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PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO
OPERACIONAL CST
METROLOGIA BÁSICA
ELABORAÇÃO: DEZEMBRO/ 04
CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão
FDH - Departamento de Recursos Humanos
FHD - Divisão de Desenvolvimento e Remuneração
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES.
CEP: 29163-970
Telefone: 0 XX (27) 3348-1420
Fax: 0 XX (27) 3348-1077
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 8
2. TERMINOLOGIA E SIGLAS........................................................................................................ 10
2.1. TERMINOLOGIA .............................................................................................................................. 10
2.2. SIGLAS ........................................................................................................................................... 17
3. METROLOGIA BÁSICA ............................................................................................................... 19
3.1. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES – SI ................................................................................ 19
3.1.1. O BIPM e a Convenção do Metro ............................................................................................ 19
3.1.2. As duas classes de unidades SI................................................................................................. 20
3.1.3. Os prefixos SI ........................................................................................................................... 21
3.2. SISTEMA DE GRANDEZAS ................................................................................................................ 21
3.3. LEGISLAÇÕES SOBRE AS UNIDADES ................................................................................................ 22
3.4. UNIDADES SI DE BASE .................................................................................................................... 22
3.5. SÍMBOLOS DAS UNIDADES DE BASE ................................................................................................ 22
4. UNIDADES SI DERIVADAS ......................................................................................................... 24
4.1. UNIDADES EXPRESSAS A PARTIR DE UNIDADES DE BASE ................................................................ 24
4.1.1 Unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares; unidades utilizando
unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares ........................................................ 25
5. MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DECIMAIS DAS UNIDADES SI....................................... 27
6. MÉTODOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................................ 28
6.1. MÉTODO DE MEDIÇÃO DIRETO ....................................................................................................... 29
6.2. MODO DE MEDIÇÃO INDIRETO ........................................................................................................ 29
6.3. MÉTODO ABSOLUTO ....................................................................................................................... 29
6.4. MÉTODO COMPARATIVO ................................................................................................................ 30
6.5. MÉTODO DE INSTRUMENTAÇÃO ..................................................................................................... 30
7. PADRÕES DE MEDIÇÃO ............................................................................................................. 32
7.1. GENERALIDADES ............................................................................................................................ 32
7.2. TIPOS DE PADRÕES ......................................................................................................................... 34
8. SISTEMA METROLÓGICO BRASILEIRO ............................................................................... 35
8.1. SINMETRO – SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL 35
8.2. ORGANISMOS DO SINMETRO .......................................................................................................... 35
8.3. FUNÇÕES ........................................................................................................................................ 36
8.4. CREDENCIAMENTO (ACREDITAÇÃO)............................................................................................... 37
8.5. CERTIFICAÇÃO ............................................................................................................................... 38
8.6. ENSAIOS E CALIBRAÇÕES ............................................................................................................... 38
9. CONMETRO - CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E
QUALIDADE INDUSTRIAL........................................................................................................................ 39
9.1. ATRIBUIÇÕES ................................................................................................................................. 39
9.2. COMITÊS TÉCNICOS DO CONMETRO ............................................................................................... 41
Metrologia Básica
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1. INTRODUÇÃO
Os processos de medição devem ser considerados como processos específicos que objetivam dar
suporte à qualidade dos produtos produzidos pela organização.
Entretanto, a satisfação das necessidades de um SGM não pode e nem deve ser obtida a qualquer
custo. Este sistema deve se enquadrar nos sistemas de metrologia oficial quer no aspecto da
metrologia legal quer no da metrologia industrial, condição sem a qual o pressuposto de confiança
que deve ser oferecido por um Sistema de Garantia da Qualidade é completamente inoperante.
É fundamental que o SGM tenha plena integração com os esforços desenvolvidos no âmbito do
Sistema de Garantia da Qualidade da Organização a que pertença. O modelo de SGM sugerido pela
norma NBR ISO 10012:2004 é apresentado na figura 1, dentro do conceito de PDCA.
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Esta Norma inclui tanto requisitos como orientação para implementação de sistemas de gestão de
medição e pode ser útil na melhoria de atividades de medição e da qualidade de produtos.
Entretanto, seguir os requisitos estabelecidos nesta Norma facilitará o cumprimento dos requisitos
para medições e controle do processo de medição especificado em outras normas, por exemplo, as
ABNT NBR ISO 9001:2000, subseção 7.6, e ABNT NBR ISO 14001:1996, subseção 4.5.1.
A Norma NBR ISO 10012:2004 especifica requisitos genéricos e fornece orientação para a gestão
de processos de medição e comprovação metrológica de equipamento de medição usado para dar
suporte e demonstrar conformidade com requisito metrológico.
Ela especifica requisitos de gestão da qualidade de um SGM que pode ser usado por uma
organização que executa medições como parte de um sistema de gestão global, e para assegurar que
os requisitos metrológicos são atendidos.
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Esta Norma não tem a intenção de ser usada como um requisito para demonstrar a conformidade
com a ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO-14001 ou qualquer outra norma. Partes interessadas
podem concordar em usar esta Norma como uma entrada para satisfazer os requisitos do SGM nas
atividades de certificação.
Esta Norma não pretende ser um substituto ou uma adição aos requisitos da ABNT NBR ISO/ IEC
17025.
Nota: Existem outras normas e guias para elementos particulares que afetam os resultados de
medição, por exemplo, detalhes de métodos de medição, competência de pessoal e comparações
interlaboratoriais.
2. TERMINOLOGIA E SIGLAS
2.1. TERMINOLOGIA
A terminologia praticada pelos metrologistas deve ser definida inequivocamente e corretamente
aplicada, com o objetivo de se evitar interpretações errôneas. Infelizmente não é o que tem ocorrido
em nosso meio. Observamos uma grande confusão de nomenclatura, principalmente em diferentes
áreas de conhecimento.
Em uma área de atuação restrita, com pequeno número de pessoas é razoavelmente fácil de
uniformizar a nomenclatura. No entanto, medições são praticadas em todos os ramos da ciência e da
tecnologia e pouca coordenação existia a nível mundial para sua uniformização.
O problema é complicado pela universalidade de uso de conceitos básicos em tantas áreas diferentes
em muitos idiomas e pela grande quantidade de termos envolvidos.
Uma terminologia muito importante a nível internacional é o VIM - International Vocabulary of
Basic and General Terms In Metrology.
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Além dos termos e definições constantes nas normas ABNT NBR ISO 9000 e VIM, se aplicam os
seguintes termos:
• Ação Preventiva - Ação implementada para eliminar as causas de uma possível não-
conformidade, de um defeito ou outra situação indesejável existente, a fim de prevenir sua
repetição.
Observações:
- O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do mensurando para
as indicações como a determinação das correções a serem aplicadas;
- Uma calibração pode, também, determinar outras propriedades metrológicas como o efeito das
grandezas de influência.
Notas:
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Notas:
c) Os requisitos para o uso pretendido incluem considerações tais como amplitude, resolução erro
máximo/ erro permitido;
• Correção – valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de uma medição para
compensar um erro sistemático.
Observações:
Uma vez que o erro sistemático não pode ser perfeitamente conhecido, a compensação não pode ser
completa.
• Defeito - Qualquer desvio de uma característica de um item em relação aos seus requisitos
operacionais.
Embalagem adequada - embalagem que permita transportar o equipamento sem causar-lhe danos
por vibração, queda ou choque mecânico. O usuário deve definir que tipo de embalagem é adequada
à sua utilização.
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• Erro (de medição) – resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando.
Observação: Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um
valor verdadeiro convencional. Não confundir erro com desvio.
a) Erro aleatório – resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito
número de medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade.
Observações:
Em razão de que apenas um finito número de medições pode ser feito, é possível apenas determinar
uma estimativa do erro aleatório.
Observações:
Analogamente ao valor verdadeiro, o erro sistemático e suas causas não podem ser completamente
conhecidos.
Ver tendência.
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Observações:
- O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a metade de
um intervalo correspondente a uma probabilidade de abrangência estabelecida.
• Medição - Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma
grandeza.Metrologia – Ciência da medição.
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No caso do quilograma, existe somente um artefato no BIPM que representa o padrão de massa a
nível internacional. Outros padrões, como o de comprimento, podem ser realizados em muitos
países, a partir da definição do metro.
d) Padrão nacional - É aquele reconhecido por decisão nacional para servir, em um país, como
base para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que se refere. Geralmente é o
padrão de melhor qualidade metrológica do país, que é chamada de padrão primário.
Ocasionalmente, isto pode não vir a ser verdadeiro, pois pode acontecer de existir padrões
melhores que o padrão nacional.
j) Padrão itinerante – Padrão, algumas vezes de construção especial, para ser transportado entre
locais diferentes.
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• Reparo - Ação implementada sobre um produto (bem ou serviço) não-conforme de modo que
este passe a satisfazer os requisitos de uso previsto, embora possa não atender aos requisitos
originalmente especificados.
• Retrabalho - Ação implementada sobre um produto não-conforme de modo que ele atenda aos
requisitos especificados.
• Valor Verdadeiro Convencional - Valor atribuído a uma grandeza específica e aceito, às vezes
por convenção, como tendo uma incerteza apropriada para uma dada finalidade.
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2.2. SIGLAS
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3. METROLOGIA BÁSICA
O Bureau Internacional tem sua sede perto de Paris, nos domínios do Pavilhão Breteuil (43.520 m2)
(Parque de Saint-Cloud), posto à sua disposição pelo governo francês; e sua manutenção no que se
refere às despesas é assegurada pelos Estados Membros da Convenção do Metro. Em 31 de
dezembro de 1997, 48 Estados eram membros desta Convenção, inclusive o Brasil.
O Bureau Internacional, que tem por missão assegurar a unificação mundial das medidas físicas, é
encarregado:
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a) Unidades de base;
b) Unidades derivadas.
Sob o aspecto científico, a divisão das unidades SI nessas duas classes é arbitrária porque não é uma
imposição da física.
A segunda classe de unidades SI abrange as unidades derivadas, isto é, as unidades que podem ser
formadas combinando-se unidades de base segundo relações algébricas que interligam as grandezas
correspondentes. Diversas destas expressões algébricas, em razão de unidades de base, podem ser
substituídas por nomes e símbolos especiais, o que permite sua utilização na formação de outras
unidades derivadas.
Segundo a Recomendação 1 (1969; PV, 37, 30-31 e Metrologia, 1970, 6, 66) do CIPM, as unidades
desse conjunto coerente de unidades são designadas sob o nome de unidades SI.
É importante acentuar que cada grandeza física tem uma só unidade SI, mesmo que esta unidade
possa ser expressa sob diferentes formas.
Porém o inverso não é verdadeiro: a mesma unidade SI pode corresponder a várias grandezas
diferentes.
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3.1.3. OS PREFIXOS SI
A Conferência Geral adotou uma série de prefixos para a formação dos múltiplos e submúltiplos
decimais das unidades SI. De acordo com a Recomendação 1 (1969) do CIPM, o conjunto desses
prefixos é designado pelo nome de prefixos SI. As unidades SI, isto é, as unidades de base e as
unidades derivadas do SI, formam um conjunto coerente.
Os múltiplos e submúltiplos das unidades SI, formados por meio dos prefixos SI, devem ser
designados pelo seu nome completo: “múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI”. Esses
múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI não são coerentes com as unidades SI
propriamente ditas.
Nessas normas internacionais, a ISO adotou um sistema de grandezas físicas baseado nas sete
grandezas de base: comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétrica, temperatura
termodinâmica, quantidade de matéria e intensidade luminosa.
As outras grandezas — grandezas derivadas — são definidas em função dessas sete grandezas de
base; as relações entre as grandezas derivadas e as grandezas de base são expressas por um sistema
de equações. É conveniente empregar com as unidades SI esse sistema de grandezas e esse sistema
de equações.
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4. UNIDADES SI DERIVADAS
As unidades derivadas são unidades que podem ser expressas a partir das unidades de base,
utilizando símbolos matemáticos de multiplicação e de divisão. Dentre essas unidades derivadas,
diversas receberam nome especial e símbolo particular, que podem ser utilizados, por sua vez, com
os símbolos de outras unidades de base ou derivadas para expressar unidades de outras grandezas.
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Por questões de comodidade, certas unidades derivadas, que são mencionadas na tabela 3,
receberam nome especial e símbolo particular. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados, por
sua vez, para expressar outras unidades derivadas: alguns exemplos figuram na tabela 3. Os nomes
especiais e os símbolos particulares permitem expressar, de maneira mais simples, unidades
freqüentemente utilizadas.
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Os três últimos nomes e símbolos que figuram no final da tabela 3 são unidades particulares: elas
foram, respectivamente, aprovadas pela 15ª CGPM (1975, Resoluções 8 e 9; CR, 105 e Metrologia,
1975, 11, 1980); 16ª CGPM (1979, Resoluções 5; CR; 100 e Metrologia, 1980, 16, 56) visando à
proteção da saúde humana.
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a) O radiano e o esterradiano podem ser utilizados nas expressões das unidades derivadas, a fim de
distinguir grandezas de natureza diferente tendo a mesma dimensão. Na tabela 4 são dados
exemplos de sua utilização para formar nomes de unidades derivadas.
b) Na prática, emprega-se os símbolos rad e sr, quando útil, porém a unidade derivada “1” não é
habitualmente mencionada.
Esta unidade pode ser utilizada associada aos prefixos SI, como, por exemplo, para exprimir o
submúltiplo miligrau Celsius, moC.
- Prefixos SI
A 11ª CGPM (1960, Resolução 12; CR, 87) adotou uma série de prefixos e símbolos prefixos para
formar os nomes e símbolos dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI de 1012 a 10-12.
Os prefixos para 10-15 e 10-18 foram adicionados pela 12ª CGPM (1964, Resolução 8; CR, 94), 1015 e
1018 pela 15ª CGPM (1975, Resolução 10; CR 106 e Metrologia, 1975, 11,180-181) e 1021, 1024, 10-
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, 10-24 pela 19ª CGPM (1991, Resolução 4; CR 97 e Metrologia, 1992, 29, 3). Os prefixos e
símbolos de prefixos adotados constam da tabela 5.
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- O kilograma
Entre as unidades de base do Sistema Internacional, a unidade de massa é a única cujo nome, por
motivos históricos, contém um prefixo. Os nomes dos múltiplos e dos submúltiplos decimais da
unidade de massa são formados pelo acréscimo dos prefixos à palavra “grama” (CIPM — 1967,
Recomendação 2; PV, 35, 29 e Metrologia, 1968, 4, 45).
Por exemplo:
6. MÉTODOS DE MEDIÇÃO
Existem vários métodos para a determinação de uma grandeza, os quais são objeto de terminologia
especifica. Alguns métodos mais importantes estão relacionados a seguir.
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Quando se mede um comprimento utilizando-se uma régua ou trena, obtém-se o valor medido
diretamente da escala.
Medição de um bloco padrão por método interferométrico. por exemplo, é uma medição absoluta
pois utiliza o comprimento de onda padrão.
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A precisão de medições com métodos comparativos pode ser melhor do que com medições
absolutas no entanto a exatidão é garantida pelas medições absolutas. As medições absolutas podem
não ser de uso prático nem industrial, mas são essenciais nos laboratórios nacionais para o
desenvolvimento da ciência e tecnologia.
a) Método da deflexão
Considere a medição de temperatura com um termômetro de vidro. Quando o termômetro está à
temperatura ambiente observamos que o topo da coluna de mercúrio registra a temperatura da sala.
Ao deslocarmos este mesmo termômetro para um banho de óleo observamos que a coluna se
desloca até entrar em equilíbrio com a nova temperatura que está sendo medida.
A exatidão é limitada tendo em vista as limitações físicas para o desenho da escala que não pode ser
muito grande e as dimensões do ponteiro que não podem ser muito pequenas.
A energia para mover o ponteiro ou a coluna de mercúrio é fornecida pela própria grandeza a ser
medida, conseqüentemente o objeto a ser medido sofre perturbações.
b) Método do zero
Um exemplo de método do nulo é a medição por comparação de uma tensão contínua (mensurando)
com um calibrador de tensão CC (padrão de referência). As tensões são colocadas em oposição e
coloca-se em série no circuito um galvanômetro ou um detector de nulo de alta sensibilidade. A
precisão do método é muito grande, dependendo da resolução do calibrador usado como padrão, da
sensibilidade do galvanômetro e da estabilidade do mensurando. O calibrador é ajustado de tal
maneira que o galvanômetro seja levado à condição de equilíbrio (ponto zero). O valor do
mensurando é o valor mostrado pelo calibrador.
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c) Método diferencial
No método diferencial mede-se a diferença entre um valor conhecido e o mensurando, obtendo-se
seu valor por meio de cálculo.
Neste método tanto o mensurando como a referência devem ser de mesma natureza e para se obter
grande precisão os valores devem ser aproximadamente iguais.
Primeiramente mede-se a diferença no nanovoltímetro cujo valor é Vd. O valor da pilha 2, que é o
mensurando, será V2 = V1 - Vd considerando-se conhecido o valor de V1.
d) Método da substituição
Considere a medição de massa por uma balança de pratos, cujos braços tem comprimentos
diferentes. Se utilizarmos esta balança para medição convencional, existirão erros pois o equilíbrio
dos momentos não significa que as massas nos dois lados são iguais.
A utilização do método de substituição elimina este erro. O primeiro passo é balancear a massa do
mensurando contra outros pesos. Após este balanceamento, retira-se o mensurando e no seu lugar
colocam-se outros pesos de valores conhecidos. A massa do último conjunto de pesos é a massa do
mesurando.
Existem ainda outros métodos, mas menos usuais. O importante é escolher adequadamente o
método de medição a ser utilizado, de acordo com os objetivos pretendidos e o tipo de
instrumentação disponível.
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7. PADRÕES DE MEDIÇÃO
7.1. GENERALIDADES
A metrologia viabiliza o pleno desenvolvimento científico e tecnológico; é um componente
fundamental para qualidade, avalia a conformidade de produtos, processos e serviços; supera
barreiras técnicas e protege o consumidor e o meio ambiente.
A metrologia contribui para a melhoria da qualidade dos processos produtivos, o que deve ser
perseguido continuamente por todas as Organizações que pretendem participar de um mercado
altamente competitivo e globalizado.
Metrologia, segundo o VIM, é Ciência da medição. A metrologia abrange todos os aspectos teóricos
e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou
da tecnologia.
É importante também, que a partir das definições das unidades fundamentais, os laboratórios
tenham facilidade de concretizar padrões para utilização prática.
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Além do BIPM, que é um órgão internacional, existem vários laboratórios no mundo que trabalham
na área de metrologia cientifica e industrial fazendo vultosos investimentos em pesquisas para
melhorar cada vez mais a qualidade dos padrões metrológicos.
Cada país possui seu laboratório nacional, com o objetivo de manter, desenvolver e disseminar os
padrões primários, assim como definir a política metrológica a ser aplicada na nação.
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a) padrão internacional
b) padrão nacional
c) padrão primário
d) padrão secundário
e) padrão de referência
f) padrão de trabalho
g) padrão de transferência
h) padrão itinerante
i) material de referência
Qualquer laboratório que tenha um sistema de controle metrológico pode ter vários destes tipos de
padrões citados. O INMETRO, por exemplo, tem padrões primários, secundários, itinerantes, de
referencia, de trabalho etc.
Como já foi citado, existe uma hierarquia metrológica entre os padrões e equipamentos dependente
das qualidades metrológicas.
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O Sinmetro foi instituído pela lei 5966 de 11 de dezembro de 1973 para criar uma infra-estrutura de
serviços tecnológicos capaz de avaliar e certificar a qualidade de produtos, processos e serviços por
meio de organismos de certificação, rede de laboratórios de ensaio e de calibração, organismos de
treinamento, organismos de ensaios de proficiência e organismos de inspeção, todos credenciados
(acreditados) pelo Inmetro.
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8.3. FUNÇÕES
8.3.1. METROLOGIA CIENTÍFICA E INDUSTRIAL
Na área da metrologia científica e industrial o Sinmetro é de grande importância para a ciência e a
economia do Brasil, tendo em vista que esse Sistema é o responsável pelas grandezas metrológicas
básicas. Este Sistema, sob coordenação do Inmetro, transfere para a sociedade padrões de medição
com confiabilidade igual à de outros países, mesmo os chamados países do primeiro mundo.
Junto com a normalização e a regulamentação técnica, esta área é um dos pilares das atividades do
Sinmetro.
O Inmetro atua como coordenador da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ,
constituído pelos IPEMs dos estados brasileiros.
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A ABNT é uma organização não governamental , mantida com recursos da contribuição dos seus
associados e do Governo Federal.
A ABNT representa o Brasil na ISO/ IEC e nos foros regionais de normalização, auxiliada por
entidades governamentais e privadas.
A ABNT tem participação em vários comitês técnicos, como o ISO TC 176 (qualidade), ISO TC
207 (meio ambiente) e ISO/ CASCO, além do ISO/ TMB (Technical Management Board).
O Inmetro baseia o seu credenciamento (acreditação) nas normas e guias da ABNT, Copant,
Mercosul e nas suas orientações do IAF, ILAC, IATCA e IAAC, principalmente.
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O Inmetro é assessorado pelos Comitês Técnicos do Conmetro na preparação dos documentos que
servem de base para o credenciamento (acreditação).
8.5. CERTIFICAÇÃO
São os organismos de certificação credenciados (acreditados), supervisionados pelo Inmetro, que
conduzem a certificação de conformidade no Sinmetro, nas áreas de produtos, sistemas da
qualidade, pessoal e meio ambiente.
Estes organismos são entidades públicas, privadas ou mistas, nacionais ou estrangeiras, situadas no
Brasil ou no exterior, sem fins lucrativos e que demonstraram competência técnica e organizacional
para aquelas tarefas.
Operam em bases semelhantes aos organismos estrangeiros, utilizando normas e guias ABNT,
Copant, Mercosul, ISO/ IEC e as recomendações do IAF, IATCA e IAAC, principalmente.
Todos os serviços nesta área são executados por laboratórios credenciados (acreditados) pelo
Inmetro, no Brasil e no exterior.
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Os organismos de ensaios de proficiência são credenciados (acreditados) pelo Inmetro para dar
maior confiabilidade às Redes Laboratoriais.
9.1. ATRIBUIÇÕES
O Conmetro é o órgão normativo do Sinmetro e é presidido pelo Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Compete ao Conmetro:
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I - Ministros de Estado:
Os comitês técnicos assessores do Conmetro são o CNN, CBC, Conacre, CBM, CCAB e o TBT/
OMC.
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Objetivando integrar uma estrutura sistêmica articulada, o Sinmetro, o Conmetro e o Inmetro foram
criados pela Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973, cabendo a este último substituir o então
Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a
serviço da sociedade brasileira.
No âmbito de sua ampla missão institucional, o Inmetro objetiva fortalecer as empresas nacionais,
aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da
qualidade de produtos e serviços.
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O Inmetro reconhece o Divisão do Serviço da Hora do Observatório Nacional como referência das
grandezas tempo e freqüência, o Instituto de Radiação e Dosimetria (IRD), como referência das
grandezas radiações ionizantes. Outras instituições vêm sendo agregadas ao sistema pelo Inmetro,
para que sejam realizadas no Brasil outras grandezas metrológicas básicas.
A base do credenciamento (acreditação) utilizada pelo Inmetro é formada pelos guias internacionais
ABNT- ISO/ IEC GUIA 62 e EN450l3 para organismos certificadores de sistemas e pessoal e para
organismos de treinamento, respectivamente; ABNT- ISO/ IEC GUIA 65 para organismos
certificadores de produtos; ABNT-ISO/ IEC GUIAS 39 para organismos de inspeção; ABNT-ISO/
IEC 17025 para laboratórios; ABNT-ISO/ IEC Guia 43 para organismos de ensaios de proficiência;
OECD/ BPL para laboratórios de agrotóxicos e BPLC para laboratórios de análises clínicas.
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As orientações do IAF, ILAC, IATCA e IAAC para a utilização desses documentos são também
utilizadas.
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Desde 1996, a ILAC tem desenvolvido os mecanismos para implementação de seu acordo
internacional na atividade de acreditação (credenciamento) de laboratórios, cuja documentação base
foi definida durante sua Assembléia Geral, organizada pelo Inmetro, no Rio de Janeiro em outubro
de 1999.
O acordo entrou em vigor a partir de 31 de janeiro de 2001, passando seus signatários a reconhecer
a equivalência dos seus sistemas de acreditação (credenciamento) de laboratórios e se
comprometendo a promover o acordo e a aceitação dos certificados de calibração e relatórios de
ensaio emitidos pelos laboratórios acreditados (credenciados) pelos mesmos.
É importante observar que, embora o Inmetro não mantenha um acordo bilateral com a Asia-Pacific
Laboratory Accreditation Cooperation (APLAC), cooperação que reúne os organismos de
acreditação (credenciamento) de laboratórios da comunidade econômica da Ásia-Pacífico (APEC),
todos os organismos membros da APLAC são signatários do acordo da ILAC e, portanto, aceitam
os certificados emitidos pelos laboratórios acreditados (credenciados) pelo Inmetro.
A relação dos signatários do acordo da ILAC pode ser obtida no site www.ilac.org.
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Em 1998 o Inmetro apresentou requerimento para assinar um acordo bilateral com a EA. Em 30 de
janeiro de 2001, no Campus do Inmetro em Xerém, foi assinado o acordo bilateral de
reconhecimento mútuo com a EA, que entrou em vigor imediatamente, com isto os organismos
signatários da EA passaram a aceitar os certificados e relatórios emitidos pelos laboratórios
acreditados (credenciados) pelo Inmetro.
Obs: Não estão incluídos os organismos de fora da Comunidade Européia que mantém acordos
bilaterais com a EA.
É uma cooperação regional que reúne os organismos acreditadores (credenciadores) das três
Américas, criado em novembro de 1996, por iniciativa do Inmetro nas áreas de laboratórios de
ensaio, calibração, de organismos de certificação de sistema, produtos e pessoal e de organismos de
inspeção. Tem como meta maior à realização do Reconhecimento Mútuo entre os países signatários,
quanto às estruturas acima mencionadas. A IAAC realiza anualmente uma Assembléia Geral (GA)
onde são tomadas decisões com respeito a políticas de acreditação (credenciamento).
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O IAF foi criado em 09 de junho de 1995 quando foi oficialmente assinado o MOU (Memorando de
Entendimento), onde o Brasil foi um dos dez signatários.
O Inmetro vem representando o Brasil neste Fórum Internacional de Credenciamento desde a sua 2ª
Reunião ocorrida em Genebra, em junho de 1993. Este Fórum congrega cerca de 25 entidades
acreditadoras (credenciadoras) que assinaram um "Memorando de Entendimento", documento que é
o passo inicial para o reconhecimento multilateral dos signatários, patamar facilitador do comércio
na economia globalizada. O Brasil tem participado em reuniões plenárias e em Grupos de trabalho
que estão desenvolvendo o reconhecimento multilateral entre os organismos acreditados
(credenciadores).
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c) Eurepgap
Os laboratórios de Metrologia somente obtém sua homologação à Rede após serem submetidos à
rigorosa avaliação, por técnicos da organização, que comprove a qualificação dos seus serviços,
segundo critérios estabelecidos pela norma ABNT ISO-IEC 17025.
E, uma vez homologados, passam por avaliações regulares, para garantir a manutenção da
qualificação e confiabilidade dos serviços por eles prestados.
Tudo isto está alicerçado em fortes laços de parceria que incluem órgãos do Governo do Estado, o
INMETRO, a FINDES, o SEBRAE, o SENAI e universidades.
O trabalho da Rede vem ganhando importância na mesma proporção em que as indústrias vêm
compreendendo o papel da Metrologia na elevação da qualidade e produtividade.
Metrologia Básica
52
A REDE tem caráter dual, atuando, por um lado, como prestadora de serviços e, por outro, como
sociedade técnica.
Sem fins lucrativos, isenta de pressões políticas ou mercadológicas, a Rede dispõe de mobilidade e
de significativo manancial científico para viabilizar projetos em que a excelência dos resultados
beneficie, de forma ampla e eficaz, a maior parcela possível de pessoas e empresas.
Atingir este objetivo implica em cumprir com determinadas metas, dentre as quais se pode destacar:
Metrologia Básica
53
13.1. APRESENTAÇÃO
A Sociedade Brasileira de Metrologia é uma sociedade técnico-científica não governamental,
independente, sem fins lucrativos, cuja missão preconiza a formação e disseminação de
conhecimento e cultura metrológica. Seu principal objetivo consiste na persuasão de cientistas e
profissionais de todos os níveis de formação acadêmica e profissional interessados na ciência e na
tecnologia das medições a se engajarem de forma efetiva nesse fascinante movimento pelo
desenvolvimento da metrologia, reconhecida como estratégico instrumento da competitividade e
melhoria da qualidade de vida.
Criada em 1995 por profissionais envolvidos com a metrologia e suas áreas correlatas, a Sociedade
Brasileira de Metrologia já consolidou um quadro de mais de 1800 associados, aproximando
metrologistas, fabricantes de instrumentos de medir e outras organizações envolvidas ou
interessadas em metrologia. Dentre outras ações, a Sociedade prioriza a produção intelectual em
metrologia e a efetiva participação da comunidade em relevantes e estratégicos fóruns
internacionais da metrologia.
Metrologia Básica
54
A Sociedade Brasileira de Metrologia foi concebida não para competir mas para cooperar e
complementar a ação de outras organizações privadas e governamentais, direta ou indiretamente
envolvidas com a metrologia.
Metrologia Básica
55
13.3. BENEFÍCIOS
Na qualidade de organização técnico-cientifica de metrologia formalmente constituída, a Sociedade
Brasileira de Metrologia (SBM) oferece benefícios exclusivos aos seus associados, dentre os quais
destacam-se:
Metrologia Básica
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Adicionalmente aos benefícios oferecidos aos sócios individuais, os seguintes serviços e atrativos
são oferecidos às Empresas Afiliadas na categoria Sócio Institucional:
• Oportunidade de divulgar, sem ônus, catálogos e folhetos institucionais nas feiras internacionais
que a SBM participa com direito a stands corporativos;
• Afixação de placa em material nobre exibindo a logomarca do associado institucional no mural
do hall de entrada da sede própria da SBM;
Metrologia Básica
57
Este é um tema que nem todos dominam e, infelizmente, até mesmo entre o pessoal de controle de
processo. Falta maior conhecimento para lidar com o item 7.6 da ISO 9001 (Controle de
dispositivos de medição e monitoramento), que enfatiza: “A organização deve determinar as
medições e monitoramentos a serem realizados e os dispositivos de monitoramento
necessários para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados”. Por
equipamento, devemos entender: equipamento de medição, programa de computador, padrão de
medição, material de referência ou dispositivos auxiliares, ou uma combinação deles, necessários
para executar um processo de medição.
Metrologia Básica
58
Isto nos faz pressupor que a organização tenha determinada todas as características do produto que
devam ser medidas ou monitoradas, conforme estabelecido na Seção 7.2.1 da ISO 9001:
Determinação de Requisitos Relacionados ao Produto, nas dimensões de Qualidade, Segurança,
Meio-Ambiente e Saúde. A figura 6 ilustra esta atividade.
Parece simples, mas não é tanto assim. É preciso estudar cada processo e todas as medições e
monitoramentos a serem realizadas e os respectivos equipamentos de medição a serem utilizados.
Em seguida “A organização deve estabelecer processos para assegurar que medição e
monitoramento podem ser realizados e são executados de uma maneira coerente com os requisitos
de medição e monitoramento”.
Metrologia Básica
59
Logo,
Se observarmos a figura 6 veremos que quanto maior a faixa de incerteza (σ2 medição), menor será
o valor disponível para cobrir as variações do processo (σ2 processo).
Metrologia Básica
60
16.1. INTRODUÇÃO
Qualquer equipamento, por mais perfeito que pareça, jamais será exatamente preciso, sempre
apresentará erro, por menor que seja. Quantificar o erro é um dos grandes desafios de quem trabalha
com metrologia.
Se fizermos uma série de repetições, os resultados das medições nem sempre são iguais em todos os
casos. Portanto, estima-se uma INCERTEZA para todo e qualquer equipamento de medição.
Numa aplicação, a incerteza de medição pode ser uma característica inerente de erros aleatórios e/
ou sistemáticos, ou ainda de variáveis específicas do processo de medição ou ainda de
características únicas do equipamento utilizado. Daí a importância de se utilizar estudos estatísticos
nos cálculos de incerteza. O cálculo de incerteza de medição é base para as medições a serem
executadas por um determinado equipamento de medição.
Deve-se tomar muito cuidado em distinguir entre os termos “erro” e “incerteza”. Eles não são
sinônimos, ao contrário representam conceitos completamente diferentes; eles não deveriam ser
confundidos um com o outro, nem ser mal empregados. O resultado de uma medição pode, sem que
se perceba, estar muito próximo do valor do mensurando e assim ter um erro desprezível, muito
embora possa ter uma incerteza grande.
1
Fontes de Incertezas
1 Extraído de: Guia para a Expressão da Incerteza de Medição – INMETRO (agosto/ 98).
Metrologia Básica
61
Essas fontes não são necessariamente independentes, e algumas das fontes de a) a i) podem
contribuir para a fonte j). Naturalmente, um efeito sistemático não reconhecido, não pode ser levado
em consideração na avaliação da incerteza do resultado de uma medição, porém, contribui para seu
erro.
A comprovação metrológica deve ser projetada e implementada para assegurar que características
metrológicas do equipamento de medição satisfaçam os requisitos metrológicos do processo de
medição. A comprovação metrológica compreende a calibração e a verificação do equipamento de
medição.
As características metrológicas do equipamento de medição devem ser adequadas para seu uso
pretendido. As características metrológicas de um equipamento de medição são fatores que
contribuem para a incerteza de medição.
Metrologia Básica
62
Um sistema de medição que não propicia a certeza ou confiança na medição pode levar a
Organização a realizar grandes investimentos na aquisição de equipamentos e outros meios de
medição. É importante identificar o que pode causar esta deficiência, antes de tomar a decisão. E,
estudos mal elaborados podem fazer com que a Organização direcione seus recursos para o lugar
errado ou, talvez, que não precisem ser realizados.
Ou seja, a sua Organização pode estar comprando equipamentos mais caros ou com mais recursos
do que o que realmente você precisa. Ou ainda, pode estar utilizando o equipamento errado.
Não existe um sistema de medição ideal. O sistema de medição ideal seria aquele que produziria
somente medidas "corretas" todas as vezes que fosse utilizado. A medida coincidiria sempre com o
padrão de referência.
Um sistema de medição deste tipo diz-se que possui propriedades estatísticas de variância zero,
tendência zero e probabilidade zero de classificação errônea em qualquer produto que medisse.
Portanto, como o sistema ideal não existe é atribuição da função metrológica adequar seus sistemas
de medição, para obter as propriedades estatísticas adequadas ao trabalho executado e às
necessidades do produto. A função metrológica tem a responsabilidade de identificar as
propriedades estatísticas mais importantes para o uso dos dados. É responsabilidade dela também
assegurar que tais propriedades sejam a base para escolher o sistema de medição.
Apesar das diferenças possíveis, existem algumas propriedades estatísticas que todos os sistemas
devem ter:
• o sistema de medição deve estar sob controle estatístico, o que significa que a variação no
sistema é devida somente a causas comuns e não a causas especiais;
• a variabilidade do sistema de medição deve ser pequena se comparada com a variabilidade do
processo;
Metrologia Básica
63
• a variabilidade do sistema de medição deve ser pequena (≤ 1/3) quando comparada com os
limites de especificação;
• os incrementos de medida devem ser pequenos em relação ao que for menor, entre a
variabilidade do processo ou os limites de especificação.
O passo inicial, portanto, é verificar se a variável correta esta sendo medida. É imprescindível esta
verificação, pois, se a variável errada estiver sendo medida, independente de qualquer resultado ou
propriedade, simplesmente está sendo consumido recursos sem a contrapartida dos benefícios.
Metrologia Básica
64
Metrologia Básica
65
17. TENDÊNCIA
É a diferença entre a média observada das medições e o valor de referência, realizada com dados
obtidos no processo onde o equipamento é usado. É importante levar em consideração o fato de que
os resultados obtidos nesta avaliação servem de base para as demais avaliações, tais como:
estabilidade, linearidade etc. A figura 7 exemplifica o conceito de tendência.
18. ESTABILIDADE
É a variação total nas medições obtidas com o sistema de medição medindo uma única
característica na mesma peça ou padrão ao longo de um extenso período de tempo, com o objetivo
de identificar o comportamento do equipamento em longo prazo. A figura 8 mostra o conceito de
estabilidade.
Figura 7 - Tendência.
Metrologia Básica
66
Figura 8 - Estabilidade.
Metrologia Básica
67
- Há muitos fatores que causam instabilidade. Os processos devem ser robustos a estes fatores,
porém algumas vezes não é possível ou não é viável economicamente;
- Se deve priorizar os fatores que mais afetam o processo de medição;
- A estabilidade estatística é determinada através de gráficos de controle;
- Um processo estável é aquele sem causa especial de variação;
19. LINEARIDADE
• equipamento desgastado;
• equipamento não está calibrado adequadamente;
• erro nos valores dos padrões.
Figura 9 - Linearidade.
Metrologia Básica
68
20. REPETITIVIDADE
É a variação nas medidas obtidas com um dispositivo de medição quando usado várias vezes por
um operador medindo a mesma característica na mesma peça, utilizando o mesmo método e nas
mesmas condições de utilização, possibilitando analisar o grau de confiabilidade que um sistema de
medição tem quanto à sua capacidade de repetir os resultados de uma medição. A figura 10 mostra
um gráfico onde a 2a medição apresenta falta de repetitividade.
Este estudo avalia a capacidade que o processo de medição tem de “repetir” as medidas. Pode ser
medida em função da dispersão dos resultados.
Figura 10 - Repetitividade.
21. REPRODUTIBILIDADE
É a variação na média das medidas feitas por diferentes operadores utilizando o mesmo dispositivo
de medição medindo característica idêntica nas mesmas peças, de modo que se possa verificar a
influência humana no resultado da medição. A figura 11 exemplifica uma situação de falta de
reprodutibilidade. Alguns fatores que causam má reprodutibilidade:
Metrologia Básica
69
Figura 11 - Reprodutibilidade.
Metrologia Básica
70
Ele fornece um valor realista, em vez de um valor “seguro” da incerteza baseado no conceito de que
não há diferença inerente entre um componente de incerteza proveniente de um efeito aleatório e
um proveniente de uma correção para um efeito sistemático. O método se situa, portanto, em
contraste com certos métodos mais antigos que têm em comum as duas seguintes idéias:
a) A de que a incerteza relatada deve ser “segura” ou “conservadora”, significando que nunca
deveria errar para muito menos. De fato, devido à avaliação da incerteza de um resultado de
medição ser problemática, ela foi, com freqüência, deliberadamente tornada maior;
b) A de que as influências que dão origem às incertezas foram sempre reconhecidas como sendo
ou “aleatórias” ou “sistemáticas”, sendo que as duas teriam naturezas diferentes; as incertezas
associadas com cada uma eram combinadas na sua própria maneira e deveriam ser relatadas
separadamente (ou, quando era requerido um único valor, combinadas de algum modo
específico). Na realidade, o método de combinação de incertezas era freqüentemente projetado
para satisfazer o requisito de segurança.
Metrologia Básica
71
Poderia fazer com que os usuários de equipamento de medição comprassem equipamentos que são
mais dispendiosos do que os de que eles precisam, ou poderia fazer com que produtos caros fossem
descartados desnecessariamente, ou que os serviços de um laboratório de calibração fossem
rejeitados.
O Guia classifica a incerteza de medição em dois tipos, que são baseados em duas análises
diferentes: incerteza de medição tipo "A" e tipo "B". Ainda existem as incertezas “combinadas" e a
"expandida".
Incerteza tipo "A": é relativamente simples, pois trata somente de aspectos estatísticos. Baseia-se
numa seqüência de observações em iguais condições.
Incerteza tipo "B": engloba diversos fatores específicos, como: fator de abrangência, nível de
confiabilidade, erros específicos, erros sistemáticos diversos, incerteza de um equipamento digital
devido à resolução, etc...
Incerteza combinada: é calculada tomando-se como base diversos cálculos de incerteza de medição
previamente calculados com base em fatores diversos.
Vamos dar um exemplo de aplicação do método, na área de massa. Todas as calibrações devem ser
feitas segundo os procedimentos escritos e nas condições ambientais definidas.
A avaliação do Tipo A da incerteza padrão pode ser aplicada quando tenham sido feitas
várias observações independentes (ver nota abaixo), para uma grandeza de entrada sob as mesmas
condições de medição. Caso haja suficiente resolução no processo de medição haverá uma
dispersão ou espalhamento observável nos valores obtidos.
Metrologia Básica
72
Deve-se perguntar primeiro: "Em que extensão as observações repetidas são repetições
completamente independentes do procedimento de medição?” Se todas as observações são de uma
amostra única, e se a amostragem é parte do procedimento de medição porque o mensurando é a
propriedade de um material (ao contrário da propriedade de um dado material em particular),
então as observações não foram independentemente repetidas; uma avaliação de um componente
da variância, decorrente de possíveis diferenças entre amostras, deve ser adicionada à variância
das observações repetidas realizadas sobre a amostra única.
Similarmente, se um barômetro deve ser lido, ele deve, em princípio, ser lido para cada repetição
da medição (preferivelmente, após perturbá-lo e deixá-lo voltar ao seu equilíbrio), pois pode haver
uma variação tanto na indicação como na leitura, mesmo se a pressão barométrica for constante.
Em segundo lugar, deve-se perguntar se todas as influências, supostamente aleatórias, são, de fato,
aleatórias. Serão constantes as médias e variâncias de suas distribuições ou haverá, talvez, um
desvio no valor de uma grandeza de influência não medida, durante o período das observações
repetidas? Se há um número suficiente de observações, as médias aritméticas dos resultados da
primeira e segunda metades do período e seus desvios padrão experimentais podem ser calculados,
e as duas médias, comparadas uma com a outra, de forma a se julgar se a diferença entre elas é
estatisticamente significativa e, assim, se há um efeito variando com o tempo.
Metrologia Básica
73
Se os valores dos "serviços comuns" no laboratório (tensão e freqüência da rede elétrica, pressão e
temperatura da água, pressão de nitrogênio etc.) são grandezas de influência, há, normalmente, um
forte elemento não aleatório em suas variações que não pode ser ignorado.
Se o algarismo menos significativo de uma indicação digital varia continuamente durante uma
observação devido à "ruído", é, por vezes, difícil deixar de selecionar, sem saber, valores
pessoalmente preferidos desse algarismo. É melhor arranjar algum meio de congelar a indicação
num instante arbitrário e.registrar o resultado congelado.
n
_
1
q=
n
∑q
j =1
j
_
A incerteza de medição associada com a estimativa q é avaliada de acordo com um dos seguintes
métodos:
1 n _
s2 (q) = ∑
n −1 j=1
(qj − q )2
O valor (positivo) da raiz quadrada de s2(q) é chamado desvio padrão experimental. A melhor
_
estimativa da variância da média aritmética q é a variância experimental da média dada por:
Metrologia Básica
74
s 2 (q )
s q =
2
() n
_
O valor (positivo) da raiz quadrada de s2( q ) é chamado desvio padrão experimental da média. A
_ _
incerteza padrão u( q ) associada à estimativa de entrada q é o desvio padrão experimental da
média.
() ()
u q = s q
Ou seja, u( xa = s( q ) / n
Nota: Geralmente, quando o número n de medições repetidas é baixo (n < 10), a confiabilidade de
uma avaliação do Tipo A da incerteza padrão, como expressa pela equação acima, deve ser
considerada.
b) Para uma medição que está bem caracterizada e sob controle estatístico, uma estimativa
combinada ou estimativa agrupada da variância s2p, pode estar disponível e melhor
caracterizar a dispersão do que o desvio padrão estimado obtido de um número limitado de
observações de medições de massas objeto comparadas com massas padrão. Se, em tal caso, o
_
valor da grandeza de entrada Q for determinado como a média aritmética q de um número
pequeno de n observações independentes de medições de massas objeto comparadas com
massas padrão, a variância da média pode ser estimada por:
s 2
(q ) =
s2p
n
Metrologia Básica
75
Neste caso, a incerteza padrão é deduzida a partir deste valor peça equação:
()
u q = s2 q ()
22.3. AVALIAÇÃO DO TIPO B DA INCERTEZA PADRÃO
É o método de avaliação da incerteza por outros meios que não a análise estatística de uma série de
observações. Neste caso a avaliação da incerteza padrão é baseada em algum outro conhecimento
científico.
• Digital
x/2 x
u( x b
)= 3 = 12
x
Então: u(xb) =
12
• Analógico
Se a leitura é feita sem fazer coincidir o ponteiro com a marca da divisão da escala, a distribuição é
retangular. Sendo x a resolução da balança, a incerteza padrão, u(xb), será:
x/2 x
u( x b ) = =
3 12
x
Então: u(xb) =
12
Metrologia Básica
76
x/2 x
u(xb) = =
6 24
x
Então: u(xb) =
24
Exemplo: Calibração de uma massa de 20 kg, numa balança eletrônica com a resolução de 1g.
1g
u(x b ) = = 0,29g
12
x
u(x c ) =
3
Exemplo: Calibração de uma massa de 20 kg, numa balança eletrônica com a linearidade de 1g.
1g
u(x c ) = = 0,58 g
3
Metrologia Básica
77
u(x d ) = z/ 3
Sendo:
Onde z é o resultado da diferença entre os valores reais dos dois últimos certificados.
25.1. EMPUXO DO AR
u( xe ) = z / 3
Sendo:
z = empuxo do ar = ρar x Δv
b) Cálculo da Massa Específica do Ar (par)
Metrologia Básica
78
Sendo:
T = temperatura em °C
ϕ = umidade relativa em %.
ΔV = (Mob/ρob) - (Mp/ρp)
Sendo:
Exemplo:
Nota: Quando o empuxo for zero, será assumido empuxo = 1 ppm do valor nominal da massa
em calibração.
⎡⎛ 20 × 10 6 mg/cm 3 ⎞ ⎛ 20 × 10 6 mg/cm 3 ⎞⎤
z = 1,2 mg/cm 3 × ⎢⎜⎜ 3 ⎟
⎟ − ⎜⎜ 3 ⎟⎥
⎟ = 167 mg
⎣ ⎝ 7850 mg/cm ⎠ ⎝ 8400 mg/cm ⎠⎦
z 167
u(x e ) = = = 96 mg
3 3
Metrologia Básica
79
u(x f ) = z/k
sendo:
k = fator de abrangência
Exemplo:
z 300 mg
u(x f ) = = = 150 mg
k 2
Para grandezas de entrada não correlacionadas o quadrado da incerteza padrão associada com a
estimativa de saída y, é dado por:
N
u (y) = ∑ u 2 i (y)
2
i =1
Metrologia Básica
80
4
u ( y )
V =
eff N
u 4
(y )
∑
i
i=1 v i
Metrologia Básica
81
Veff 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
k 13,97 4,53 3,31 2,87 2,65 2,52 2,43 2,37 2,32 2,28 2,25 2,23 2,21 2,20
Veff 15 16 17 18 19 20 25 30 35 40 45 50 100 ∞
k 2,18 2,17 2,16 2,15 2,14 2,13 2,11 2,09 2,07 2,06 2,06 2,05 2,025 2,00
Tabela 6 - Fatores de Abrangência k e Veff (extraída do ISO GUM).
U = k × u(y)
Nos casos em que uma distribuição normal (Gaussiana) possa ser atribuída ao mensurando e a
incerteza padrão associada à estimativa de saída tenha suficiente confiabilidade, o fator de
abrangência padronizado k = 2 deve ser utilizado. A incerteza expandida atribuída corresponde a
uma probabilidade de abrangência de aproximadamente 95%. Estas condições são satisfeitas na
maioria dos casos de calibração.
• Calibra-se o equipamento;
• Calcula-se a incerteza, usando a seguinte fórmula:
U =±
(t (n − 1);α 2 )* s + Ip
n
Metrologia Básica
82
Onde,
U = incerteza total
Este método é insuficiente, pois deixa de considerar diversas fontes de incerteza presentes na
medição.
30.1. GENERALIDADES
Cada equipamento de medição deve ser utilizado conforme a aplicação estabelecida e
recomendações de uso do fabricante. Ver item 7 – Variabilidade do Processo de Medição.
A definição de um critério de aceitação para utilizar como parâmetro de avaliação dos resultados
apresentados nos certificados de calibração dos equipamentos de medição possibilita garantir a
qualidade do processo de medição.
Não existe uma norma estabelecendo uma obrigatoriedade para a relação entre as incertezas do
padrão e do equipamento a ser calibrado, mas há sugestões. A função metrológica é que define esta
relação em função custos dos padrões, precisão requerida pelo processo etc. Do ponto de vista
técnico, esta escolha se resume em um compromisso entre a incerteza e a aceitação.
Metrologia Básica
83
A relação 1:1 (incerteza do padrão igual à incerteza do equipamento a ser calibrado) reflete uma
área de incerteza de 100 % e uma área de aceitação de 0 %. Todas as medições cairão dentro da área
de incerteza. A relação de incertezas de 1:1 pode indicar ou não se os equipamentos calibrados
estão de conformidade com as tolerâncias descritas e não fornece nenhuma confiança para a
medição. Ver figura 12 – Relação de Incertezas 1:1.
A relação 4:1 (incerteza do padrão 4 vezes menor do que a do equipamento a ser calibrado) reflete
uma área de incerteza de 25 % e uma área de aceitação de 75 %.
A relação de 10:1 (incerteza do padrão 10 vezes menor que a do equipamento a ser calibrado)
reflete uma área de incerteza de 10% e uma área de aceitação de 90 %. Esta relação fornece um
maior grau de confiança nas medições e reduz o erro potencial da medição.
Metrologia Básica
84
Quando as medições caem dentro da área da aceitação, consegue-se atingir o grau de confiança nas
medições e reduz o erro potencial da medição. Por outro lado, caindo na região da incerteza, a
decisão de aceitar ou rejeitar as medições pode ser questionável. O padrão com uma alta precisão
auxilia muito a se fazer à decisão correta de aceitar ou rejeitar as medições feitas.
U ec
RPI =
U ep
onde,
Exemplo: um equipamento a ser calibrado possui especificação de incerteza como sendo de classe
de exatidão de 0,5 % do fundo de escala para a faixa de 20 volts. O padrão a ser utilizado é um
calibrador de tensão que possui especificação de incerteza igual a ±(0,05 % do valor ajustado para
saída + 0,02 % da faixa + 10 mV) para probabilidade de abrangência de 99 %. Qual é a RPI para
uma saída de 20 V?
Solução:
Metrologia Básica
85
U ec 0,058 V
RPI = =
U ep 0,0093 V
= 6,2 > 3.
Onde:
U95 = maior incerteza de medição, na faixa a ser usada, obtida do certificado de calibração
(apenas incerteza tipo A).
Atualmente estes métodos tendem ao desuso pela sua abordagem superficial e simplista.
Metrologia Básica
86
Onde,
6 σ = tolerância do processo de fabricação
Metrologia Básica
87
Obter U95 correspondente a Tdmáx através de cálculo, usando o ISO GUM – Guide to the
Expression of Uncertainty in Measurement (Guia para a expressão da incerteza de medição).
Notas:
• O ideal é descontar Tdmáx ou Td ao fazer a medição, o que nem sempre é praticável, a não ser
em laboratório de calibração;
• Tdmáx deve ser menor ou igual à especificação do fabricante do equipamento.
Metrologia Básica
88
⎧ f (TP )
U lim = ⎨
⎩ f (6σ )
Umáx ≤ Ulim/f
Onde:
Metrologia Básica
89
Umáx = Tdmáx + Up
Notas:
a) O ideal é descontar Tdmáx ou Td ao fazer a medição, o que nem sempre é praticável, a não ser
em laboratório de calibração;
b) Tdmáx deve ser menor ou igual à especificação do fabricante do equipamento.
⎧ f (TP )
U lim = ⎨
⎩ f (6σ )
Umáx ≤ Ulim / f
U lim
≥ 10
U máx
Metrologia Básica
90
U lim
< 10
U máx
Onde:
• Existe ainda um ponto crítico que precisa ser considerado. A calibração é feita em alguns pontos
da faixa e as incertezas da medição são estimadas para cada ponto de calibração;
• Às vezes, é necessário usar o equipamento em valores que não correspondem aos pontos de
calibração. É comum utilizar a regressão linear para interpolar os pontos calibrados e definir
qual a tendência no ponto desejado. Em muitos casos, o erro da regressão linear é significativo;
• De modo similar, ocorre com a incerteza. Se foi necessário aplicar a regressão para achar a
tendência no ponto desejado, também é necessário aplicar a regressão linear para interpolar os
valores de incerteza correspondentes aos pontos calibrados e definir qual a incerteza para a
tendência no ponto desejado. Em muitos casos, o erro da regressão linear também é
significativo;
• Então é necessário adicionar à incerteza encontrada na alínea “c” os erros da regressão linear
encontrados em “b” e “c”. Isto pode inviabilizar o uso do equipamento na calibração ou
implicar em alternativas que minimizem estas incertezas, tais como: calibrar o padrão nos
pontos desejados, de modo a não ser necessário usar a regressão linear; aumentar o número de
pontos de calibração.
Metrologia Básica
91
34. EXEMPLOS
Dados do Processo
Valor nominal: 25 mm
LIT: 24,995 mm
LST: 25,005 mm
TP: 10 μm
σ proc fab: 2 μm
Resolução: 1 μm
Erro max: 4 μm
U95: ± 2 μm
• Fazendo os cálculos pelos métodos tradicionais, obtêm-se os resultados contidos na tabela 9;
• Fazendo os cálculos pelos métodos propostos (atuais), obtêm-se os resultados contidos na tabela
10;
MÉTODOS TRADICIONAIS CLÁSSICO 1 CLÁSSICO 2 CLÁSSICO 3
Parâmetro (P) Resolução = 1 μm U95 = ± 2 μm Erro Max = 4 μm
TP/10 = 1 μm TP/10 = 1 μm
Meta (M) TP/4 = 2,5 μm
TP/3 = 3,3 μm TP/3 = 3,3 μm
P<M P<M P<M
Relação a satisfazer
Satisfaz Parcialmente Não satisfaz
Tabela 9 - Resultado da aplicação dos métodos tradicionais.
Metrologia Básica
92
Dados do Processo
Valor nominal: 25 mm
LIT: 24,995 mm
LST: 25,005 mm
TP: 10 μm
σ proc fab: : 1 μm
Cp: 1,87
R&R: 1 μm
Resolução: 1 μm
Erro max: 4 μm
U95: ± 2 μm
• Fazendo os cálculos pelos métodos tradicionais, obtêm-se os resultados contidos na tabela 11;
• Fazendo os cálculos pelos métodos propostos (atuais), obtêm-se os resultados contidos na tabela
12.
MÉTODOS TRADICIONAIS CLÁSSICO 1 CLÁSSICO 2 CLÁSSICO 3
Parâmetro (P) Resolução = 1 μm U95 = ± 2 μm Erro Max = 4 μm
TP/10 = 1 μm TP/10 = 1 μm
Meta (M) TP/4 = 2,5 μm
TP/3 = 3,3 μm TP/3 = 3,3 μm
P<M P<M P<M
Relação a satisfazer
Satisfaz Parcialmente Não satisfaz
Tabela 11 - Resultado da aplicação dos métodos tradicionais.
Metrologia Básica
93
O desenvolvimento e aprimoramento do SGM devem ser contínuos, a fim de que possa fornecer
resultados de medições confiáveis do processo sob medição.
A eficácia deste sistema requer planejamento, o qual permitirá que se distinga o que é necessário ser
feito daquilo que é desnecessário, com mínimo risco de que se tenham perdas pelas escolhas
incorretas.
A eficácia resulta da análise crítica para que se conheçam todas as quantidades que de fato devem
ser medidas, as tolerâncias envolvidas, os equipamentos necessários, sua exatidão, tolerância, faixas
de medição, freqüência de calibração etc.
Metrologia Básica
94
Os processos de medição contidos no SGM devem ser controlados. Todo equipamento de medição
que faz parte do SGM deve ser comprovado. Mudanças no SGM devem estar em concordância com
os procedimentos da organização.
Metrologia Básica
95
A gestão desse sistema deve ser assegurada com independência de forma que o pessoal responsável
por esta tarefa não seja alvo de pressões, sejam elas de caráter econômico ou outras, que possam
influenciar a qualidade dos resultados obtidos pelo SGM e conseqüentemente pelo Sistema de
Garantia da Qualidade.
Metrologia Básica
96
Metrologia Básica
97
Recomenda-se que os RMC também levem em conta o risco de más medições e os efeitos delas
sobre a organização e os negócios. Os RMC podem ser expressos em termos de erro máximo
permissível, limites operacionais etc. Recomenda-se que eles sejam suficientemente detalhados para
permitir aos operadores do processo de comprovação metrológica decidir inequivocamente se um
equipamento de medição particular é capaz ou não de controlar, medir ou monitorar a variável ou
quantidade especificada de acordo com o seu uso pretendido.
Esta é uma importante característica como uma entrada quando se avalia a incerteza da medição
para o processo de medição quando o equipamento é usado.
Características importantes para a medição, por exemplo, incerteza de medição, são não só
dependentes do equipamento, mas, também, do ambiente, do procedimento de medição específico
e, algumas vezes, da habilidade e experiência do operador.
Metrologia Básica
98
Por esta razão, é muito importante que o processo de medição completo seja considerado quando se
seleciona o equipamento de medição para satisfazer requisitos. Esta consideração é a
responsabilidade da função metrológica para a organização, embora atividades específicas possam
ser desempenhadas pela organização ou por uma pessoa adequadamente qualificada, como um
metrologista independente.
Tal comparação direta do CMEM e RMC é freqüentemente chamada de verificação (ver ABNT
NBR ISO 9000:2000). O sistema de comprovação metrológica é firmemente baseado em tais
verificações, mas convém, também, incluir considerações detalhadas e análise crítica do processo
de medição completo, no sentido de fornecer garantia da qualidade das medições feitas com o
equipamento em apoio à determinação da conformidade do produto com os requisitos do cliente.
Se a verificação dos processos for desempenhada pelos usuários ou pela função metrológica, os
resultados desta verificação podem ser compilados em um documento de verificação, em adição a
quaisquer relatórios ou certificados de calibração ou teste, como parte de observação de auditoria
dentro do sistema de comprovação metrológica. O estágio final no sistema de comprovação
metrológica é a identificação adequada da situação do equipamento de medição, por exemplo, por
etiquetagem, marcação etc. Após isto, o equipamento de medição pode ser usado para a finalidade
para a qual ele tenha sido comprovado.
Metrologia Básica
99
PADRÃO - BIPM
Lab. Nacional
Rede
Metrológica
Indústria
Bancadas/
Oficinas
Figura 15 - Hierarquia entre laboratórios.
Metrologia Básica
100
Esta Norma especifica os requisitos gerais para a competência em realizar ensaios e/ ou calibrações,
incluindo amostragem. Ela cobre ensaios e calibrações realizados utilizando-se métodos
normalizados, métodos não normalizados e métodos desenvolvidos pelo laboratório.
Esta Norma é aplicável a todas as organizações que realizam ensaios e/ ou calibrações. Estas
incluem, por exemplo, laboratórios de primeira, segunda e terceira partes e laboratórios onde o
ensaio e/ ou a calibração são parte da inspeção e da certificação de produto.
Esta Norma é para ser utilizada por laboratórios no desenvolvimento dos seus sistemas da
qualidade, administrativo e técnico que regem suas operações. Clientes de laboratórios, autoridades
regulamentadoras e organismos de credenciamento (acreditamento) podem também usá-la na
confirmação ou no reconhecimento da competência de laboratórios.
Se os laboratórios de ensaio e calibração atenderem aos requisitos desta Norma, eles operarão um
sistema da qualidade para as suas atividades de ensaio e calibração que também atende aos
requisitos da NBR ISO 9001, quando envolvidos em projeto/ desenvolvimento de novos métodos e/
ou desenvolvem programas de ensaio combinando métodos de ensaio e calibração normalizados e
não normalizados.
Apenas a certificação das NBR ISO 9001 não demonstra a competência do laboratório para
produzir dados e resultados tecnicamente válidos.
Convém que a aceitação de resultados de ensaio e calibração entre países deva ser facilitada se os
laboratórios atenderem a esta Norma e se eles obtiverem o credenciamento (acreditação) de
organismos que tenham acordos de reconhecimento mútuo com organismos equivalentes de outros
países, os quais utilizem esta Norma.
Metrologia Básica
101
O uso desta Norma facilitará a cooperação entre laboratórios e outros organismos, auxiliando na
troca de informação e experiência e na harmonização de normas e procedimentos.
Notas:
a) Poderá ser necessário explicar ou interpretar alguns dos requisitos desta Norma para assegurar
que estes requisitos sejam aplicados de maneira consistente. O GUIA ABNT ISO/ IEC Guia 58:
1993, 4.1.3, fornece orientações para o estabelecimento de aplicações em áreas específicas,
especialmente para organismos de credenciamento (acreditamento).
b) Se um laboratório deseja o credenciamento (acreditamento) para parte ou para todas as suas
atividades de ensaio e calibração, convém que ele escolha um organismo de credenciamento
(acreditamento) que opere de acordo com o ABNT ISO/ IEC Guia 58.
A função metrológica deve ser definida pela organização. A Alta Direção da organização deve
assegurar a disponibilidade dos recursos necessários para estabelecer e manter a função
metrológica.
É recomendável que o SGM, numa abordagem mais extensa, tenha um enquadramento equivalente
ao de uma Seção e de preferência seja colocado na estrutura do Departamento de Garantia da
Qualidade. Este enquadramento facilita sua independência, de modo similar ao da Gestão da
Qualidade.
Certas atividades inerentes ao SGM podem e devem, dependendo da dimensão da Organização, ser
distribuídas por vários outros setores da Organização, ou até mesmo terceirizadas, principalmente a
manutenção e calibração de equipamentos de controle de processo. Esta distribuição de tarefas a
outros setores da Organização, ou a terceiros, não pode e nem deve ser impeditivo da
imparcialidade e independência que devem caracterizar estas atividades.
Metrologia Básica
102
A gestão da função metrológica deve definir e estabelecer objetivos mensuráveis da qualidade para
o SGM. Critérios de objetivos de desempenho e procedimentos para os processos de medição e seu
controle devem ser definidos. Exemplos de objetivos da qualidade em diferentes níveis da
organização:
• Nenhum produto não-conforme, nem produto conforme rejeitado devido a medições incorretas,
deve ser aceito;
• Nenhum processo de medição pode estar fora de controle por mais de um dia sem ser detectado;
• Todas as comprovações metrológicas devem ser completadas dentro dos prazos acordados;
• Não pode haver registro algum ilegível de comprovações metrológicas;
• Todos os programas de treinamento dos técnicos devem ser completados dentro do cronograma
estabelecido;
• O tempo em que o equipamento de medição ficar fora de operação deve ser reduzido por uma
percentagem definida.
Metrologia Básica
103
39.1. GENERALIDADES
Nenhum equipamento deve ser usado sem que esteja previamente calibrado. Todos os
equipamentos devem ser calibrados, baseando-se em normas, especificações dos fabricantes e
experiência da equipe.
Metrologia Básica
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Metrologia Básica
105
Metrologia Básica
106
A gestão da função metrológica deve assegurar que o pessoal envolvido no SGM tenha
demonstrado ter habilidade para desempenhar as tarefas designadas. Qualquer habilidade
especializada requerida deve ser especificada. A gestão da função metrológica deve assegurar que
seja fornecido treinamento focado nas necessidades identificadas, sejam mantidos registros das
atividades de treinamento, e que a eficácia do treinamento seja avaliada e registrada. O pessoal deve
ser conscientizado sobre a extensão de suas responsabilidades e do impacto de suas atividades sobre
a eficácia do SGM e na qualidade do produto.
A competência pode ser obtida através da educação, treinamento e experiência, e demonstrada por
testes ou desempenho observado.
Quando o pessoal que está em treinamento é usado, deve ser fornecida supervisão adequada.
Metrologia Básica
107
Muitos dos erros possíveis estão diretamente relacionados com as condições ambientais de uso e de
calibração. A iluminação, por exemplo, deve ser suficiente para permitir a visualização da escala e
dos cursores. A iluminação contribui para o erro de paralaxe, por exemplo. Este erro, dependendo
da posição dos olhos no momento da leitura, pode permitir uma falsa projeção do traço e,
conseqüentemente teremos uma falsa leitura da medida. Para que não ocorra, deve-se ter boa
iluminação e o posicionamento de leitura deve ter o equipamento em posição perpendicular à linha
de visão e não tão próximo aos olhos.
O erro máximo permissível pode ser definido pela referência às especificações publicadas pelo
fabricante do equipamento de medição ou pela função metrológica.
Equipamentos de medição podem ser calibrados por uma organização distinta daquela que
desempenha a função metrológica na comprovação metrológica.
Os padrões de referência são definidos como os padrões da mais alta qualidade metrológica
disponíveis em um site, em relação aos quais derivam as medições efetuadas.
Metrologia Básica
108
Quanto à seleção dos equipamentos a serem utilizados, quando for possível a escolha, pode-se
seguir um check-list muito útil para a tomada de decisões. Este check-list pode ser utilizado tanto
para compra ou utilização do equipamento adequado. Naturalmente, devem ser considerados
também os aspectos econômicos e necessidades futuras.
- Faixas (ranges)
- Exatidão
- Características de resposta
Metrologia Básica
109
a) Características de entrada
b) Características de saída
c) Estabilidade
d) Condições ambientais
• qual a faixa de temperatura, umidade, variações da tensão de alimentação etc, nas quais o
equipamento vai operar e como estes fatores influenciam nas medições?
• o equipamento estará sujeito a choques mecânicos, vibrações?
• existem limitações de tamanho?
• se o equipamento é instalado permanentemente, é necessário acesso para manutenções
periódicas?
e) Isolamento e blindagem
Metrologia Básica
110
f) Operação
g) Confiabilidade
h) Software
43.1. MANUSEIO
Durante a medição, as superfícies de contato da peça e do equipamento devem estar perfeitamente
limpas; as partes móveis devem estar sempre ajustadas e seus deslizamentos devem ser suaves; o
manejo deve ser cuidadoso e não se deve exercer pressão excessiva nos equipamentos, evitando-se
também choques, para não produzir desajustes; devem ser mantidos cuidadosamente limpos e em
estojos adequados; devem ser guardados em lugar exclusivo para equipamentos e protegidos
adequadamente – veja as recomendações do fabricante.
Metrologia Básica
111
Sempre que ocorrer danos aos equipamentos, quedas, erros de leitura, estes devem ser segregados
(separados em local que seja garantido contra usos indevidos) e, uma verificação deve ser solicitada
ou executada. É necessário ter certeza de que a calibração não foi afetada. É necessário saber se as
partes continuam funcionando, etc.
Todas as falhas requerem que haja uma identificação para que se proceda a correta avaliação e
manutenção do equipamento. O mesmo é válido para os danos. Veja instruções mais detalhadas no
item 62 – Controle de Não-Conformidades.
A seguir são apresentados alguns cuidados especiais que devem ser tomados:
a) Quando, por qualquer razão, principalmente empréstimo, o equipamento sair do controle direto
do usuário, ao retornar o usuário deve assegurar que o funcionamento e o status de calibração do
equipamento sejam verificados e se mostrem satisfatórios, antes do equipamento ser recolocado
em serviço.
b) Cuidados devem ser tomados ao manusear os equipamentos a fim de se evitar o
comprometimento da calibração do mesmo, tais como: choque mecânico, esbarrões e mesmo
quedas;
c) Equipamentos que possuem solução química - não devem ser agitados ou sofrer deslocamento
maior que 45º de sua posição inicial. Ex: pilha padrão, potenciômetros;
d) Equipamentos óticos - não devem ser apontados na direção dos raios solares a fim de evitar que
se danifique o seu sensor de radiação. Ex: pirômetro a infravermelho;
e) Equipamentos analógicos - devem ser tomados cuidados com quedas e choques mecânicos a fim
de evitar que se danifiquem o sistema de bobina móvel, pivôs, ponteiros, etc. Ex.: pirômetros
óticos, multímetros, amperímetros;
f) Equipamentos digitais - cuidado com choque mecânico, esbarrões e queda;
g) Massas padrão classe F1 e acima, bem como as massas das balanças de pressão devem ser
manuseadas usando luvas de algodão. Deve-se tomar todo o cuidado para evitar choques
mecânicos;
h) No caso do manuseio de balanças, as mesmas devem ser recalibradas sempre que forem
deslocadas.
Metrologia Básica
112
Metrologia Básica
113
Nota: Sempre que possível, antes de deslocar/ manusear um equipamento deve-se travar todo o seu
sistema de partes móveis.
Metrologia Básica
114
43.2. INSPEÇÃO
- Antes de embalar o equipamento, deve-se fazer inspeção visual e de funcionamento no
mesmo, para certificar da condição do equipamento antes do transporte;
- Caso haja alguma avaria/ distorção, não embalar o equipamento, exceto se o mesmo estiver
sendo enviado para reparo ou haja um motivo para tal.
Metrologia Básica
115
Para equipamento que exija embalagem e transporte diferenciados devem ser dadas informações
suficientes ao transportador/ órgão calibrador que possam garantir a integridade dos equipamentos:
a) Pilha Padrão - este equipamento possui embalagem própria, e deve ser transportado na mesma, a
fim de não comprometer as características físicas e metrológicas da mesma;
b) Termômetro de Líquido em Vidro - deve ser transportado na posição vertical ou com uma
inclinação mínima de 45º, a fim de evitar que o líquido se desloque pelo tubo capilar;
c) No caso específico de balanças de pressão, deve-se:
- Retirar o óleo, caso exista;
- Retirar todas as massas do pistão da balança de pressão embalá-los individualmente e
armazená-las em caixa apropriada para o transporte, de maneira a não sofrerem pancadas
mecânicas, nem arranhões;
- Desmontar as partes móveis e embalá-las individualmente (cilindro do êmbolo, pistão de
pressão, anilhas (peso morto) etc).
43.5. ARMAZENAGEM
Os equipamentos devem ser armazenados em local limpo e seco, sem vibração, e em condições
ambientais adequadas de acordo com informações fornecidas no manual do fabricante do
equipamento. Alguns equipamentos exigem cuidados especiais, tais como:
a) Pilha Padrão - este equipamento possui embalagem própria, e deve ser transportado na mesma a
fim de não comprometer as características físicas e metrológicas do mesmo;
b) Termômetro de Líquido em Vidro - deve ser transportado com uma inclinação mínima de 45º, a
fim de evitar que o líquido se desloque pelo tubo capilar;
Metrologia Básica
116
- Preventiva
- Corretiva.
Metrologia Básica
117
- Identificação adequada;
- objetivo do procedimento;
- normas de referência e recomendações do fabricante;
- lista dos equipamentos padrões requeridos (modelo, exatidão);
- parâmetros ou grandezas e faixas a serem calibradas;
- Descrição com detalhes das conexões e dos pontos de medição;
- descrição do princípio de medição ou teoria do método empregado;
- estabelecimento das condições ambientais do local onde será feita à calibração: temperatura,
pressão, umidade, posição, vibração, blindagem a ruídos elétricos e acústicos;
- Descrição de quaisquer medidas de segurança a serem observadas;
- instruções passo a passo, da calibração, envolvendo preparação, ajustes, leituras, comparações,
correções, cálculos de incerteza e de probabilidade de abrangência.
- formulários para a coleta e anotação dos dados, relatórios, tabelas e certificados.
Metrologia Básica
118
Os procedimentos do SGM devem ser validados de forma apropriada, antes de ser utilizado, para
assegurar a implementação adequada, sua consistência de aplicação e a validade dos resultados de
medição.
Dentre os métodos de validação, convém que seja usado um dos seguintes ou uma combinação
destes:
Quando forem feitas mudanças em procedimentos já validados convém que a influência de tais
mudanças seja documentada e, se apropriado, que seja realizada uma nova validação.
A faixa e a exatidão dos valores que podem ser obtidos por meio de procedimentos validados (por
exemplo: a incerteza dos resultados, limites de detecção, seletividade do método, linearidade, limite
de repetitividade e/ ou reprodutibilidade, robustez contra influências externas e/ ou sensibilidade
cruzada contra interferência da matriz da amostra/ objeto de ensaio), conforme avaliadas para o uso
pretendido, devem ser pertinentes às necessidades dos clientes.
Nota: A validação é sempre um equilíbrio entre custos, riscos e possibilidades técnicas. Existem
muitos casos em que a faixa e a incerteza dos valores (por exemplo: exatidão, limite de detecção,
seletividade, linearidade, repetitividade, reprodutibilidade, robustez e sensibilidade cruzada) só
podem ser fornecidas de forma simplificada devido à falta de informações.
Metrologia Básica
119
Todo "Programa de Computador" deve ser verificado e validado antes de sua liberação para uso
para comprovar que é capaz de atender aos requisitos pretendidos de utilização.
Metrologia Básica
120
Cópia de segurança dos programas devem ser providenciadas, mesmo que o programa seja
desenvolvido internamente. Também deve ser feita cópia de segurança de dados obtidos pelo
"Programas de Computador", quando necessário. Os meios físicos bem como os procedimentos
utilizados na armazenagem devem ser de acordo com orientações técnicas e recursos disponíveis na
Organização.
Os equipamentos de medição devem ser calibrados dentro de uma periodicidade específica que
pode estar relacionada a prazos fixos ou variados. Em alguns casos a freqüência de calibração pode
estar relacionada com requisitos legais ou técnicos. A relação entre os prazos e os custos dos
serviços de calibração é considerada um fator importante, mas não se deve expor a riscos a
confiabilidade do sistema de medição.
As condições de uso, propósito e estabilidade dos equipamentos de medição devem ser pontos
básicos para se determinar à freqüência de calibração. Estes pontos podem ser desdobrados em
diversos fatores tais como tipo de equipamento, recomendação do fabricante, extensão e severidade
de uso, condições ambientais e exatidão requerida.
Metrologia Básica
121
Além disso, deve-se evitar escolher uma freqüência inicial maior do que aquela sugerida pelo
fabricante. Na falta de especificações do fabricante, quanto à freqüência de calibração, deve-se
tomar como referência os valores iniciais de equipamentos similares ou histórico do equipamento.
A freqüência inicial de cada equipamento deve ser registrada no seu histórico. A figura 16 mostra
exemplos de critérios usados para determinar a freqüência inicial de equipamento, levando em conta
fatores como frau de importância da característica controlada, a intensidade de uso e as condições
do ambiente em que o equipamento é usado (se é um ambiente agressivo, normal ou com
temperatura controlada).
Existem muitos métodos para controle do intervalo de comprovação metrológica. Estudo feito por
Novaski e Franco (2000) comparando diversos métodos diz que há divergência na determinação do
ajuste do intervalo de calibração e que os métodos consideram apenas o estado de conformidade dos
equipamentos para estabelecer os intervalos, não podendo concluir se um método é melhor em
relação a outro. Um dos métodos mais usados é o do Schummacher.
Entretanto, os intervalos de calibração não devem ser estendidos, exceto quando os resultados de
calibrações anteriores fornecerem indicações claras de que tal ação não afeta a confiança na
exatidão do equipamento de medição. Não é obrigatório aumentar o intervalo das calibrações, mas o
critério adotado deve ser obedecido se o mesmo indicar que se deve diminuir.
Metrologia Básica
122
Metrologia Básica
123
Nota: Uma vez que o ciclo tenha sido alterado, recomeça um novo ciclo de “n” calibrações, que
podem ser duas ou três calibrações, dependendo do status anterior, ou seja, não é permitido
acumular ciclos anteriores;
Outros exemplos:
Metrologia Básica
124
b) Um equipamento cuja freqüência de calibração seja semanal, com intervalo padrão de 156
semanas. Após sua última calibração, constatou que sua situação atual é C e seus três últimos
laudos são "CCC". Consultando a tabela 14, concluiu-se que o intervalo deve ser estendido (E),
de 156 para 182 semanas.
CICLO ATUAL
CICLOS ANTERIORES
A F C
CCC P D E
FCC P D P
ACC P D E
CF M M P
CA M M P
FC P M P
FF M M P
FA M M P
AC P D P
AF M M P
AA M M P
CICLO CORRENTE D E P M
5 4 6 - -
6 5 8 5 5
8 6 10 6 5
10 8 12 8 6
12 10 14 10 8
14 12 16 12 10
16 14 18 14 12
18 16 20 16 14
20 18 24 18 16
Metrologia Básica
125
24 20 28 20 18
28 24 32 24 20
32 28 36 28 24
36 32 40 32 28
40 36 44 36 32
44 40 52 40 36
52 44 60 44 40
60 52 68 52 44
68 60 76 60 52
76 68 84 68 60
84 76 104 76 68
104 84 130 84 76
130 104 156 104 84
156 130 182 130 104
182 156 208 156 130
208 182 240 182 156
240 208 272 208 182
272 240 304 240 208
Tabela 14 - Reavaliação da Periodicidade de Calibração.
Por exemplo: Um equipamento para ser calibrado necessita de que a linha de produção esteja
parada. A planta para cerca de 4 horas, uma vez por mês. Entretanto, o fabricante recomenda sua
calibração a cada seis meses. Neste caso, deve-se escolher o fator “n” de tal modo que o intervalo se
aproxime do recomendado pelo fabricante. Suponha que a parada seja a intervalos de
aproximadamente 21 dias. Dividindo o intervalo recomendado pelo fabricante pelo intervalo entre
paradas, temos:
Então o intervalo deverá ser de 8 paradas. Logo o equipamento será calibrado a cada 8 paradas.
Metrologia Básica
126
Todos os equipamentos de medição devem ser identificados e cadastrados. Aqui devem ser
incluídos: padrões, materiais de referência, sensores, equipamentos auxiliares, equipamentos de
testes, analíticos e de controle de processo.
- Nome do equipamento;
- Informações sobre o equipamento (fabricante, modelo, série, patrimônio, identificação única,
usuário, sigla etc);
- Nome do responsável pelo equipamento;
- Centro de Custo do responsável pelo equipamento;
Metrologia Básica
127
- Capacidade Nominal
a. Valor Inicial: Menor valor de capacidade de medição da malha
b. Valor Final: Maior valor de capacidade de medição da malha
- Capacidade Operacional
c. Valor Inicial: Menor valor de capacidade do processo
d. Valor Final: Maior valor de capacidade do processo
- Faixa de Cálc. Incerteza - informa qual a faixa usada para cálculo de incerteza do equipamento;
- Precisão de cada faixa;
- Freqüência inicial de calibração - Informa com que freqüência o equipamento deve ser
recalibrado (diária, semanal, quinzenal, mensal, por parada etc.);
- Intervalo (no histórico, por que muda constantemente) - Informa o fator de multiplicação para
se determinar o intervalo de recalibração do equipamento. Por exemplo: no caso de parada, se o
fator for 3, então o equipamento é recalibrado a cada 3 paradas; ou no caso de freqüência
semanal, se o fator for 10, então o equipamento deve ser recalibrado a cada 10 semanas;
- Procedimento - Informa o número do procedimento de calibração do equipamento;
- Documento de Compra;
- Data da Compra;
- Valor da Aquisição.
- Data de Vencimento da Garantia do Fabricante;
- Histórico de ocorrências dos equipamentos.
Metrologia Básica
128
51.1. INTRODUÇÃO
Nenhum equipamento pode ser usado com sua calibração vencida ou com alguma dúvida quanto ao
seu perfeito funcionamento.
a) Desenvolvimento da metodologia;
b) Avaliação preliminar, visando identificar probabilidade de levar o projeto até ao fim, tendo em
vista custos e a previsão de prazos;
c) Levantamento de custos para medição interna e externa;
d) Decisão sobre a continuidade ou não do projeto;
e) Em caso de suspensão do projeto, avisar ao solicitante o não interesse em executar a medição
internamente;
f) Verificação da necessidade e possibilidade de fazer a medição externamente;
g) Em caso de dar continuidade ao projeto, estabelecimento de um cronograma para as atividades;
h) Desenvolvimento do procedimento e executá-lo;
Metrologia Básica
129
Os processos de medição podem ser validados por comparação com resultados de outros processos
validados, pela comparação de resultados por outros métodos de medição ou por análise contínua de
características do processo de medição.
Metrologia Básica
130
• ajustado pelo SMP e lido no SMC, este é o caso dos equipamentos digitais;
• ajustado pelo SMC e lido no SMP, este é o caso dos equipamentos analógicos.
Metrologia Básica
131
Metrologia Básica
132
Exemplo: 1002 + 1 oC
Logo: RM = Rc ± U95
Metrologia Básica
133
51.8. RASTREABILIDADE
A gestão da função metrológica deve assegurar que todos os resultados de medição sejam
rastreáveis as unidades padrões do Sistema Internacional (SI).
Somente devem usados padrões de consenso quando não existirem unidades do SI ou constantes
naturais reconhecidas.
Institutos Nacionais de Metrologia são responsáveis por padrões nacionais de medição e sua
rastreabilidade, incluindo aqueles, casos onde o padrão nacional de medição é mantido por
Instituições outras que não sejam os Institutos Nacionais de Metrologia. Resultados de medição
podem ser rastreáveis através de um Instituto Nacional de Metrologia externo ao país onde a
medição é feita.
Registros de rastreabilidade de resultados de medições devem ser mantidos por tanto tempo quanto
requerido pelo SGM, pelo cliente ou por requisitos estatutários e regulamentares.
Metrologia Básica
134
a) Comparar os dados do certificado atual com o anterior, visando identificar algum drift ou
instabilidade nos resultados. Uma variação acima da especificação do fabricante indica algum
problema, que deve ser avaliado.
b) Os resultados devem ser avaliados quanto à sua exatidão, incerteza de medição e adequação ao
uso. A incerteza da calibração deve estar consistente com a incerteza requerida onde este
equipamento for usado. Ver item 30 – Verificação da Adequação ao uso
c) Se o equipamento foi calibrado externamente, submetê-lo à verificação. Deve-se ter alguma
forma de verificar se o equipamento está em perfeito funcionamento e se os dados dos
certificado estão coerentes, de preferência com uma intercomparação com outros padrões, de
modo a evitar que se use equipamento não-conforme;
d) Se o equipamento atende aos requisitos acima, seu laudo é classificado como CONFORME.
Seguir os passos do item 51.9.1 – Equipamento adequado ao uso. Caso contrário, é classificado
como NÃO-CONFORME. Seguir os passos do item 51.9.3 - Equipamento não adequado ao
uso.
e) Nenhum equipamento “não-conforme” pode ser usado como padrão na calibração de outros
equipamentos;
f) Quando alguma faixa não for calibrada ou alguma faixa tiver sido calibrada, mas está fora da
especificação do fabricante, a etiqueta afixada no equipamento deve conter a seguinte
advertência: “USO LIMITADO – VER CERTIFICADO”. Seguir os passos do item 51.9.2 -
Equipamento parcialmente adequado ao uso.
g) Quando se digita os dados do certificado em alguma planilha ou banco de dados, todo cuidado
deve ser tomado com relação às datas de certificados estrangeiros, pois quase sempre há
inversão na ordem dos dados referentes ao dia e ao mês, ou mesmo inversão quanto aos nomes
das colunas onde estão registrados os valores do padrão e do equipamento em calibração;
h) conferir os dados do certificado digitado;
i) Arquivar o certificado;
Metrologia Básica
135
Metrologia Básica
136
Se for impraticável ajustar, reparar ou revisar com o propósito de ser reparado o equipamento
considerado não adequado para seu uso pretendido, uma opção é rebaixamento de função ou uma
mudança em seu uso pretendido. Convém que reclassificação seja somente usada com muito
cuidado, pois pode causar confusão entre os usos permitidos de partes de equipamentos
aparentemente idênticas. Isto inclui comprovações metrológicas limitadas de somente algumas
faixas ou funções de equipamentos multifaixas.
Quando não for possível utilizar as relações acima e não for possível considerar o equipamento
como não-conforme, esta situação deve ser aprovada pelo cliente e algumas medidas devem ser
tomadas para minimizar a possibilidade de ocorrência de medições que venham a comprometer a
qualidade do produto. Exemplos de contra-medidas para este caso são:
a) Uso de vários equipamentos, sendo considerada, como resultado, a média de suas leituras;
b) Controle das condições ambientais;
c) Uso do operador mais especializado e, se justificável, até único;
d) Menor intervalo de calibração;
e) Uso de procedimento de medição mais específico e detalhado.
Metrologia Básica
137
d) Avaliação de custo x benefício sobre a manutenção do equipamento para fazê-lo atender aos
requisitos iniciais;
e) Decisão sobre o que será feito com o equipamento: manutenção, reclassificação ou descarte,
uma vez que nenhum equipamento “não-conforme” pode ser usado;
f) Atualização do dossiê (histórico) do equipamento, constando inclusive à decisão tomada;
g) Verificar os critérios de ajuste da freqüência de calibração em função dos resultados e alterar o
intervalo se necessário, conforme procedimento;
h) Fazer análise sistêmica para determinar as ações preventivas visando evitar que se repita o
ocorrido, quando possível;
i) Divulgar as ações implementadas junto aos interessados.
52. ETIQUETAS
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Nota: Onde não for possível a utilização da etiqueta de identificação única, usar marcação através
de gravação em baixo relevo, utilizando máquina de gravar. Outros meios poderão ser utilizados,
desde que a gravação não se apague facilmente e esteja sistematizados em procedimento.
CÓDIGO FAMÍLIA
AMP Amperímetro Alicate
BAL Balança
BAR Barômetro
BOM Bomba Manual Pressão
BPR Balança de Pressão
CAR Detector de Monóxido de Carbono
CNT Controlador
COC Compensador de Carga
DEC Década de Resistência
DIV Miscelâneas
HIG Higrógafo
INC Intercomparação
KI Indicador de Tempo (Horímetro)
KIC Controlador Indicador de Tempo
LAH Chave de Nível - Alarme Alto
LAHA Alarme de Nível Alto
TVD Termômetro Vidro
TXC Transformador Corrente
UAD Unidade Aquisição de Dados
VOL Voltímetro
WAT Watímetro
Tabela 15 - Exemplo de Código de Famílias para Identificação Única de Equipamentos.
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O acesso aos Pontos de Ajustes dos Sistemas de Inspeção, Medição e Ensaios, seja de Equipamento
de Medição ou de um Programa de Computador, seja em laboratório ou no campo, quando
existirem e puderem afetar a performance de uma medição, influindo no seu resultado final, deverão
ser protegidos, de forma a prevenir a intervenção por pessoa não autorizada ou deixar evidências
claras e aparentes caso ocorra à violação.
Quando o Equipamento de Medição fizer parte de uma família específica e que houver alguma
Norma, Portaria ou Procedimento Oficial que estabeleça um critério particular de proteção do(s)
Pontos(s) de Ajuste(s) a ser adotado, esta recomendação deve ser registrada no Procedimento de
Calibração específico desta família ou Equipamento de Medição e prevalecer sobre os demais
critérios deste procedimento (ex.: Lacre de Chumbo ou Material Plástico para Balanças
Comerciais).
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Devem ser dispensados de proteção aqueles Pontos de Ajustes de Equipamentos de Medição que
requerem intervenções do operador a intervalos regulares muito curtos (ex: Analisadores de
Laboratório de Análise Química com calibrações a cada turno) bem como aqueles que devem ser
manipulados pelo usuário, e que não necessitam de uma referência padrão externa para o ajuste (ex:
Zero de Multímetros Analógicos, Tara de Balanças etc). Os ajustes, no entanto, que comprometam a
linearidade do equipamento ou sistema, ou o desempenho do controle deverão ser protegidos (ex:
ações de controle, amortecimentos de equipamentos ou malhas de controle, ajustes de linearidade
etc).
Os tipos de lacres e proteções contra violação devem ser previamente testados visando avaliar a sua
eficiência.
Toda vez que o lacre estiver danificado, por qualquer que seja a razão, deve-se abrir uma não-
conformidade e uma nova calibração deve ser realizada, antes da reposição do lacre.
Devem ser elaborados cronogramas de calibração, tanto para as calibrações internas quanto externa,
de modo a facilitar o controle das calibrações dos equipamentos. O Anexo F mostra um exemplo de
cronograma de calibração.
Registros do processo de comprovação metrológica devem ser datados e aprovados por uma pessoa
autorizada para atestar a correção dos resultados, como apropriado. Esses registros devem ser
mantidos e estarem disponíveis.
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141
Estas e outras questões relacionadas com o SGM também devem ser analisadas e tratadas
adequadamente pela função metrológica.
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142
Resultados de calibração devem ser registrados de forma que a rastreabilidade de todas as medições
possa ser demonstrada e de forma que os resultados das calibrações possam ser reproduzidos sob
condições próximas das condições originais.
O erro máximo permissível pode ser determinado pela função metrológica, ou por referência às
especificações publicadas do fabricante do equipamento de medição.
A função metrológica deve assegurar que somente a pessoas autorizadas seja permitido gerar,
emendar, emitir ou apagar registros.
Devem ser mantidos registros contendo informações requeridas para a operação do SGM.
Procedimentos documentados devem assegurar a identificação, armazenagem, proteção,
recuperação, tempo de retenção e disposição dos registros.
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143
Os certificados podem apresentar a média das medições ou opcionalmente as leituras como obtidas
durante a calibração (crescente e decrescente).
Nenhum equipamento enviado para reparo, calibração interna ou externa deve ser recolocado em
uso sem que o mesmo e seu certificado de calibração sejam avaliados.
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144
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145
Nota: Se o equipamento foi ajustado ou reparado devem ser relatados os resultados das calibrações
realizadas antes e depois do ajuste ou reparo, a menos que tenha sido explicitamente dispensado
pelo Cliente.
a) Identificação do Emitente;
b) Número do certificado;
c) Nome da área emitente;
d) Título do certificado;
e) Número da página;
f) Dados de identificação do equipamento calibrado;
g) Resultados obtidos, na forma numérica;
h) Desvio padrão;
i) Incerteza da medição;
j) Informações sobre os padrões utilizados na medição: nome, identificação, certificado e sua
validade;
k) Nome, assinatura e cargo do(s) signatário(s) autorizado(s);
l) Data da emissão do certificado.
1 Será emitido novo certificado, com o mesmo número do cancelado, com a palavra Rev. e o
número da revisão, porém com data de emissão diferente;
2 No novo certificado deve conter a seguinte declaração: “Este certificado cancela e substitui o
certificado anterior, de no _____ (citar o número), emitido em ____/____/____ (citar a data de
emissão do certificado substituído), bem como o motivo da correção”;
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146
3 Não deve ser solicitado ao cliente/ usuário para devolver o certificado original. Cabe a ele
decidir o que fazer;
4 Uma vez aprovado, não é permitido agregar informações (ou anotações de qualquer espécie) ao
certificado, seja a caneta ou em máquina de escrever;
5 Os certificados não devem conter rasuras e devem ser emitidos com clareza, de forma a não
deixar margem a dúvidas quanto a sua compreensão.
Toda vez que for identificada à existência de erros ou problemas que possam gerar dúvidas quanto à
validade dos resultados fornecidos num certificado de calibração, o cliente deve ser imediatamente
avisado por escrito e deve ser aberta uma não-conformidade.
A gestão da função metrológica deve definir e documentar os requisitos para produtos e serviços a
serem fornecidos por fornecedores externos para o SGM. Fornecedores externos devem ser
avaliados e selecionados com base na sua habilidade em atender aos requisitos documentados.
Critérios de seleção, monitoramento e avaliação devem ser definidos e documentados, e os
resultados da avaliação devem ser registrados. Devem ser mantidos registros dos produtos e
serviços fornecidos pelos fornecedores externos.
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Um fornecedor externo usado para testes ou calibração deve ser capaz de demonstrar competência
técnica com uma norma de laboratório tal como a ABNT NBR ISO/ IEC 17025. Produtos e serviços
fornecidos por fornecedores externos podem requerer verificações dos requisitos especificados. Não
é contudo obrigatório seja um laboratório acreditado, a menos que o usuário do equipamento a ser
calibrado seja um laboratório acreditado.
a) Os certificados de calibração devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR ISO
10012:2004 – Sistemas de gestão de medição – Requisitos para os processos de medição e
equipamento de medição;
b) No caso de equipamentos utilizados como padrões (grandezas acreditadas ou em processo de
acreditação), os certificados devem ser emitidos por laboratórios que possam demonstrar
competência, capacidade de medição e rastreabilidade para a calibração específica que for
executada, ou seja: os certificados devem ser emitidos por Laboratórios pertencentes à Rede
Brasileira de Calibração – RBC ou pela Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios – RBL.
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Nota: Quando necessário, pequenos lotes do item devem ser fornecidos previamente para avaliação
do usuário.
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A função metrológica deve usar auditoria, monitoramento e outras técnicas, como apropriado, para
determinar a adequação e a eficácia do SGM.
Devem ser mantidos registros do planejamento, da realização, das observações feitas e das não-
conformidades identificadas nas auditorias internas.
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150
As reclamações/ sugestões normalmente podem ser feitas por e-mail, carta, fax ou verbalmente. As
reclamações/ sugestões feitas verbalmente devem ser registradas em formulário próprio.
Todas as reclamações/ sugestões devem ser encaminhadas à função metrológica para sua análise.
As sugestões aceitas devem ser identificadas como melhorias e/ ou potenciais fontes de não-
conformidades, sendo registradas em formulário próprio para Registro de Melhorias e Potenciais
Fontes de Não-Conformidades e Ações Preventivas. Os Clientes devem ser informados das ações
implementadas.
Os resultados de todas as auditorias do SGM e todas as mudanças do sistema devem ser registrados.
A organização deve assegurar que ações são tomadas sem atrasos indevidos para eliminar não-
conformidades detectadas e suas causas.
As auditorias do SGM podem ser conduzidas como uma parte das auditorias do sistema de gestão
da organização.
A norma ABNT NBR ISSO 19011 fornece orientações sobre sistemas de auditoria.
Auditoria do SGM podem ser conduzidas pela função metrológica da organização, ou por pessoal
contratado ou de terceira parte. Recomenda-se que auditores não auditem suas próprias áreas de
responsabilidade.
Metrologia Básica
151
Ele deve incluir a determinação de métodos aplicáveis, incluindo técnicas estatísticas, e a extensão
do seu uso.
O monitoramento do SGM deve prevenir desvios dos requisitos, assegurando a pronta detecção de
deficiências e tomando, em tempo oportuno, ações para sua correção. Este monitoramento deve ser
na proporção correta ao risco de falha para atender aos requisitos especificados.
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152
Um processo de medição, modificado devido a uma não-conformidade, deve ser validado antes do
seu uso.
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Todas as falhas requerem que haja uma identificação para que se proceda a correta avaliação e
manutenção do equipamento. O mesmo é válido para os danos.
Equipamento Não-Conforme é aquele que não atende a algum requisito especificado, tais como:
Caso algum equipamento se enquadre em um dos itens acima, o mesmo deve ser classificado como
não-conforme. As seguintes ações devem ser implementadas:
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Nota: Convém que a reclassificação seja usada com muito cuidado, pois pode causar confusão
entre os usos permitidos de partes de equipamentos aparentemente idênticas. Isto inclui
comprovações metrológicas limitadas de somente algumas faixas ou funções de equipamentos
multifaixas.
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Todo o SGM deve ser avaliado pelo menos uma vez por ano pela Alta Administração, com base em
exames feitos nos elementos por ele designados.
a) Relatórios gerenciais;
b) Relatórios de auditorias internas realizadas após a última análise de crítica;
c) Resultados de avaliações, realizadas pelos clientes ou outros organismo externos;
d) Ações Corretivas e Preventivas;
e) Resultados de comparações interlaboratoriais e/ ou ensaios de proficiência;
f) Resultados de verificações internas;
g) Cumprimento do Plano de Calibração Externa de Padrões;
h) Treinamento e atualização de pessoal;
i) Necessidade de mudanças no manual de qualidade;
j) Sugestões e reclamações de clientes;
k) Mudanças no volume e tipo de calibrações realizados;
l) Planos futuros e previsão para novos trabalhos, pessoal, equipamentos etc;
m) Eficácia global do Sistema de Gestão da Medição para alcançar os objetivos estabelecidos para
a qualidade;
n) Considerações para atualização do Sistema de Gestão da Medição, em decorrência de mudanças
causadas por novas tecnologias, novos conceitos de gestão da qualidade, estratégia de mercado,
condições sociais ou ambientais etc.
A função metrológica deve ser a responsável pelo planejamento e organização das auditorias
internas, bem como pela garantia de que as ações corretivas bem como aquelas decorrentes das
análises críticas sejam implementadas dentro dos prazos acordados.
Devem ser mantidos registros da realização e das observações das análises críticas, das ações delas
decorrentes e da sua implementação e verificação.
Metrologia Básica
156
63.1. MELHORIA
A função metrológica deve planejar e gerenciar a melhoria contínua do SGM com base nos
resultados das auditorias, análise crítica pela administração e outros fatores pertinentes, tais como,
retroalimentação dos clientes. Deve ainda analisar criticamente e identificar oportunidades
potenciais para a melhoria do SGM e modificá-lo se necessário.
Devem ser estabelecidos critérios para a identificação e registro de melhorias implementadas, bem
como registro da verificação da eficácia das mesmas.
Devem ser mantidos registros do planejamento, da realização, das observações feitas e das não-
conformidades identificadas nas auditorias internas, bem como das ações corretivas, sua
implementação e verificação;
O SGM deve prever quais as ações corretivas que devem ser tomadas quando ocorrem não
conformidades. Esta prática aplica-se nos casos em que os equipamentos não atendem aos critérios
de aceitação definidos ou apresentam-se incompatíveis com possíveis modificações que ocorram
nos processos. Faz-se necessário tomar providências que em algumas situações incluem direcionar
o equipamento para manutenção e posterior calibração, substituição, envio para alienação ou realçar
para outro ponto do processo no qual os critérios de aceitação sejam mais dilatados. Estes critérios
devem ser documentados.
Devem ser registradas as ações corretivas implementadas, bem como registro da verificação da
eficácia das ações corretivas implementadas.
As correções e soluções de ação corretiva devem ser implementadas antes de retornar o processo de
medição ao uso.
Metrologia Básica
157
O sistema formal para identificação das potenciais fontes de não-conformidades é a análise crítica
dos procedimentos, análise de tendência e risco.
Devem ser registradas as ações preventivas, bem como a verificação da eficácia das ações
corretivas implementadas.
Quando não for viável a verificação da eficácia das ações corretivas/ preventivas, tal fato deverá ser
informado no mesmo formulário.
Devem ser mantidos registros do planejamento, da realização, das observações feitas e das não-
conformidades identificadas nas auditorias internas, bem como das ações corretivas, sua
implementação e verificação.
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158
Resposta: letra
Resposta letra
Metrologia Básica
159
Resposta: letra
d) O que é calibração?
Resposta:
Resposta letra
Metrologia Básica
160
Resposta letra
Resposta letra
Resposta letra
Metrologia Básica
161
Resposta letra
Resposta letra
Resposta letra
Metrologia Básica
162
Resposta letra
Resposta letra
Resposta letra
Metrologia Básica
163
Resposta letra
p) Se desejo garantir que os resultados de medição são confiáveis em qualquer ponto da escala do
equipamento, qual a propriedade estatística que devo avaliar no equipamento de medição?
a. repetitividade
b. tendência
c. reprodutibilidade
d. linearidade
Resposta letra
q) Que estudo estatístico devo realizar se desejo verificar a influência humana no resultado da
medição?
a. Repetitividade
b. Reprodutibilidade
c. Tendência
d. Estabilidade
Resposta letra
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164
Resposta letra
Resposta letra
Resposta letra
Resposta letra
Metrologia Básica
165
v) O que é desvio?
Resposta:
w) O que é metrologia?
Resposta:
x) O que é incerteza?
Resposta:
Resposta:
z) Quem é a organização responsável pela administração das unidades legais do mundo e dos
padrões para o sistema SI?
Resposta:
Respostas:
Respostas:
cc) De acordo com o item 7.6 da ISO 9001, a organização deve determinar as medições e
monitoramentos a serem realizados e os dispositivos de monitoramento necessários para
evidenciar a conformidade do produto com quais requisitos?
Resposta:
Metrologia Básica
166
Respostas:
Respostas:
ff) Que propriedades estatísticas devem ser avaliadas num sistema de medição?
Resposta:
gg) Se a resolução de uma balança digital é 10 mg, a incerteza padrão, u(xb), devido à sua resolução
é (arredondar para duas casas decimais).
Resposta:
hh) Se o erro de linearidade de uma balança é 12 g, a incerteza padrão u(xc), devido ao erro de
linearidade é:
Resposta:
Metrologia Básica
167
ii) Marque verdadeiro (V) ou falso (F). Existem algumas propriedades estatísticas que todos os
sistemas devem ter:
( ) O sistema de medição deve estar sob controle estatístico, o que significa que a variação no
sistema é devida somente a causas comuns e não a causas especiais.
( ) O variabilidade do sistema de medição deve ser maior se comparada com a variabilidade do
processo de fabricação.
( ) A variabilidade do sistema de medição deve ser pequena quando comparada com os limites
de especificação.
( ) Os incrementos de medida devem ser maior em relação ao que for menor, entre a
variabilidade do processo ou os limites de especificação.
jj) Marque verdadeiro (V) ou falso (F). A relação 4:1 (incerteza do padrão 4 vezes menor do que a
do equipamento a ser calibrado) deve ser adotada pelas Organizações porque:
( ) ela consta na norma ISO 10012
( ) ela reflete uma área de incerteza de 25 % e uma área de aceitação de 75 %.
kk) Marque verdadeiro (V) ou falso (F). A eficácia do Sistema de Gestão de Medição requer
planejamento, o qual permitirá que se distinga o que é necessário ser feito daquilo que é
desnecessário, com mínimo risco de que se tenham perdas pelas escolhas incorretas. Os
aspectos abaixo devem fazer parte de um Sistema de Gestão de Medição.
( ) tolerâncias dos processos
( ) tolerâncias dos equipamentos
( ) exatidão dos equipamentos
( ) faixas de medição
( ) freqüência de calibração
ll) Por que os termômetros de líquido em vidro devem ser armazenados na posição vertical ou com
uma inclinação mínima de 45º?
Resposta:
Metrologia Básica
168
mm) O que se deve fazer quando um equipamento de medição sofre uma queda?
Resposta:
nn) Que fatores devem ser levados em conta ao estabelecer a freqüência inicial de calibração dos
equipamentos:
Respostas:
oo) Defina qual será a freqüência de calibração do equipamento cuja freqüência de calibração seja
semanal, com intervalo padrão de 28 semanas. Após sua última calibração, constatou que sua
situação atual é A e seus dois últimos laudos são "AA". Consulte a apostila.
Resposta:
pp) Defina qual será a freqüência de calibração do equipamento cuja freqüência de calibração seja
semanal, com intervalo padrão de 104 semanas. Após sua última calibração, constatou que sua
situação atual é F e seus dois últimos laudos são "AC". Consulte a apostila.
Resposta:
qq) Em caso de calibração inédita, citar ao menos cinco aspectos que devem ser executados.
Respostas:
Resposta:
ss) Em caso de constatação de erro ao anotar o resultado da medição, o que se deve fazer?
Reposta:
Metrologia Básica
169
tt) Ao aplicar os critérios de avaliação da adequação ao uso, o equipamento foi considerado como
não-conforme. Que providências devem ser tomadas (citar ao menos quatro)?
Respostas:
uu) Citar ao menos três fontes que devem ser usadas para identificação de não-conformidades.
Respostas:
Respostas:
ww) Equipamento Não-Conforme é aquele que não atende a algum requisito especificado. Cite
ao menos quatro destes requisitos.
Respostas:
xx) Citar ao menos 5 itens que devem ser levados em consideração quando da realização da reunião
de análise crítica de um Sistema de Gestão de Medição.
Respostas:
yy) Os procedimentos devem ser elaborados com a participação ativa do pessoal envolvido e
responsável pelas calibrações, usando uma linguagem simples, clara e acessível. Citar ao menos
quatro itens que devem constar nos procedimentos.
Respostas:
Metrologia Básica
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Metrologia Básica
171
aa) Respostas:
- Executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade;
- Verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de medida,
métodos de medição, medidas materializadas, equipamentos de medição e produtos pré-
medidos;
- Manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar e manter a cadeia
de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País, de forma a torná-las harmônicas
internamente e compatíveis no plano internacional, visando, em nível primário, à sua aceitação
universal e, em nível secundário, à sua utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à
qualidade de bens e serviços;
- Fortalecer a participação do País nas atividades internacionais relacionadas com metrologia e
qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e organismos estrangeiros e
internacionais;
- Prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial - Conmetro, bem assim aos seus comitês de assessoramento, atuando como
sua Secretaria-Executiva;
- Fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas Organizações brasileiras;
- Planejar e executar as atividades de acreditação (credenciamento) de laboratórios de calibração
e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação, de
inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao desenvolvimento da infra-estrutura de
serviços tecnológicos no País; e
- Coordenar, no âmbito do Sinmetro, a certificação compulsória e voluntária de produtos, de
processos, de serviços e a certificação voluntária de pessoal.
bb) Respostas:
- Conmetro e seus Comitês Técnicos
- Inmetro
- Organismos de Certificação Credenciados (Acreditados), (Sistemas da Qualidade, Sistemas de
Gestão Ambiental, Produtos e Pessoal) – OCC
- Organismos de Inspeção Credenciados (Acreditados) – OIC
- Organismos de Treinamento Credenciados (Acreditados) – OTC
- Organismo Provedor de Ensaio de Proficiência Credenciado (Acreditado) - OPP
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Metrologia Básica
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jj) Respostas: F e V
kk) Respostas: V, V, V, V e V.
ll) Resposta: Para prevenir a separação da coluna de líquido.
mm) Resposta: O equipamento deve ser recalibrado.
nn) Respostas: Os seguintes fatores devem ser levados em conta:
a) Recomendação do fabricante do equipamento;
b) Extensão e severidade de uso;
c) Influência do ambiente;
d) Exatidão pretendida na medição (função da necessidade operacional da planta / malha de
controle, outros).
oo) Resposta: A freqüência deve ser reduzida ao máximo possível: 4 semanas
pp) Resposta: A freqüência deve ser reduzida para 84 semanas.
qq) Respostas: Devem ser realizados os seguintes passos:
a) Desenvolvimento da metodologia;
b) Avaliação preliminar, visando identificar probabilidade de levar o projeto até ao fim, tendo em
vista custos e a previsão de prazos;
c) Levantamento de custos para medição interna e externa;
d) Decisão sobre a continuidade ou não do projeto;
e) Em caso de suspensão do projeto, avisar ao solicitante o não interesse em executar a medição
internamente;
f) Verificação da necessidade e possibilidade de fazer a medição externamente;
g) Em caso de dar continuidade ao projeto, estabelecimento de um cronograma para as atividades;
h) Desenvolvimento do procedimento e executá-lo;
i) Asseguramento da confiabilidade dos resultados quando forem utilizados computadores para a
obtenção, processamento, manipulação, registro, relatório, armazenamento e recuperação de
dados;
j) Manutenção da repetitividade e incerteza da medição dentro dos limites estabelecidos pelo
método.
k) Execução dos cálculos de incertezas;
Metrologia Básica
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l) Treinamento do executante;
m) Acompanhamento da primeira execução;
n) Informações ao solicitante.
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uu) Respostas:
a) Acompanhamento sistêmico das atividades pelo responsável;
b) Inspeção realizada sobre os certificados/ registros de calibrações emitidos;
c) Reclamações de clientes (internos/ externos);
d) Verificações internas (do sistema da qualidade, do status das calibrações, dos limites de
aceitação dos equipamentos etc);
e) Auditorias internas;
f) Auditorias externas.
vv) Respostas:
- análise de gráficos de controle;
- análise de gráficos de tendência;
- inspeções subseqüentes;
- comparações interlaboratoriais;
- auditorias internas;
- retroalimentação de cliente.
ww) Respostas:
- Estrago físico aparente;
- Intervalo de confirmação excedido;
- Utilização/ manuseio indevido;
- Aplicação de sobrecarga além do especificado;
- Mau funcionamento;
- Funcionamento duvidoso;
- Resultados da calibração não validados ou considerados não adequados ao uso;
- Resultados das medições colocados em dúvida por reclamações de clientes;
- Certificados de calibração inadequados.
xx) Respostas:
- Relatórios gerenciais;
- Relatórios de auditorias internas realizadas após a última análise de crítica;
- Resultados de avaliações, realizadas pelos clientes ou outros organismo externos;
- Ações Corretivas e Preventivas;
- Resultados de comparações interlaboratoriais e/ ou ensaios de proficiência;
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67. BIBLIOGRAFIA
68. ANEXOS:
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CERTIFICADO: 21228
EQUIPAMENTO: massa - 2 g DATA: 28/01/2003
MODELO: M-2g FABRICANTE: Murakami
Ci - Coeficiente de sensibilidade
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