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CONSTRUCAO DO PENSAMENTO LOGICO MATEMATICO

O processo de aprendizagem de matemática ainda é um desafio para muitos


estudantes. Não há uma faixa etária específica para quem encontra dificuldades com
os números. Porém há diversos estudos que revelam que o desenvolvimento do
pensamento matemático nos primeiros anos de vida pode contribuir para o
aperfeiçoamento de habilidades futuras.

O estudo de caso apresentado na atividade N1 traz uma criança com indícios de


dificuldade de correspondência entre valor e quantidade. Como proposta de elaborar
um protocolo investigativo, pode-se recorrer a “rodinha”, que é uma atividade
cotidiana, para explorar os blocos lógicos. A sugestão de exercício para o grupo é
pedir que separem as peças por tamanho e depois questionar qual pilha tem mais
peças. É muito comum que crianças que estão desenvolvendo noções biunívocas
indiquem que a pilha com peças maiores seja a que indica também a maior
quantidade. O mesmo pode ser visto através de recipientes de tamanhos diferentes
com mesma capacidade liquida, é esperado que as crianças indiquem que o recipiente
com maior capacidade é o mais alto. O material concreto é um grande aliado na
construção do pensamento matemático, pois possibilita explorar diversas
competências, além de trazer o suporte visual à criança. Esta ferramenta também
permite que a professora compreenda quais são as dificuldades do grupo e possa se
preparar para intervenção.

Após a conclusão da investigação, a professora precisa preparar as aulas e o material


a ser trabalhado. O método mais adequado neste caso é o lúdico, que é o
recomendado pela BNCC. Recorrer a brincadeiras como mercadinho, jogos com
dados, dominó e etc vão auxiliar no desenvolvimento de habilidades essenciais como
raciocínio lógico, linguagem, criatividade, imaginação e familiaridade com os números.
Referências pedagógicas como Vigotsky atribuem grande valor à brincadeira. Em um
artigo no Portal da Educação o autor analisa a concepção do brincar sob a ótica de
Piaget e Vygotsky e conclui que ambos pensadores, mesmo com ideias distintas,
incentivam o uso da brincadeira como ferramenta de aprendizagem. De acordo com
o autor, para Vygotsky (1984) “é brincando, jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação
cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.”

REFERÊNCIAS
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/concepcao-do-
brincar-e-aprender-na-visao-de-piaget-e-vygotsky/32223#

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7960
1-anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-
pdf&Itemid=30192

SMOLE, Kátia Stocco. Resolução de problemas [recurso eletrônico] / Kátia Stocco Smole, Maria
Ignez Diniz, Patrícia Cândido. – Porto Alegre : Penso, 2014.

SCHILLER, Pam Ensinar e aprender brincando : mais de 750 atividades para educação infantil
[recurso eletrônico] / Pam Schiller, Joan Rossano. – Porto Alegre : Artmed, 2008.

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