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O contrato de um Plano de Saúde não deve ter como responsabilidade um dever com

competência universal inerente aos estados, assim sendo, deveria o feito ficar dentro do
panorama jurídico que tal acordo têm.

A Constituição Federal de 1998 garante, de modo expresso, em seu artigo 196, que a saúde é
um direito fundamental de todas as pessoas e é dever do Estado garanti-lo, ficando protegido
a integridade física e a dignidade da pessoa humana. Porém, a decisão interpreta e trata as
obrigações do Plano de Saúde “A” de maneira irrestrita, o que deixa a beneficiária em
vantagem e, levando o alto custo desse tratamento, o coletivo com um imenso prejuízo.

Além disso, a fundamentação decisória em contratos de planos não deve ser desconsiderada
em sua totalidade, muito menos ter suas cláusulas limitativas enfrentadas, como de fato
ocorreu na decisão que foi impugnada. Ademais, a esfera privada dos contratos que revestem
a saúde suplementar.

Ademais, a sentença pode gerar uma grande consequência para os beneficiários possam exigir
do plano, assim, o artigo 5 da Carta Magna ao afirmar que “todos são iguais perante a lei” e,
tendo como base tal decisão, está de certa maneira infringindo de forma direta o artigo
anteriormente mencionado, haja vista que ruinaria o sistema de saúde, de modo financeiro,
deixando assim às margens diversas pessoas com outros tratamentos aquém de recursos.

Em outro ponto, não está sendo, em momento algum, levado em consideração “a vida” da
operadora, muito menos o bem-estar de todos os outros beneficiários que são protegidos
também. Sendo assim, surge o seguinte questionamento: Caso o plano de saúde “A” encerre
suas atividades, como esses beneficiários vão ter o custeio, o tratamento de seus problemas?
Esse questionamento é importante pois deve haver um meio termo, no qual não deve ser
apenas observado um beneficiário exclusivo que está precisando, mas também e,
principalmente, qual vai ser o impacto dentro do plano como um todo, ou seja, não sendo
crível que todo e qualquer ajusta entre terceiros seja repassado a demandada.

Em última análise, não restam dúvidas que não deveria o Plano de Saúde “A” reparar a
beneficiária em questão ante as razões acima destacadas pelo que se faz cogente o pré-
questionamento a respeito da afronta exarada na regulamentação do contrato, essa sendo
afastado pela via judicial, assim, tal custeamento pode levar o sistema como um todo,
possivelmente, à falência, por ser valor muito alto e, portanto, afeta todos os outros ali
abarcados pelo mesmo contrato. Portanto, diante desse julgamento, não há que se falar em
extensão contratual, de forma unilateral, por meio do judiciário, no qual apenas uma parte
será beneficiada, comprometendo o exercício das demais atividades das partes
desfavorecidas, quando aquela apenas cumpriu fielmente o termo entabulado, desde já,
requer a improcedência da presente ação.

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