ASSUNTO PÁGINA
Prefácio 03
01 Introdução 03
06 Liderança e Planejamento 23
13 Conclusão 32
13 Bibliografia 33
PREFÁCIO
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Esta Palestra não é destinada simplesmente apenas ao Professor de Escola Dominical, não é
um assunto referente a Pedagogia Religiosa, e, sim, a qualquer Professor que quer exercer
Liderança.
São conceitos de Liderança Pedagógica que abrangem todas das áreas da vida. O que eu quero
abordar é um conceito global, ou seja, que se aplique a todas áreas de Lideranças de nossas
vidas.
Tendo como base a Palavra de Deus, como utilizar os conceitos de Liderança Bíblica à todos
os seguimentos da Sociedade.
1. INTRODUÇÃO
A. W. Tozer afirmou que “pessoas ordinárias vêem a vida acontecer, as extraordinárias fazem
a vida acontecer”. O Líder não espera a vida acontecer, o Líder, faz a vida acontecer, tem
coragem de tomar pulso, tem coragem de fazer acontecer.
Chegamos ao terceiro milênio com uma grande crise de líderes no mundo, e essa crise está
evidenciada, tanto na esfera secular, tanto na esfera religiosa. A questão é: Quem seriam os
personagens tão escassos, mas que escrevem a história? Estamos vivendo uma crise de
liderança. Estamos vivendo uma época carente de Lideres.
Existem pessoas que possuem autoridade institucional, outras que possuem autoridade
constitucional, autoridade social, outras que possuem autoridade espiritual. Essas pessoas
valorizam muito cada tipo de autoridade que possui, porém a Liderança Pedagógica
transcendem a qualquer tipo de autoridade que você possui. Liderança Pedagógica é muito
mais do que eu chegar para o meu filho e afirmar eu sou seu pai por isso você precisa me
obedecer. Liderança Pedagógica é mais do que isso é muito mais do que eu dizer eu sou seu
Pastor por isso você precisa me obedecer, eu sou seu patrão você precisa me obedecer.
Mas do que nunca o mundo hoje está carente de líderes. Estamos carentes de líderes na
política, estamos carentes de líderes na religião, estamos carentes de líderes na área
acadêmica. O nosso trabalho é identificar esses personagens tão escassos no momento atual.
Liderança Pedagógica é influencia, isto é, a habilidade de uma pessoa de influenciar a outros.
Um homem pode liderar outros apenas na medida em que pode influenciá-los a segui-lo.
O General Charles Gordon perguntou certa vez a Li Hung Chang, um velho Líder chineês:
“Que é Liderança Pedagógica? Como se divide a Humanidade?” Ele recebeu a seguinte
resposta enigmática: “Há três tipos de pessoas no mundo: Aquelas que não se movem, as que
são movíveis, e as que movem os outros”.
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Os Líderes são pessoas comuns, embora carregam um traço que os distingue, que fazem
serem diferentes: são pessoas que não se conformam com o “STATUS QUO”. Lutam para
que o futuro seja diferente com apenas uma arma: A visão, o sonho que carregam no peito. O
Líder eficaz possui um viés de inquietação no coração. Muita das vezes sem um real sequer,
apenas com a inquietação no coração.
Vejam os casos de Esdras e Neemias, eles começam sem recursos, sem projetos, sem amigos,
mas com uma inquietação no coração, e essa inquietação o leva a mudar a história de Israel.
Bastou para Neemias ele ouvir um relatório que a cidade de Jerusalém estava em ruínas. Essa
inquietação, o ponto de START de Neemias era essa inquietação, ele não tinha nenhuma
arma, apenas essa inquietação de que a cidade de Jerusalém estava em ruínas, e com ela ele
começa o processo de restauração da cidade.
Então uma das características, o ponto de START, o ponto de partida do Líder Eficaz é ter
sempre uma inquietação no coração, as vezes muito leve, muito tênue inquietação que ele
quer ver acontecer. E com essa arma, com esse sonho ele é levado a empreender aquilo que
ele tem no coração.
Observem o Sacerdote Esdras, foi um Professor que sabia exercer Liderança Pedagógica
com o Coração Disposto. O Sacerdote Esdras conduziu um grupo de judeus da Babilônia
para Jerusalém em 458 a.C. Os babilônicos tinham levado muitos judeus para o cativeiro entre
605 e 586 a.C. Aos poucos, muitos dos descendentes destes voltaram para Israel. Zorobabel
conduziu o primeiro grupo no início do império persa (cerca de 536 a.C.). Quase 80 anos
depois, Esdras voltou com um grupo menor.
Durante as duas gerações entre Zorobabel e Esdras. Vários problemas apareceram entre os
judeus que voltaram. Alguns problemas eram políticos, mas sempre devidos às fraquezas
espirituais do povo. Esdras era sacerdote, descendente de Arão. Era "Escriba versado na Lei
de Moisés, dada pelo Senhor, Deus de Israel" (Esdras 7.6). Voltou à Jerusalém para ensinar
o povo e para ornar o templo que foi construído na época de Zorobabel.
A atitude de Esdras descreve bem a disposição que cada Professor que quer exercer Liderança
Pedagógica deve mostrar no serviço ao Senhor: "Porque Esdras tinha disposto o coração
para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus
estatutos e os seus juízos" (Esdras 7.10).
Esse servo se ofereceu ao serviço de Deus com coração disposto. Mas, um coração bom
precisa ser aplicado com toda reverência e respeito para com Deus. Observe as três coisas que
Esdras fez: Œ Buscou a Lei. Antes de qualquer coisa, o Professor deve conhecer a
palavra que vai ensinar. Jesus mandou que conhecessem a verdade, a Palavra de Deus
(João 8.32; 17.17). Esdras cumpriu a Lei, Ensinou a Palavra.
O Escriba e Sacerdote Esdras nos serve como excelente exemplo. Cada Professor deve
imitar a atitude dele. Com corações dispostos, devemos buscar, cumprir e ensinar a
Palavra de Deus.
Isso pode acontecer com você minha Irmã dona de casa, com você estudante, aluno da Escola
Dominical, com Você Empresário, com você trabalhador de uma fábrica, com você vendedor,
Você membro da igreja e com você Cooperador da Casa de Deus.
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Neemias vê coisas que ninguém vê. E a única coisa que ele parte para a realização de seu
sonho é a carta do Rei e um cavalo como Neemias.
A história da humanidade, principalmente do cristianismo, foi escrita por Pequenas Grandes
Pessoas. Observe a frase: Pequenas Grandes Pessoas. Porque eles se tornaram grandes não
por causa da nobreza de seu nascimento, elas se tornaram grandes por causa do seu sonho, por
causa da inquietação no coração.
O Apóstolo Pedro o primeiro Líder da Igreja primitiva, era um homem de poucas letras e de
hábitos rudes. O Apóstolo Paulo, um dos que mais influenciou o Cristianismo depois de
Cristo, considerava também o principal dos pecadores. Sua declaração em I Coríntios 1.26,
expressa bem o sentimento daquele que foi um dos maiores Líderes do Cristianismo,
principalmente para o mundo gentílico: “Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram
chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos;
poucos eram de nobre de nascimento”.
O Apóstolo Paulo mostra-nos que no exercício da Liderança Pedagógica, não tem nada a ver
com berço, não tem nada a ver com a origem de cada um. Nós as vezes temos essa coisa de
nos desculparmos por não conseguirmos ser líderes, afirmamos que isto tem a ver com a
nossa origem de ter ou não ter nascido em berço de ouro. Liderança Pedagógica não tem nada
a ver com isso. Liderança Pedagógica tem a ver com a inquietação no coração, que o leva a
não ficar satisfeito com o STATUS QUO, e afirmar eu preciso fazer alguma coisa. E a única
arma que ele tem é essa inquietação de querer fazer alguma coisa.
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Na galeria dos grandes heróis cristãos há inúmeros nomes de grandes Professores:
Salvanarola, João Huss, John Wesley, Charles Finney, Dwight Moddy e tantos outros que se
tornaram ícones de sua geração e conseguiram transformar Nações, Continentes. Os
desdobramentos de suas vidas chegam ainda hoje às nossas vidas.
Vejam que estamos falando de Liderança Pedagógica de aproximadamente 500 anos passados
que continuam a influenciar-nos pelo legado deixado para todos nós. Não fora fogo de palha,
foram pessoas cuja história chegou até nós.
Orlando Boyer, escreveu o clássico um livro que recomendo, “Os Heróis da Fé” que traça
uma pequena biografia desses líderes. Quando fala de F. B. Mayer, percebe-se que não é
exagero chamá-los de Heróis da Fé:
F.B. Mayer conta que recebeu a visita de dois destes Heróis da Fé, Stanley Smith e Carlos
Stud foram até a casa dele, observe o que Ele relata sobre o resultado da visita de Stanley e
Stud:
“Foi quando Stanley Smith e Carlos Stud se hospedaram em nossa casa, que iniciei o
maior período de bênçãos em minha vida. antes eu era um crente precipitado e
inconstante; às vezes ardia entusiasmo, para depois passar dias inteiros desanimado.
Percebi que esses dois jovens possuíam uma coisa que eu não tinha, algo que lhes era
fonte perene de sossego, força e gozo. Nunca me esquecerei de uma manhã, no mês de
novembro, ao nascer do sol, quando a luz entrava pela janela, dentro do quarto, onde eu
meditava nas Escrituras desde a madrugada. A palestra que eu tive então com os dois
moços, influenciou o resto de minha vida. Não devia eu fazer o que eles tinham feito...?
No devia eu ser, também, um vaso (apesar de ser barro), para uso do Mestre?”
F. B. Mayer se tornou um dos maiores comentaristas da Bíblia Sagrada, por causa da conversa
que teve com Smith e com Stud.
Portanto, Professor Líder é aquele, homem ou mulher, que tem uma visão clara, nítida e forte,
que por si só traduz o ideal de um grupo de pessoas. Ou de uma empresa. Ou de uma nação. E
que se compromete com sua visão, seu sonho e o persegue com todos os recursos que tem e o
mais que Ele possa conseguir.
Portanto, o Professor Líder é aquele que tem uma visão clara, nítida e forte, que quando ele
transmite isso para o seu grupo, o grupo ao ouvi-lo, chega a conclusão é isso que eu quero
para a minha vida. O Professor Líder desperta no grupo uma empatia, uma coesão em torno
daquele ensino.
Liderança Pedagógica Pessoal. É quando você exerce domínio sob o grupo de pessoas que
desfrutam da assiduidade de seu convívio;
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Liderança Pedagógica Espiritual. É quando você influencia e exerce uma diretriz espiritual
na vida do irmão, como no caso de Stanley e Stud na vida de F.B. Mayer.
Então quando eu estiver falando das características do Professor Líder, estarei abordando
características globais, tanto para aquele que exerce Líder Pedagógica no âmbito Religioso,
quanto para aquele que exerce no âmbito corporativo e no âmbito Pessoal.
John Gillsm em seu clássico sobre os grandes avivamentos, escrito em 1795, ele descreve as
qualidades que percebeu na vida de Professores Lideres que transbordaram a amplitude de
suas influencias para além do círculo religioso:
O verdadeiro Professor Líder tem por natureza ser consumido pelo por aquilo que ele
propõe a fazer. Exemplo: Jesus, Paulo.
O Professor Líder não pula do barco. O Professor Líder não tem pára-quedas, ele
permanece com os passageiros. Acreditando que as promessas do Salmo 126 se cumprirão
em suas vidas.
Muitos casamentos não dão certos, porque os cônjuges entram no relacionamento com
pára-quedas. O “Pára-Quedas” chama-se divórcio.
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d) Quarta Característica: Eram pessoas que trabalhavam com propósito
Não temiam o calor do dia, mas livremente se ofertavam ao que faziam. Guardavam nada,
reclamavam nada, alegre e gratamente entregavam tudo àquele que o chamou.
Trabalhavam visando à eternidade, como homens que sabiam que o tempo era curto e que
o dia da recompensa se aproximava.
O Professor Líder ama a causa e não o sucesso que a causa pode trazer. Muitos projetos
que plantamos, que iniciamos, só terão evidencia muitas gerações depois, como afirma o
Escritor da Epístola aos Hebreus, que muitos morreram sem conhecer a evolução do
projeto que implantaram. Deus não nos chamou para fazermos sucesso e sim para sermos
fieis. Irmãos, nós fomos chamados para sermos Fiéis.
Max Weber, sociólogo retrata exatamente isso no seu livro O capitalismo e a Reforma
Protestante. Atualmente o nosso conceito de excelência é utilitário, eu vou ser excelente
porque isso vai me trazer prosperidade, vou ganhar mais dinheiro, vou ser famoso, etc. O
conceito de excelência da reforma era totalmente inverso, hoje é uma coisa utilitária, e
isso é desastroso. Estamos perdendo o objetivo como Igreja de Cristo. A excelência
perdeu o propósito real.
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Uma coisa é ousadia e outra coisa é determinação. A Bíblia usa um sinônimo para a
palavra determinação, a Bíblia usa a palavra Perseverança. A Bíblia dá tanto peso a
palavra perseverança que agrega a questão da salvação a perseverança. Assim sendo, a
Perseverança é a rainha de todas as virtudes do homem, nenhuma virtude sem
perseverança vale nada. Outra palavra que é sinônima da palavra determinação, é a
palavra Fidelidade, tanto na raiz grega PHISTEU e FIDES no latim. Fé e fidelidade são
as mesmas coisas. Essa deve ser a qualidade do Professor Líder.
Então o Professor Líder deve gostar do ambiente secreto. De serem moldado no secreto da
oração e no silencio da meditação. da oração. Outros podem acreditar que você é um
gigante da Fé, menos você. Todos podem crer na propaganda que fazem a seu respeito,
menos você.
O Professor Líder Eficaz não tem um som incerto nas suas afirmativas. Sua palavra é
confiável.
Então vejam que estamos falando de Liderança Pedagógica, que também é um problema
nosso no século XXI, de querermos fazer Lideres no estalar dos dedos. Para se fazer um
Professor Líder leva-se uma vida inteira. Bounds afirmou que se leva 20 anos para se
elaborar um sermão, porque se leva 20 anos para se moldar um ano. Jesus só começou a
Liderar aos 30 anos.
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3. PRINCÍPIOS DE UMA BOA LIDERANÇA PEDAGÓGICA AO ESTILO DE
JESUS.
O Próprio Jesus teve que comprovar sua condição de Professor Líder. João descreve seis
confirmações do ministério de Jesus.
A Terceira Confirmação: Espírito Santo (Mateus 7.29; Marcos 1.22,27; Lucas 4.36);
Portanto, todo Professor Líder deve ser, de certo modo, confirmado também por pessoas de
fora de seu convívio. A necessidade de confirmação é um requisito indispensável a qualquer
tipo de Liderança Pedagógica. Jesus foi confirmado como Professor Líder mesmo antes de
poder Liderar. O mesmo deve acontecer conosco.
Nós, Professores Líderes de hoje, certamente não lideramos com as mesmas qualificações
excepcionais de Jesus Cristo. Mas, mesmo assim, podemos aprender este princípio, extraído
de sua vida: A Chamada para a Liderança Pedagógica precisa ser confirmada.
Jesus queria que seus discípulos soubessem que tinham um débito de gratidão para com
aqueles que haviam trabalhado antes deles.
Sir Isaac Newton disse: Se consegui ver mais longe do que outros homens, foi porque estava
de pé sobre os ombros de gigantes.
Ele reconhecia o valor dos que haviam aberto o caminho para ele. Recebeu o Título de Pai da
Física, mas não conseguiu sozinho.
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Como Prestar Reconhecimento a Outros.
b) Este presente que nos é dado não deve ser motivo para vanglória. A uns Deus deu
capacidade de liderar, a outros, a capacidade de reconhecer e seguir os bons Professores
Líderes.
d) Devemos agradecer a Deus por nossas aptidões. Já que sei que minha capacidade de
Liderança Pedagógica não foi criada por mim mesmo, devo agradecer a Deus por ter-me
feito como sou.
A propósito, um dos títulos de Jesus é Emanuel, que significa Deus Conosco. Isso significa
que, ao mesmo tempo em que nos lidera, ele jamais nos deixa ou abandona, por mais difícil
que seja o caminho que temos de trilhar.
O verdadeiro desafio dos Professores Líderes de hoje, é saber combinar essas duas qualidades.
Precisamos desse toque de intimidade, ao mesmo tempo em que dizemos: Vamos em Frente.
A Coragem de tratar a todos iguais sem bajular os mais importantes. Observem como Jesus
tratou a Nicodemos.
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Muitos Professores quando diante de chefões e os poderosos deste mundo, tendem a diluir
suas convicções, ou, pelo menos, falar delas com o maior cuidado, enfeitando-as e tornando-
as o mais aceitável possível. Evitam ao máximo desapontar as pessoas principalmente no
primeiro encontro. Jesus não respeitou essas regras.
A hora escolhida por Nicodemos para encontrar-se com Jesus indica que um homem na sua
posição havia de sentir-se envergonhado de ser visto em público com aquele novo Rabi
controvertido, de nome Jesus. Nicodemos representa muita gente na nossa sociedade de hoje
que julga estar prestando enorme honra ao cristianismo quando declara: “Nós, autoridades da
letras, árbitros do bom gosto, representantes da opinião pública, jornalistas, escritores,
editores de jornais, comentaristas de televisão, lideres de movimentos sociais e filantrópicos
reconhecemos que Jesus foi um grande mestre.
Como foi que Jesus conseguiu confrontar Nicodemos com Coragem, sem, contudo, deixar de
amá-lo?
Na qualidade de jovem Rabi de Nazaré, sem nenhum diploma ou respaldo das autoridades,
Jesus se deparou com a oportunidade rara de penetrar bem no centro do Sinédrio. Não poderia
haver nada mais agradável para um jovem e ardente Professor Líder espiritual do que ter, por
parte dos homens sábios e influentes, o reconhecimento de ser Ele também um Mensageiro de
Deus. Até porque, o reconhecimento e elogios vêm depois de muitos anos de ministério, e não
no início.
Jesus poderia ter sido absorvido pela lisonja. Poderia ter dito: “Estou honrado com a sua
visita, ou então é um grande privilégio para mim recebê-lo, ou então me sinto privilegiado,
satisfeito em ser reconhecido como enviado de Deus”. Jesus não estava procurando
reconhecimento.
Jesus ouviu as palavras gentis de Nicodemos: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de
Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus anão estiver com ele”
(João 3.2).
Quando Nicodemos parou de falar, Jesus não disse: O Senhor veio ao lugar certo. Continue
assim. Jesus olhou para aquele Professor Líder religioso, competente e conceituado, e disse-
lhe apenas: “É preciso nascer de novo”. Não disse aquilo que Nicodemos queria ouvir, nem o
elogiou por ter vindo vê-lo, ou ouvi-lo. Tampouco procurou influenciá-lo para que se tornasse
um dos seus discípulos. Em vez disso, transgrediu todas as boas normas de marketing,
fazendo uma exigência espiritual.
Jesus mostrou coragem, audácia e compaixão. Não se preocupou em ir contra o sistema e nem
ridicularizou Nicodemos. Alguns Professor Líderes tentam construir seus impérios
rebaixando, ridicularizando, zombando, usando de sarcasmo, mantendo secreta a sua
animosidade. Jesus não usou de nenhum desses recursos. Na quietude da noite não hesitou em
manter um debate firme, contudo paciente, com ele.
Imaginem que dividendos renderia tê-lo como um de seus primeiros seguidores. Com que
orgulho Jesus poderia pensar: tenho discípulo no alto escalão. Jesus não deu a Nicodemos
uma recepção maior que daria a qualquer outra pessoa. Jesus não tentou nenhum tipo de
persuasão e nem fez nenhuma promessa; não o dispensou, tampouco, palavra alguma de
elogio ou que demonstrasse ter reconhecido o status daquele homem.
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Em João 19.39, mostra Nicodemos sepultando a Jesus, levando cerca de cem libras de um
composto de mirra e aloés. Juntamente com José de Arimatéia colocaram o corpo de Jesus no
túmulo.
Não precisamos de mais moralistas na nossa sociedade atual; o mundo está cheio delas.
Precisamos, sim, de lideres que nos conduzam corajosamente, que conheçam a verdade e a
proclamem sem medo.
O terceiro elemento é ser aberto para aprender. Não ser orgulhoso a ponto de não ser
capaz de aceitar a correção. Uma pessoa realmente bondosa nunca para de aprender; mantém-
se sempre na receptiva.
Sexto Princípio: Colocar os Interesses das Pessoas acima das Tradições Humanas.
Jesus no Evangelho de João 5.1-15, cura um homem enfermo por trinta e oito anos, de uma
enfermidade que o deixara inválido, jazia a beira de um tanque de Betesda. Jesus chegou até o
inválido e perguntou-lhe: Queres ser curado? Ele queria, e Jesus o curou. Depois da cura, o
homem pegou o leito onde havia estado por tanto tempo e saiu em direção a sua casa. Aqui
poderia ter terminado essa maravilhosa história. Porém o escritor do evangelho acrescentou
uma informação que explicou a reação da Liderança Pedagógica religiosa ante o milagre: E
aquele dia era sábado.
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Tão logo os Líderes religiosos ficaram sabendo da cura, não se detiveram um instante sequer
para se alegrarem. Nem agradeceram a Deus por ter realizado algo tão extraordinário no meio
deles. Ao contrário ficaram zangados. E disseram ao homem: Hoje é sábado, e não é lícito
carregar o leito. Os Líderes estavam presos às regras necessárias como diretrizes da vida,
tinham-se transformado em cadeias. Os regulamentos tinham aprisionado de tal modo esses
Líderes, que eles já não se importavam mais com as necessidades das pessoas.
Jesus soube romper os costumes. Isto nos mostra outra faceta do estilo de Liderança
Pedagógica de Jesus. Jesus nunca perguntou que dia é hoje para ajudar o próximo. Jesus
amava as pessoas e usavas as coisas, mas os Líderes religiosos amavam as coisas e usavam as
pessoas.
Quando falo de generosidade, quero dizer dar de si sem esperar retorno. O que um Professor
Líder tem a oferecer?
a) Dar do seu Tempo. Em vez de reservar todo o tempo para si mesmo, o Professor Líder o
usa de várias maneiras para servir.
b) Dispensar Atenção. O verdadeiro Professor Líder nunca está por demais ocupado quando
se trata de atender as pessoas.
O que á verdade? Há um velho ditado que diz: toda história tem três lados: o seu lado, o lado
do outro, e a verdade.
Jesus personifica a verdade, defende a verdade e nunca se desvia dela. (João 1.17). como
discípulos da verdade, temos a responsabilidade de nunca deixar de dizê-la. Embora nenhum
de nós perceba ou conheça toda a verdade, isso não nos dá o direito de evitá-la. O verdadeiro
Professor Líder, entre outras coisas, apóia e defende o que é verdadeiro (Filipenses 4.8).
Na Liderança Pedagógica, mais do que em qualquer outro setor, é preciso que a verdade
apareça. Se as pessoas não puderem crer na palavra de seus Professores Líderes, em quem vão
acreditar? Se os lideres mentem ou tratam a verdade com descaso, que espécie de exemplo
estão estabelecendo para seus seguidores?
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O Professor Líder não pode apenas falar sobre a verdade; precisa aprender a falar a própria
verdade. Isto nem sempre é fácil fazer.
Os judeus do passado tinham um ditado: “Aquele que empenha a sua palavra e depois se
retrata, é tão mau quanto os que adoram ídolos”.
Não basta dizer a verdade. Como a dizes é também importante. O Professor Líder precisa
falar a verdade, mas seguindo a verdade em amor (Efésios 4.15).
Vejam como Jesus se apresenta à Igreja de Laodicéia. Jesus se apresenta como sendo a
Testemunha Fiel e Verdadeira.
Temos aqui duas qualidades a respeito Professor Líder: Fidelidade e Verdade. Duas
qualidades que vêm juntas e que requer de todo Professor Líder. Que seja uma pessoa fiel e
que seja pessoa verdadeira.
Um Professor Líder fiel é aquele que guarda o que recebeu com zelo, e um Professor Líder
verdadeiro é aquele que transmite o que recebeu com verdade.
Vejam bem, Jesus é Professor Líder fiel, porque guardou como homem as palavras que
recebeu de Deus até o fim. Foi fiel. A Bíblia nos afirma que tendo Jesus os amados, amou-os
até o fim. Suas últimas palavras na Cruz foram: Consumado Esti. Está tudo Consumado.
Jesus é a testemunha fiel, porque o que empreendeu a fazer não deixou pra traz, não deixou no
meio do caminho.
Vejam que ele não é apenas o Professor Líder Fiel, mas também é o Professor Líder
Verdadeiro. O Professor Líder verdadeiro está comprometido com a verdade. Jesus se
identifica para com a Liderança Pedagógica da Igreja de Laodicéia porque os Professores
Líderes não eram identificados com a verdade, a Liderança Pedagógica dessa Igreja vivia no
embalo de suas próprias riquezas, embriagados com a exuberância de suas próprias famas,
embriagados com a exuberância dos tapinhas nas costas, que davam uns aos outros: nós
somos jóias, nós somos muito bons. E esse negócio entrou na cabeça deles, e jogaram fora a
verdade.
Por isso Jesus vem a dizer: Eu sou o Professor Líder verdadeiro, tenho compromisso com a
verdade. Porque a verdade foi e é o alicerce do ministério de Jesus (João 17.7).
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Irmãos a verdade é a companhia dos santos;
Irmãos a verdade é a real professora mestra dos simples;
Irmãos a verdade é a protetora dos fracos;
Irmãos a verdade é o fio de prumo dos justos;
Irmãos a verdade é a doutrina dos mansos.
Irmãos a verdade é aquela que vive, mesmo no meio de controvérsias, mesmo quando ela é
esquecida na arrogância, mesmo quando ela é distorcida pela malícia humana, mesmo quando
ela é questionada em nossos desesperos, a verdade permanece.
Queridos Professores, na nossa conversão, nós não só nos convertemos a Jesus, mas também
nos convertemos a sua verdade. Temos compromisso com a verdade, você é filho da verdade,
nunca podemos barganhar com a verdade. Porque a Bíblia Sagrada é taxativa em afirmar:
Que o Senhor Jesus que fala é o Professor Líder Fiel e Verdadeiro.
O Perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que
perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. É
normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o
perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está
morta ou que não se vê há muito tempo). Em outros casos, o Perdão pode vir através da oferta
de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo um justo pedido de Perdão, dirigido
ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar.
O Perdão não é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, mas é lembrar sem raiz de
amargura. Vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não
impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro
Perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.
É impossível termos uma vida cristã saudável sem o exercício do Perdão. Quem não
perdoa não pode adorar a Deus nem mesmo trazer sua oferta ao altar. Quem não perdoa tem
suas orações interrompidas e nem mesmo pode receber o Perdão de Deus. Quem não perdoa
adoece física, emocional e espiritualmente. Quem não perdoa é entregue aos verdugos da
consciência. O Perdão, portanto, não é uma opção para o crente, mas uma necessidade
imperativa.
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O Perdão é uma questão de bom senso. Quando nutrimos mágoa no coração, tornamo-nos
escravos do ressentimento. A amargura alastra em nós suas raízes e produz dois frutos
malditos: a perturbação e a contaminação. Uma pessoa magoada vive perturbada e ainda
contamina as pessoas à sua volta. Quando guardamos algum ranço no coração e nutrimos
mágoa por alguém, acabamos convivendo com essa pessoa de forma ininterrupta. Se vamos
descansar, essa pessoa torna-se o nosso pesadelo. Se vamos nos assentar para tomar uma
refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se nosso propósito é sair de férias com a família,
essa pessoa pega carona conosco e estraga as nossas férias. Por essa razão, perdoar não é
apenas uma questão imperativa, mas, também, uma atitude de bom senso. O Perdão alivia a
bagagem, tira o fardo das costas e terapeutiza a alma.
Mas, o que é Perdão? Perdão é alforriar o ofensor. Perdoar é não cobrar nem revidar a
ofensa recebida. O Perdão não exige justiça; exerce misericórdia. O Perdão não faz registro
das mágoas. Perdoar é lembrar sem sentir dor.
Até quando devemos perdoar? A Bíblia nos diz que devemos perdoar assim como Deus em
Cristo nos perdoou. Devemos perdoar de forma ilimitada e incondicional. Devemos perdoar
não apenas até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por que devemos perdoar? Porque fomos perdoados por Deus. Os perdoados precisam ser
perdoadores. No céu só entra aqueles que foram perdoados; e se não perdoarmos, não
poderemos ser perdoados. Logo, todo crente em Cristo precisa praticar o Perdão.
Quem deve tomar iniciativa no ato do Perdão? Jesus disse que se nos lembrarmos que
nosso irmão tem alguma coisa contra nós, devemos ir a ele. Não importa se somos o ofensor
ou o ofendido. Sempre devemos tomar a iniciativa, e isso com humildade e espírito de
mansidão. Precisamos entender que o tempo nem o silêncio são evidências de Perdão. É
preciso o confronto em amor. Há muitas pessoas doentes emocionalmente porque não liberam
Perdão. Há muitas pessoas fracas espiritualmente porque não têm a humildade de pedir e
conceder Perdão. Precisamos quebrar esses grilhões, a fim de vivermos a plenitude da
liberdade cristã.
O Professor Líder verdadeiro, é capaz de perdoar porque já enfrentou o que é ser perdoado. O
Professor Líder eficiente é aquele que perdoa. E se reconcilia com o faltoso, sem nenhuma
amargura.
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A palavra Liderar é uma palavra anglo-saxônica, se origina no Inglês “TO LEADE”, que
lignifica literalmente tomar pela mão. O que é liderar é tomar pela mão. Exemplo atravessar o
cego numa rua movimentada. Portanto, Liderança Pedagógica não se confunde com um cargo
ou com títulos, mas é um poder que consegue moldar, mover ou mudar outras pessoas.
O que é um Professor Líder? De que são feitos Professores Líderes? O que Caracteriza um
Professor Líder? Peter Drucker propõe uma definição que nos parece definitiva: “a única
definição de um Professor Líder é alguém que tem seguidores”. O que leva um homem a ter
seguidores? O Carisma? A Inteligência? A Cultura? A Fluência Verbal? A Força? A Garra?
Certamente não seguimos ninguém por sua inteligência, ou sua cultura, ou sua força, ou
qualquer desses atributos. Podemos admirá-los, sim, mas não segui-los. Muito menos por essa
coisa fluida e indefinida a que chamamos “carisma” (que, aliás, alguns Professor Líderes
parecem possuir, mas muito e muitos não tem, nem nunca tiveram). Nós apreciamos,
admiramos, amamos... Mas não seguimos.
O Professor Líder segue e persegue seus sonhos. Perseguem as visões derivadas de seus
sonhos, que traduz sua ânsia de realização pessoal. Os homens seguem aqueles Lideres que,
encarnam sua visão que lutam por ela e que podem levá-los a realizá-la.
Nesse tempo de modismo evangélico, gostaria de dizer uma coisa em que acredito no meu
coração, é que a verdade nunca é totalmente nova, todas as vezes que a gente ouve a verdade,
temos a seguinte convicção eu sempre entendi desse jeito, não sabia era me expressar assim.
Graças a Deus que agora sei como é de verdade. Essa é a sensação que a verdade deixa dentro
da gente. Todas as vezes que você ouve uma verdade e a sensação é de que é uma verdade
totalmente nova, muito provavelmente é uma mentira. Lembre-se dos ensinos de Jesus, todos
os ensinos de Jesus estão no Antigo Testamento. A diferença não era que o ensino era novo,
mas a autoridade de como Ele ensinava.
O Professor Líder é aquele que quando fala de seus sonhos quem o ouve afirma era isso que
eu sempre cria e entendia.
O Professor Líder tem Autodisciplina. Ele geralmente não tem patrão. E quem deseja
ajudar outro a se disciplinarem, precisa disciplinar-se a si próprio. Quem esta no comando
precisa saber dominar o seu coração. O Apóstolo Paulo tinha essa qualidade (I Coríntios
9.27). Uma das grandes falhas nas Faculdades de Administração, nos Seminários Teológicos
é que não se ensina o Professor Líder a se autodisciplinar. Não geram pessoas que se
autodisciplinam. Muitos projetos não se concretizam porque o Professor Líder não está na
dianteira.
18
O Professor Líder é Autodidata. Ele não se contenta com o anel no dedo, não se contenta
com o título. Ele tem sede de aprender cada vez mais.
O autodidata é aquele que estuda de tudo para ter uma mente independente.
O autodidata tem essa qualidade: ele consegue pensar independentemente. A mente dele não
está encabrestada. Embora use o máximo de pensamento alheio, o Professor Líder Eficaz não
pode permitir que outros pensem por ele ou que tomem decisões em seu lugar.
Os medíocres são aqueles que entendem que não precisam aprender mais. Se você observar as
pessoas que estão na vanguarda do processo são pessoas que querem aprender cada vez mais.
O autodidata é aquele que estuda de tudo para ter uma mente independente,
O verdadeiro Professor Líder sabe lidar com os desastres da vida. Tem hora na vida que o
Professor Líder precisa saber lidar com o fracasso. O Apostolo Paulo nos ensina sobre essa
questão.
O Professor Líder Possui Habilidade de Manter a Disciplina sem Precisar ter que
Recorrer a um Show de Autoridade. O Professor Líder que precisa usar expressões como:
Você sabe com quem está falando? Eu exijo respeito. Não toques no ungido de Deus. Quem
usa dessas expressões, está com problemas sérios na sua Liderança Pedagógica. Porque
respeito não precisa exigir, respeito é inerente sem precisar ser cobrado, quando a cobrança
não gera respeito, gera subserviência. Quem exige respeito, não é mais Professor Líder. A
verdadeira Liderança Pedagógica é uma qualidade interna que requer serenidade e nunca uma
demonstração desnecessária de força.
Queridos, geralmente quando acontece uma dissensão numa Igreja, na Escola Dominical,
umas das partes sempre querem se aliar ao lado do Professor. Nunca brigam entre si, mas
colocam o Professor contra alguém. Se o Professor não tiver maturidade e se encantar com
aquele rasga seda que estão fazendo a Ele, ele não promove a paz e sim a discórdia no
ambiente. O Pacificador, não toma partido, ele identifica as qualidades para que através
dessas qualidades a paz seja evidenciada.
19
O Professor Líder não teme quando precisa confrontar situações difíceis e delicadas. O
Professor Líder não se intimida com essas circunstâncias difíceis. Circunstâncias difíceis não
são empecilhos, são desafios a serem conquistados.
O Professor Líder sabe conduzir as pessoas de tal maneira que elas se sentem felizes em
fazer algo legítimo que normalmente não estariam inclinadas a fazê-lo. A qualidade do
Professor Líder é levar as pessoas a fazerem coisas que normalmente não fariam.
O Professor Líder é capaz de aceitar oposições ao seu ponto de vista e à sua decisão, sem
considerá-la uma afronta pessoal e sem reagir como se a pessoa estivesse desafiando-a.
Se você não quer ser criticado, não faça nada, não se empreenda em nada, não seja nada.
Quase todos nós lutamos com o problema de como enfrentas as críticas. É duro aceitá-la
mesmo quando são justas. Mas quando são injustas, ou feitas pelas costas, sem dar
oportunidade de defesa ou explicação, é pior ainda.
Ninguém está imune às críticas. Veja o exemplo de um golpe desferido contra uma pessoa
conhecida: “Ele não é nada melhor que um assassino. Traiçoeiro com os amigos, hipócrita na
vida pública, um impostor que abandonou todos os bons princípios, se é que alguma vez os
teve”. Esse comentário foi feito a George Washington.
Se homens como Abraão Lincoln, George Washington, que foram considerados os melhores
presidentes de toda a história dos Estados Unidos da América, se o próprio Senhor e Salvador
Jesus Cristo é agredido moralmente, não é de espantar que Professor Líderes como nós
tenham a sua quota de reclamação.
Como disse Abraão Lincoln quando lhe contaram que o secretário de estado o havia chamado
de tolo: Stanton é um homem sábio. “Se ele disse que sou tolo, o melhor que tenho a fazer é
pensar no assunto”.
Portanto, a primeira atitude ao ouvir uma critica é pensar sobre Ela. É ouvir. A segunda é se a
crítica é justa, precisamos corrigir o que for possível. A terceira, precisamos nos preparar para
as críticas que ainda estão por vir.
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Uma secretária executiva aprendeu a fazer isso muito bem. Ela escreveu uma oração e deixou
impressa ao lado do telefone: “Senhor Deus, tu sentiste ódio dos pecadores e os amastes.
Ajuda-me a lembrar que podes me ajudar a amar os que me criticam”.
Lembre-se: Perfeito foi apenas um Professor Líder, e, mesmo assim, foi criticado.
A oposição não deve perturbar o Professor Líder. Não deve desmotivar o Professor Líder.
Como devemos tratar a oposição: a primeira coisa é não ignorá-la. Não considerá-la
insignificante. Levá-la a sério.
A segunda coisa é não evitá-la. A oposição não deixar de existir apenas porque você a evita.
Aprenda a conviver com a oposição, até porque, ela vai te dar muitos subsídios importantes.
A visão de alguém de fora do problema, muitas das vezes é a solução para o problema.
O Verdadeiro Professor Líder tem poucos amigos, mas todos muito leais. Porque quando
ele se expõe, só se expões para poucas pessoas, porque se Ele se expor para muitas pessoas, a
maioria vai se escandalizar, e o Professor Líder precisa se preservar. Algumas pessoas não
podem se relacionar com o Professor Líder.
Por exemplo: Judas Iscariotes não podia se relacionar com Jesus. Se fizermos um estudo
detalhado da vida de Judas, nós vamos descobrir que Judas traiu a Jesus porque Ele se sentiu
decepcionado com Jesus, Judas não conseguiu entender a realidade bíblica de que o Messias
seria frágil, iria apanhar, iria sofrer, iria morrer, conjeturando, na cabeça de Judas, já que Ele
está dizendo que vai morrer, esse projeto não deu em nada mesmo, pelo menos eu vou ganhar
alguma coisa.
Então a gente aprende que o círculo de amigos do Professor Líder são poucos, mas são
amigos leais onde demonstra a força de sua Liderança Pedagógica. Jesus tinha três amigos
mais chegados, e um, que era o amigo do peito.
O Professor Líder deixa que seus liderados se sintam à vontade na sua presença. Ele
consegue criar um clima de compreensão, simpatia e amizade. O Professor Líder deve ser
cortejado, sua presença deve ser almejada, porque promove o bem estar entre as pessoas.
O Professor Líder se interessa pelas pessoas e não pelo que elas conseguem produzir. O
Professor Líder Eficaz não tem preconceitos. Uma pessoa anti-social dificilmente se torna
Professor Líder. O Professor Líder não pode estar interessado no que a pessoa é capaz de
fazer, mas no que a pessoa é.
21
O Professor Líder tem tato. Existe uma coisa que em administração agente aprende que é
Níveis de Competência. O Professor Líder precisa entender o seu nível de competência, e não
assumir posições que ele não tenha capacidade para realizar. Esse é um problema sério do
meio evangélico. Deus respeita o nosso nível de competência, Deus não entregou 05 talentos
para todos, entregou segundo o nível de competência de cada um.
Vejam o caso de Barnabé em Antioquia. Antioquia era uma cidade culta cheia de
Universidades, imagine quando Barnabé começou a evangelizar os doutores, os universitários,
ele analisou o seu nível de competência e mandou chamar o Apóstolo Paulo para ajudá-lo. O
Professor Líder não pode ter medo do seu nível de competência, não pode ser medíocre a
ponto de afirmar, aqui ninguém pode ser maior que eu. O verdadeiro Professor Líder é aquele
que tem a seguinte lógica, se precisamos chamar alguém para nos ajudar, esse alguém tem que
ser melhor do que nós, porque precisa aumentar o nosso nível de competência. Se você
chegou no topo do seu nível de competência, como vai crescer, precisa de alguém para
romper o seu nível de competência. Então o Professor Líder consegue antecipar o efeito
provável de uma decisão antes de anunciá-la.
O Professor Líder tem força de vontade; é constante. Um Professor Líder vacilante não se
manterá em sua posição por muito tempo. O Professor Líder é perseverante.
O Professor Líder não alimenta ressentimentos; esquece as injúrias que lhe são
dirigidas. O Professor Líder não guarda rancor. Mesmo quando alguém vacila com ele, não
guarda rancor, como Paulo que manda João Marcos vir ter com Ele porque considerava
importante João Marcos para o seu ministério.
O Professor Líder é tomado por uma paixão avassaladora. Ele age como agia o Apóstolo
Paulo, que afirmava: “Uma coisa faço” (Filipenses 3.13). Essa motivação única focalizará as
suas energias, forças e empenho na direção do objetivo almejado. A maioria das pessoas não
consegue alcançar os seus sonhos, porque são pessoas que não tem foco. O Professor Líder é
focado nos seus objetivos.
O Professor Líder é Aquele que Presta Reconhecimento aos que o Precederam. Todo
talento e capacidade é dom de Deus. João Batista se expressou muito bem sobre isso: “O
homem não poder receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (João 3.27).
Isaac Newton afirmou: “Se vi mais longe do que outros homens, foi porque estava de pé sobre
ombros de gigantes”. Ele havia reconhecido o valor dos que haviam aberto a caminho para
Ele. Recebeu o título de “Pai da Física”, mas não conseguiu isso sozinho. Hoje colhemos o
que outros plantaram (João 4.36-38).
22
5. HABILIDADES CONTUNDENTES NOS PROFESSOR LÍDERES QUE EM
OUTRAS PESSOAS.
b) O Verdadeiro Professor Líder faz com que as pessoas se sintam valorizados e não
apenas úteis.
As pessoas que não estão sob uma Liderança Pedagógica eficaz tendem a dispensar seus
talentos em projetos maiores que sua realidade permite, terminando invariavelmente
frustrados a novas iniciativas. O Professor Líder Eficaz consegue dar moderação e clareza
quanto as reais condições das pessoas.
c) O Verdadeiro Professor Líder faz com que as pessoas se sintam valorizadas e não
apenas úteis.
Em qualquer empreendimento, é comum se tratar às pessoas apenas meios de alcançar os fins
que o próprio Professor Líder imaginou. Isso despersonifica as pessoas e lhes rouba a
dignidade. O Professor Líder Eficaz faz com que as pessoas trabalhem por uma causa ou
projeto sem jamais deixar que eles se sintam meros objetos.
23
Procuremos predeterminar, ou planejar com antecedência, circunstâncias possíveis. Quem é o
Professor Líder? O Professor Líder é aquele que desenvolve essa capacidade de maneira mais
articulada ou mais eficiente que outras pessoas. Na maioria dos estudos sobre as funções
próprias de Liderança Pedagógica, a palavra planejamento aparece no alto da lista de
prioridades.
Quem não consegue planejar não consegue ser Professor Líder. Os Professor Líderes
precisam planejar suas aulas, e quanto melhores eles se mostrarem nessa fase, tanto mais
provavelmente eles serão bem sucedidos. Portanto, vamos descobrir o que está incluído no
processo de planejamento.
a) Análise e Prognóstico.
Antes de empreender uma tarefa, o Professor Líder deve observar cuidadosamente quais são
as condições vigentes. Analise o que você vai fazer antes de começar. Deve perguntar: por
que este trabalho deve ser feito.
Quais as opções de ação?
Quais as avenidas que eu posso tomar?
Quais as alternativas, caso não dê certo?
Em caso de sucesso, como administraremos os resultados?
A conversa de Getúlio Vargas com Graça Aranha... Os Estados Unidos, no Iraque. Os Jovens
hebreus na Babilônia estavam preparados para caso desse certo e caso desse errado.
Se você não sabe o que está fazendo e porque está fazendo, é melhor parar, porque se não é
fanatismo.
d) Cronograma
O que é um cronograma? É você saber as etapas de como as coisas vão acontecer. A melhor
coisa que pode acontecer com o Professor, é ele realizar as coisas sem pressão, sabendo
exatamente como as coisas irão acontecer.
Imagine você com a responsabilidade de pregar no domingo e no sábado você não tem o
sermão preparado. A preparação de um cronograma, que será obedecido para se saber o
tempo gasto na conclusão dos objetivos.
24
Quando? Com um determinado número de dias ou meses, ou anos deve-se esperar que o
projeto esteja na fase “X”. Isso é um cronograma. Assim, sabe-se e avalia-se o andamento do
projeto para não ter surpresas desagradáveis no final. Em termos de planejamento é essencial.
Exemplo: A Gravidez.
Faz-se necessário que haja bom senso. Portanto, o Professor Líder deve ser capaz de dizer,
com antecedência, quais os métodos apropriados e disponíveis que serão usados em cada
passo do programa por ele esboçado.
Vejam a proposta de Jesus para evangelização do mundo em Marcos 16.15, está linquada,
interligada com Atos 1.9. Todo projeto no mínimo tem que ser exeqüível.
Avaliação de Recursos.
Nos estudos sobre as funções de Liderança Pedagógica, essa é denominada de orçamento. A
maior parte dos planos requer que se dê certo grau de atenção às despesas envolvidas, e como
os fundo serão levantados, partilhados e gastos.
O orçamento significa não só o que vou pagar, mas como vamos administrar mês a mês. O
brasileiro não tem cultura de orçamento. Temos que administrar os recursos, porque eles são
limitados. Quando os recursos são ilimitados, não precisamos administrar esses recursos.
Exemplo: O Ar. Outro exemplo interessante é comparar a vida do adolescente com o ancião...
A bacia de Jabuticaba... O sábio administra o tempo como se fosse a última jabuticaba da
bacia. Avaliar recursos é administrar como secada recurso fosse o último.
Existe uma expressão latina CARPEN DIEM. Carpe Diem é uma frase em latim de um
poema de Horácio, e é popularmente traduzida para Colha o Dia ou Aproveite o Momento.
É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas
inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
Também significa valorize o seu dia, valorize o seus filhos, porque chega uma hora que ele
vai embora.
Então o Professor Líder na sua avaliação deve considerar com o que o trabalho será feito. Isso
leva ao orçamento e às considerações sobre as instalações e sobre o material necessário.
Existe uma irresponsabilidade por parte de algumas Igrejas e alguns pastores sobre a questão
de finanças.
As benevolências do amanhã, biblicamente não está garantido para ninguém. Por isso cada
recurso deve ser bem administrado, porque eu preciso a me precaver a possibilidade de
amanhã de estar tudo dando errado. José no Egito. Essa capacidade de precavermos tem que
estar no que chamamos de Orçamento. Se você gastar mais que ganha, você vai quebrar.
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f) Avaliação de Pessoal
Os Lideres resolvem, com antecedência, quantas pessoas serão necessárias para levar a cabo
um programa ou projeto e quais as qualidades ou habilidades que essas pessoas devem ter.
Todo projeto você precisa de recursos financeiros e de recursos humanos. Quem fará o
trabalho? Deve ser uma pergunta com total imparcialidade emocional.
Uma boa Liderança Pedagógica é aquele que aprende com seus fracassos, com as suas
limitações. Experiência é a gente ter essa base que já foi feita por alguém ou por nós mesmos,
essa bagagem na vida que nós fizemos ou outro fez, só alcançamos com a humildade de
querer aprender. Por isso temos que estudar as grandes biografias dos grandes homens, e são a
partir dessas vivencias de vitórias e triunfos que vamos concretizar os nossos projetos. Isso
leva à seleção do pessoal e à distribuição de tarefas específicas, de conformidade com as
aptidões e dons das pessoas disponíveis.
Hoje existe uma tendência em pleno século XXI de algumas Igrejas de judaizar o evangelho.
Estamos fazendo Festas dos Tabernáculos, Maquetes do Tabernáculos, vestes sacerdotais,
Shofar, estamos adotando as normas Judaicas dentro do Evangelho. Precisamos estudar
melhor a Carta aos Gálatas.
Muitos projetos fracassaram porque não conseguem ultrapassar três grandes obstáculos ao
planejamento e coordenação:
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Formas de Contornar esses Três Grandes Obstáculos.
Mantenha a atitude que considera todos os planos como flexíveis. Não pode haver um
plano fixo, tem de haver variáveis, dependendo das circunstâncias, precisamos refazer
todo o plano.
Não espere que todos os planos funcionem bem sempre. Até porque Deus não tem um
plano para a sua vida, Deus tem um propósito e usa de vários planos para alcançar a esse
propósito, e, Deus reescreve outro plano para alcançar esse propósito. Exemplo: A
Caminhada do Povo de Deus no Deserto. A Vida de Davi.
Planeje numerosos objetivos secundários que o ajudarão a atingir o objetivo último. Pense
de forma objetiva a cada passo que você conquistar. Se não pensarmos de forma objetiva
cada passo, a gente desanima e para no meio do caminho. Por isso precisamos cumprir
pequenos alvos, a subida é de degrau a degrau.
Certifique-se que os seus planos foram compreendidos e aceitos por todos os quantos têm
a responsabilidade de realizar o empreendimento;
Remaneje as pessoas para que sejam melhores aproveitadas onde melhor se adaptem. Na
Igreja muitas das vezes estragamos um bom diácono separando ele para o presbitério.
i) Tomada de Decisão
A importância dessa faceta da Liderança Pedagógica pode ser bem compreendida com uma
pequena história, contada por um pregador negro do Sul dos Estados Unidos. Em seu sermão
ele constituiu um quadro imaginário sobre a chegada de Jesus no céu depois da ressurreição.
Um anjo perguntou a Jesus sobre o plano de redimir a humanidade. Como ele aconteceria?
Jesus teria respondido: “Deixei nas mãos dos Apóstolos que confiaram a outros homens e
assim por diante”. O anjo perplexo foi adiante em seu questionamento: E se Eles falharem? O
Senhor Jesus teria respondido: “Estou Confiando Neles”.
Isso é delegar autoridade. O Professor Líder que chama para si e não delega autoridade,
tomando tudo nas mãos é uma forma de insegurança ou de soberba.
Apesar de vários exemplos tanto na Liderança Pedagógica secular como religiosa, ainda
perdura na mentalidade de alguns Professores ou de alguns Líderes que ninguém pode realizar
tão bem uma tarefa como ele próprio.
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7. ALGUMAS RAZÕES PORQUE DELEGAR AUTORIDADE
As Pressões de uma Liderança Pedagógica Exclusivista são Demasiadamente
Grandes. (Êxodo 18.18). Nenhum Professor Líder suportaria por muito tempo as pressões
e desgastes emocionais de concentrar todos os detalhes de um projeto sob seu cuidado. Ele
se acaba e não consegue realizar o projeto. A Liderança Pedagógica exclusivista só pode
ser concretizada se for onipotente. E Deus mesmo sendo Onipotente não é assim.
Exigüidade de Tempo. Um Professor Líder tem as mesmas vinte e quatro horas de todas
as pessoas, e, como ele não é onipotente, breve algumas tarefas se acumularão para o dia
seguinte; ai começa o efeito de uma bola de neve. Um Professor Líder Eficaz prefere
colocar mil homens para trabalhar a trabalhar por mil homens.
Ele Consegue Perpetuar a sua Visão. A tocha é passadas para outras mãos, mais jovens
que por sua vez terão vigor com o projeto. Aqueles que não treinam novos Lideres
condenam aquilo que empreenderam a um desaparecimento prematuro. Talvez tenha sido
esse um erro, por exemplo, de Josué, que fora treinado por Moisés, mas não soube treinar
e dividir sua Liderança Pedagógica com outros. O trágico resultado mostra-se patente, na
próxima geração; a do Livro de Juizes. A geração da anarquia. Cada fazia o que achava
melhor.
a) Primeiro Princípio: Definição Clara das Tarefas a serem Empreendidas (Josué 2.2;
3.2-4; 8.3-8).
O Chacrinha, personagem pitoresco dos meios de televisão afirmou: Quem não se comunica
se trumbica. Queridos quem no século XXI, detém os meios de comunicação domina o
mundo. Se você não consegue ser claro naquilo que você comunica as outras pessoas, não
importa o teor da mensagem, ela perde o objetivo. Por isso precisamos ser claros e convictos
naquilo que queremos comunicar.
Por que contar a história? Porque quem não tem história, não tem raízes, quem não tem
história não sabe de onde veio, porque está ali, como está ali. Se você não sabe de onde veio
acaba não sabendo para onde vai.
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A Igreja Neo Pentecostal tem esse problema, não reconta a história para os seus membros, não
tem propósitos. Não contam a história da Salvação.
Salvação não é um fim, e sim um meio que Deus usa para transformarmos à imagem de
Cristo. Isso precisa ser contado, ensinado, e, infelizmente, não está sendo feito.
Josué contou a história e os resultados dessa instrução detalhada são evidentes na missão dos
espias, no episódio de Raabe, na travessia do Rio Jordão, na queda das muralhas de Jericó e
em todas as campanhas bem sucedidas.
Quando a exortação é usada com freqüência e sem critérios, ela perde a sua força. Quando
Josué falava, sobressaiam quatro elementos principais de toda boa comunicação:
Apelo a Razão (Josué 23.14-16). Vocês sabem o que aconteceu antes. Portanto,
logicamente vocês acreditam que deus continuará operando da mesma forma;
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9. BARREIRAS IMPEDEM UMA BOA COMUNICAÇÃO ENTRE PROFESSOR E
ALUNOS.
a) Linguagem. Algumas palavras tem mais que um sentido. Cuidado com a área geográfica
e com as pessoas a quem você está dirigindo. Por Exemplo: A palavra otário diante de um
viciado em drogas não é o mesmo que dizê-la diante de um jogador de poker ou numa
Universidade. Queridos sejamos nós mesmos, não precisamos impressionar a ninguém,
porque todo o céu já sabe que nós não somos nada daquilo.
b) Símbolos. Grande parte daquilo que comunicamos não é falado. O gesto que identifica
uma pessoa, uma expressão que comunica mais que mil palavras. Quem se preocupa se
está ou não impressionando, é porque com certeza não está.
e) Posição Social. As Classes Sociais também se distanciam não apenas pelo estilo da
linguagem, mas pela própria dialética, ou tensão que existe entre elas. É preciso quebrar
essas barreiras através do amor, da graça e principalmente através do testemunho. Naamã
recebeu instruções de uma jovem criada judia.
f) Idade e Sexo. Tão claro quanto a dificuldade social, está a abarreira da idade e do sexo.
Conheço algumas pessoas jamais escutariam uma mensagem entregue por uma mulher, ou
por um jovem; ou por um homem e por um ancião. Depende do grupo em que você se
encontra. Paulo recomenda isto a Timóteo, a quebrar essa barreira.
b. Brevidade. A narração deve levar em conta a hora, o cansaço, o nível de atenção e saber
alinhavar, cortar, simplificar o que fala; ele deve saber improvisar. Cuidado para não
divagar, numa digressão que nunca mais volta ao ponto inicial do discurso.
30
11. PRINCÍPIOS PARA FORJAR OUTROS PROFESSORES.
O grande objetivo de qualquer Liderança Pedagógica é que nasçam Novos Professores, Novas
Lideranças Pedagógicas.
Gaste tempo com as pessoas. Procure um relacionamento que não seja formal. Convide a
pessoa para um chá. Um café, até mesmo para uma refeição, encontre um ponto de
contato com aquela pessoa. Lembre-se que Jesus gostava muito de gastar tempo com os
seus discípulos fora do contexto religioso – comendo, participando de eventos sociais,
festas de casamento.
31
12. PRINCÍPIOS DE DEUS PARA UMA LIDERANÇA PEDAGÓGICA EFICAZ.
A Luz do Novo Testamento, o verdadeiro Professor Líder baseia-se mais em qualidades que
em quantidades, grandeza ou popularidade. A tendência atual é se julgar as pessoas na escolha
de Professor Líderes, pela quantidade de seguidores, extensão de seus empreendimentos, ou
volume de dinheiro que movimenta. Logicamente não há como se negar que a expressão
numérica de seguidores de um Professor pode representar o valor de sua Liderança
Pedagógica, mas não necessariamente.
No Livro de Atos foi feita referência ao crescimento numérico dos crentes em sete ocasiões
diferentes, todas relacionando a benção de Deus como fator ou causa desse crescimento.
Para que uma Liderança Pedagógica seja verdadeiramente Eficaz siga os seguinte
princípios:
d) Reconheça que todos os seus sucessos dependem, na verdade de Deus. “Não levanteis a
vossa fronte altiva, nem faleis com cerviz dura, porque nem o oriente, nem o ocidente,
nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz; a um abate, e a outro exalta” (Salmo
75.5-7).
13. CONCLUSÃO
Toda Liderança Pedagógica deve se conscientizar que toda posição ou cargo, na verdade, são
dados por Deus. Ele é quem eleva e abate (Lucas 1.52; João 19.11). O Papismo ou qualquer
outro sistema de governo que se assemelha a uma “ditadura benevolente” não é bíblico. O
verdadeiro Professor Líder deve se derramar em outras vidas em serviço. Jesus Cristo mostrou
que o verdadeiro poder não é aquele que ordena, manda, mas o que serve. Ele se fez de servo
dos servos, tomou uma bacia e lavou os pés daqueles que andavam com Ele.
O Farisaísmo é o sistema que glorifica leis em detrimento de pessoas, vigia as tradições mais
que a saúde emocional e defende conceitos de justiça mais que a vida.
Nunca o mundo precisou tanto de Liderança Pedagógicas que celebrem a vida e exaltem o
amor como a mais poderosa força do universo – pois Deus é amor.
Gostaria de encerrar afirmando aos Lideres que me ouve: O Poder de uma visão pode ser
concretizado em Nome de Jesus. Acreditem nos seus sonhos. Porque Deus colocou a
eternidade dentro dos vossos corações (Eclesiastes 3.11).
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14. BIBLIOGRAFIA
Administração e Controle
Adelphino Teixeira da Silva
Atlas
33
ANEXO I
O meu sonho nessa Proposta é que nós Alunos, Professores, Diáconos, Presbíteros,
Evangelistas, Educadores, Pastores, e Superintendentes de Escola Bíblica Dominical, pessoas
realmente interessados numa escola aberta, dinâmica, fluindo alegre e abundante da fonte, a
Bíblia Sagrada, tenhamos em mente o crescimento inspirador da Escola Dominical
envolvendo toda a Igreja, com a presença de muitos visitantes.
Creio não haver no ambiente eclesiástico, nestes últimos anos, outro assunto a merecer tantas
críticas, sugestões, observações cuidadosas, encontros e congressos, quanto este: Escola
Bíblica Dominical.
Tenho certeza que é a nossa Igreja onde temos o maior número de decisões de almas se
rendendo ao senhorio de Cristo Jesus o Senhor. Porém, infelizmente a maioria não
permanece, não por falta de nosso querer, mas por falta de uma estrutura maior de nossa
Escola Bíblica Dominical, em realizar aquilo que chamamos na Lei de Mercado, Estrutura
de Pós-Venda. No nosso caso que seria “Pós-Decisão”
A falta de credibilidade de nossa Escola Bíblica Dominical, deriva numa estagnação, numa
ineficácia, numa inércia e conseqüente elevado índice de abstinência de nossos membros à
Escola Bíblica Dominical.
Como professor (na verdade não sou professor, estou professor), tomo a liberdade de
evidenciar algumas propostas para melhoria da qualidade de nossa Escola.
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A maioria dos membros de nossa Igreja a meu ver, não acredita na nossa Escola Bíblica
Dominical, a estatística de cada ano letivo, é constrangedora, nossa média de presenças é pífia
em relação ao número de efetivo que vem ao culto a noite. Portanto julgo necessário para a
recuperação desse crédito, que arregaçamos as mangas e nos dispomos para o árduo trabalho
de recuperação da credibilidade de nossa Escola Bíblica Dominical. Precisamos listar os
objetivos gerais da escola, porque são a luz destes objetivos, que traçaremos planos,
escolheremos os métodos, aplicaremos sistemas sob a seguinte bandeira: Estamos cumprindo
nossos propósitos.
Entendo que Escola Bíblica Dominical é prioridade da Igreja, ela não é uma sociedade interna
como os Departamentos existentes, a Escola Dominical é a própria Igreja crescendo e
desenvolvendo-se através do estudo sistemático da Palavra de Deus. É Ela que qualifica a
vida da Igreja. Podemos ter excelentes pregadores, mas se a nossa Escola Dominical for fraca,
a nossa Igreja é fraca.
A seguir algumas sugestões que poderão ser adotada (caso o Pastor Julgue pertinente)
para o crescimento de nossa Escola:
Primeira Proposta:
A primeira propostas é de que nossos líderes (pastores, presbíteros, diáconos e cooperadores)
entendam não só de mente, mas de coração, se convençam e ajam de acordo com essa
convicção de que a Escola Dominical não é um Departamento da Igreja é a própria Igreja, é
prioridade da Igreja, os alvos da Escola Bíblica Dominical devem ser os alvos da Igreja.
Assim sendo, a presença do Pastor e de todos os obreiros são fundamental para que a Escola
Dominical ganhe credibilidade junto a Igreja.
Segunda Proposta:
A segunda proposta é que a Escola Bíblica Dominical ocupe no planejamento de verbas,
prioridade para aparelhamento de todas as classes. As salas da Igreja devam ser para uso
prioritário da Escola Dominical, dando a essas salas o conforto pertinente que cada classe
merece. Não havendo salas de aulas, deve haver um projeto para construção das mesmas.
Terceira Proposta:
A terceira proposta é a escolha do nosso corpo docente. Creio que um Professor de Escola
Bíblica Dominical, entre outras coisas:
O Professor deve ser crente fiel, com bom testemunho, idôneo e submisso a liderança da
Igreja e apto para ensinar (II Timóteo 2.24).
O Professor deva ter no coração que a Escola Bíblica Dominical é a prioridade da Igreja
e demonstrar isso a todos. Como costumo dizer, é necessário que nossos professores
vistam a camisa da Escola Bíblica Dominical, senão experimentam em breve o desânimo.
Quando a Escola Bíblica Dominical é prioridade em nossas vidas, nada nos afasta Dela.
O Professor deve chegar no máximo 10 minutos antes do horário de início da aula.
O Professor precisa estar capacitado para o ensino (infelizmente muitos não estão), por
isso que os alunos ficam desanimados com certas aulas que são dadas.
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O Professor deve saber usar os recursos didáticos e audiovisuais colocados a sua
disposição de acordo com a possibilidade financeira de nossa Igreja.
O Professor deve receber um curso preparatório de professores, onde entenda no mínimo
as nossas doutrinas básicas, bem como, os nossos dogmas, a fim de não causar
constrangimento doutrinário para a nossa Igreja.
Nunca podemos esquecer-nos do jargão da pedagogia: “Só ensina quem sabe”.
O texto de Romanos 12.7 deve ser o texto áureo para a liderança docente da Escola
Dominical: “O que ensina esmere-se no fazê-lo”.
Quarta Proposta:
A quarta Proposta é uma completa reestruturação das Classes. Deve haver uma
homogeneidade básica nas classes. As classes dos jovens deve ser dividido por faixa etária e
não por tipo de sexo. Caso o número de alunos supere a 25 alunos, torna-se obrigatório a
formação de uma segunda classe de jovens. As classes infantis devem ter salas individuais,
nominais a elas, para que toda criança quando chegar à Escola Bíblica Dominical seja
encaminhada diretamente à sua sala, e se reúnam apenas no final da Escola com a Igreja para
leitura do relatório. Entendo que seja necessário formar uma classe para os jovens casados,
julgo ser muito importante.
Ë importante que os Professores sejam mais que professores sejam verdadeiros pastores de
seus alunos, a fim de que os alunos passem a confiar neles.
Quinta Proposta:
A Quinta Proposta é a formação de uma Biblioteca em nossa Igreja, a fim de facilitar as
pesquisas e incentivando cada vez mais alunos e professores.
Sexta Proposta:
A Sexta Proposta é darmos café da manhã a todos os alunos antes de começar a aula. Que tal
começarmos o ano com o seguinte Slogan: “Não Tome café em casa no domingo, venha
tomar café na Escola Bíblica Dominical”. Entendo que será um grande atrativo a todos os
alunos, e um meio de nos conhecermos mais como Comunidade Evangélica. Além disso,
pode-se pensar em um trabalho social a médio e longo prazo, dando café da manhã aos
transeuntes, como forma de evangelizá-los.
Sétima Proposta:
A Sétima Proposta é termos uma ficha cadastral de todos os nossos alunos. Assim
monitoraremos melhor sua freqüência, datas festivas de todos alunos. Além disso, a secretaria
da Escola Bíblica Dominical deve se estruturar com Cartão de Aniversário, presenteando
todos os alunos aniversariantes; Cartão de Boas Vindas aos os nossos visitantes, sendo
entregue pelo Superintendente no encerramento da Escola Bíblica Dominical.
Oitava Proposta:
A Oitava Proposta é um novo conceito para a Igreja. Qualquer criança a ser apresentada, que
este ritual litúrgico deva acontecer não no domingo a noite, e sim no domingo pela manhã na
Escola Bíblica Dominical. Entendo que se a primeira vez que a criança for a Igreja, for a uma
Escola Bíblica Dominical, recebendo o Diploma de Apresentação, será um meio de estimular
a Igreja e a família. Tenho certeza que será algo marcante na vida do Bebê, que mais tarde
será um aluno assíduo da Escola Bíblica Dominical.
36
Nona Proposta:
A Nona Proposta é tornamos nossa Escola Bíblica Dominical evangelística e missionária.
Assim como convidamos através do nosso Departamento de Evangelismo pra que venham ao
nosso culto de domingo a noite, podemos investir no evangelismo para que nossos vizinhos
possam se tornar alunos de nossa Escola Bíblica Dominical. Também devemos associar a
Escola Dominical à missões, a fim de que todo aluno da Escola Bíblica Dominical se envolva
na questão missionária. O Culto de Missões deve ser atrelado a Escola Bíblica Dominical,
com total participação de nossos alunos.
Décima Proposta:
A Décima Proposta é uma melhor interatividade de professores. Devemos periodicamente
estabelecer um rodízio entre os professores titulares. O Superintendente periodicamente
valorizar todas as classes, participando direta e intensamente das aulas em classe. Valorizando
principalmente as classes infantis.
37
Cursos que explorem aspectos diversos, a partir das necessidades dos professores:
Interpretação Bíblica; Metodologia de Ensino, Preparação de Aulas; Aprofundamento
Teológico; entre outros.
A organização de uma biblioteca básica, adquirindo, pelo menos, a cada período, um
comentário bíblico a respeito do assunto em estudo.
A entrega de material complementar como, por exemplo, comentários bíblicos que
possam esclarecer o texto a ser estudado.
Pesquisas para levantamento das necessidades.
b) Cartas aos faltosos e membros da igreja que não são alunos, convidando para novos
cursos, classes ou projetos que foram planejados.
d) O trabalho coletivo é uma saída. Aliar-se a pessoas da igreja que militam na área de
educação, mas, sobretudo, com experiência de vida cristã, é uma atitude a ser buscada.
São muitas as propostas e grandes os desafios. Esperamos que o Senhor Jesus nos capacite e
nos ajude a ampliar nossa visão e alcançar novos horizontes em educação religiosa.
Encerro com a pergunta que foi o tema dessas sugestões: Acreditamos em Escola Bíblica
Dominical? Se a resposta é sim, então vamos reestruturá-la.
38
ANEXO II
Um trabalho além de "abrir e fechar" a Escola Bíblica. O ato de dirigir a Escola Bíblica é
bastante abrangente. A pessoa escolhida para este fim não pode restringir sua ação a um mero
acompanhamento do funcionamento das classes no domingo. Há muito o que fazer! Os
diretores de Escola Bíblica Dominical que não contam com a orientação de um Conselho de
Educação Religiosa podem buscar a assessoria de profissionais da educação que são membros
da igreja, e, assim, encaminhar ações que contribuam para o aperfeiçoamento do processo
ensino-aprendizagem. Pretendemos com este trabalho oferecer subsídios para aqueles que
desejam exercer uma interferência pedagógica na Escola Bíblica Dominical, e,
conseqüentemente, desenvolver na igreja um estudo bíblico com qualidade.
"O que se Ministra? A Palavra de Deus. A quem se Ministra? A homens e mulheres, criaturas
de Deus. E para que se Ministra? Para expansão do Reino e glória de Deus".
Diante disso, não podemos nos contentar com qualquer ação. Precisamos estar atentos no
processo como um todo, na relação professor-aluno e aluno-aluno, na dinâmica
organizacional e na formação dos professores. O que, com certeza, nos ajudará a melhorar a
Escola Bíblica Dominical e a buscar a sua relevância.
Nosso desejo é que, as questões que abordaremos a seguir, sejam assumidas como material
sugestionador.
1. Planejamento
Definir os caminhos da ação é fundamental para o desenrolar do processo e um bom começo
para a direção da Escola Bíblica Dominical. Esta importante etapa, segundo Danilo Gandin,
pode se dar através da caracterização da realidade existente, projeção da realidade desejada e
definição das necessidades. Entre o que se tem e o que se quer, há uma distância que pode ser
encurtada com a satisfação das necessidades.
"Planejar é, de fato, definir o que queremos alcançar; verificar a que distância, na
prática,estamos deste ideal e decidir o que se vai fazer para encurtar esta distância."
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Cremos que um diretor de Escola Bíblica Dominical pode contribuir para a formação de
sua equipe, encaminhando, entre outras coisas:
Cursos que explorem aspectos diversos, a partir das necessidades dos professores:
Interpretação Bíblica; Metodologia de Ensino, Preparação de Aulas; Aprofundamento
Teológico; entre outros.
3. Ministração do Ensino
Um diretor de Escola Bíblica Dominical precisa incluir em seu plano de ação o
acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. Não basta definir o que vai ser ensinado,
é fundamental que se preocupe com o como vai ser ensinado.
Uma grande dificuldade da Escola Bíblica tem sido justamente o encaminhamento de aulas
meramente expositivas, centradas predominantemente no professor. Sendo nossa meta um
ensino bíblico com qualidade, devemos considerar a possibilidade de que este aconteça a
partir de um trabalho educativo participativo.
40
Como vemos, o relacionamento interpessoal é um aspecto tremendamente significativo, não
podendo deixar de ser considerado pela direção da Escola Bíblica Dominical. Atividades
extra-classe, células de comunhão, discipulado... são alguns procedimentos que podem ser
encaminhados pelo diretor. Mas, sobretudo, insistir no desenvolvimento de uma relação
dialógica, quando, nas aulas, os alunos sentem-se a vontade para colocar suas questões,
compartilhar experiências, e o professor, habilmente, aproveita as diferentes falas e situações
para a exploração do conceito em estudo. É a busca pelo predomínio da troca, da partilha, da
comunhão, do cuidado uns com os outros...
5. Dinâmica Organizacional
Para que as iniciativas já comentadas provoquem resultados minimamente satisfatórios, torna-
se necessário o cuidado com as condições para o trabalho. Nesse sentido, é ação também do
diretor atentar, entre outras coisas, para os critérios de formação dos grupos de estudo, a
quantidade de alunos possível, o horário de funcionamento, o material que vai ser utilizado e
os registros atualizados.
Quanto a quantidade ideal de alunos, temos a dizer que os grupos não devem ser grandes.
Preferencialmente não exceder a 20 alunos para cada professor. Justamente para facilitar uma
ministração de ensino a partir de um trabalho educativo participativo, com o predomínio da
relação dialógica e o cultivo de um bom relacionamento interpessoal entre todos.
O horário de funcionamento, assim como o tempo dedicado ao ensino, não devem ficar presos
a costumes e hábitos. A Escola Bíblica não tem que necessariamente ser dominical. E o tempo
de aula deve ser o maior possível.
Assim como nos demais aspectos, o que deve definir a escolha do material a ser utilizado é a
proposta curricular. Esse material, contudo, não pode resumir-se a revista. Verificamos que a
utilização da revista é uma prática comum para facilitar e, de certa forma, uniformizar o
estudo bíblico ministrado em nossas igrejas. É bom que os alunos possuam um material que
lhes auxilie na descoberta e arrumação dos conceitos bíblicos. Podendo ser a revista ou não. O
que não é bom é que este material deixe de ser um auxílio e passe a ser um fim em si mesmo.
O encaminhamento da aula não pode limitar-se ao estudo da revista.
"...Contar com ortodoxia de conteúdo. Isto é ter a Bíblia como o seu livro-texto e ser fiel
a ela em seus ensinos e doutrinas."
41
6. Proposta Curricular e Avaliação Periódica
Em vários momentos nos reportamos a necessidade de definição da proposta curricular. Esta
se constitui no eixo direcionador do trabalho. O diretor que deseja exercer uma ação
significativamente pedagógica, não pode abster-se de se envolver nesta área.
O currículo implica numa série de fatores: alunado a que se destina, realidade, necessidades...
Não é tarefa nossa, nesse Encontro, discutir os caminhos de sua construção. Pontuamos, no
entanto, a necessidade da direção da Escola Bíblica Dominical ampliar a sua visão em
relação a esse aspecto.
Um procedimento que pode ajudar bastante, aliviar a carga de responsabilidade do diretor e
facilitar a articulação desta construção, é a organização de uma comissão de currículo. Esta
comissão pode ser formada pelo pastor da igreja, por um pedagogo e por um professor da
Escola Bíblica Dominical. Juntos, encontrarão, mais facilmente, meios de avaliar, pesquisar e
definir os ciclos de estudo adequados a realidade e necessidade da igreja.
A avaliação precisa ser assumida como aliada. Com a função de diagnosticar o processo, ela
sinalizará os acertos a serem feitos. Assim, o diretor da Escola Bíblica Dominical deve prever
a sua prática sempre. Cada ciclo de estudo precisa ser avaliado. Colher, através de pesquisas,
a opinião dos alunos sobre o programa e desenvolvimento da classe e sobre o desempenho
dos professores, é uma das etapas avaliativas. A outra deve referir-se à aprendizagem, e pode
acontecer através de exercícios ou questões subjetivas. O processo avaliativo deve estar
intimamente articulado à proposta curricular.
7. Divulgação
Divulgar a Escola Bíblica Dominical é uma estratégia que, com certeza, influenciará no
pedagógico. A criatividade do diretor e sua equipe produzirá boas idéias. Para exemplificar,
contudo, destacamos algumas dicas sinalizadas por Olga Nogueira Sant’Anna em seu artigo:
Por onde recomeçar?
Cartas aos faltosos e membros da igreja que não são alunos, convidando para novos
cursos, classes ou projetos que foram planejados.
Um diretor de Escola Bíblica que não deseja reduzir a sua ação ao ato de abri-la e fechá-la,
tem pela frente uma longa jornada, perpassada de muitos caminhos e descaminhos. O trabalho
coletivo é uma saída. Aliar-se a pessoas da igreja que militam na área de educação, mas
sobretudo, com experiência de vida cristã, é uma atitude a ser buscada.
São muitas as propostas e grandes os desafios. Esperamos que o Senhor nos capacite e nos
ajude a ampliar nossa visão e alcançar novos horizontes em educação religiosa.
42
ANEXO III
INTRODUÇÃO
Todas as instituições, entre elas a Igreja, têm organização, pois é impossível funcionar como
comunidade sem uma definição organizacional.
Para que haja padrão de excelência, faz-se necessário analisar o que temos realizado e como
tem seguido a Escola Bíblica Dominical, com algumas exceções, utilizando modelos
estáticos, não conseguindo responder satisfatoriamente as expectativas que os tempos
modernos demandam.
É fato que a educação cristã tem sido representada, não apenas no Brasil, em nosso meio
denominacional, mas em outras denominações e em todo o mundo. Assim, se não quisermos
ficar com a nossa educação cristã parada, precisamos repensá-la à luz de sua importância e de
nossa realidade. Pensar na Escola Dominical objeto visando torná-la meio cada vez mais
eficaz de resgate espiritual e também social dos indivíduos e da sociedade, tem sido uma
constante nos últimos anos por nossa denominação, que vê a necessidade de preparar obreiros
para a relevante missão de "ir por todo o mundo e pregar o evangelho". Sem uma preparação
dificilmente chegaremos a um padrão de qualidade. A escolha redentora que prepara as
pessoas para viverem em sociedade: integrar os menos sábios e marginais na vida social, A
reprodutora compreende que a escola reproduz a estrutura social, política, ideológica da
sociedade urgente. Ela vê a educação como parte integrante da sociedade.
O que isso tudo tem a ver com a igreja, Escola Bíblica Dominical e educação cristã? Estas
correntes oferecem grandes possibilidades para se entender a educação cristã em nossas
igrejas e construir um modelo religioso de educação que favoreça o crescimento dos cristãos,
da igreja, da própria sociedade. A mensagem da Palavra de Deus deve influenciar de maneira
global.
Uma nova mentalidade de educação religiosa deve ter este objetivo, visando mudar a
realidade da própria igreja, tornando-a um autêntico agente do reino de Deus. O que significa
dizer que o modelo de educação cristã deve capacitar os indivíduos a terem uma ética pessoal
coerente com a Bíblia e uma ética social concordante com as Escrituras. Somente
chegaremos a um padrão de excelência quando dissermos "chega" diante do terrível quadro
social, moral e espiritual que o mundo vive.
43
A Escola Bíblica Dominical deve continuar ensinando a Bíblia, na sua inteireza, e
relacionando estes estudos com a vida das pessoas. Deve desafiar os cristãos a viverem em
todas as áreas e esferas da vida social coerentemente com a Bíblia.
1. Estabilidade é vital:
b) Quando as pessoas sentem falta de estabilidade tendem a procurar por equilíbrio, através
de luta ou de fuga.
Tipos de mudanças:
a) Consciência: A velocidade com que uma pessoa se torna consciente de uma mudança
necessária depende da situação, da preocupação levantada pela situação, e da informação
disponível.
44
b) Interesse: O despertar de interesse tem que ocorrer, ou a conscientização vai morrer,
portanto o quem, que, quando são essenciais. É necessário discernimento maior.
b) Mudança requer análise e síntese. Temos que olhar para as partes, mas não esquecer o
todo.
c) Mudança requer uma compreensão das forças envolvidas. Quais são as forças repressoras
e as forças impulsoras? Se você adiciona mais forças impulsoras, sem eliminar as forças
repressoras, podem ocorrer explosões.
1. Pessoais
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d) Mente fechada: as pessoas acreditam que o modo como elas estão fazendo as coisas é
o modo como deve ser feito.
2. Organizacionais
e) Afirme sua filiação. Lembre que eles não podem estar sempre errados.
f) Envolva os membros da igreja tanto quanto for possível, para que eles tomem
propriedade.
46
VII. O PADRÃO DE EXCELÊNCIA
Objetivando conquistar o Padrão de Excelência da Escola Bíblica Dominical, gostaria de
propor algumas sugestões:
1º. Divulgação. Nesta etapa faz-se uma divulgação do trabalho a ser desenvolvido,
apresentando seus objetivos, justificando sua necessidade e importância, explicando os
métodos e procedimentos que serão utilizados e, principalmente, ouvindo das pessoas suas
expectativas.
2º. Definindo a Missão. A estrutura organizacional da Escola Bíblica Dominical tem que ser
compatível com os desafios colocados pelos novos tempos, que exigem estruturas ágeis,
flexíveis e simples, que favoreça a comunicação, a integração e a participação, também deve
ser adequada ao propósito e objetivos da igreja. Assim sendo, um dos passos é responder a
grande questão: Para que existimos? Qual é o nosso propósito? Existimos para suprir que
necessidades da sociedade?
Fase A: Faz-se um levantamento dos problemas e dificuldades existentes, bem como das
necessidades, expectativas (tal fase será detectada através de entrevistas com os leigos e
voluntários que trabalham na área de Escola Bíblica Dominical).
Fase B: Após o diagnóstico inicial, passa-se a um outro diagnóstico mais detalhado, visando
o conhecimento de todas as áreas da Escola Bíblica Dominical, suas principais
responsabilidades, necessidades, dificuldades, processos, estrutura funcional. Para conhecer e
desenvolver esta fase, a metodologia indicada é a entrevista, que poderá ser individual com
líder, ou coletiva com o líder e a equipe, através de uma reunião estruturada.
4º. Definição da estrutura, suas funções e processos. Nesta etapa procede-se a análise dos
dados levantados nas duas fases do diagnóstico, objetivando encontrar um desenho para a
estrutura organizacional que propicie a solução para as principais dificuldades e carências
detectadas no diagnóstico.
Vale salientar que não existe método ou fórmula que determine como fazer isso ou aquilo. O
que vale é atentar para os princípios bíblicos de administração, conhecimentos básicos de
administração, bom senso, reflexão e discussão participativa - são os fatores que, reunidos,
determinarão o sucesso do trabalho.
5º. Preparação de Líderes. As estruturas devem ser informadas como atuar na nova
estrutura. Deve-se definir as diretrizes do processo, com elas, estabelecer limites e
parâmetros, para que possam atuar de forma plena no novo papel que se espera de cada líder.
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6º. Desenvolvimento. Conscientes as lideranças, deve-se preparar os participantes das
diversas classes para atuarem de forma integrada. Trabalhando em equipe de forma eficaz e
procurando conhecer o desenvolvimento dos demais.
CONCLUSÃO
Finalmente, se buscarmos padrão de excelência junto a Escola Bíblica Dominical precisamos
colocar no lugar certo a pessoa certa. "É verdade que todo crente está apto par adorar a Deus,
no entanto, nem todo crente foi por Ele escolhido para uma missão especial".
BIBLIOGRAFIA
BARNA, George, O Poder da Visão, Ed. Press Abba e Divulgadora Cultural Ltda. 2ª Edição,
São Paulo-SP
GANGEL, Kenneth O & Hendricks, Howard D. G., Manual de Ensino do Educador Cristão,
CPAD, RJ.
48
ANEXO IV
Existe um anseio generalizado por revitalização da Escola Bíblica Dominical que venha
torná-la um ambiente ideal para a formação e equipamento do cristão, nas suas relações com a
Igreja e o mundo à sua volta.
Objetivos
Para fins deste trabalho, vamos tratar apenas do último passo administrativo para a Escola
Dominical.
Avaliar significará verificar o progresso realmente alcançado pela Escola Dominical, em três
grupos:
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Perigos
Admitimos, desde já, a pressão atual do modelo secular que estimula o sucesso a qualquer
preço. Esta pressão tem seduzido e afetado também o modo evangélico de aprender, viver e
cultuar. Não consideramos adequados, para o alcance dos resultados desejados, a utilização de
métodos que destruam a cooperação e unidade do Corpo de Cristo. Antes, pelo contrario,
pretendemos oferecer soluções que reforcem estas características, evitando a exclusividade de
parâmetros que privilegiam somente os maiores e não contemplam também os melhores, os
mais dedicados. Reconhecemos, ainda, que nem sempre os fins justificam os meios, e seria
ideal que a avaliação adotada trouxesse o reconhecimento e/ou premiação dos destaques
individuais (alunos, professores, superintendentes) e coletivos (classes). Não devemos
ignorar, também, os malefícios da introdução do culto aos números, pois há diversos fatores
concorrentes e importantes, que não podem ser traduzidos em medidas de avaliação humana,
porem, o serão, no juízo divino, que conhece os mais íntimos segredos do coração.
Utilidade
Apesar dos perigos já relatados e iminentes na introdução de Sistema de Avaliação na Escola
Dominical, reconhecemos a validade e utilidade do processo, pois, a recomendação bíblica
"faça bem feita qualquer coisa que você tiver de fazer" (Ec 9.10).
Adotaremos como premissa deste Sistema: A Escola Dominical que não pode ser medida,
também não pode ser melhorada! Esta premissa devera nortear a função de Avaliação e
iremos sugerir aqui por esta razão, o levantamento de pontos passíveis de avaliação, alinhados
com os devidos critérios e formas de realização do processo, objetivando um balanço
periódico da Escola Dominical em cada congregação do povo de Deus.
Conceitos
Para a adoção de um Sistema 10 de Avaliação será importante estabelecermos um conjunto
padrão de conceitos, traduzindo nossas expectativas. Vamos a eles:
1) Fatores de Quantidade
Tratam-se dos agrupamentos das informações coletadas na Escola Dominical através dos
Envelopes de Freqüência, preenchidos pelos alunos pertencentes a Congregação (membros e
filhos congregados) e pelos alunos visitantes (de outras origens). O Sistema 10 terá os
seguintes Fatores de Quantidade, sendo a nota máxima em cada fator =1,0.
Alunos Presentes
Visitas Presentes
Bíblias e Revistas
Ofertas
2) Fatores de Qualidade
Tratam-se dos resultados dos Fatores de Quantidade divididos pelo numero total de alunos
presentes na data da avaliação. A média resultante das quantidades divididas pelo numero de
participantes. O Sistema 10 terá os seguintes fatores de Qualidade, sendo a nota máxima em
cada fator = 2,0
50
Visitação Média (número de visitantes a aula dividido pelo total de alunos presentes em.
classe)
Literatura Média (soma de Bíblias e revistas dividida pelo total de alunos presentes em
classe)
Oferta Média (soma dos valores arrecadados dividida pelo total de alunos presentes em
classe)
3) Sistema 10
O Sistema 10 de Avaliação da Escola Dominical consiste da apuração dos resultados de dois
conjuntos de fatores básicos de avaliação. Os Fatores de Quantidade e Fatores de Qualidade.
Este sistema prevê como 10 a nota máxima para uma classe de Escola Dominical, distribuída
em:
Também este sistema reconhece que nem sempre a maior será a melhor.
De fato, neste sistema, a nota 10 somente será obtida pela classe que for a maior e melhor
Envelope de Freqüência
Trata-se de envelopes de uso personalizado para cada participante (inclusive o visitante) da
Escola Dominical com prazo de utilidade correspondente ao trimestre letivo.
Também será utilizado pelos professores e superintendentes, pois também são alunos.
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Cada aluno ou visitante, que comparecer à Escola pela primeira vez, terá direito a receber seu
Envelope, através do serviço da Secretaria de cada classe, que orientará sobre seu
preenchimento.
Preenchido e entregue no horário estipulado, o aluno somente terá seu envelope em mãos na
próxima aula que comparecer, quando novamente o preencherá nos campos relativos à aula
do dia.
Pouco, 1, 2, 3, Muito
Fraco, 1, 2, 3, Bom
Nenhum, 1, 2, 3, Grande
Insatisfatório, 1, 2, 3, Satisfatório
Desagradável, 1, 2, 3, Agradável
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Presença do Aluno – 1 ponto
Trouxe a Bíblia – 1 ponto
Trouxe a Revista – 1 ponto
Trouxe Oferta – 1 ponto (independentemente do valor)
Trouxe Visitante – 1 ponto (para cada visitante convidado)
Realização de Tarefa Especial - 5 pontos (memorização dos textos áureos do trimestre,
memorização da leitura em classe do dia, memorização de capítulos bíblicos, e outras
tarefas de semelhante dificuldade).
As informações são extraídas dos Envelopes de Freqüência, após separa-los por classes e são
pontuadas conforme segue:
Pertencer e Participar
A aplicação deste Sistema 10 valerá pelo esforço que exige, à medida em que nos faz ver que:
a) Nem sempre a maior classe será a melhor
b) Os fatores de qualidade favorecem ligeiramente as classes menores
c) Somente a melhor e maior obterá a nota 10
d) Visitantes possíveis passam a ter importância.
e) Não basta pertencer, pois cada professor percebera que o aluno também pode
participar.
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Premiação
No Sistema 10 de Avaliação, outro aspecto que merece atenção especial é a premiação pelas
mudanças positivas que forem sendo constata- das, importando mais o gesto do que a natureza
do prêmio. Por esta razão, diferentes formas de reconhecimento, como as que se seguem, têm
sido empregadas em diversos contextos.
Carta/Diploma de reconhecimento
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