócio da soja no sul do Maranhão foi viabilizado
em decorrência do processo de expropriação das terras que pertenciam à população
camponesa, Botelho (2010) explica que a partir da década de 1970, dentre os programas
criados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), destaca-se
o PROTERRA, que destinou 80% do crédito subsidiado para o financiamento de
grandes projetos, sobretudo para grandes empresários pecuaristas, ao passo que
nenhuma terra foi distribuída aos pequenos produtores.
De acordo com Botelho (2010) os grandes projetos agropecuários implantados no sul do
Maranhão criaram a base material responsável pela modernização desse território,
tornando-se fator essencial à posterior expansão da soja, uma vez que havia assegurado
o controle da terra, bem como a criação de infraestrutura.
Além do PROTERRA, Locatel (2004, p. 305) expõe que outro programa – o “Programa
de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento do Cerrado” (PRODECER) –
em muito contribuiu para o uso e ocupação da terra no cerrado. Mesmo não tendo
atingido seu objetivo de “estimular a implantação de agricultura moderna e eficiente
para o desenvolvimento da região do Cerrado, mediante o assentamento de agricultores
sem terra, com visão empresarial, organizados em cooperativas e em unidades de
produção de médio porte, com a utilização de processo produtivo embasado na
sustentabilidade” (MAPA, 2004), modernizando principalmente os grandes produtores,
de modo que como resultados, desencadeou “o avanço da mecanização e do uso de
insumos, que alterou a base técnica do processo produtivo, modificando as relações
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sociais de trabalho. Todavia aumentou a concentração fundiária e acentuou os
problemas sociais” (LOCATEL, 2004, p. 306), desconsiderando e negando a população
que já ocupava o cerrado.
Nessa perspectiva, concorda-se com Hespanhol (2008, p. 12) quando este afirma que
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economia maranhense, o uso de máquinas se intensifica, tornando parte considerável da
população local, que outrora trabalhava na atividade agrícola, desempregada.
Os novos moldes de produção exigem que a mão de obra tenha um nível de qualificação
mais elevado, portanto apenas uma parcela insignificante da população local é absorvida
pelo agronegócio da soja, portanto, sendo que a maior parte da mão de obra contratada
provém de outras regiões, principalmente das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Dado o caráter parcial do agronegócio, a força de trabalho não é completamente
substituída por máquinas no processo produtivo. O desenvolvimento do capitalismo no
campo não elimina as relações de trabalho não capitalistas, mas ao contrário, torna
ainda mais complexo o trabalho na agricultura brasileira, em razão da coexistência de
trabalhadores assalariados permanentes, trabalhadores sazonais, trabalhadores familiares
(não assalariados) e, não raro, trabalhadores escravos ou forma análoga2.
Nesse sentido, a modernização da agricultura ocasionou o acirramento da precarização
dos trabalhadores rurais, visto que a incorporação de máquinas desencadeou a
intensificação da jornada de trabalho, uma vez que aumenta a produtividade do
trabalhador, ao passo que adensa a precariedade das condições de vida do mesmo.
Com a modernização da agricultura, dá-se a emergência de um novo sujeito: o boia-fria.
Esse sujeito social consiste no trabalhador temporário, que recebe um pagamento
proporcional à sua produtividade e geralmente não possui seus direitos trabalhistas
assegurados, se configurando assim em uma das relações de trabalho mais perversas que
o modo de produção vigente cria e recria para permitir a reprodução ampliada do
capital.
Na mesorregião Sul maranhense há um total de 59.440 trabalhadores em
estabelecimentos agropecuários, dos quais 48.838 possuem laço de parentesco com o
produtor e 10.602 não possuem nenhum laço de parentesco com o produtor, mas apenas
o vínculo empregatício.
No que tange especificamente à categoria de trabalhadores que possuem laço de
parentesco com o produtor, verifica-se que 29.393 trabalhadores desse total estão
situados em pequenos estabelecimentos, ou seja, 60,1%. Já nos estabelecimentos
agropecuários de médio porte, encontram-se 25,5% dos trabalhadores, o que equivale a
12.481 do total. E no que se refere aos grandes estabelecimentos, por sua vez, estes
totalizam 14,2% dos trabalhadores, e em números absolutos 6.964.
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Os trabalhadores que estão situados em pequenos estabelecimentos e que possuem
vínculo familiar com o produtor constituem a maior parte desse grupo de trabalhadores,
pois destes 29.393 trabalhadores com esse perfil, um total de 25.849, ou seja, 87,9%
residem no estabelecimento em que trabalham. Além disso, apenas 8% desses
trabalhadores recebem salário e 2,5% possuem qualificação profissional. Portanto,
podem ser caracterizados como trabalhadores de agricultura camponesa, uma vez que se
considera o camponês enquanto um sujeito coletivo, em razão de o trabalho familiar ser
indispensável para sua reprodução social (MOURA, 1986).
Entretanto, os demais trabalhadores com laço de parentesco, que correspondem a 39,7%
do total, estão localizados em estabelecimentos de médio e grande porte, e equivalem
em números absolutos a 19.445 pessoas. Destes, 85,6% residem no estabelecimento,
totalizando 16.654 trabalhadores, contudo apenas 4% recebe salário como forma de
pagamento pelo trabalho realizado e 1,6% possui qualificação profissional. Nesse caso,
esta categoria de trabalhadores pode ser considerada representativa da figura do
morador, que em troca de moradia e alimentação – condições mínimas que garantam
sua reprodução social – realizam tarefas no estabelecimento em que residem.
No entanto, quando se trata do pessoal ocupado em estabelecimentos agropecuários que
não possui laço de parentesco com o produtor, verifica-se um total de 10.602
trabalhadores, dos quais 4.677 se encontram em pequenos estabelecimentos, 3.231
situam-se em estabelecimentos médios e 2.694 estão localizados em grandes
estabelecimentos, correspondendo, respectivamente a 44,1%, 30,4% e 25,4% do total
dessa categoria de trabalhadores.
Em relação a esse grupo de trabalhadores que não possui vínculo familiar com o
produtor, constata-se que apenas 2.777 trabalhadores residem nos estabelecimentos.
Desse modo, os pequenos estabelecimentos concentram apenas 659 trabalhadores, ou
seja, 23,7% do total e apenas 85 trabalhadores possuem qualificação profissional, que
representam 16,4% destes.
Já nos médios estabelecimentos, por sua vez, constata-se que 1.301 trabalhadores
residem nestes estabelecimentos, o que corresponde a 49%, e apenas 85 possuem
qualificação profissional.
Os grandes estabelecimentos concentram 757 trabalhadores que residem nas
dependências do seu local de trabalho ou em números relativos 27,7%, e 348
trabalhadores com qualificação profissional ou 67,1% da força de trabalho empregada.
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Ou seja, nos grandes estabelecimentos opta-se, sobretudo, pela contratação de mão de
obra qualificada, devido à forte mecanização que reduz os gastos com força de trabalho.
Contudo, constata-se que do total de 10.602 trabalhadores em estabelecimentos
agropecuários que não possuem vínculo familiar, 7.307 são trabalhadores temporários,
ou seja, 68% dos trabalhadores.
Dessa forma, mesmo nos setores mais modernos da agricultura, como no caso da
produção de soja, identifica-se a permanência de traços tradicionais, por isso se faz
necessário nas épocas de plantio e de safra a contratação de trabalhadores volantes – os
boias-frias – que são, por sua vez, marginalizados, por não se inserirem nas atividades
produtivas urbanas de forma plena e porque como não encontram alternativa, sujeitam-
se às relações de trabalho de super exploração.
É importante então ressaltar que ainda na primeira metade do século XIX, o vale o rio
Itapicuru, no sul do Maranhão, correspondia a uma zona produtora de algodão, que fazia
uso de intensa mão de obra escrava. Assim, Andrade (2011, p. 229) destaca que “o
tratamento dado aos escravos, considerados peças caras e que deveriam repor, em
poucos anos, o investimento feito pelos fazendeiros ao adquiri-los, era muito duro,
fazendo-os trabalhar de 12 a 14 horas por dia”.
Ou seja, se num primeiro momento o sul do Maranhão e, mais especificamente a
microrregião Gerais de Balsas, destinava-se à cotonicultura com utilização de mão de
obra escrava, na atualidade a produção de soja mantém contraditoriamente o tipo de
relação de trabalho mais precário na atualidade (sazonal), evidenciando o caráter
conservador da modernização do latifúndio. Diante do exposto, concorda-se com
Rodrigues e Alencar (2011, p. 28) quando estes colocam que
Portanto, o que se constata é que o Estado tem buscado de maneira efetiva a inserção
cada vez maior e mais competitiva das áreas produtoras de soja no sul do Maranhão no
mercado internacional, utilizando-se do discurso desenvolvimentista de que os grandes
projetos agroindustriais da soja podem promover o equacionamento da pobreza.
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Considerações finais
Notas
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1
Adota-se o conceito de território a partir da compreensão de Raffestin (1993, p. 144), quando este
afirma que o território consiste em “um espaço onde se projetou um trabalho, seja energia e informação, o
que, por conseqüência, revela relações marcadas pelo poder”. Nesse sentido, ao se apropriar de uma
porção do espaço, os diferentes grupos sociais o delimitam, a fim de exprimir as relações que mantêm em
sua escala de poder.
2
Em entrevista realizada com um trabalhador sazonal, o mesmo afirmou que não se considerava
prejudicado com o avanço da produção de soja no município de São Raimundo das Mangabeiras (MA) e
também não percebia relação entre a estrutura fundiária e a pobreza no referido município. Contudo,
declarou que é contratado principalmente no período de plantio da soja e que complementa a renda
familiar com esta atividade. Além disso, sobre as condições de trabalho o mesmo relata: “eu não reclamo
de trabalhar, não sou preguiçoso. Mas é um trabalho duro, a gente passa muitas horas sem comer, não
pode parar. E tem que se esforçar mais agora que quase todas as fazendas já tem a máquina”.
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Referências
BOTELHO, Raimundo Edson Pinto. SILVA, Aldo Aloísio Dantas da. Políticas
públicas e reestruturação do território maranhense a partir da produção de soja
no período técnico-científico-informacional. Disponível em:
http://www.nilsonfraga.com.br/anais/BOTELHO_Raimundo_Edson_Pinto.pdf. Acesso
em: 08 de novembro de 2011.
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MOURA, Margarida Maria. Os Camponeses. 2 ed. São Paulo: Ática, 1986.
RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Editora Ática, 1993.
Série – Temas V.29. Geografia e Política. Tradução Maria Cecília França.
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