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PROJETO DE ENSINO 8º PERÍODO AGDA (Salvo Automaticamente)
PROJETO DE ENSINO 8º PERÍODO AGDA (Salvo Automaticamente)
PEDAGOGIA
Betim
2017
0
AS CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Betim
2017
1
FITELMAM, Agda Malfacini. As contribuições dos jogos e brincadeiras no
desenvolvimento infantil. 2017. 27 páginas. Projeto de Ensino (Graduação
em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte
do Paraná, Betim, 2017.
RESUMO
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SUMÁRIO
1 Introdução......................................................................................................4
2 Revisão Bibliográfica .....................................................................................6
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................17
3.1 Tema e linha de pesquisa..........................................................................17
3.2 Justificativa.................................................................................................17
3.3 Problematização.........................................................................................18
3.4 Objetivos.....................................................................................................19
3.5 Conteúdos...................................................................................................19
3.6 Processo de desenvolvimento....................................................................19
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................23
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................23
3.9 Avaliação....................................................................................................23
4 Considerações Finais....................................................................................24
5 Referências...................................................................................................26
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1 INTRODUÇÃO
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relações cotidianas e assim vai construindo sua identidade, a imagem de si e
do mundo que a cerca.
Os jogos e a brincadeiras se usados corretamente, contribuem
significativamente na construção e compreensão do conhecimento, é
importante que o professor conheça cada tipo e seu objetivo, para promover
um trabalho de qualidade nesse aspecto.
O presente projeto de ensino está voltado à linha de pesquisa em
docência na educação infantil, e possui grande importância, pois compreende
que os jogos e brincadeiras fazem parte da infância.
Muitos teóricos dão grande ênfase à importância dos jogos e
brincadeiras na aprendizagem das crianças, salientando até mesmo a questão
da reprodução de valores e conceitos presentes na vida das crianças. Para
Piaget (1951), no livro A Psicologia da Criança, o jogo é fator de grande
importância no desenvolvimento cognitivo. O conhecimento não deriva da
representação de fenômenos externos, mas sim da interação da criança com o
meio ambiente.
Para a realização deste projeto será utilizada a pesquisa bibliográfica, a
partir de grandes autores como Piaget, Vygotsky, entre outros que contribuíram
para com a Educação Infantil e sites eletrônicos. O referencial teórico fortalece
a proposta, ao defender a importância e as contribuições dos jogos e
brincadeiras no desenvolvimento infantil, baseiam-se na construção do
conhecimento físico, cognitivo e social, reforçada por grandes autores como
Piaget e Vygotsky. Piaget que trabalha o jogo pela assimilação ou acomodação
e Vygotsky que vê no jogo a possibilidade de estar sempre em uma zona
proximal pela busca do novo.
O principal objetivo deste projeto é fazer entender que os jogos e
brincadeiras é a base para um aprendizado significativo, e o desenvolvimento
social, cognitivo, intelectual, sempre respeitando a natureza da criança. O
presente projeto desenvolverá metodologias e recursos, atribuindo assim ao
professor a prática da docência de uma forma mais prazerosa e lúdica. Serão
utilizados jogos pedagógicos e diversas brincadeiras livres e dirigidas. A
avaliação ocorrerá durante todo o processo de desenvolvimento das atividades
e serão avaliadas a participação, cooperação, comportamento, criatividade e o
desempenho de cada aluno.
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2 Revisão Bibliográfica
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Se o profissional da educação almeja contribuir
para a concretização do direito de brincar, cabe-
lhe viabilizar um ensino sistemático e intencional,
adequado ao ritmo do seu psiquismo infantil e
mediado pela alegria do lúdico, do belo, da
descoberta, da surpresa e do encanto.
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(6 anos em diante). Segundo o próprio autor, é “a função é que vai diferenciar
esses jogos que não têm outra finalidade a não ser o próprio prazer do
funcionamento” (Piaget, 1978). A seguir, uma pequena explicação de cada um
desses tipos de jogos:
Jogos de exercício: É a primeira forma de jogo que a criança conhece
e aparece antes do desenvolvimento verbal completo. Tem como característica
o fato de a criança brincar pelo prazer do conhecimento do objeto, da
exploração, do desenvolvimento motor ou, como o próprio nome diz, do puro
exercício. Nessa fase, a criança brinca basicamente sozinha ou com a mãe.
Jogos simbólicos: É uma forma de jogo em que a criança faz de conta
que é outra pessoa ou se imagina em outra situação, ou atribui outra função a
um objeto. Por exemplo: Ana Cristina brinca de casinha, faz comidinha de
mentirinha. O jogo simbólico é de certa forma uma maneira da criança
comunicar ao outro aquilo que sente.
Jogos de regras: É caracterizado pelo conjunto de leis que é imposto
pelo grupo. Dessa forma, necessita de parceiros que aceitam o cumprimento
das obrigações definidas nas regras. É um jogo estritamente social.
É preciso também contemplar os jogos, realizados com o próprio corpo,
iniciando com movimentos simples e avançando para os mais complexos; os
jogos sensoriais, que estimulam as experiências sensoriais e criatividade das
crianças; os jogos de linguagem, que a auxiliam comunicação (rodas, canções,
apresentações faladas).
Em uma perspectiva mais ampla, a teoria piagetiana dá conta do modo
como as crianças apreende o mundo, apropriam-se de dos conhecimentos e
interagem com elas e com diferentes objetos e indivíduos. Esse
desenvolvimento cognitivo ocorre em estágios, em cada um dos quais são
desenvolvidas novas formas de pensar e de responder ao ambiente. Estudos
posteriores, realizados por discípulos de Piaget em diferentes contextos e com
diferentes indivíduos, mostraram que esses estágios de desenvolvimento
seguem sempre uma ordem de sucessão fixa, embora as idades possam variar
de um contexto para o outro. Veja a tabela explicativa:
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1º Estágio Sensório- motor por volta de 1 ano e meio, 2 anos de idade, dependendo
do contexto.
I
Período pré-operatório Ocorrem em três
subperíodos sequenciais:
* dos 2 anos aos 3 anos e
meio
2º Estágio Inteligência representativa *dos 4 anos ao 5 anos
*dos 5 anos e meio aos 7-8
anos.
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Especificamente na área do brincar, Piaget analisa de forma minuciosa o
processo de desenvolvimento do indivíduo, detalhando e explicando a função
do brincar no desenvolvimento intelectual da criança e sua evolução nos
diferentes estágios. O que Vygotsky veio acrescentar refere-se, sobretudo, ao
contexto social que determina a atividade lúdica e à questão das interações
sociais. Para ele o jogo deve se distinguir dos outros tipos de atividades e
sugere a seguinte característica que define o jogo: o fato que de ele envolve
uma situação imaginária criada pelas crianças (isso é verdade tanto na
brincadeira sócio dramática quanto nos jogos de regras). O brincar das
crianças é imaginação em ação.
Outra característica acentuada por Vygotsky é a natureza das regras do
jogo. Ele afirma que não existe atividade lúdica sem regras, a situação
imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de
comportamento, embora possa não ser um jogo com regras formais
estabelecidas.
Vygotsky acredita ser a atividade lúdica crucial para o desenvolvimento
cognitivo, pois o processo de criar situações imaginárias leva ao
desenvolvimento do pensamento abstrato. Isso acontece porque novos
relacionamentos entre significados, objetos e ações são criados durante o
brincar.
Almeida (1978), afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para
atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo, assim
devem ser construídos em atividades permanentes nos espaços educativos da
Educação Infantil, pois por meio deles é possível que a criança trabalhe de
forma integral, ou seja, nos aspectos físicos, psicológicos, cognitivos e sociais.
Os jogos com regras manifestam-se por volta dos cinco anos de idade, neles
as crianças jogam juntas e começam a estabelecer regras, por exemplo:
amarelinha, bola de gude, queimada entre outras.
Durante todo processo de desenvolvimento e maturidade, toda criança
atinge fases específicas em várias faixas etárias. Sobre isso vários
pensadores, como Vygotsky e Piaget, compartilham a ideia de que o
crescimento da criança é acompanhado por fases, cada uma com aspectos
peculiares e significativos, como físico, cognitivo, emocional e espiritual,
importantes para sua formação integral.
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A influência do ato de brincar no desenvolvimento da criança é
indispensável para a formação do caráter e da personalidade da pessoa; além
disso, o ato de brincar pode incorporar valores morais e culturais e uma série
de aspectos que ajudam a moldar sua vida, como crianças e como adultos.
Brincando a criança pode acionar seus pensamentos para resolução de
problemas que lhe são importante e significativo, e o modo como ela brinca
revela o seu mundo interior, proporcionando-lhe que aprenda fazendo,
realizando, dessa forma, uma aprendizagem significativa.
Vygotsky (1998), um dos representantes mais importantes da psicologia
históricos culturais, partiu do principio que o sujeito se constitui nas relações
com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são
mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. O autor refere-se à
brincadeira como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das
relações das atividades e dos papéis dos adultos. A capacidade para imaginar,
fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos surge nas crianças através
do brincar. A criança por intermédio da brincadeira, das atividades lúdicas,
atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações vividas pelo ser
humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
(BRASIL, 1998, P.27, V.01):
O principal indicador da brincadeira entre as
crianças é o papel que assumem enquanto
brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira,
as crianças agem frente à realidade de maneira
não literal, transferindo e substituindo suas ações
e características do papel assumido, utilizando-se
de objetos substitutos.
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Assim, as brincadeiras para as crianças se tornam mais interessantes quando
podem combinar os diversos conhecimentos a que tiverem acesso, pois,
nessas combinações, revelam sua visão de mundo carregada de descobertas.
De acordo com Kishimoto (2005, p.21):
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se brinca, aprende-se a antes de tudo a brincar, controlar um universo
simbólico particular, imposto pela sociedade na qual está inserido. Vale
destacar que, antes mesmo de dominar a fala, a criança faz uso de uma de
uma linguagem gestual para se comunicar e mostrar sua intenção de brincar,
muitas vezes começa a entregar brinquedos à outra pessoa, por
desconhecerem essa linguagem, muito adultos limitam-se apenas a empilhar
os brinquedos em volta de si ou fazerem comentários que desestimulam a
brincadeira. Ao se dar conta desses códigos, o adulto pode identificar a
intenção da criança e enriquecer as possibilidades da atividade estimulando a
criança a brincar ou brincando com ela.
Infelizmente o que não vemos normalmente mais nas escolas de
Educação Infantil é a presença de dos jogos tradicionais, ensinados de
gerações em gerações. Para alguns professores, eles são ultrapassados, pois
estamos na era da globalização, para outros é algo que não condiz mais com o
contexto da criança contemporânea. Entretanto não cabe ao professor retirá-
los deste universo lúdico nem negá-los à criança. As brincadeiras tradicionais
devem ser somadas às diferentes oportunidades que a criança tem para
brincar, não devendo ser substituídas por jogos virtuais, nem substituí-los, mas
ambos devem somar experiências.
Os jogos e as brincadeiras, quando usado como recurso pedagógico,
possui um grande valor educacional, pois estes favorecem o desenvolvimento
físico, intelectual, afetivo e social da criança. As atividades lúdicas que
envolvem o brincar pedagógico estimulam a criança no desenvolvimento do
pensar e do agir, fazendo com que ela se torne futuramente apta a resolver
situações problemas que surgirão.
É muito importante observar como as crianças brincam e como elas se
relacionam umas com as outras, com os objetos e com o mundo à sua volta,
isto tem quer servir como base para o professor, a partir das realidades lúdico-
culturais podemos “desenhar”, conforme os estágios de desenvolvimento e dos
repertórios específicos, propostas adequadas a cada grupo e a cada criança.
A principal preocupação da educação deveria ser a de propiciar a todas
as crianças um desenvolvimento integral e dinâmico. É importante que os
conteúdos correspondam aos conhecimentos gerais das crianças, a seus
interesses e necessidades, além de desafiar sua inteligência. As crianças são
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seres integrais, embora não seja dessa forma que elas têm sido consideradas
na maior parte das escolas, uma vez que as atividades propostas são
estruturadas de modo compartimentado: há uma hora para trabalhar a
coordenação motora, outra para expressões plásticas, outar para o corpo, outar
para desenvolver raciocínio, outar para a linguagem, outra para brincar sob a
orientação do professor, outra para brincadeira não direcionada e assim por
diante. Essa segmentação não vai ao encontro da formação da personalidade
integral das crianças nem de suas necessidades.
O ato de brincar desenvolve e proporciona nas crianças diversas
aprendizagens, bem como favorece a autoestima, auxilia a criança a superar
suas aquisições de forma criativa, estimula a curiosidade, proporcionando o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da
atenção. A partir dos jogos e brincadeiras que a criança começa a perceber as
regras, aprende a conviver em grupo, aprende a dividir o que tem com outras
crianças e consegue associar conhecimentos que ela já possui com
conhecimentos que ela desenvolve no decorrer da brincadeira.
Contribuindo com este pensamento Paschoal (2007, p.46) diz:
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seja, a ausência de um sistema de regras que
organizam sua utilização.
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Educação Infantil, pois é uma área que já atuo há bastante tempo. Este projeto
está embasado em teorias de grandes filósofos e de autores que destacam a
importância dos jogos e brincadeiras, e suas contribuições no processo de
desenvolvimento infantil.
O tema é de grande importância, pois faz se compreender que as
brincadeiras fazem parte do universo infantil, e que a formação do profissional
é um processo de contínua construção. É importante que os professores
tenham sobre si a exigência da construção, produção, conhecimento,
socialização, competências e habilidades que permitam o desenvolvimento
desses saberes.
3.2 Justificativa
Porque falar de um tema que é tão discutido, estudado por tantos
teóricos, professores e diversos autores? Por que o brincar é coisa séria.
Podemos achar que é só um momento de diversão, descontração, o que não
deixa de ser também, mas é nas brincadeiras sejam elas dirigidas ou livres,
que vemos o potencial que a criança tem, conseguimos observar o seu
desenvolvimento em todos os aspectos.
Para as crianças, a brincadeira é uma forma privilegiada de interação
com outros sujeitos, adultos ou crianças. É brincando, que elas se apropriam
criativamente de formas de ação sociais tipicamente humanas e de práticas
sociais específicas dos grupos aos quais pertence. Se entendermos que a
infância é um período em que o ser humano está se constituindo culturalmente,
a brincadeira assume uma importância fundamental, que possibilita a
apropriação, a ressignificação e a reelaboração da cultura pelas crianças,
podemos dizer que o período da infância é um momento distinto e real dos
outros, é neste período que expressamos nossos sentimentos, a criatividade de
uma forma mais espontânea possível. É através das brincadeiras e jogos, que
as crianças interagem com o outro, constrói sua identidade e desenvolve sua
autonomia.
O brincar, tanto para professores como para as crianças, constitui uma
atividade promotora de muitas aprendizagens e experiências, faz parte do
processo educativo, sendo assim incentivada, garantida e enriquecida.
Temos muito que aprender com as crianças, a inverter a ordem, a rir, a
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sonhar, representar e a imaginar.
3.3 Problematização
Ouve-se muito nos dias de hoje que as crianças não sabem brincar.
Então me pergunto: Quem tira um tempo para poder brincar com elas? É muito
mais cômodo ligar a TV, um videogame ou entregar um celular ou tablete, onde
elas ficam quietinhas e entretidas sem fazer barulho, sem correr ou gritar.
Então porque questionar que as crianças não sabem brincar, se nós adultos
muitas vezes não temos tempo a perder? Foca-se muito em ter e não em ser.
Muitas vezes, deixamos por conta de desenhos animados,
apresentadores infantis, o ensinamento de canções, brincadeiras, danças,
confecção de brinquedos etc.
Há alguns anos atrás, podíamos brincar na rua, com os irmãos, primos,
amigos, mas devido a muitos problemas sociais, como a violência, drogas e
tantas outras coisas já não se pode fazer isto e ai acabamos por deixar as
crianças em frente a televisão, computadores entre outros, sem nos darmos
conta de que não é preciso estar solto nas ruas , ou praças , para poder
brincar, em um cantinho da casa podemos fazer uma variedade de brincadeiras
e jogos, basta que se tenha um olhar mais atento nesta esta questão, para que
isto aconteça.
Em relação às escolas, muitas das vezes nos deparamos também com
essa situação, crianças sentadas em frente a uma TV, assistindo um desenho
animado, não que isto não possa acontecer, mas muitas vezes o professor
deixa de fazer uma brincadeira, realizar um jogo, pois acha que isto é cansativo
demais, que vai dar muito trabalho, que as crianças vão ficar muito agitadas.
Quando se propõe uma brincadeira, dificilmente a criança se nega a
participar. É de muita importância levar as crianças pequenas a curtir os jogos
e brincadeiras como: boliche, corrida de saco, rouba bandeira, amarelinha
cantigas de roda e tantas outras que existem e que estão sendo esquecidas, e
que vão acrescentar e muito no desenvolvimento infantil.
3.4 Objetivos
Criar oportunidades para o resgate de brinquedos e brincadeiras antigas
e de diferentes regiões do país.
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Desenvolver o raciocínio lógico, expressão corporal, coordenação
motora, criatividade e sensibilidade.
Ampliar possibilidades expressivas nas brincadeiras, jogos e demais
situações de interação.
Promover a defesa do direito de brincar.
3.5 Conteúdos
O projeto será desenvolvido dentro dos eixos da Educação Infantil que
são:
Linguagem oral, Matemática, Natureza e Sociedade, Artes e Movimento.
Sugestões de brincadeiras:
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baixo, cantando “upa, upa cavalinho”
Bolhas de sabão:
Idade: a partir de 2 anos
Misture duas colheres de sopa de detergente em um copo com agua. Mexa
bem e com um canudinho e assopre. Pode deixar uma das crianças assoprar
ou o próprio professor faz isto e as crianças tentam estourar as bolhas.
Estátua:
Idade: a partir de 2 anos
Uma das crianças é escolhida como chefe e as outras devem estar
posicionadas de frente para ela. O chefe designa qual será a estátua. Pode ser
de cachorro, gato passarinho, cobra... Então quem está no comando escolhe a
estátua mais bonita, mais feia, mais engraçada, pode-se também colocar uma
música para tocar e quando o chefe aperta o stop todos param. O chefe vai a
cada participante e os provoca quem se mexer primeiro, perde.
Achou
Idade: 6 a 9 meses
Sente o bebê no chão de frente para o professor, pegue uma tolha e cubra o
rosto com ela. Tire a tolha e mostre seu rosto enquanto diz “achou”.
Experimente também colocar a toalha na cabeça do bebê e tirá-la.
Batata quente
Idade: a partir de 4 anos
Com as crianças sentadas em círculos. Uma delas deve estar fora da roda e
com os olhos vendados. Ela deve cantar “batata quente, quente, quente...” em
diferentes velocidades para que as outras crianças passem a bola. Quando ela
disser “queimou”, quem estiver com a bola em mãos é eliminado.
Cabo de guerra
Idade: a partir de 5 anos
Divida as crianças em dois times. Cada um ficará de um lado do campo e
segurando um lado da corda. Ao sinal, cada time puxa para o seu lado, com
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toda força, ganha a equipe que ficar por pelo menos um minuto com a maior
parte da corda.
O feiticeiro
Idade: a partir de 3 anos
Todas as crianças devem ficar de pé. Escolha uma delas para ser o feiticeiro.
Ao sinal, ele deve ficar parado com as pernas afastadas. Enquanto a
perseguição continua, as outras crianças podem passar por baixo das pernas
do colega, quebrando o feitiço. Substitua o feiticeiro de tempos em tempos.
Além de uma boa atividade física, essa brincadeira desenvolve o senso de
cooperação entre as crianças, tanto para salvar os colegas do feitiço tanto para
distrair o feiticeiro.
Morto-vivo
Idade: a partir dos 2 anos
Peça para as crianças formarem uma fila lado a lado. Uma delas ou o professor
fica de frente para ela. Quando disser “morto” as crianças devem agachar,
quando disser “vivo”, todas devem ficar de pé. Pode alternar os comando e a
velocidade. Quem errar a posição fica de fora até começar outra rodada. Essa
atividade auxilia no desenvolvimento da coordenação motora e capacidade de
concentração e atenção das crianças.
Tesouro do pirata
Idade: a partir de 2 anos
Escolha uma das crianças para ser o pirata, pode caracterizar a criança se
quiser. O tesouro pode ser um saquinho com algum brinde. O pirata esconde o
tesouro, depois as outras crianças vão à procura, o professor marca um tempo
para que elas possam procurar e encontrar. Se não conseguirem o pirata dá
algumas dicas de onde possa estar. A criança que achar o tesouro fica com o
brinde. A cada nova rodada trocam-se os brindes.
A queda do chapéu
Idade: a partir de 4 anos
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Os participantes são organizados em círculos. Cada um recebe um número. O
professor se coloca no centro do circulo, segurando um chapéu. Inicia a
brincadeira atirando o chapéu para o alto e chamando um número. O
participante chamado deve correr e pegar o chapéu, antes que ele caia no
chão, se o chapéu cair, o participante sai da brincadeira e o professor continua
no centro. Se o jogador conseguir pegar o chapéu, vai para o centro do círculo
e continua a brincadeira.
O mestre mandou
Idade: a partir de 1 ano
O professor ou outra criança será o mestre. Ela deverá inventar uma ordem
fácil de desenvolver e as outras crianças devem cumpri-las. Por exemplo: “o
mestre mandou dar dois pulinhos”. Somente quem realizar a tarefa continua na
brincadeira.
Mímica
Idade: a partir de 2 anos
Peça para as crianças fazerem imitações de diversos objetos ou animais. O
professor também pode fazer diferentes imitações para que as crianças
adivinhem o que ele está imitando.
Encaixes
Idade: a partir de 6 meses
Utilizando caixas de papelão e potes plásticos de vários tamanhos e formatos,
coloque um pote dentro do outro, mostrando que o menor cabe dentro do
maior. Vire os potinhos de ponta cabeça e coloque um sobre o outro até
formara uma torre. Deixe que as crianças brincarem a vontade com os potes e
colocar as mãos dentro deles. Quando elas pegarem um pote sozinho ou dois
deles (um dentro do outro) irá perceber a diferença de peso.
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os jogos e brincadeiras não se restringem apenas a alguns momentos ou
períodos, mas deve ser sistemático e contínuo, o público alvo são as crianças
de 0 a 5 anos, cabendo assim, aos professores fazerem as adaptações
necessárias a cada faixa etária em que trabalha, para que ocorra o
desenvolvimento dos alunos, valorizando sempre a ludicidade. Todas as
atividades desenvolvidas pelo professor serão livres, desde que os conteúdos
propostos sejam aplicados.
3.9 Avaliação
A avaliação deste projeto de ensino é de caráter formativo, que será
feita mediante o registro e a observação diária do professor, sobre os
processos de aprendizagem, o desempenho dos alunos nas atividades
propostas, bem como a participação efetiva e nas relações entre criança /
criança, e criança / adulto.
4 Considerações finais
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oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis ao seu futuro, tais
como atenção, afetividade, concentração. Nesse sentido, os jogos e
brincadeiras só têm a contribuir significamente no desenvolvimento das
estruturas psicológicas e cognitivas. As crianças que estão inseridas na
Educação Infantil interagem e socializam através das brincadeiras, sejam elas
livres ou dirigidas.
A introdução de jogos e brincadeiras no cotidiano escolar é muito
importante, pois quando as crianças estão envolvidas emocionalmente na
ação, é mais fácil e dinâmico o processo de ensino-aprendizagem. A criança
consegue através dos jogos e brincadeiras expressar suas alegrias, tristezas,
entusiasmo, passividade e agressividade, e é por meio dela que se conhece e
conhece o outro.
As brincadeiras e jogos proporcionam mecanismos fundamentais para
desenvolver memória, a linguagem, coordenação motora, criatividade, atenção
e percepção das coisas ao seu redor.
O brincar, tanto para professores como para as crianças, constitui uma
atividade promotora de muitas aprendizagens e experiência de cultura, é parte
integrante do processo educativo, devendo ser incentivada, garantida e
enriquecida. É importante que estejam disponíveis para as crianças
objetos/brinquedos, tais como caixas, panos, objetos para construção,
bonecos, papéis de diferentes tamanhos, fantasias, além de objetos variados
da vida social. O brincar favorece o desenvolvimento de cada criança, assim
ela internaliza normas sociais e assume comportamentos mais avançados,
aprofundando o seu conhecimento sobre a vida social.
A brincadeira não deve ser utilizada apenas para divertir as crianças,
mas como atividade em si mesma e que faça parte dos planos de aula do
professor. É importante criar um ambiente que tenha elementos para motivar
as crianças, que proporcionam conceitos que as preparem para a leitura,
conhecimentos de números entre outras habilidades.
É urgente que o adulto se conscientize dos desejos da sociedade, que
busca supervalorizar o sujeito como sinônimo de produção, renegando-lhe o
direito à diversão. Ficar alheio a este desejo faz com que inconscientemente
desrespeitemos o direito da criança em brincar, na medida em que a escola
cede à exigência da produção acadêmica precoce, deixando de lado a
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ludicidade, acredito que um dos caminhos para esta mudança seja resgatar na
escola o direito de brincar, esta ação não pode acontecer por imposição ou por
modismo, mas sim pela consciência e compreensão do professor, que passa a
defender a ludicidade munido de conhecimento teórico e prático num
movimento indissociável. Na educação infantil, o professor tende a ser o
mediador das relações entre crianças e os diversos universos sociais.
Concluo assim, que os jogos e brincadeiras facilitam a aprendizagem e
o desenvolvimento integral, e a Educação Infantil deve considerar o lúdico
como parceiro e utilizá-lo sempre, para atuar no desenvolvimento e na
aprendizagem da criança.
REFERÊNCIAS
ANGOTTI, Maristela. Educação Infantil para que, para quem e por quê? São
Paulo: Alínea, 2010.
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BRASIL. Ministério da Educação e do desporto. Secretária da Educação
Fundamental. Referencial curricular para a educação infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998, VOLUME: 1 e 2.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo, SP. Martins
Fontes Editora LTDA, 1998.
26
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
Sites Eletrônicos:
27