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Civilizaçõ es de alta cultura pré historia

Incas maias e astecas


Como viviam antes da chegada dos espanhó is / escrita / ciências / cultura /
religiã o / política / sociedade / conseqü ências para eles depois que os espanhó is
dominaram os territó rios

Sá bado

Maias, Astecas e Incas

Antes da conquista européia, a América conheceu o


desenvolvimento de importantas civilizações, que formaram-se ao
longo de milhares de anos e que possuiam complexa organização
social, econômica e política, que realizaram grandes obras públicas:
sistema de irrigação, assim como palácios e templos, tanto na
mesoamérica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no
Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Império Inca.Essas três
civilizações tinham como base as características gerais do Modo de
Produção Asiático, possuindo portanto semelhanças com civilizações
mais antigas do Oriente Próximo, mas também diferenças
significativas entre si.A economia era essencialmente agrária, sendo
a terra considerada como propriedade do Estado e trabalhada pelas
comunidades camponesas, existindo atividades complementares
como a criação de animais, o comércio e a mineração, esta última
especialmente entre ao Astecas no México e os Incas no Altiplano
Andino.Os Astecas desenvolveram um sistema de plantio baseado
nos "jardins flutuantes", em região pantanosa que passou então a
produzir.

As comunidades camponesas conservavam pequena parcela de


terra para uso familiar, mas a maior parte das terras pertencia à
sacerdotes e elites locais (líderes dos clãs) no caso de Maias a
Astecas. Entre os Incas a terra era divida em: Terra do Estado,
Terra dos sacerdotes e Terra comunitária, onde cada família possuía
um lote para cultivo próprio, onde produziria após trabalhar as
terras do imperador e dos sacerdotes. A exploração do trabalho dos
camponeses pelo Estado ainda era realizada através da mita , ou
seja, toda comunidade estava obrigada a fornecer homens para as
obras públicas ou para o trabalho nas minas.Apenas os Incas
desenvolveram de fato um Império centralizado e teocrático, onde o
Imperador, chamado Sapa Inca era considerado um deus,
descendente direto do sol, supremo legislador e comandante do
exército, suplantando a antiga unidade social, o Ayllu, (clã).

Na Península do Iucatã, os Maias desenvolveram um tipo de


organização, onde cada centro urbano possuía autonomia e
comandava as comunidades camponesas ao seu redor.Na região do
México, em uma ilha do Lago Texcoco, os mexicas ou astecas
construíram uma grande cidade, capital do Império -
TENOCHTITLAN - onde havia palácios, templos, mercados e canais
de irrigação, demonstrando grande desenvolvimento. Apesar de
considerado um Império, em parte por suas conquistas e o domínio
sobre vários povos, O imperador possuía representação religiosa e
militar, mas não necessariamente política, na medida em que havia
anteriormente um grupo de uma camada de militares e sacerdotes
originários dos líderes das aldeiasNa medida em que líderes locais e
sacerdotes se fortaleceram, essas sociedades viram a formação de
classes sociais, rigidamente estratificada, consideradas portanto
como estamental. Entre esses três povos havia uma elite de
sacerdotes, militares e artífices do Estado e uma grande massa de
camponeses responsável pela produção de excedentes, que
concentravam-se nas mãos da elite.A religiosidade caracterizava-se
pela crença em vários deuses, normalmente vinculados a elementos
da natureza, como sol, chuva ou fertilidade, influenciando suas
manifestações artísticas, principalmente a construção de grandes
templos.

Os povos da Mesoamérica realizaram obras arquitetônicas colossais,


representadas por templos e palácios em terraços com forma
piramidal, assim como produziram objetos com carater decorativo,
obras de ourivesaria de prata, ouro e pedras preciosas dos astecas,
utilizadas para decorar palácios e templos.

No Altiplano Andino, os testemunhos mais importantes dessa


cultura encontram-se na arquitetura monolítica e despojada de
ornamentos, na qual demonstraram tanto uma técnica impecável
quanto uma grande frieza expressiva. Atribuíram também grande
importânica à indústria metalúrgica, principalmente na fabricação
de armas, ao artesanato têxtil e à cerâmica. Nessa última,
dedicaram-se às peças pequenas e às estatuetas antropomórficas.

Maias
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(Redirecionado de Civilização maia)
 Nota: Se procura pelo livro de Eça de Queirós, consulte Os Maias; para
outros significados do termo, veja Maias (desambiguação).
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Civilização maia
Povos · Línguas · Sociedade
Religião · Mitologia · Sacrifício huma
Arquitetura · Calendário
Tecidos · Comércio
Música pré-colombiana · Escrita
História
Colapso maia do clássico
Conquista do Iucatã
v • e
A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável
por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-
colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo
grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte,
arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Inicialmente estabelecidas
durante o período pré-clássico (2000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias
atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período
clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o
período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma
das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do
mundo.[1]

A civilização maia divide muitas características com outras civilizações da


Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que
caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se
originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu
plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como
Honduras, Guatemala, El Salvador e na região central do México, há mais de
1000 km da área maia. Muitas influências externas são encontrados na arte e
arquitetura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e
cultural, em vez de conquista externa direta. Os povos maias nunca
desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a
chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização
espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam
populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantém um conjunto
distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias
pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total
do catolicismo romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como
línguas primárias ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua
achi, declarada uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da
Humanidade pela UNESCO em 2005.

Índice [esconder]
1 História
1.1 Decadência
1.2 A conquista pelo
império espanhol
1.2.1 Panorama
das descobertas
1.2.2 Primeiro
contato
1.3 Redescoberta dos
maias
2 Ciência e tecnologia
2.1 Urbanismo
2.2 Sistema de escrita
2.2.1 Livros
maias
2.3 Matemática
3 Cultura
3.1 Artes
3.2 Religião
3.3 Arquitetura
3.3.1 Materiais
de construção
3.3.2 Processo
de construção
4 Lista de sítios maias
4.1 Sítios mais
importantes
4.2 Outros sítios
importantes
5 Referências
6 Ligações externas
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História

Mapa histórico dos territórios habitados por povos de língua maia.


As evidências arqueológicas mostram que os maias começaram a edificar
sua arquitetura cerimonial há 3000 anos. Entre os estudiosos, há um certo
desacordo sobre os limites e diferenças entre a civilização maia e a cultura
mesoamericana pré-clássica vizinha dos olmecas. Os olmecas e os maias
antigos parecem ter-se influenciado mutuamente.

Os monumentos mais antigos consistem em simples montículos


remanescentes de tumbas, precursoras das pirâmides erguidas mais tarde.

Eventualmente, a cultura olmeca ter-se-ia desvanecido depois de dispersar a


sua influência na península de Iucatã, na Guatemala e em outras regiões.

Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e


Calakmul, e também Dos Pilas, Uaxactún, Altún Ha, e muitos outros centros
habitacionais na área. Jamais chegaram a desenvolver um império embora
algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias,
associações e mesmo rápidos períodos de suserania. Os monumentos mais
notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos, junto
aos palácios de seus governantes. Outros restos arqueológicos muito
importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún, ou
"três pedras"), monolitos de proporções consideráveis que descrevem os
governantes da época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros
grandes eventos, gravados em caracteres hieroglíficos.

Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora


praticassem ativamente o comércio em toda a Mesoamérica e possivelmente
para além desta. Entre os principais produtos do comércio estavam o jade, o
cacau, o sal e a obsidiana.

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Decadência
Nos séculos VIII e IX a cultura maia clássica entrou em decadência,
abandonando a maioria das grandes cidades e as terras baixas centrais. A
guerra, doenças, inundações e longas secas, ou ainda a combinação destes
fatores são freqüentemente sugeridos como os motivos da decadência.

Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades


amplas e abertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes
visivelmente construídas às pressas. Teoriza-se também com revoltas sociais
em que classes campesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana
nas terras baixas centrais.

Os estados maias pós-clássicos também continuaram prosperando nos


altiplanos do sul. Um dos reinos maias desta área, Quiché, é o responsável
pelo mais amplo e famoso trabalho de historiografia e mitologia maias, o
"Popol Vuh".

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A conquista pelo império espanhol

Ver artigo principal: Conquista do Iucatã

Mapa da colonização das américas pelo Império espanhol.


Os territórios maias foram absorvidos durante o processo de expansão do
império asteca por volta do século XV.

Por fim, no ano de 1519, Hernán Cortez inicia a conquista do território asteca,
incluindo as regiões anteriormente pertencentes aos maias.

Algumas cidades ofereceram uma grande e feroz resistência; a última cidade


estado não foi subjugada pelos espanhóis senão em 1697.

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Panorama das descobertas

As tropas de Fernando Cortez derrotaram o exército asteca na Batalha de


Otumba (1520).
Cristóvão Colombo, que tomou posse da ilhota (San Salvador) em nome da
Coroa de Castela em 12 de outubro de 1492 e vagou pelas ilhas do Haiti,
Cuba e Jamaica, julgava tratar-se das costas ocidentais de Cipango (Japão)
e Catai (China).
De retorno, a mercadoria mais interessante que trouxe foram habitantes das
terras ocidentais, os índios Caraíbas (vendeu 509 deles em Sevilha em 1495
e seu irmão vendeu 300 no ano seguinte em Cádiz) que pela sua nudez e
modos logo denunciaram não pertencerem aos reinos das índias, havendo
até quem dissesse que nem mesmo descendentes de Adão eram.

Assim, logo se alastrou o preceito de que se chegara apenas nas antilhas ou


seja, terra inculta e inóspita a caminho das Índias, razão por que, em 1506,
Juan Dias de Solis e Vicente Yáñez Pinzón, quando chegaram ao México, no
extremo norte do Iucatã, julgaram tratar-se apenas de mais outra ilha.

Nem no sôfrego desembarque emergencial de um punhado de sobreviventes


de uma expedição de Vasco Nuñes de Balboa, em 1511, nas costas do
México, nem a chegada de Ponce de León em 1513, mais ao norte, na
Flórida, deram notícia dos Maias, que continuaram ignorados mesmo de
Fernando Cortez quando se apoderava do Império Asteca no México Central
a partir de 1519.

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Primeiro contato
Ver artigo principal: Conquista do Iucatã
Foi somente em 4 de março de 1517 que a flotilha comandada por Francisco
Hernandes de Córdoba – que estava à cata de índios para os escravizar nas
fazendas de Cuba) –, fugindo a uma tempestade que já durava dois dias,
aportou no norte do Iucatã e logo foi assediada por algumas canoas repletas
de maias vestidos em túnicas de algodão e (em razão de suas aparências) os
espanhóis logo lhes atribuíram mais razão que os habitantes de Cuba.

As sólidas e grandiosas construções ("casas de cal y canto"), visíveis do mar,


inspiraram o nome que os espanhóis deram ao lugar: "Gran Cairo" que
evocava a cultura islamita da qual os ibéricos eram tradicionais adversários
(recorrentemente chamavam as pirâmides de mesquitas). Tratava-se do
primeiro contacto entre as duas civilizações.

Entendendo-se por sinais, os espanhóis aceitaram o convite e


desembarcaram no dia seguinte e, após duas horas de marcha continente
adentro, foram surpreendidos pelo ataque dos maias no qual, já de início,
sucumbiram 15 espanhóis. E sucumbiriam todos, se não fora o uso dos
mosquetes que, mais pelo barulho que pelo efeito fatal, pôs os atacantes em
fuga.

Selo retratando Francisco Hernandez de Cordoba, editado na Nicarágua.


Nos conta Bernal Diaz de Castilho em sua obra História da Conquista da
Nova Espanha, que ficaram horrorizados pelo grande número de ídolos de
argila, uns com cabeças monstruosas, mulheres de grande estatura, todos
em cenas e gestos diabólicos e que …Gonzales, o padre da expedição,
passou os cinco dedos em diversos deles e confiscou todo o ouro que
encontrou.

Apresando dois maias, a expedição se fez ao mar novamente e navegou a


oeste e sul até chegar na atual Campeche cujas duas grandes torres visíveis
ao longe do mar inspiraram o nome Punta de las Mujeres dado ao local.

Aí os espanhóis horrorizaram-se, pois o sacerdote local acabara de praticar


um sacrifício, e as paredes, assim como os cabelos do sacerdote, estavam
ensopados de sangue (e era preceito rigoroso que não se os podia limpar). O
mal estar deve ter ficado explícito e o sacerdote, convocando um grande
número de guerreiros, fez os espanhóis entenderem que não eram
benvindos: acenderam uma pequena fogueira deram a entender que se eles
não se fossem até o fogo se extinguir, iria haver violência.

Cautelosa a tripulação retirou-se e rumou mais para o sul até Champoton


onde desembarcaram pois a provisão de água dos navios tinha se acabado e
era necessário renová-la. Tentando encher suas pipas e vasilhas num poço
do maias, estes os hostilizaram e atacaram por dias a fio, flexando-os a
distância do fio das espadas e dos tiros de mosquetes, que já não os
assustavam.

Sem outra alternativa, os espanhóis romperam o cerco e fugiram em direção


aos navios, abandonando as vasilhas de água. Na fuga, os batéis
emborcaram e os espanhóis seguiram meio a nado, meio agarrados aos
escombros, e depois foram resgatados.

Da centena de homens do início da expedição, neste embate cinqüenta


foram mortos e os que não tiveram suas gargantas cortadas com espadas de
madeira encravadas de sílex foram capturados para servirem a futuros
sacrifícios, e todos os demais ficaram feridos a exceção de um único soldado
que surpreendentemente saiu ileso.
O próprio cronista Bernal Diaz de Castilhos, então com 25 anos, havia levado
três flechadas, e o chefe da expedição, Hernandes de Córdoba, veio a falecer
das complicações dos ferimentos daqueles combates.

Feitos ao mar sem água potável, com pesadas baixas mas com um punhado
de ouro, estes primeiros conquistadores foram o estopim para futuras
expedições de outros tantos aventureiros. Assim se iniciava a conquista dos
estados maias.

Prefeitos maias em cidade da Guatemala - 1891.


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Redescoberta dos maias

As colônias espanholas americanas estavam muito afastadas do mundo


exterior, e as ruínas das grandes cidades antigas eram pouco conhecidas
exceto pelos locais.

Entretanto, em 1839, o explorador americano John Lloyd Stephens,


escutando notícias de ruínas perdidas nas selvas, visitou Copán, Palenque, e
outras localidades acompanhado do arquiteto e desenhista Frederick
Catherwood.

Seu diário de viagem ilustrado sobre as ruínas incendiaram um forte


interesse pela região e sua gente promovendo a assimilação do vínculo com
a cultura maia entre os dirigentes locais.

A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é maia


por descendência e idioma primário; em áreas rurais do México ainda existe
uma cultura maia.

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Ciência e tecnologia

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Urbanismo

Maquete da acrópole de San Andrés.


Ainda que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da
geografia da Mesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo;
suas cidades foram construídas de uma maneira um pouco descuidada,
como ditava a topografia e declive particular. A arquitetura maia tendia a
integrar um alto grau de características naturais. Por exemplo, algumas
cidades existentes nas planícies de pedra calcária no norte do Iucatã se
converteram em municipalidades muito extensas enquanto que outras,
construídas nas colinas das margens do rio Usumacinta, utilizaram os
declives e montes naturais de sua topografia para elevar suas torres e
templos a alturas impressionantes. Ainda assim prevalece algum sentido de
ordem, como é requerido por qualquer grande cidade.

No começo da construção em grande escala, geralmente se estabelecia um


alinhamento com as direções cardinais e, dependendo do declive e das
disponibilidades de recursos naturais como água fresca (poços ou cenotes), a
cidade crescia conectando grandes praças com as numerosas plataformas
que formavam os fundamentos de quase todos os edifícios maias, por meio
de calçadas chamadas sacbeob (singular sacbe).

Cenote Sagrado de Chichén Itzá.


No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por
edifícios governamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes templos
de pirâmides e ocasionalmente campos de jogo de bola. Imediatamente para
fora destes centros rituais estavam as estruturas das pessoas menos nobres,
templos menores e santuários individuais. Entretanto, quanto menos sagrada
e importante era a estrutura, maior era o grau de privacidade. Uma vez
estabelecidas, as estruturas não eram desviadas de suas funções nem outras
eram construídas, mas as existentes eram freqüentemente reconstruídas ou
remodeladas.

As grandes cidades maias pareciam tomar uma identidade quase aleatória,


que contrasta profundamente com outras cidades da Mesoamérica como
Teotihuacán em sua construção rígida e quadriculada.

Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza


ditara, se punha cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios
para que fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas
das estrelas. Afora os centros urbanos constantemente em evolução,
existiam os lugares menos permanentes e mais modestos do povo comum.
O desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do
espaço em grandes monumentos e calçadas. Neste caso, as praças públicas
ao ar livre eram os lugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o
enfoque no desenho urbano tornava o espaço interior das construções
completamente secundário. Somente no período pós-clássico tardio, as
grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não possuíam, a
maioria das vezes, as grandes e numerosas praças do período clássico.

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Sistema de escrita

Glifos maias em estuque no museu de Palenque, México.


O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga
semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era
uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de
escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente
o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho
mundo.

As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo.


Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX
(em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e
astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e
1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria
dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas
originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela
conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo
após a conquista.

Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram


gravadas em pedra e isto porque a grande maioria estava situada em cidades
já abandonadas quando os espanhóis chegaram.

Página do chamado códice de Madrid.


Os livros maias, normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão,
feitas de um tecido sobre o qual aplicavam uma película de cal branca sobre
a qual eram pintados os caracteres e desenhadas ilustrações. Os cartões ou
páginas eram atadas entre si pelas laterais de maneira a formar uma longa
fita que era dobrada em zigue-zague para guardar e desdobrada para a
leitura.

Atualmente restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um


quarto, de todas as grandes bibliotecas então existentes. Freqüentemente
são encontrados, nas escavações arqueológicas, torrões retangulares de
gesso que parecem ser restos do que fora um livro depois da decomposição
do material orgânico.

Relativamente aos poucos escritos maias existentes, Michael D. Coe, um


proeminente arqueólogo da Universidade de Yale disse:

Nosso conhecimento do pensamento maia antigo representa só uma minúscula fração do


livros nos quais toda a extensão dos seus rituais e conhecimentos foram registrados, só q
modernos (como se toda a posteridade soubesse de nós, baseados apenas em três livros
[2]

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Livros maias
▪ Chilam Balam
▪ Popol Vuh, (que significa livro da reunião ou comunidade, considerado a
Biblia maia)
▪ Rabinal Achí
▪ Anais dos Caqchiqueles
▪ Códices maias
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Matemática

Grafia dos números maias


Os maias (ou seus predecessores olmecas) desenvolveram
independentemente o conceito de zero (de fato, parece que estiveram
usando o conceito muitos séculos antes do velho mundo), e usavam um
sistema de numeração de base 20.

As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas


de até centena de milhões. Produziram observações astronômicas
extremamente precisas; seus diagramas dos movimentos da Lua e dos
planetas se não são iguais, são superiores aos de qualquer outra civilização
que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização
com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era
estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano, muitas
vezes reformado depois disto.

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Cultura

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Artes

Mural com afresco em Bonampak.


Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais
sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque
de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente refinados,
mostrando uma graça e observação precisa da forma humana, que
recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do Velho Mundo, daí o
nome dado à era.

Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a


maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também
existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos e que,
afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.

Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma
das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.

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Religião

Cerimônia maia - Bênção de uma criança.


Pouco se sabe a respeito das tradições religiosas dos maias, a religião ainda
não é completamente entendida por estudiosos. Assim como os astecas e os
incas, os maias acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Os rituais
e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram
observados e registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias
tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético
sobre o futuro ou passado com base no número de relações de todos os
calendários. A purificação incluia jejum, abstenção sexual e confissão. A
purificação era normalmente praticada antes de grandes eventos religiosos.
Os maias acreditavam na existência de três planos principais no cosmo: a
Terra, o céu e o submundo.

Os maias sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou


estabelecer relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam
diversas regras. Normalmente, eram sacrificados pequenos animais, como
perus e codornas, mas nas ocasiões muito excepcionais (tais como adesão
ao trono, falecimento do monarca, enterro de algum membro da família real
ou períodos de seca) aconteciam sacrifícios de humanos. Acredita-se que
crianças eram muitas vezes oferecidas como vítimas sacrificiais porque os
maias acreditavam que essas eram mais puras.

Os deuses maias não eram entidades separadas como os deuses gregos.


Também não existia a separação entre o bem e o mal e nem a adoração de
somente um deus regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a
época e situação que melhor se aplicava para aquele deus.

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Arquitetura

Ver artigo principal: Arquitetura maia


A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e
facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides
escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período
da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático
cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e
Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças
estilísticas, os restos da arquitetura maia são uma chave importante para o
entendimento da evolução de sua antiga civilização.

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Materiais de construção

Tijolo de Comalcalco.
Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de
muitas das incastecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a
tais construções. Não há notícia do uso de ferramentas de metal, polias ou
veículos com rodas. A construção maia requeria um elemento com
abundância, muita força humana, embora contasse com abundância dos
materiais restantes, facilmente disponíveis.

Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de
pedreiras locais; com maior freqüência era usada pedra calcária, que, ainda
que extraída e exposta, permanecia adequada para ser trabalhada e polida
com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo depois.

Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas


feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes
às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos, tetos e
acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da
melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última técnica, já que as
pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Ainda assim o uso da
argamassa permaneceu crucial em alguns tetos de postes e vergas sobre
portas e janelas (dintel).

Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as


estruturas de madeira, adobe nas paredes e cobertura de palha, embora
tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total
mas parcialmente. Embora não muito comum, na cidade de Comalcalco,
foram encontrados ladrilhos de barro cozido, possivelmente solução
encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitos substanciais
de boa pedra.

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Processo de construção

Ruínas de Palenque.
Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi
construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um
metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco
metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Uma trama inclinada de
pedras partia das plataformas em pelo menos um dos lados, contribuindo
para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura maia. Dependendo das
tendências estilísticas que prevaleciam na área e época, estas plataformas
eram construídas de um corte e um aterro de entulhos densamente
compactado. Como no caso de muitas outras estruturas, os relevos maias
que os adornavam, quase sempre se relacionavam com o propósito da
estrutura a que se destinavam. Depois de terminadas, as grandes residências
e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais construções,
sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio dado ao
aspecto estético exterior em contra-ponto à pouca atenção à utilidade e
funcionalidade do interior.

Imagem 3D do grupo de templos de Palenque ao qual se integra o Templo da


Cruz.
Parece haver um certo aspecto repetitivo quanto aos vãos das construções
nos quais os arcos (como curvas) são raros, mas freqüentemente retos,
angulados ou imbricados, tentando mais reproduzir a aparência de uma
cabana maia, do que efetivamente incrementar o espaço interior. Como eram
necessárias grossas paredes para sustentar o teto, alguns edifícios das
épocas mais posteriores utilizaram arcos repetidos ou uma abóbada
arqueada para construir o que os maias denominavam pinbal, ou saunas,
como a do Templo da Cruz em Palenque. Ainda que completadas as
estruturas, a elas iam-se anexando extensos trabalhos de relevo ou pelo
menos reboco para aplainar quaisquer imperfeições. Muitas vezes sob tais
rebocos foram encontrados outros trabalhos de entalhes e dintéis e até
mesmo pedras de fachadas. Comumente a decoração com faixas de relevos
era feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade de
obras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos
interiores, e notadamente em certo período, foi comum o uso de
revestimentos em reboco primorosamente pintados com cenas do uso
cotidiano ou cerimonial.

Há sugestão de que as reconstruções e remodelações ocorriam em virtude


do encerramento de um ciclo completo do calendário maia de conta larga, de
52 anos. Atualmente, pensa-se que as reconstruções eram mais instigadas
por razões políticas do que pelo encerramento do ciclo do calendário, já que
teria havido coincidência com a data da assunção de novos governantes.
Não obstante, o processo de reconstrução em cima de estruturas velhas é
uma prática comum. Notavelmente, a acrópole de Tikal, parece ser a síntese
de um total de 1500 anos de modificações arquitetônicas.

Construções notáveis

Ruínas de construções maias no México


▪ Plataformas cerimoniais
Estas eram comumente plataformas de pedra calcária com muros de menos
de quatro metros de altura onde se realizavam cerimônias públicas e ritos
religiosos. Construídas nas grandes plataformas, eram ao menos realçadas
com figuras talhadas em pedra e às vezes tzompantli ou uma estaca usada
para exibir as cabeças das vítimas geralmente os derrotados nos jogos de
bola mesoamericanos.

▪ Palácios

Palácio de Palenque.
Grandes e geralmente muito decorados, os palácios geralmente ficavam
próximos do centro das cidades e hospedavam a elite da população.
Qualquer palácio real grande ou ao menos que tivesse várias câmaras ou
erguido em vários níveis, tem sido chamado de acrópole. Tais construções
consistiam de várias pequenas câmaras ou pelo menos um pátio interno,
parecendo propositadas a servirem de residência a uma pessoa ou pequeno
grupo familiar decorada como tal.

Os arqueólogos parecem estar de acordo em que muitos palácios são


também o lugar de muitas tumbas mortuárias. Em Copán, debaixo de 400
anos de remodelações posteriores, se descobriu a tumba de um de seus
antigos governantes e a acrópole de Tikal parece ter sido o lugar de vários
sepultamentos do final do período pré-clássico e início do clássico.

Existe, no entanto, alguns arqueólogos que afirmam serem os palácios locais


não muito prováveis para a morada da elite governante, uma vez que tais
moradas mostram-se demasiadamente infestadas de morcegos e um tanto
quanto desconfortáveis; sugerindo - assim - ser um espécie de mosteiro ou
quartéis para as comunidades sacerdotais. Nessa linha de pensamento,
contudo, caímos em uma outra rua sem saída: não existem comprovações da
existência de ordens eclesiásticas ou monásticas nos tempos clássicos.
Concluir, portanto, que fossem moradas das classes governamentais - neste
contexto - é a solução mais viável; o que não impede a existência de diversas
teorias sobre a origem e a função de tais palácios.

▪ Grupos E
Os estudiosos têm denominado de "Grupo E" à freqüentemente encontrada
formação de três pequenas construções, sempre situadas a oeste das
cidades, tratando-se de um intrigante mistério a sua recorrência.

Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-


templo a oeste da praça principal que tem sido aceita como observatório
devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, quando observado
da pirâmide principal nos solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que
sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona com a história da
criação do universo segundo a mitologia maia, posto que vários de seus
adornos a ela, freqüentemente, se referem.

▪ Pirâmides e templos

Pirâmide de Kukulcán, em Chichén Itzá.


Com freqüência os templos religiosos mais importantes se encontravam em
cima das pirâmides maias, supostamente por ser o lugar mais perto do céu.
Embora recentes descobertas apontem para o uso extensivo de pirâmides
como tumbas, os templos raramente parecem ter contido sepulturas. A falta
de câmaras funerárias indica que o propósito de tais pirâmides não é servir
como tumbas e se as encerram isto é incidental.

Pelas íngremes escadarias, se permitia aos sacerdotes e oficiantes o acesso


ao cume da pirâmide onde havia três pequenas câmaras com propósitos
rituais. Os templos sobre as pirâmides, a mais de 70 metros de altura, como
em El Mirador, de onde se descortinava o horizonte ao longe, constituíram
estruturas impressionantes e espetaculares, ricamente decoradas.
Comumente possuíam uma crista sobre o teto, ou um grande muro que,
teorizam, poderia ter servido para a escrita de sinais rituais para serem vistos
por todos.

Como eram ocasionalmente as únicas estruturas que excediam a altura da


selva, as cristas sobre os templos eram minuciosamente talhadas com
representações dos governantes que se podiam ver de grandes distâncias.
Debaixo dos orgulhosos templos estavam as pirâmides que eram, em última
instância, uma série de plataformas divididas por escadarias empinadas que
davam acesso ao templo.

▪ Observatórios astronômicos

Kukulkán é o nome maia de Quetzalcóatl, aqui desenhado a partir de um


baixo-relevo de Yaxchilan.
Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de
diversos corpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus.

Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e


provavelmente outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das
rotas dos objetos observados. Templos arredondados, quase sempre
relacionados com Kukulcán, são talvez os mais descritos como observatórios
pelos mais modernos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o
seu uso tinha exclusivamente esta finalidade.

Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras


que indicam que observações astronômicas também foram feitas dali.

▪ Campos de jogo de bola

Grande estádio em Chichén Itzá.


Ver artigo principal: Jogo de bola mesoamericano
Um aspecto do estilo de vida mesoamericano é o seu jogo de bola ritual e
seus campos ou estádios, que foram construídos por todo o império maia em
grande escala.
Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-
se de espaços amplos entre duas laterais de plataformas ou rampas
escalonadas paralelas, em forma de "I" maiúsculo direcionado para uma
plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram encontrados na
maioria das cidades maias, exceto nas menores.

Astecas
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Império Asteca

Império Pré-Colombiano

1325

Continente América do Norte


Capital Tenochtitlan
Língua oficial Náuatle
Religião Religião asteca
Governo Monarquia
Tlatoani
 • 1376–1395 Acamapichtli
 • 1520–1521 Cuauhtémoc
História
 • 13 de março de
Tenochtitlan é fundada.
1325 de 1325
 • 13 de agosto de
Conquista do Império Asteca
1521 de 1521
Moeda Várias

A Wikipédia possui o portal:


Portal Astecas
Os astecas (1325 até 1521; a forma azteca também é usada) foram uma
civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente
entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.

Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização


destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entre
o século X e o século XII seguidos pelos chichimecas imediatamente
anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do
Império Tolteca.

O idioma asteca era o nahuatl.

Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos


conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.

Índice [esconder]
1 História
2A
Sociedade
3O
imperador
3.1
Imperadores
4 A religião
5A
medicina
5.1
Plantas e
técnicas
6 Cidades
históricas
7 Ver
também
8
Bibliografia
9 Ligações
externas
História

O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após


1100. Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder
depois de 1200. Os astecas eram um povo indígena da América do Norte,
pertencente ao grupo nahua. Os astecas também podem ser chamados de
mexicas (daí México). Migraram para o vale do México (ou Anahuác) no
princípio do século XIII e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago
de Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções de
seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada em um cacto,
devorando uma cobra.

Civilização asteca
Sociedade asteca
Idioma • Religião • Mitologia
Sacrifícios humanos • Calendários
Medicina
História asteca
Aztlan • Militarismo asteca
Tríplice Aliança Asteca • Códices
astecas
Conquista do Império Asteca • Noite
Triste
Queda de Tenochtitlan
Moctezuma II • Hernán Cortés
A partir dessa base formaram uma aliança com duas outras cidades –
Texcoco e Tlacopán – contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a
conquistar outras cidades do vale durante o século XV, quando controlavam
todo o centro do México como um Império ou Confederação Asteca, cuja
base econômico-política era o modo de produção tributário. No princípio do
século XVI, seus domínios se estendiam de costa a costa, tendo ao norte os
desertos e ao sul o território maia.

Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural,


eram governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas
classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e
escravos, além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários
(astronômico e litúrgico).

Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três


aspectos: a religião, que demandava sacrifícios humanos em larga escala,
particularmente ao Deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada,
como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no
lago, com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e sistema de
administração tributária.

Brasão de armas mexicano mostrando o sinal para a fundação da capital


asteca.
O império asteca era formado por uma organização estatal que se sobrepôs
militarmente a diversos povos e comunidades na Meso-América. Segundo
Jorge Luis Ferreira, os astecas possuíam uma superioridade cultural e isso
justificaria sua hegemonia política sobre as inúmeras comunidades nestas
regiões, o que era argumentado por eles mesmos.

No período anterior a sua expansão os astecas estavam no mesmo estágio


cultural de seus vizinhos de outras etnias. Por um processo muito específico,
numa expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar os povos
das redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes aspectos
pelo fato de terem se tornado dominantes por uma expansão militar, e não
por uma suposta sofisticação cultural própria e autônoma.

Um guerreiro-jaguar do Codex Magliabecchiano. O jaguar desempenhava um


papel cultural na mitologia asteca.
Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga
na Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua
sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário
ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia.
Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas
em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas
vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram
conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue
escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente
no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão
regular de sangue por meio dos sacrifícios.

Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de


coragem e de habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais
vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não
matar. Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de
obsidiana.

Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no


começo do século XVI. Tornaram-se aliados de Cortés em 1519. O
governante asteca Moctezuma II considerou o conquistador espanhol a
personificação do Deus Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu
reino corria. Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas posteriormente o
tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e
Moctezuma II foi assassinado. Seu sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de
Montezuma), o último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em
1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos não-
astecas, submetidos à Confederação, se uniram aos conquistadores contra
os astecas.

A Sociedade

Imagem totem de um guerreiro águia, que junto com o guerreiro-jaguar,


compuseram primordialmente as elites de guerra do antigo império asteca.
A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin
(nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos
guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam
participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado
algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente (xocoatl) era um privilégio
da nobreza. O resto da população era constituída de lavradores e artesãos.
Havia, também, escravos (tlacotin).

Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:

▪ Escravos
▪ maceualli ou calpulli (membro do clã)
▪ artesãos e comerciantes
▪ pochtecas (grandes comerciantes)
▪ sacerdotes, dignitários civis e militares.
O imperador

Os imperadores astecas em língua Nahuatl eram chamados Hueyi Tlatoani


("O Grande Orador"), termo também usado para designar os governantes das
altepetl (cidades). Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis
tanto pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo.
Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo tempo o imperador mais cruel e o
responsável pela maior expansão do império. Já Montezuma II (ou
Moctezuma II), tendo sido um imperador justo e pacifico, foi também fraco em
suas decisões, permitindo que os espanhóis entrassem em seus domínios,
mesmo após a circulação de histórias de que estes teriam massacrado tribos,
abalando fatalmente a solidez de seu império, e finalmente degenerando na
sua extinção.
A sucessão dos imperadores astecas não era hereditária de pai para filho,
sendo estes eleitos por um consenso entre os membros da nobreza.

Moctezuma II.
Imperadores
▪ Acamapichitli (1376–1395)
▪ Huitzilíhuitl (1395–1417)
▪ Chimalpopoca (1417–1427)
▪ Itzcóatl (1427-1440)
▪ Montezuma I (1440-1469)
▪ Axayacatl (1469-1481)
▪ Tízoc (1481-1486)
▪ Ahuizotl (1486-1502)
▪ Montezuma II (1502-1520)
▪ Cuitláhuac (1520)
▪ Cuauhtémoc (1520-1521)
A religião

Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o


sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo
deixaria de funcionar.

Os sacrifícios eram dedicados a:

Um sacrifício humano.
▪ Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra
por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o
coração do guerreiro vivo para alimentar seu Deus;
▪ Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha.
Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o
Deus proveria.
No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao
ciclo solar e à atividade agrícola. Observações astronômicas e estudo dos
calendários faziam parte do conhecimento dos sacerdotes.

O Deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os


sacerdotes formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar a
educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A
religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado
pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração de
animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os
deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina
encontraremos um sem número de ritos.

Há referências a um Deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de


história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um
templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele,
graças a quem nós vivemos".

A medicina

Imagem de Xipe Totec no calendário Tonalamatl de 260 dias.

Estátua de Tlaloc nas imediações do Museu Nacional de Antropologia e


História, na Cidade do México.
A antropologia médica situa o conhecimento mítico-religioso como forma de
racionalidade médica se este se constitui como um sistema lógico e
teoricamente estruturado, que preencha como condições necessárias e
suficientes os seguintes elementos:

▪ Uma morfologia (concepção anatômica);


▪ Uma dinâmica vital ( "fisiologia");
▪ Um sistema de diagnósticos;
▪ Um sistema de intervenções terapêuticas;
▪ Uma doutrina médica (cosmologia).
Pelo menos parcialmente, o sistema asteca preenche tais requisitos.
Apresenta-se como teoricamente estruturado, com formação específica (o
aprendizado das diversas funções da classe sacerdotal), o relativo
conhecimento de anatomia (comparado com sistemas etnomédicos de índios
dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função, talvez, da prática
de sacrifícios humanos mas não necessariamente dependente dessa
condição. Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos
quebrados.
A dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou explicações do
efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos, contudo o sistema de
intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas e ritos são
evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem
conhecida.

No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de


corpo estranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual);
Agressões ou perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).

Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam


simultaneamente uma categoria de análise de causa e possibilidade de
intervenção por sua intercessão. Tlaloc estava associado aos ares e doenças
do frio e da pele (úlceras e lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e
paralisia; Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte
(tlazolmiquiztli ); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes;
Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

Plantas e técnicas

O tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas práticas.


Seus ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses realizavam ritos de cura
com plantas que contém substâncias psicodélicas (Lophophora willamsii ou
peiote; Psylocybe mexicana, Stropharia cubensis - cogumelos com
psilocibina; Ipomoea violacea e Rivea coribosa - oololiuhqui) que ensinam a
causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e sofrimentos
infligidos ao duplo animal ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou
castigo dos deuses.
Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com
dietas a base de milho, passiflora (quanenepilli), o bálsamo do peru, a raiz de
jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli / psoralea) a valeriana entre centenas de
outras registradas em códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.

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