MVP e fundraising:

Um guia atualizado
para sua startup
Introdução
A falta de alinhamento entre a proposta de valor e o interesse
do mercado está entre os principais motivos para que isso aconteça.
Por esse e outros motivos, o MVP é tão importante para
a consolidação de um negócio.
O Mínimo Produto Viável, ou Minimum Viable Product em inglês,
é a versão mais simples de uma solução. Seu lançamento tem
como objetivo oferecer um mínimo de funcionalidades ao público
para testar a aderência da solução ao mercado.
Investir tempo e recursos em um MVP e não ter os resultados
esperados ou ter dúvidas sobre quais decisões tomar ao tirar
o negócio do papel são problemas enfrentados por muitas
startups. Pensando nisso, reunimos nesse e-book os
principais pontos que devem ser considerados.
No primeiro capítulo, apresentamos os passos de
planejamento estratégico de tecnologia e produto que
devem ser realizados para criar um MVP de sucesso.
Apresentamos também os tipos de investimento que podem
alavancar o negócio. Por fim, trazemos conselhos de
empreendedores que começaram do zero e hoje possuem
grandes negócios para ajudar você a identificar o que é mais
importante e quais erros podem ser evitados.
Boa leitura!
 Como é feito um planejamento
estratégico de tecnologia e produto?
Criar uma solução tecnológica do zero é um desafio composto por diferentes etapas.
O planejamento estratégico de tecnologia e produto, também chamado de imersão,
é um passo fundamental para desenvolver um MVP de sucesso.
Esse processo tem como objetivo encontrar as melhores
soluções para determinados objetivos. Por isso, ele tanto
pode ser utilizado para criar uma ideia do zero, como o
lançamento de um MVP, quanto para resolver problemas
em soluções que já existem, como um protótipo que não
cumpriu com os objetivos desejados

O processo de imersão é formado por uma série de Para realizar

etapas. Em cada uma delas, podem ser utilizadas
metodologias diversas. Aqui na Cubos Tecnologia,
um planejamento
baseamos nossos processos de design e produto na estratégico eficiente
metodologia Double Diamond, utilizando recursos e
ferramentas do Design Thinking, como falaremos mais e desenvolver
adiante.
um bom MVP,
é preciso percorrer
algumas etapas.
Confira a seguir:
Mapeamento
A primeira fase do planejamento estratégico tem
como objetivo a identificação do público alvo e de
seu perfil comportamental para viabilizar uma
solução mais assertiva para o usuário.

Nesse momento, mapeamos o cenário competitivo

e estabelecemos diferenciais para destacar o MVP
dos concorrentes.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas nessa

fase são os briefings, análise de produtos,
benchmarking, pesquisas com usuário, análise
macroeconômica, personas e Matriz CSD (Certezas,
Suposições e Dúvidas), entre outras.
Ideação
Após o mapeamento, é chegado o momento de gerar
diversas ideias para avaliar alternativas a partir de todas as
informações levantadas anteriormente. Para isso, aspectos
que façam mais sentido para o usuário e diferenciais
competitivos de mercado devem ser priorizados.

Na fase de ideação, diversos caminhos possíveis para o MVP

devem ser avaliados. Isso pode ser feito por meio de
diferentes metodologias, como mapa de jornada, co-criação
e wireframes.

As ideias mais promissores devem ser selecionadas para

serem testadas na próxima fase, com estética, fluxos de
navegação e requisitos definidos.
Desenvolvimento
de protótipo
A fase de desenvolvimento de protótipo tem como
objetivo materializar o produto de forma visual
a partir das informações coletadas na primeira fase
e das ideias analisadas na segunda etapa
do planejamento estratégico.

Nesse momento, são criadas telas e protótipos

interativos focados nas necessidades dos usuários e nos
objetivos do negócio. É o momento de traduzir as decisões
em protótipos de baixa, média ou alta complexidade.

Também é possível utilizar storyboards e interfaces

nessa etapa. Com o protótipo desenvolvido, passamos
para a fase de validação.
Testes
Após o desenvolvimento de protótipo, é hora de
colocar o material produzido à prova, para validar
hipóteses e identificar pontos de melhoria.

Por meio de análises diversas, como testes de

usabilidade, testes A/B, e métricas de usabilidade,
é possível basear essa etapa em aspectos objetivos
que podem ser analisados e aperfeiçoados. Outras
ferramentas que podem ser utilizadas nessa fase são
os mapas de calor e o NPS (Net Promoter Score).
Acompanhamento
Para ter um MVP de sucesso, é fundamental
acompanhar o feedback dos usuários
após o lançamento da solução.

É preciso medir resultados, acompanhar

métricas e definir ferramentas
de monitoramento, além de implementar
o aprimoramento contínuo do projeto.
 Quais são os tipos
de rodadas de investimentos?
Outro tópico muito importante para quem está lançando um MVP são os investimentos.
Afinal, tirar um negócio do papel, mantê-lo em funcionamento e fazê-lo crescer exige recursos.
Neste capítulo, explicamos o que são as rodadas de investimentos, apresentamos
os tipos mais comuns e em quais situações cada um deles é mais indicado.
 O que são
rodadas de
investimentos?
Rodadas de investimento são
momentos nos quais as
startups arrecadam recursos
para investir no crescimento
do negócio ou no
desenvolvimento e realização
de objetivos específicos,
como o lançamento de uma
nova solução.
Seed
O investimento seed acontece em um estágio
mais avançado da startup e pode ser utilizado para validar
o negócio. Nesse momento, começa a formar-se um
processo de vendas da solução, que está melhor definida,
e o público é mais conhecido. Ou seja, o foco
é em pesquisa, desenvolvimento e validação.

Os recursos desse tipo de rodada de investimento possibilitam

a aceleração do negócio, assim como a ampliação de seu
alcance, aumentando sua presença no mercado. Neste
momento, os investidores desejam que os empreendedores
demonstrem conhecimento sobre o mercado e sobre o
faturamento e projeções futuras da startup.
Series A
Segundo o Distrito Dataminer, grande parcela das startups não
consegue chegar ao estágio de Series A. Três a cada quatro
negócios falham nesse momento. Esse tipo de rodada de
investimento acontece quando startups estão na fase de
otimização de sua base de usuários e criação de novos produtos.

Portanto, o Series A é uma oportunidade de levar o negócio

a novos mercados. Por esse motivo, os investidores
desejam conhecer os planos do negócio para o longo prazo
e seu potencial para alcançar os objetivos.

Esta rodada de investimento muitas vezes é realizada por empresas

de investimento mais robustas. É o caso dos fundos Venture
Capital, nos quais os recursos são aplicados com expectativas de
crescimento rápido e alta rentabilidade, e Private Equity, que
investem capital diretamente nas empresas.
Series B
O Distrito Dataminer também aponta que menos de 10%
das startups brasileiras chegam à rodada series B. Nesse
momento, os investidores buscam negócios que já se
tornaram referência em seus mercados e possuem uma
estrutura sólida.

Os investimentos desse tipo de rodada costumam

ser utilizados para expansão, como contratação
de pessoas, aquisição de outras empresas e
abertura de filiais. Ou seja, o objetivo é ampliar
a escala do negócio e seu alcance de mercado.
Por envolver altos valores, o processo de decisão
de investimento é mais complexo.
Series C
Investimentos que acontecem
nesse tipo de rodada lançam a empresa
no cenário internacional e possibilitam
a aquisição de novos negócios.

Os investimentos são de altíssimo valor,

assim como os retornos esperados. O Series
C normalmente acontece antes da abertura
de capital na Bolsa de Valores, o IPO (Initial
Public Offering).
Series D, E, F…
Os tipos de investimentos que citamos até aqui são os mais
conhecidos, mas é possível que novas rodadas de investimento
aconteçam após eles. Isso significa que os fundos de capital e
outros investidores continuam enxergando oportunidades de
crescimento no negócio.

A seguir, você confere os conselhos

de quem já realizou o lançamento
de MVPs e passou por rodadas
de investimentos como estas.
Confira!

David Pires
Formado em Gestão da Tecnologia
da Informação, estudou computação
por um ano na University Of
Strathclyde, no Reino Unido.
Começou a empreender aos 20 anos,
quando fundou a Cubos Tecnologia.
Em 2016, fundou a Zigpay, startup
brasileira focada em automação de
consumo e pagamentos que já
captou mais de 10 milhões de reais e
atendeu mais de 2 milhões de
clientes no Brasil.
Um MVP serve para validar uma ideia.
Testar uma hipótese, aprender com ela e evoluir seu produto ou serviço.
Logo, contrariando o próprio nome, um MVP não é um produto, mas um processo!
Entender esse conceito é o mais importante para aplicá-lo da melhor forma
e não perder de foco seu objetivo final: descobrir se seu produto entrega valor.
Esse processo começa bem simples, com uma ideia. Uma hipótese clara e simples que você acredita que vai
trazer valor para seu cliente com uma definição clara de validação da mesma. Com isso bem definido, você
deve pensar na forma mais rápida e simples de validar essa hipótese.
Aqui eu gosto de me atentar a 3 pontos:
1. O produto ou forma de validar esse processo é funcional? Meu cliente consegue realizar
o objetivo da tarefa?
2. Ela é confiável? Sem quebras, desapontamentos ou grandes problemas para o cliente?
3. Ela é simples? O usuário consegue entender claramente o objetivo e percorrer ele?
Afinal, não adianta você tentar validar uma hipótese criando outros problemas para seu cliente.
Com isso, você pode finalmente testar a sua hipótese e coletar dados reais sobre ela. Importante
segmentar os clientes que são target do seu produto, para que os dados sejam fiéis à realidade.
O último passo é aprender com os dados coletados, formular uma nova hipótese,
evoluir seu produto e repetir o processo.
A última dica que tenho é um conceito americano bem bacana: “Wizard of Oz - Fake it, until you make it”.
Ou seja, finja até que você faça. Como o Mago de Oz, faça parecer que a funcionalidade está implementada,
por meio de processos manuais, até que você valide sua hipótese e então, de fato, invista no produto.

Verivaldo Lobo
Engenheiro formado pela USP e
fundador da Cubos Tecnologia e
da Zakpay, que oferece soluções
inovadoras para a alimentação
fora de casa e transforma a
experiência de consumo em
bares e restaurantes. Em 2013 e
2014, estudou na Aberystwyth
University - País de Gales.
No Reino Unido, desenvolveu
o controle de /rovers/ junto
ao time de pesquisas espaciais
do Reino Unido.
Ao montar seu MVP, certifique-se de que ele realmente é um MVP.
Parece uma dica óbvia, mas é muito comum termos o ímpeto
de adicionar funcionalidades a mais do que se precisa para um MVP,
atropelando o processo e praticamente entrando em um novo ciclo.
Uma forma de avaliar se você está colocando funcionalidades a mais é dividi-las em escalas de custo e
viabilidade e identificar se o usuário consegue completar um ciclo fechado de experiência, mesmo que
não seja a melhor do mundo.
Por exemplo: quero iniciar um site vendendo um produto específico, o que preciso ter de funcionalidade?
Mostrar o produto, selecionar o produto, capturar o endereço de entrega deste usuário e receber o
pagamento. Preciso de um cadastro ou login de usuário? Não. Para completar esse ciclo de venda você
não precisa criar um login e senha pra ele. Lembre-se: estamos falando do MÍNIMO PRODUTO para
resolver um problema. Neste exemplo, o problema é vender, apenas.
O MVP não é um produto final completo pronto para escalar rapidamente. O principal objetivo dele é
provar seu conceito da forma mais rápida e barata o possível. Então, tenha sempre em mente que se trata
de um desenvolvimento incremental.
Após lançar seu MVP, teste muito com o mercado, com os usuários. Busque metrificar os resultados para
que você saiba dar seus próximos passos baseados em fatos. Não corra desesperadamente para
o desenvolvimento antes de ter vivido a experiência do seu MVP no mundo real. Essa ideia é válida
para todos os estágios do seu produto e logo após o lançamento do seu MVP não será diferente.
Talvez seja um dos momentos mais importantes do seu projeto.
 O primeiro ponto é entender bem a dor do seu cliente e/ou usuário,
para então procurar formas de solucionar esse problema.
Muita gente tem logo a ideia de fazer um aplicativo para smartphone,
com mil funcionalidades que encantarão os usuários e terão milhões
de acessos, mas às vezes seu problema pode ser resolvido com um simples
website ou até mesmo com o WhatsApp e uma planilha de Excel.

Danilo Rêgo
Isso é o MVP: tentar solucionar um problema da forma mais simples, para que seja possível validar
a ideia principal e ter mais compreensão sobre qual é a real necessidade dos nossos clientes e
Engenheiro mecânico, usuários. Se for para errar, que seja para errar logo, se reinventar e tentar novamente.
fundador da startup
Kraken Rally e líder de
projetos.

José Messias Jr.
Engenheiro eletricista e fundador
da Cubos Tecnologia e do Curso
Exatas, que ultrapassou a marca
de 100 matrículas simultâneas,
além de aulas avulsas, em 2019.
Ocupou cargos gerenciais em
ambas as empresas e atualmente
dedica-se a alavancar um novo
negócio, a Cubos Academy, que
visa formar profissionais de
tecnologia para o mercado.
O erro mais comum que vejo na fase de desenvolvimento de um MVP,
por incrível que pareça, é o não entendimento do conceito. O principal
objetivo de um MVP não é realmente alavancar sua startup, conquistar
clientes ou começar a ter receita. O principal objetivo é validar a sua ideia.
O que você quer saber mesmo é se a sua ideia resolve algum problema. Se as pessoas de fato têm
uma dor grande o suficiente a ponto de usarem o seu produto para saná-la. Todo o resto são
apenas consequências positivas que podem (ou não) vir.
Dito isso, o empreendedor precisa se policiar para não entupir o produto de funcionalidades
"básicas". Muitas vezes já vi "MVPs" que tinham muito além do necessário porque o
empreendedor acreditava que tudo era básico, fundamental e importante. Mas quando tudo é
importante, nada é.
Se seu MVP ficou muito bom, bonito, funciona muito bem e tem uma usabilidade perfeita,
parabéns. Mas você provavelmente fez um bom produto, não um MVP. Agora tudo que lhe resta é
torcer para que de fato as pessoas precisem mesmo deste produto, pois caso contrário, você terá
apenas gastado dinheiro e principalmente tempo por um produto que ninguém tem interesse.
Há uma máxima que diz: "quem nunca teve vergonha de um MVP nunca fez um MVP". Faça o
mínimo possível, o mais rápido possível e vá ao mercado. Se você está em dúvida se já está
aceitável o suficiente para ir ao mercado, vá ao mercado. Depois, melhore seu MVP o mais rápido
possível. O segredo não é acertar de primeira, é errar rápido e melhorar rápido.
 Residente Virtual:
Empreender é uma jornada árdua, mas ela não
precisa ser solitária. Para alavancar o crescimento
de sua startup, o Distrito lançou o programa
Residente Virtual. Mais de 140 startups em quase
todos os estados do Brasil já fazem parte e estão
aproveitando os benefícios:
• Mentorias e o treinamentos (Pitch,
Entendemos suas necessidades
Captação de investimento, Growth, etc.);
e fazemos tudo para fortalecer
• Conexão com grandes empresas o ecossistema de tecnologia.
e outras startups;
• Descontos em ferramentas cloud; Com o Residente Virtual, onde você
estiver conectamos sua startup
• Eventos segmentados para
tecnologia e inovação; com tudo que ela precisa para crescer.
• Portal de Vagas; Clique no botão abaixo e aproveite!
• Visibilidade nos canais do Distrito;
• e muito mais!
 Conclusão
Como falamos no começo deste e-book, a falta de alinhamento entre proposta de valor e interesse do mercado
está entre os principais motivos pelos quais a maioria das startups fecha as portas em pouco tempo. Por essas
e outras razões, o MVP é tão importante para a consolidação de um negócio. Neste e-book, você conferiu
conselhos de quem já viveu o processo de desenvolver um produto mínimo viável.
 Para isso, conte com profissionais que dominam
as metodologias necessárias para realizar
as etapas de mapeamento, ideação, desenvolvimento
de protótipo e testes da melhor forma possível.
 Gostou do
nosso conteúdo?
A Cubos existe para transformar a realidade ao nosso redor por meio
da tecnologia. Implementamos negócios digitais, promovemos
transformação digital e inovação tecnológica nas empresas e oferecemos
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