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HEMOSTASIA PRIMÁRIA
A hemostasia primária tem por objetivo a formação de um tampão plaquetário que estabiliza
rapidamente a lesão vascular. As plaquetas desempenham um papel central na hemostasia primária. Os
receptores de glicoproteínas na membrana plasmática das plaquetas constituem os mediadores primários por
meio dos quais as plaquetas são ativadas. A hemostasia primária envolve a transformação das plaquetas em
um tampão hemostático por meio de três reações: (1) adesão; (2) reação de liberação dos grânulos; e (3)
agregação e consolidação.
Ambas as vias intrínseca e extrínseca da coagulação levam à ativação do fator X. Em uma reação
importante que exige a presença do fator V, o fator X ativado cliva proteoliticamente a protrombina (fator II)
em trombina (fator IIa).
PATOGENIA DA TROMBOSE
A trombose refere-se à extensão patológica da hemostasia. Na trombose, as reações da coagulação
estão inapropriadamente reguladas, de modo que ocorre aumento descontrolado do coágulo, causando
oclusão do lúmen do vaso sanguíneo. O coágulo patológico é denominado trombo. Três fatores principais
predispõem à formação de um trombo, a saber: lesão endotelial, fluxo sanguíneo anormal (estase) e
hipercoagulabilidade (Tríade de Virchow).
ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS
Inibidores de ciclo-oxigenase (COX)
Inibidores da fosfodiesterase
Inibidores da via do receptor ADP
Antagonistas da GPIIb-IIIa
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE
Dipiridamol.
Mecanismo: Inibem a degradação do AMPc das plaquetas e, por conseguinte, diminuem a agregação
plaquetária. (Efeito fraco).
ANTICOAGULANTES
São substâncias que impedem a transformação do fibrinogênio em fibrina.
Varfarina
Heparina não fracionada (HNF)
Heparinas de baixo peso molecular (BPM)
Inibidores seletivos do fator Xa (X ativado)
Inibidores diretos da trombina (fator II)
Proteína C ativada recombinante (PCR)
VARFARINA
Varfarina.
Mecanismo: Inibe a epóxido redutase hepática que catalisa a regeneração da vitamina K reduzida,
necessária para a síntese dos fatores da coagulação II, VII, IX e X biologicamente ativos e das proteínas
anticoagulantes C e S.
HEPARINA NÃO FRACIONADA (HNF)
Heparina não fracionada.
Mecanismo: combina-se com a antitrombina III e inibe a hemostasia secundária por meio de inativação
não seletiva de trombina (fator IIa), fator Xa, fator IXa, fator XIa e fator XIIa.
Metabolização: hepática (perda de radicais sulfatados.
Excreção: renal (parte sob forma ativa)
Vias de administração: endovenoso (EV) e subcutâneo (SC)
Controle: TTPa – 1,5 a 2,5x P/N e TC – 2 a 2,5x N
Neutralizada pela Protamina
FIBRINOLÍTICOS (TROMBOLÍTICOS)
Mecanismo: Ativam de modo proteolítico o plasminogênio, formando plasmina, que digere a fibrina a
produtos de degradação da fibrina.
Estreptoquinase (não-fibrinoespecífico quebra a fibrina do trombo e a fibrina livre na
circulação, dessa forma, aumenta o risco de sangramento (ex: hemorragias). Não é ideal).
Ativador do plasminogênio tecidual recombinante (t-PA) (Alteplase) (fibrino-específico)
Tenecteplase (fibrino-específico)
Reteplase (fibrino-específico)
Os fibrino-específicos são mais específicos para a quebra da fibrina no trombo e não a fibrina livre na
circulação. Portanto, são mais ideais.