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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAPUS UNIVERSITARIO DE GURUPI


ENGENHARIA FLORESTAL

Luria Nayara Queiroz

PRÉ PROJETO DE VIVEIRO FLORESTAL DE Tectona grandis (Teca)

GURUPI- TOCANTINS
JUNHO DE 2021
PRÉ PROJETO DE VIVEIRO FLORESTAL DE Tectona grandis (Teca)
As áreas de viveiros de mudas florestais estão relacionadas à conservação e
ampliação da cobertura vegetal, inclusive em áreas degradadas, criando
possibilidades de utilização sustentável de recursos naturais, bem como alternativas
de trabalho e renda. As florestas são fundamentais para a vida no planeta, pois além
de fornecerem insumos para a vida dos seres vivos, madeira para a produção de
papel, combustíveis, alimentos e plantas medicinais, também armazenam carbono,
ajudam a regular o clima, reduzem o impacto de inundações e deslizamentos de terra.
As florestas plantadas alcançam produtividade maior em relação às florestas naturais,
ampliando oportunidades futuras para o crescimento econômico e o emprego a partir
da nova economia verde. Com a baixa oferta de madeiras nativas, o plantio de mudas
florestais se torna uma opção das mais interessantes em razão da consciência
ecológica que as pessoas estão assumindo de forma crescente, além das novas leis
ambientais brasileiras que impõem grandes multas ao desmatamento, e a pressão de
organismos e mercados internacionais contra os produtos de origem florestal
originários de matas nativas. Além da possibilidade de retorno financeiro do
investimento com viveiros de mudas florestais, torna-se interessante a utilização de
áreas íngremes, solos degradados, áreas em processo de desertificação e impróprias
para agricultura, o que valoriza o terreno na dimensão estética e financeira. O setor de
base florestal atua basicamente em seis cadeias de produtividade, como a lenha e
carvão, a madeira sólida, o papel e celulose, os painéis reconstituídos, os produtos
não madeireiros e os serviços ambientais. Ao montar um viveiro de mudas, a fase de
planejamento é muito importante. As instalações necessárias e a quantidade de
mudas que se projeta produzir dependerão do objetivo do viveirista ou mesmo da
comunidade envolvida na sua construção. O viveiro é o ambiente e o local onde
germinam e se desenvolvem todo tipo de planta. É nele que as mudas serão cuidadas
até adquirir idade e tamanho suficientes para serem levadas ao local definitivo, onde
serão plantadas. Os viveiros contam com diferentes tipos de infraestrutura, que vão
depender do seu tamanho e de suas características. A falta de conscientização
ecológica na exploração dos recursos florestais tem acarretado prejuízos irreparáveis
ao meio ambiente, alterando os ecossistemas e danificando a cadeia alimentar. Das
florestas primárias só foi valorizada a madeira, mesmo assim apenas de algumas
poucas espécies. Nenhum valor era atribuído aos produtos não madeireiros e os
serviços ambientais das florestas eram ignorados ou desconhecidos. No Mato Grosso
o relevo predominante é plano, com a existência de baixas altitudes, planaltos, morros,
chapadas, serras, elevações, depressões, planícies e rochas sedimentares, a
vegetação do estado o cerrado e o Pantanal. A região em que o projeto de viveiros
será realizado está localizado mais ao sul de Cuiabá, (capital do estado), e é
caracterizado por árvores baixas e retorcidas, florestas de galeria, além da
predominância de arbustos. O objetivo da IMPLANTAR VIVEIROS nessa região é a
realização do planejamento para a implantação de um viveiro permanente com
produção de mudas utilizando a técnica de porta-enxerto da espécie de Tectona
grandis (100.000,00 de mudas/anos) para fins comerciais. A teca é uma árvore de
grande valor econômico. Sua madeira é leve, resistente ao ataque de cupins e fungos
e de cor castanho-dourada, sendo utilizada na construção naval, na fabricação de
móveis finos, estruturas, painéis, dormentes entre outros. Seu crescimento é rápido
nos primeiros anos e os melhores resultados econômicos são alcançados a partir dos
25 anos de plantio. A localização do experimento em questão será realizada no
município de Canabrava do Norte, na fazenda Virginia, 11°11'45.2"S 51°37'20.9"W. O
terreno escolhido para instalação do viveiro de mudas será plano, com boa drenagem,
necessário sol durante o dia todo e será cercado, para assim evitar a entrada de
animais na área de produção de mudas, sendo assim, iremos colocar as sementes de
teca para germinar, em um canteiro com 40 cm de altura, 140 cm de largura e 15 m de
comprimento, podendo aumentar variando pela quantidade necessária de mudas que
serão produzidas por canteiro. No preparo do canteiro deverá ser introduzido o esterco
(podendo ser de curral bem curtido) e, caso necessário, areia que pode facilitar a
retirada da muda futuramente. Uma característica importante que deve ser levada em
consideração na produção de mudas de teca é que essa espécie exige luz direta
desde a fase de sementeira, sendo assim, evita investimentos para construção de
telhados para proteção a luz solar. As sementes poderão ser obtidas com empresas
ou com produtores que trabalham com a seleção de matriz. Alguns estudos mostram
que o comprimento e deformações do tronco (fuste), a qualidade da madeira, e
resistência a pragas e doenças, o crescimento e até a queda natural dos ramos são
características transmitidas pelas sementes às árvores do futuro plantio. Assim, é
fundamental que as sementes sejam de matrizes selecionadas. A conservação dessas
sementes de teca é bem simples, pois a dormência das sementes acaba auxilia no
processo de armazenamento. A dormência é a resistência da semente ao iniciar o
processo de germinação ou mesmo quando interrompido por algum motivo, como
exemplo, a resistência do tegumento (casca que envolve a semente), características
fisiológicas e genéticas ou mesmo combinação de vários fatores. Com isso, para
armazenar as sementes, poderemos colocá-las em um saco de náilon e guardá-lo em
local fresco, seco e protegido da luz. A semeadura deverá ser planejada de acordo
com a melhor época para o plantio definitivo (início do período chuvoso na região).
Assim, é sensato começar a produção de mudas entre 5 e 8 meses antes do plantio
definitivo. No Estado do Mato Grosso, a época de coleta das sementes coincide com o
tempo certo para produção de mudas, o que acaba facilitando a atividade. Nessas
regiões há ocorrência de baixas temperaturas por longo prazo, o que poderia
prejudicar no processo de germinação das sementes. Com isso, os meses de julho e
agosto constituem uma boa época para semeadura dos canteiros. Então será feita a
quebra de dormência das sementes, após o tratamento de quebra de dormência, as
sementes serão semeadas diretamente no substrato do canteiro, no espaçamento de
10 x 5 cm. A parte da semente que apresenta a cicatriz de inserção com o cacho
deverá ser posicionada preferencialmente para baixo e a semente não necessita ser
totalmente enterrada no substrato, deixando uma pequena parte visível. Esta posição
da semente no canteiro irá facilitar o desenvolvimento adequado do sistema radicular
da muda. Finalizando a semeadura, as sementes deverão ser recobertas por uma fina
camada de pó de serra verde que ajudará a manter alta a temperatura do canteiro, o
que contribui para germinação. As sementes com boa qualidade, se semeadas no
período correto (de altas temperaturas) e realizado o procedimento de quebra de
dormência, a germinação deve iniciar no máximo 15 dias. Mesmo que tratamento de
quebra de dormência acelere o processo de germinação, algumas sementes poderão
levar meses para germinar. Quando as mudas de teca estiverem com o terceiro par de
folhas, poderá ser feita uma adubação nitrogenada a cada 15 dias. Para isso, será
necessário colocar a quantidade de uma colher de sopa de uréia num regador de 10
litros e distribuir a água em 5 metros quadrados de canteiro, a Irrigação deverá ser
diária nos canteiros. O ideal é que as mudas sejam retiradas e preparadas no dia do
plantio definitivo, ou pelo menos, no dia anterior.

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